O que aprendi na UTI de COVID-19 | Nathalia Guapyassu | TEDxSãoPaulo
-
0:10 - 0:13Hoje é dia 9 de julho,
-
0:13 - 0:17meu 115º dia de isolamento social,
-
0:17 - 0:20e não, eu não estou esgotada.
-
0:20 - 0:24Parece estranho ver uma médica
de UTI COVID, em plena pandemia, -
0:24 - 0:25dizer que não está esgotada.
-
0:25 - 0:27Eu já estive,
-
0:27 - 0:32mas hoje eu queria compartilhar
o porquê de eu não estar mais esgotada. -
0:32 - 0:35Aquele filme de terror
que a gente viveu lá no início, -
0:35 - 0:40tentando absorver toda a mudança
dentro e fora da nossa rotina no hospital, -
0:40 - 0:44tentando adivinhar quanto tempo
eu passaria sem ver a minha família, -
0:44 - 0:46e transformando um almoço
na copa da UTI COVID -
0:46 - 0:51num ritual de banho de álcool na marmita
ou até mesmo no copo descartável. -
0:51 - 0:57Quando fazia 24 horas, era gelo no nariz
pra aliviar a dor da máscara, -
0:57 - 1:00depois de um banho lavando o cabelo
mais vezes do que o habitual, -
1:00 - 1:02se sentindo com a pele toda ressecada,
-
1:02 - 1:03sem tomar água,
-
1:03 - 1:05sem a mínima energia pra me cuidar.
-
1:06 - 1:09Tudo isso, lá no início,
parecia tanto sacrifício. -
1:10 - 1:12Ali talvez eu estivesse esgotada,
-
1:12 - 1:14mas hoje, não.
-
1:15 - 1:19Lá no início, apesar do medo da morte,
a sua banalização se tornou comum, -
1:19 - 1:23e talvez pra mim foi o mais difícil
de absorver nessa pandemia. -
1:24 - 1:27A invisibilização da morte,
a partir de quando ela foi pra periferia, -
1:27 - 1:29ou pro grupo de risco,
-
1:29 - 1:31tornou os números rotineiros,
-
1:31 - 1:34desfez a identidade humana de cada morte
-
1:34 - 1:38e transformou o índice num placar diário.
-
1:38 - 1:40Ninguém é da sua família, não é mesmo?
-
1:40 - 1:42Os caixões vazios,
-
1:42 - 1:46o ser chamada de assassina por familiares
durante uma notícia de óbito, -
1:46 - 1:50ou "Quanto você ganha
pra atestar um óbito pra COVID?" -
1:51 - 1:53Como doía ouvir isso!
-
1:53 - 1:55Como isso tudo me incomodou!
-
1:55 - 1:58Como esse barulho me incomodou!
-
1:58 - 2:01Mas hoje eu repito: eu não estou esgotada.
-
2:01 - 2:05Hoje eu prefiro me lembrar
do Danilo e do seu Francisco. -
2:05 - 2:09Danilo, um rapaz de 32 anos,
filho do seu Francisco, -
2:09 - 2:11e acabava de perder o pai,
-
2:11 - 2:14o quinto familiar
que ele perdia pra COVID. -
2:14 - 2:18O Danilo nem imagina,
mas ele mudou a minha vida. -
2:18 - 2:19Dar notícia de óbito
-
2:19 - 2:24sem dúvida se tornou uma das partes
mais difíceis pra mim nessa pandemia. -
2:24 - 2:26Aquela sensação de sair de casa
-
2:26 - 2:30pra atestar óbito o dia todo
de uma mesma doença. -
2:31 - 2:34Não poder abraçar um familiar
que acaba de perder um parente? -
2:34 - 2:36Ter medo até de oferecer um copo de água
-
2:36 - 2:40e contaminar mais um familiar
com um copo de hospital? -
2:40 - 2:43Não saber qual seria a reação da família
-
2:43 - 2:46diante de uma doença
tão desacreditada no início. -
2:46 - 2:49Tudo era muito novo, muita ansiedade.
