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Phil Plait: Como defender a Terra de asteroides

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    Quero falar a vocês sobre algo
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    meio grande.
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    Começamos aqui.
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    Há 65 milhões de anos
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    os dinossauros tiveram um dia ruim.
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    (Risadas)
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    Um pedaço de rocha de seis milhas,
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    movendo-se mais ou menos a 50 vezes
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    a velocidade de uma bala de rifle,
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    chocou-se com a Terra.
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    Liberou toda sua energia de uma vez,
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    e foi uma explosão
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    paralisante.
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    Se você pegar cada arma nuclear produzida
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    no pico da Guerra Fria
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    amontoá-las e explodi-las
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    ao mesmo tempo,
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    isso seria um milionésimo
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    da energia liberada naquele momento.
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    Os dinossauros tiveram realmente um dia péssimo.
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    Ok?
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    Agora, uma rocha de seis milhas é muito grande.
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    Todos vivemos aqui em Boulder.
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    Se você olhar pela sua janela você pode ver
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    o Long´s Peak, provavelmente ele é familiar a você.
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    Agora, escave o Long´s Peak e coloque-o lá
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    no espaço.
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    Pegue o Meeker, Monte Meeker. Junte-o
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    e coloque isso no espaço também,
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    e o Monte Everest, e o K2,
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    e os picos indianos.
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    Então você começa a ter uma ideia
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    de quanta rocha estamos falando, ok?
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    Sabemos que era desse tamanho por causa
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    do impacto que teve e da cratera que deixou.
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    Ele se chocou no que agora conhecemos como Yucatan,
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    o Golfo do México.
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    Você pode ver aqui, há a
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    Península de Yucatan, se você reconhece Cozumel
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    ali na costa leste.
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    Aqui o tamanho da cratera que ficou.
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    Era imensa. Para dar-lhes uma ideia da escala,
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    ok, lá vai. A escala aqui é
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    50 milhas no topo, cem quilômetros
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    na base. Essa coisa tinha
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    300 quilômetros -- 200 milhas --
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    uma enorme cratera que escavou
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    imensa quantidade de terra que se espalhou ao redor
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    do globo e provocou incêndios por todo o planeta,
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    levantou poeira o bastante para esconder o sol.
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    Liquidou com 75 por cento de todas as espécies
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    na Terra.
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    Agora, nem todos os asteroides são desse tamanho.
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    Alguns deles são menores.
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    Aqui está um que surgiu
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    sobre os Estados Unidos,
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    em outubro de 1992.
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    Ele apareceu numa sexta-feira à noite.
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    Por que isso é importante?
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    Porque, à época, as câmeras de vídeo estavam
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    começando a ficar populares, e as pessoas
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    as carregavam, pais as levavam
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    aos jogos de futebol dos filhos para filmar as crianças
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    jogando futebol. E como isso apareceu em uma sexta-feira,
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    eles conseguiram fazer essa filmagem legal
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    dessa coisa se desintegrando enquanto passa
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    sobre a Virgínia, Maryland, Pensilvânia
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    e New Jersey até que fez isso
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    num carro em New York.
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    (Risadas)
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    Bem, isso não é uma cratera de 200 milhas,
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    mas você pode ver aí a rocha
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    que está bem aqui,
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    mais ou menos o tamanho de uma bola de futebol, que atingiu
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    esse carro e fez esse estrago.
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    Agora essa coisa provavelmente era mais ou menos do tamanho
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    de um ônibus escolar quando apareceu.
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    Ela se fragmentou com a pressão atmosférica,
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    desintegrou-se e os pedaços se separaram
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    e causaram alguns danos.
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    Você não iria querer isso caindo em seu pé
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    ou em sua cabeça, porque ela faria isso.
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    E isso seria péssimo.
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    Mas ela não iria dizimar, vocês sabem, toda a vida
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    na Terra, então tudo bem. Mas acontece
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    que você não precisa de algo com seis milhas de extensão
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    para ter um grande estrago.
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    Há um ponto médio entre rochas pequenas
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    e rochas gigantes e, na verdade, se qualquer um de vocês
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    já esteve perto de Winslow, no Arizona,
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    há uma cratera lá no deserto que é
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    tão icônica que é realmente chamada de Cratera Meteoro.
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    Para dar-lhes uma ideia da escala, ela tem mais ou menos uma milha.
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    Se você olha de cima, isso é um estacionamento
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    e aqueles são veículos de passeio bem ali.
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    Assim, tem mais ou menos uma milha, 600 pés de profundidade.
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    O objeto que formou isso tinha provavelmente mais ou menos
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    de 30 a 50 jardas, portanto aproximadamente o tamanho
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    do Auditório Mackey aqui.
