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Como usar a análise de dados para criar um programa de TV de sucesso

  • 0:01 - 0:05
    Roy Price é um homem do qual
    provavelmente nunca ouviram falar,
  • 0:05 - 0:08
    ainda que ele tenha sido responsável
  • 0:08 - 0:14
    por uns 22 minutos algo medíocres
    da nossa vida, a 19 de Abril de 2013.
  • 0:15 - 0:18
    Pode ter sido também responsável
    por 22 minutos muito agradáveis,
  • 0:18 - 0:20
    mas não para muitos de vocês.
  • 0:20 - 0:22
    E tudo isso remonta a uma decisão
  • 0:22 - 0:24
    que Roy teve de fazer
    há cerca de três anos.
  • 0:24 - 0:29
    Pois vejam, Roy Price
    é um executivo sénior na Amazon Studios.
  • 0:29 - 0:32
    É a empresa de produção televisiva
    da Amazon.
  • 0:32 - 0:35
    Tem 47 anos, é esbelto,
    com o cabelo espetado,
  • 0:35 - 0:40
    descreve-se no Twitter como
    "filmes, TV, tecnologia, tacos."
  • 0:41 - 0:45
    Roy Price tem um trabalho importante,
    porque é da sua responsabilidade
  • 0:45 - 0:49
    escolher programas, o conteúdo original
    que a Amazon vai fazer.
  • 0:49 - 0:52
    Claro que esse é um espaço
    muito competitivo.
  • 0:52 - 0:54
    Quero dizer, há tantos
    programas televisivos já lançados,
  • 0:54 - 0:57
    que Roy não pode escolher
    qualquer programa.
  • 0:57 - 1:01
    Tem que encontrar programas
    que sejam mesmo, mesmo bons.
  • 1:01 - 1:04
    Por outras palavras,
    tem que encontrar programas
  • 1:04 - 1:06
    que estejam do lado direito
    desta curva aqui.
  • 1:06 - 1:09
    Esta curva aqui
    é a distribuição de avaliações
  • 1:09 - 1:13
    de cerca de 2500 programas de TV,
    no site do IMDb.
  • 1:13 - 1:16
    Essas avaliações vão de 1 a 10.
  • 1:16 - 1:19
    Esta altura aqui mostra quantos
    programas obtêm essa avaliação.
  • 1:19 - 1:24
    Se o programa tem uma avaliação
    de 9 pontos ou superior, é um vencedor.
  • 1:24 - 1:26
    Assim temos 2% de programas de topo.
  • 1:26 - 1:29
    São programas como o "Breaking Bad",
    "Game of Thrones", "The Wire",
  • 1:29 - 1:32
    todos esses programas que são viciantes,
  • 1:32 - 1:35
    em que, depois de se ter visto uma série,
    o cérebro fica assim como:
  • 1:35 - 1:38
    "Onde posso obter mais
    destes episódios?"
  • 1:38 - 1:39
    Esse tipo de programas.
  • 1:39 - 1:42
    No lado esquerdo, só para clarificar,
    tem-se, por outro lado,
  • 1:42 - 1:45
    um programa chamado
    "Toddlers and Tiaras"...
  • 1:45 - 1:47
    (Risos)
  • 1:47 - 1:49
    ... que deve dizer o suficiente
  • 1:49 - 1:51
    sobre o que se passa neste lado da curva.
  • 1:51 - 1:55
    Agora, o Roy Price não está preocupado
    em ficar do lado esquerdo da curva,
  • 1:55 - 1:58
    porque acho que é preciso ter
    um sério poder mental
  • 1:58 - 2:00
    para superar "Toddlers e Tiaras."
  • 2:00 - 2:04
    Ele está preocupado
    com esta parte aqui no meio,
  • 2:04 - 2:06
    a parte da TV mediana.
  • 2:06 - 2:09
    Vocês sabem, aqueles programas
    que são mais ou menos,
  • 2:09 - 2:11
    que não vos deixam entusiasmados.
  • 2:11 - 2:15
    Ele tem que ter a certeza
    que fica do lado direito da curva.
  • 2:15 - 2:17
    A pressão é máxima,
  • 2:17 - 2:19
    e claro que é também a primeira vez
  • 2:19 - 2:21
    que a Amazon está a fazer algo assim,
  • 2:21 - 2:25
    por isso o Roy Price não quer arriscar.
  • 2:25 - 2:27
    Ele quer fabricar um sucesso.
  • 2:27 - 2:29
    Ele precisa de sucesso garantido.
  • 2:29 - 2:32
    Então o que ele faz é
    lançar uma competição.
  • 2:32 - 2:35
    Pega numa data de ideias
    para programas de TV
  • 2:35 - 2:37
    e a partir dessas ideias,
    através de uma avaliação,
  • 2:37 - 2:41
    selecionam 8 candidatos
    para programas de TV.
  • 2:41 - 2:44
    Depois faz só o 1º episódio
    de cada um desses programas
  • 2:44 - 2:47
    e põe-nos "online" grátis,
    para toda a gente ver.
  • 2:47 - 2:50
    E quando a Amazon dá coisas grátis,
  • 2:50 - 2:52
    toda a gente a vai ver, não é?
  • 2:52 - 2:56
    Há milhões de telespectadores
    a ver esses episódios.
  • 2:56 - 3:00
    O que eles não se apercebem é que,
    enquanto estão a ver o programa,
  • 3:00 - 3:02
    estão ser observados.