-
2:49 - 2:53Mas o Danilo mudou a minha forma
de enxergar essa pandemia. -
2:53 - 2:56Depois de dar a notícia
de óbito do seu pai, -
2:56 - 2:58o Danilo teve um surto psiquiátrico.
-
2:58 - 3:00Ele gritava: "Vírus desgraçado!",
-
3:00 - 3:03e acabou quebrando a janela do hospital.
-
3:03 - 3:08Ele chorava e enxugava as lágrimas,
assim como todos os outros familiares. -
3:08 - 3:10E eu ali novamente precisava dizer:
-
3:10 - 3:13"Danilo, eu sei que está difícil,
-
3:13 - 3:15eu sei que não é o momento,
-
3:15 - 3:18mas, por favor, se puder,
evita tocar as mãos nos olhos. -
3:19 - 3:20Deixa as lágrimas escorrerem.
-
3:20 - 3:23O hospital está todo contaminado".
-
3:23 - 3:25O Danilo me prometeu que ia tentar
-
3:25 - 3:28e continuou me contando a história
dos outros familiares que adoeceram. -
3:29 - 3:33Já mais calmo, o Danilo me pediu
desculpa pelo surto e me agradeceu. -
3:33 - 3:34Ele me disse:
-
3:34 - 3:36"Doutora,
-
3:38 - 3:41graças a Deus, o meu pai morreu
nas mãos de alguém como a senhora. -
3:42 - 3:46Foi Deus que colocou tanto carinho
próximo a ele no final da vida". -
3:46 - 3:50E aí, quem começou a chorar,
tentando se segurar, fui eu. -
3:50 - 3:52Eu agradeci, me despedi
-
3:52 - 3:54e, quando já estava voltando
pra UTI COVID, -
3:54 - 3:57sem perceber, acabei levando
minhas mãos aos olhos -
3:57 - 3:58pra enxugar uma lágrima.
-
3:58 - 4:01E aí, vem o Danilo,
correndo no corredor e me gritando: -
4:01 - 4:05"Doutora, por favor,
não toca as mãos nos olhos. -
4:05 - 4:06Se cuida".
-
4:07 - 4:11O Danilo nem sonha com a importância
dessa frase na minha vida. -
4:12 - 4:14Eu tinha acabado de avisar pro Danilo
-
4:14 - 4:16que eu e a minha equipe
não tínhamos sido capazes -
4:16 - 4:19de devolver o seu pai
de volta pra sua família. -
4:19 - 4:21Eu tinha acabado de avisar pro Danilo
-
4:21 - 4:23que ele perdia o quinto familiar
pra uma mesma doença. -
4:24 - 4:26E o Danilo não só não teve raiva de mim,
-
4:26 - 4:30o Danilo me agradeceu,
o Danilo quis cuidar de mim. -
4:31 - 4:35O Danilo sempre foi
e sempre será a maioria. -
4:35 - 4:37E é esse o barulho que a gente deve ouvir.
-
4:37 - 4:40Nesse mesmo dia pela manhã,
nesse mesmo plantão, -
4:40 - 4:44eu havia sido chamada de assassina
por uma mãe que acabava de perder a filha, -
4:44 - 4:46também pra COVID.
-
4:46 - 4:47Eu não julgo.
-
4:47 - 4:49Cada um tem uma resposta psicológica
ao trauma, ao desastre, -
4:49 - 4:52mas ser chamada de assassina,
-
4:52 - 4:55expondo a minha própria vida
pra tentar salvar a dos outros? -
4:55 - 4:56Como assim?
-
4:56 - 5:00Eu passei a manhã toda
daquele plantão pensando nisso, -
5:00 - 5:02mas, no final da tarde, depois do Danilo,
-
5:02 - 5:05eu realmente percebi
qual barulho eu queria ouvir. -
5:06 - 5:09A dona Luzia foi uma outra paciente
-
5:09 - 5:12que mudou, fez uma grande
transformação na minha vida. -
5:12 - 5:16Sessenta e oito anos,
hipertensa, diabética, obesa, -
5:16 - 5:19ela realmente precisou ser entubada.