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    Apareceu com uma velocidade tremenda,
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    bateu no chão, estourou
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    e explodiu com a energia de aproximadamente
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    uma bomba nuclear de 20 megatons --
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    uma bomba muito pesada.
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    Isso aconteceu 50.000 anos atrás, dessa forma ele deve ter
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    destruído alguns búfalos, ou antílopes
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    ou algo assim lá no deserto,
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    mas provavelmente não teria causado
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    devastação global.
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    Acontece que essas coisas não têm que
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    atingir o chão para fazer muito estrago.
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    Assim, em 1908, sobre a Sibéria, perto da
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    região de Tunguska -- para os que são
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    fãs de Dan Aykroyd e assistiram "Caçadores de Fantasmas",
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    quando ele fala da maior falha dimensional
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    desde a explosão na Sibéria, em 1909,
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    ele erra a data, mas tudo bem. (Risadas)
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    Foi em 1908. Certo. Aguento isso.
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    (Risadas)
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    Outra rocha surgiu na atmosfera da Terra
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    e esta explodiu acima do solo, várias
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    milhas acima da superfície da Terra.
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    O calor da explosão pôs fogo na
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    floresta abaixo, então a onda de choque
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    desceu e destruiu árvores por
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    centenas de milhas quadradas, ok?
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    Isso fez um estrago monumental.
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    Novamente, essa era provavelmente uma rocha mais ou menos
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    do tamanho desse auditório em que estamos.
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    Na Cratera Meteoro, ela era de metal,
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    e o metal é muito mais duro, então ela chegou
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    até o chão.
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    Aquela sobre Tunguska era provavelmente
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    de rocha, que se quebra mais facilmente, daí ela
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    explodiu no ar. De qualquer forma, essas são
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    explosões tremendas, 20 megatons.
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    Agora, quando essas coisas explodem, elas não
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    vão provocar danos ecológicos globais.
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    Elas não vão fazer algo como
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    a que liquidou os dinossauros fez.
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    Elas não são grandes o bastante.
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    Mas elas causarão danos econômicos globais,
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    porque elas não têm que bater, necessariamente,
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    para provocar esse tipo de prejuízo.
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    Elas não têm que causar devastação global.
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    Se uma dessas coisas atingisse
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    qualquer lugar, ela causaria pânico.
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    Mas se ela vier sobre uma cidade, uma cidade importante --
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    não que qualquer cidade seja mais importante que outra,
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    mas dependemos mais de algumas
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    como base econômica global -- isso poderia provocar
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    um enorme dano para nós
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    como civilização.
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    Bom, agora que eu os assustei bastante...
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    (Risadas)
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    o que podemos fazer sobre isso? Certo?
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    Essa é uma ameaça potencial.
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    Deixem-me dizer que não tivemos
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    um impacto gigante como o que dizimou os dinossauros
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    por 65 milhões de anos. Eles são muito raros.
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    Os pequenos acontecem mais frequentemente, mas
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    provavelmente a cada milênio,
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    dentro de alguns séculos ou dentro de alguns milhares
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    de anos, mas ainda é algo com que se deve ter cuidado.
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    Bem, o que fazemos sobre eles?
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    A primeira coisa que temos de fazer é encontrá-los.
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    Esta é a imagem de um asteroide que passou
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    por nós em 2009.
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    Está bem aqui.
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    Mas vocês podem ver que é extremamente esmaecido.
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    Não sei mesmo se vocês podem ver isso
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    nas filas de trás. Estas são as estrelas.
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    Esta é uma rocha que tinha mais ou menos 30 jardas,
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    portanto aproximadamente o tamanho daquelas que explodiram
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    sobre Tunguska e atingiram o Arizona 50.000 anos atrás.
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    Essas coisas são pouco nítidas.
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    São difíceis de ver, e o céu é realmente grande.
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    Precisamos encontrar essas coisas primeiro.
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    Bem, a boa notícia é que estamos procurando por elas.
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    A NASA destinou dinheiro para isso.
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    A National Science Foundation, outros
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    países estão muito interessados em fazer isso.
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    Estamos construindo telescópios que estão procurando
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    pela ameaça. Este é um ótimo primeiro passo,
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    mas qual é o segundo passo? O segundo passo
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    é que se virmos um se encaminhando para nós,
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    temos que pará-lo. O que fazemos?
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    Vocês provavelmente ouviram a respeito do asteroide
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    Apofis. Se ainda não ouviram, vão ouvir.
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    Se ouviram sobre 2012, o apocalipse Maia,
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    vocês vão ouvir sobre Apofis,
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    porque estão todos focados em redes de
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    Julgamento Final de qualquer forma.
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    Apofis é um asteroide que foi descoberto em 2004.
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    Tem aproximadamente 250 jardas, portanto é
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    bem grande -- tamanho grande, sabem,
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    maior que um estádio de futebol -- e vai
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    passar pela Terra em abril de 2029.