-
5:20 - 5:23Eu expliquei o procedimento,
jurei que ela não sentiria dor, -
5:23 - 5:27e ela me pediu pra fazer uma videochamada
com a filha antes de entubá-la. -
5:27 - 5:31A filha atendeu e, aos prantos,
por saber que a mãe seria entubada, -
5:31 - 5:33iniciou aquele discurso
que se tornou uma tortura -
5:33 - 5:36pra toda equipe de saúde
que assiste a essas videochamadas: -
5:37 - 5:38aquele discurso com teor de despedida
-
5:38 - 5:42que toda família tenta segurar
e disfarçar o choro, -
5:42 - 5:46mas não consegue disfarçar
o teor de despedida desse tipo de ligação. -
5:46 - 5:48Mas dona Luzia não permitiu.
-
5:48 - 5:50A dona Luzia deu um tapa na minha cara
-
5:50 - 5:53e na de toda a equipe de saúde
que assistia à videochamada. -
5:54 - 5:57Antes que a filha e o marido
continuassem naquele discurso pesado, -
5:57 - 5:59a dona Luzia disse:
-
5:59 - 6:00"Filha, parou!
-
6:00 - 6:03Parou porque a doutora não está
com tempo pra me entubar, não. -
6:03 - 6:05Eu só liguei porque eu preciso
fazer um pedido. -
6:05 - 6:07Na verdade, é uma ordem.
-
6:07 - 6:09Eu quero...
-
6:11 - 6:14que você compre um vestido
pra minha alta". -
6:15 - 6:18Eu nunca imaginei ouvir isso
antes de uma entubação. -
6:20 - 6:22Enquanto eu separava o material,
a dona Luzia me disse: -
6:22 - 6:24"Doutora,
-
6:24 - 6:26promete pra mim
que eu vou ver a minha filha?" -
6:26 - 6:28E só Deus sabe
-
6:28 - 6:31como dói quando a gente promete
e não consegue cumprir. -
6:31 - 6:32Eu prometi.
-
6:34 - 6:37Com todo o material separado,
a dona Luzia me disse: -
6:37 - 6:39"Doutora, pode me entubar.
-
6:39 - 6:41Eu amo a minha vida.
-
6:41 - 6:42Eu vou viver".
-
6:42 - 6:44A dona Luzia sabia.
-
6:44 - 6:45Ela ia ver a filha.
-
6:45 - 6:47Ela queria viver, e ela viveu.
-
6:48 - 6:51A dona Luzia só queria um vestido
pra alta hospitalar. -
6:52 - 6:54Dona Luzia sabe o valor da vida.
-
6:54 - 6:59Quantos só se dão conta
desse valor à vida e do respeito à vida -
6:59 - 7:00num leito de UTI?
-
7:01 - 7:03Talvez estar tão próximo
da vida e da morte -
7:03 - 7:05torne nós, da área da saúde,
-
7:05 - 7:09por um lado, depressivos;
por outro, amantes da vida. -
7:09 - 7:12E foi isso que essa pandemia me tornou.
-
7:12 - 7:15Hoje eu dou muito valor à minha vida.
-
7:16 - 7:18Já passou da hora
de se deslocar pro próximo. -
7:18 - 7:21Chega de nos imunizarmos à sensibilidade.
-
7:21 - 7:24Chega de banalizar sofrimento.
-
7:24 - 7:27Chega de fadiga por compaixão.
-
7:27 - 7:31Era isso que eu pensava
lá atrás, há 115 dias. -
7:31 - 7:37Hoje, depois do Danilo, da dona Luzia
e de tantos outros pacientes e familiares, -
7:37 - 7:41eu percebi que, sim,
dá pra acreditar na humanidade -
7:41 - 7:43e, sim, vai passar.
-
7:44 - 7:45Está todo mundo cansado.
-
7:45 - 7:48Não é pra ser diferente, é uma pandemia.
-
7:48 - 7:49Mas que quem pode
-
7:49 - 7:52se lembre do privilégio
que é poder estar em casa -
7:52 - 7:55nesse momento tão delicado pra sociedade.
-
7:55 - 7:57Que quem não pode estar em casa
-
7:57 - 7:59se lembre do privilégio que é poder sair
-
7:59 - 8:02e se expor com saúde,
com medidas de proteção, -
8:02 - 8:05pra continuar lutando
pra colocar comida na mesa -
8:05 - 8:08e não lutando pela sobrevivência
num leito de UTI. -
8:09 - 8:11Que quem está, neste exato
momento, num leito de UTI -
8:11 - 8:16se lembre do privilégio
que é estar numa fila de UTI. -
8:16 - 8:20Que aqueles que estão ansiosos
por reencontrar os familiares -
8:20 - 8:22se lembrem do privilégio
que é ter uma família completa -
8:22 - 8:24e não afetada pela COVID.
-
8:25 - 8:27Que a gente saiba se postar na gratidão
-
8:27 - 8:31por estarmos vivos, depois de 120 dias
de uma pandemia mundial -
8:31 - 8:33e mais próximos do fim do que antes.
-
8:34 - 8:38Aquele "todo mundo vai pegar"
não precisa ser verdade. -
8:38 - 8:40Eu ainda não me contaminei.
-
8:40 - 8:43Talvez por sorte, genética,
imunidade cruzada. -
8:43 - 8:45Talvez por excesso de cuidados.
-
8:46 - 8:49Talvez eu esteja contaminada
neste exato momento, -
8:49 - 8:51apesar de tantos testes negativos.
-
8:51 - 8:53Mas talvez eu saia dessa pandemia,
-
8:53 - 8:56mesmo como uma médica
que atua em até quatro UTIs COVID, -
8:56 - 8:58sem me contaminar.
-
8:59 - 9:04Oitenta e três mil profissionais de saúde
já adoeceram no Brasil. -
9:05 - 9:09O meu maior respeito e sentimentos
-
9:11 - 9:14a todos os colegas
que a gente perdeu nessa batalha. -
9:15 - 9:16Mas já pararam pra pensar
-
9:16 - 9:20quantos profissionais de saúde
altamente expostos -
9:20 - 9:22ainda não se contaminaram?
-
9:22 - 9:25Quantos realmente não irão se contaminar?
-
9:25 - 9:27Será que a gente
precisa realmente acreditar -
9:27 - 9:29que todo mundo precisa se contaminar
-
9:29 - 9:32e que, pra nós, vai ser apenas uma gripe?
-
9:33 - 9:35Eu me lembro de um dia...
-
9:36 - 9:38Eu não sei quando isso vai acabar.
-
9:39 - 9:40Ninguém tem essa resposta.
-
9:41 - 9:45A gente segue contando os dias
sem saber quando chega o fim, -
9:46 - 9:49mas sabendo, ao menos, que a gente
está mais próximo do que antes. -
9:53 - 9:56No início, eu via tudo isso
como um sacrifício. -
9:56 - 10:00Hoje eu só consigo pensar
como seria na Idade Média. -
10:00 - 10:02A gente está vivendo uma pandemia
-
10:02 - 10:04com uma promessa de vacina
-
10:04 - 10:07em tempo sem precedentes
na história da humanidade. -
10:08 - 10:09Nada certo,
-
10:09 - 10:12a gente ainda não tem nada concluído,
-
10:12 - 10:13mas a gente tem a ciência,
-
10:13 - 10:17a ciência que nos ensinou
a cuidar melhor desses pacientes, -
10:17 - 10:21a ciência que segue buscando a cura
e reduzindo a mortalidade. -
10:22 - 10:23Sim, a gente tem a ciência,
-
10:23 - 10:27uma ciência que nos pede um tempo,
-
10:27 - 10:29que nos promete uma vacina e te pede:
-
10:30 - 10:35"Por favor, lave a mão, use a máscara
e, se puder, fique em casa". -
10:36 - 10:38Isso tudo vai passar.
-
10:38 - 10:39Vai passar.
-
10:39 - 10:41É a única certeza, e é unânime.
-
10:41 - 10:43Já está passando.
-
10:43 - 10:46Será que vale mesmo a pena
a gente chutar o balde -
10:46 - 10:48depois de 115 dias de isolamento?