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    E vai passar tão perto de nós que
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    realmente vai chegar abaixo
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    de nossos satélites meteorológicos.
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    A gravidade da Terra vai inclinar a órbita
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    dessa coisa tanto que se estiver aqui,
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    se ela passar através dessa região do espaço,
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    esta região em forma de feijão chamada
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    de buraco de fechadura, a gravidade da Terra o inclinará
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    o bastante para que sete anos depois,
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    em 13 de abril, que é uma sexta-feira, acrescento,
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    no ano 2036... (Risadas)
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    -- você não pode planejar esse tipo de coisa --
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    Apofis vai nos atingir. E ele tem
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    250 metros, ele faria
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    um estrago inacreditável.
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    Agora a boa notícia é que a probabilidade de que ele
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    realmente passe através desse buraco de fechadura e
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    nos atinja é de uma em um milhão,
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    aproximadamente -- probabilidade muito, muito baixa, portanto, pessoalmente
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    não vou ficar acordado à noite me preocupando com isso de forma nenhuma.
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    Não acho que Apofis seja um problema.
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    Na verdade, Apofis é uma bênção disfarçada,
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    porque nos despertou para o perigo
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    dessas coisas.
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    Essa coisa foi descoberta somente alguns anos
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    atrás e poderia atingir-nos daqui a alguns anos.
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    Não atingirá, mas nos dá a chance de estudar
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    esses tipos de asteroides. Nós realmente
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    não entendíamos esses buracos de fechadura,
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    agora entendemos e acontece
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    que isso é realmente importante, porque como você
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    para um asteroide igual a esse?
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    Bem, deixe-me perguntar-lhe o que acontece se você está
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    parado no meio da estrada e um carro
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    vem em sua direção? O que você faz? Você faz isto.
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    Certo? Você se move. O carro passa por você.
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    Mas não podemos mover a Terra, pelo menos
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    não facilmente, mas podemos mover um pequeno asteroide.
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    E acontece que fizemos mesmo isso.
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    No ano de 2005, a NASA lançou uma sonda
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    chamada Impacto Profundo, que atingiu --
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    um pedaço dela atingiu o núcleo de um cometa.
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    Cometas são muito parecidos com asteroides.
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    O propósito não era empurrá-lo para fora de sua órbita.
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    O propósito era fazer uma cratera para escavar
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    o material e ver o que estava abaixo
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    da superfície desse cometa, sobre o qual
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    aprendemos bastante.
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    Nós de fato movemos o cometa um pouquinho,
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    não muito, mas esse não era o propósito.
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    Entretanto, pense nisso.
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    Essa coisa está orbitando o sol a
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    10 milhas por segundo, 20 milhas por segundo.
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    Atiramos uma sonda espacial sobre ela e acertamos. Ok?
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    Imagine o quão difícil isso deve ser, e nós fizemos isso.
  • 9:30 - 9:33
    Isso significa que podemos fazer novamente.
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    Se precisarmos, se virmos um asteroide vindo
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    em nossa direção, que se encaminha diretamente para nós,
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    e temos dois anos para isso, bum! Nós o atingimos.
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    Podemos tentar -- sabem, se veem
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    filmes, vocês podem pensar,
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    por que não usamos uma arma nuclear?
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    É o caso, bem, você pode tentar isso, mas o problema é a cronometragem.
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    Se você dispara uma arma nuclear nessa coisa,
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    você tem que explodi-la dentro de alguns milissegundos
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    de tolerância ou você o perderá.
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    E há muitos outros problemas
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    com isso. É muito difícil de fazer.
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    Mas, só atingir algo? Isso é bem fácil.
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    Acho que até a NASA pode fazer isso,
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    e eles provaram que podem. (Risadas)
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    O problema é o que aconteceria se você atingisse
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    esse asteroide, se você alterasse a órbita,
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    você calcula a órbita e daí você descobre,
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    oh, sim, você acabou de empurrá-lo para o buraco de fechadura
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    e agora ele vai nos atingir em três anos.
  • 10:14 - 10:16
    Bem, é minha opinião, certo. Ok?
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    Não vai nos atingir em seis meses. Isso é bom.
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    Agora temos três anos para fazer mais alguma coisa.
  • 10:21 - 10:23
    E podemos atingi-lo novamente. Isso é meio
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    desajeitado. Você poderia empurrá-lo para um terceiro
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    buraco de fechadura ou coisa parecida, portanto você não faz isso.
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    E esta é a parte, esta é a parte que eu adoro.
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    (Risadas)
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    Depois que o machão diz "Rrrr BAM! Vamos
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    bater na cara dessa coisa",
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    aí você apresenta as luvas de pelica.