-
10:49 - 10:52Será que vale mesmo a pena
a gente chutar o balde, -
10:52 - 10:53com uma das vacinas mais promissoras,
-
10:53 - 10:55em pleno século 21,
-
10:55 - 10:56sendo testadas no Brasil?
-
10:57 - 10:59Sim, está todo mundo esgotado.
-
10:59 - 11:01Eu me lembro de um dia
-
11:01 - 11:06em que eu quase não lavei um talher
que encostou na mesa da copa da UTI COVID. -
11:07 - 11:09O álcool estava longe,
e não tinha detergente na pia. -
11:09 - 11:11Eu estava cansada daquele lava-lava.
-
11:12 - 11:13Mas eu me lembrei da minha mãe,
-
11:13 - 11:15e eu me lembrei de alguns pacientes.
-
11:16 - 11:19Eu pensei: "Eu quero ver
a minha mãe de novo". -
11:20 - 11:23Será que a minha vida vale a preguiça
de passar álcool num garfo? -
11:24 - 11:26Será que ver o meu pai
e a minha mãe de novo -
11:26 - 11:27não vale qualquer esforço?
-
11:27 - 11:29E que esforço é esse?
-
11:30 - 11:32Lavar a mão, usar uma máscara.
-
11:33 - 11:35Sim, está todo mundo cansado.
-
11:35 - 11:38Eu também quase não lavei
o garfo nesse dia. -
11:38 - 11:41Eu também quase não usei a máscara N95
-
11:41 - 11:44quando eu não estava
no setor da COVID, no hospital. -
11:44 - 11:47Talvez esse fosse o meu "chutar o balde".
-
11:48 - 11:51Mas a dona Luzia me ensinou
que eu também quero viver, -
11:51 - 11:54e que eu não posso chamar
de sacrifício lavar as mãos, -
11:54 - 11:56quando muitos não têm
acesso a água e sabão. -
11:57 - 11:58Eu quero viver,
-
11:58 - 12:01e não serão mais seis meses
ou um ano de autocuidado -
12:01 - 12:02que vão me impedir disso.
-
12:03 - 12:05Eu posso me contaminar,
-
12:05 - 12:06eu posso adoecer,
-
12:07 - 12:09mas eu vou me cuidar.
-
12:09 - 12:14Que todo mundo que está agora esgotado,
emocionalmente ou financeiramente, -
12:14 - 12:19se lembre de que lavar as mãos,
usar máscara e não levar a mão ao rosto -
12:19 - 12:22pode te levar vivo
até a cura ou uma vacina; -
12:23 - 12:25que confiar na ciência
-
12:25 - 12:27e acreditar em dias melhores,
-
12:27 - 12:28neste momento,
-
12:28 - 12:30é questão de sobrevivência.
-
12:31 - 12:32E que acreditem:
-
12:33 - 12:35pra alguns, realmente pode ser uma gripe;
-
12:35 - 12:37pra outros, pode ser a morte;
-
12:38 - 12:40mas, pra você, pode ser
apenas uma lembrança -
12:40 - 12:43de um período difícil de isolamento social
-
12:43 - 12:44com medidas de higiene,
-
12:44 - 12:46aguardando a cura ou a vacina.
-
12:47 - 12:48Eu repito:
-
12:48 - 12:51nem todos precisam se contaminar.
-
12:51 - 12:53Escolham viver.
-
12:53 - 12:54E acreditem:
-
12:54 - 12:55vai passar.
-
12:55 - 12:57Obrigada.
-
12:57 - 12:58(Buzinas)
- Title:
- O que aprendi na UTI de COVID-19 | Nathalia Guapyassu | TEDxSãoPaulo
- Description:
-
Nathalia conta sua experiência na UTI de dois hospitais públicos de São Paulo e explica porque temos tantos bons motivos para acreditar que esse período vai passar. Formada em medicina, Nathalia atualmente trabalha na UTI de dois hospitais públicos de São Paulo. Suas publicações nas redes sociais sobre a dura realidade de trabalhar na linha de frente no enfrentamento da pandemia da COVID-19 viralizaram, ajudando a educar milhares de pessoas.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Portuguese, Brazilian
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 13:05