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    (Risadas)
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    Há um grupo de cientistas e engenheiros
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    e astronautas e eles chamam a si mesmos de
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    Fundação B612. Para aqueles
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    que leram "O Pequeno Príncipe",
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    vocês entendem essa referência, espero. O pequeno príncipe
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    morava em um asteroide que era chamado B612.
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    Esses são sujeitos espertos -- homens e mulheres --
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    astronautas, como eu disse, engenheiros.
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    Rusty Schweickart, que era um astronauta na
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    Apolo 9, está nisto. Dan Durda, meu amigo
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    que fez esta imagem, trabalha aqui no
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    Southwest Research Institute, em Boulder,
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    na Rua Walnut. Ele criou esta imagem para isto,
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    e ele é realmente um dos astrônomos
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    que trabalha para eles. Se nós virmos um asteroide
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    que vai atingir a Terra e tivermos
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    tempo bastante, podemos atingi-lo para colocá-lo numa
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    órbita melhor. Então o que fazemos é: lançamos
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    uma sonda que tem que pesar uma tonelada ou duas.
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    Não tem que ser enorme -- algumas toneladas,
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    não tão grande -- e você a estaciona perto do asteroide.
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    Você não pousa nele, porque essas coisas vivem
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    dando cambalhotas. É muito difícil pousar neles.
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    Em vez disso, você fica perto dele.
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    A gravidade do asteroide atua sobre a sonda,
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    e a sonda tem algumas toneladas de massa.
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    Ela tem só um pouquinho de gravidade, mas é o suficiente
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    para que possa puxar o asteroide, e você ajusta
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    seus foguetes, para que você possa -- oh, você mal pode
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    vê-los aqui, mas há foguetes alinhados -- e você
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    basicamente, esses sujeitos estão conectados pelas
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    próprias gravidades, e se você move a sonda muito
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    vagarosamente, muito, muito suavemente, você pode delicadamente
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    afastar essa rocha para uma órbita segura.
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    Você pode mesmo colocá-la numa órbita ao redor da Terra
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    onde poderíamos fazer mineração nela, se bem que essa é
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    uma coisa completamente diferente, não falarei disso.
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    (Risadas)
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    Mas ficaríamos ricos!
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    (Risadas)
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    Então, pense nisso, certo?
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    Há essas rochas gigantes voando lá fora,
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    e elas vão nos atingir, vão provocar
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    grandes danos para nós, mas descobrimos como fazer
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    isso, e todas as peças estão preparadas para fazer isso.
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    Temos astrônomos, a postos, com telescópios
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    procurando por elas. Temos pessoas inteligentes,
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    pessoas muito, muito espertas, que estão preocupadas
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    com isso e imaginando como resolver o
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    problema, e temos a tecnologia para fazer isso.
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    Essa sonda, de fato, não pode usar foguetes químicos.
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    Foguetes químicos proporcionam muita impulsão,
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    muito empuxo. A sonda arremeteria para longe.
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    Inventamos algo chamado tração a íon,
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    que é um motor de impulsão muito, muito baixa.
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    Ele gera a força que um pedaço de papel
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    teria em sua mão, incrivelmente leve,
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    mas pode funcionar por meses e anos,
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    fornecendo aquele empurrão suave.
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    Se alguém aqui é fã da série "Star Trek" original,
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    eles toparam com uma nave alienígena que tinha
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    tração a íon, e Spock disse:
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    "Eles são muito sofisticados tecnicamente.
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    Estão cem anos à nossa frente com essa tração."
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    Sim, agora temos a tração a íon. (Risadas)
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    Não temos a Enterprise, mas
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    temos a tração a íon.
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    (Aplausos)
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    Spock.
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    (Risadas)
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    Então..
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    essa é a diferença, essa é a diferença
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    entre nós e os dinossauros.
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    Isso aconteceu com eles.
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    Não tem que acontecer conosco.
  • 13:32 - 13:35
    A diferença entre os dinossauros e nós
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    é que temos um programa espacial
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    e podemos votar,
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    e assim podemos mudar nosso futuro.
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    (Risadas)
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    Temos a capacidade de mudar nosso futuro.
  • 13:46 - 13:48
    Daqui a 65 milhões de anos,
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    não precisamos ter nossos ossos
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    ajuntando poeira em um museu.
  • 13:52 - 13:54
    Muito obrigado.
  • 13:54 - 13:55
    (Aplausos)
Title:
Phil Plait: Como defender a Terra de asteroides
Speaker:
Phil Plait
Description:

O que tem seis milhas de extensão e pode acabar com a civilização em um instante? Um asteroide -- e há muitos lá fora. Com humor e ótimas imagens, Phil Plait fascina a audiência do TEDxBoulder com todas as formas com que os asteroides podem matar, e o que devemos fazer para evitá-los.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:56
Isabel Villan added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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