  • 3:02 - 3:05
    Estão a ser observados
    pelo Roy Price e pela sua equipa
  • 3:05 - 3:06
    que gravam tudo.
  • 3:06 - 3:09
    Gravam quando alguém pressiona "Play",
    quando alguém pressiona "Pausa",
  • 3:09 - 3:12
    que partes passam à frente,
    que partes vêem de novo.
  • 3:12 - 3:14
    Recolhem milhares de dados,
  • 3:14 - 3:16
    porque querem ter essa informação
  • 3:16 - 3:19
    para depois decidir
    que programa devem fazer.
  • 3:19 - 3:21
    E claro, recolhem toda a informação,
  • 3:21 - 3:24
    analisam-na, e a resposta surge.
  • 3:24 - 3:25
    E a resposta é:
  • 3:25 - 3:29
    "A Amazon devia fazer uma comédia
    sobre 4 senadores Republicanos dos EUA."
  • 3:29 - 3:30
    (Risos)
  • 3:30 - 3:32
    Fizeram esse programa.
  • 3:32 - 3:34
    Então? Alguém sabe o nome desse programa?
  • 3:35 - 3:36
    Audiência: "Alpha House."
  • 3:36 - 3:38
    Sim, "Alpha House,"
  • 3:38 - 3:42
    mas parece que poucos aqui
    se lembram desse programa,
  • 3:42 - 3:43
    porque não ficou assim tão bom.
  • 3:44 - 3:46
    Na verdade, é só um programa mediano,
  • 3:46 - 3:50
    literalmente, de facto,
    porque a média da curva está em 7,4
  • 3:50 - 3:53
    e "Alpha House" tem 7,5.
  • 3:53 - 3:55
    Portanto, está ligeiramente acima da média,
  • 3:55 - 3:58
    mas certamente não é o que Roy Price
    e a sua equipa queriam atingir.
  • 3:58 - 4:01
    Mas, entretanto,
    por volta da mesma altura,
  • 4:01 - 4:03
    numa outra empresa
  • 4:03 - 4:07
    outro executivo produziu um programa
    do topo, usando análise de dados.
  • 4:07 - 4:10
    Chama-se Ted, Ted Sarandos,
  • 4:10 - 4:12
    é o diretor de Conteúdos da Netflix.
  • 4:12 - 4:15
    Tal como o Roy,
    ele está numa missão constante
  • 4:15 - 4:16
    para encontrar um programa de topo
  • 4:16 - 4:18
    e também usa dados para fazer isso,
  • 4:18 - 4:20
    excepto que o faz de forma
    um pouco diferente.
  • 4:20 - 4:24
    Em vez de lançar uma competição,
    ele e a sua equipa
  • 4:24 - 4:27
    olharam para todos os dados que tinham
    sobre os telespectadores da Netflix,
  • 4:27 - 4:29
    as avaliações que dão aos programas,
  • 4:29 - 4:32
    o historial de visualizações,
    o que gostam, etc.
  • 4:32 - 4:34
    Depois usaram esses dados
    para descobrir
  • 4:34 - 4:37
    toda a informação e mais alguma
    sobre a audiência:
  • 4:37 - 4:38
    que tipos de programas gostam,
  • 4:38 - 4:40
    que tipo de produtores,
    que tipo de actores.
  • 4:40 - 4:43
    Depois de terem
    toda essa informação junta,
  • 4:43 - 4:45
    num acto de fé,
  • 4:45 - 4:47
    decidiram licenciar,
  • 4:47 - 4:49
    não uma comédia sobre quatro senadores
  • 4:49 - 4:52
    mas uma série dramática sobre
    um único senador.
  • 4:53 - 4:54
    Vocês conhecem o programa?
  • 4:54 - 4:56
    (Risos)
  • 4:56 - 5:00
    Sim, "House of Cards", e a Netflix claro,
    acertou em cheio com esse programa,
  • 5:00 - 5:02
    pelos menos nas primeiras duas temporadas.
  • 5:02 - 5:05
    (Risos)
  • 5:05 - 5:06
    (Aplausos)
  • 5:06 - 5:09
    "House of Cards" tem uma avaliação
    de 9,1 nesta curva.
  • 5:09 - 5:12
    Exactamente onde queriam
    que estivesse.
  • 5:12 - 5:15
    Agora, a pergunta é:
    "O que aconteceu aqui?"
  • 5:15 - 5:18
    Temos duas empresas muito competitivas
    que usam análise de dados.
  • 5:18 - 5:20
    Relacionam estes milhões
    de pontos de informação,
  • 5:20 - 5:22
    mas depois funciona lindamente
    para um deles,
  • 5:22 - 5:24
    e não funciona para outro.
  • 5:24 - 5:26
    Então porquê?
  • 5:26 - 5:29
    Porque a lógica diz
    que isto devia resultar todas as vezes.
  • 5:29 - 5:32
    Quero dizer, se estamos a recolher
    milhares de dados
  • 5:32 - 5:33
    para tomar uma decisão
  • 5:33 - 5:36
    então devíamos conseguir
    tomar uma boa decisão.
  • 5:36 - 5:38
    Temos 200 anos de estatísticas
    com que podemos contar.
  • 5:38 - 5:41
    Estamos a amplificá-la
    com computadores muito potentes.
  • 5:41 - 5:45
    O mínimo que podíamos esperar
    é boa televisão, ou não é?
  • 5:46 - 5:49
    Se a análise de dados não funciona
    dessa maneira,
  • 5:50 - 5:52
    então torna-se assustador,
  • 5:52 - 5:56
    porque vivemos numa época
    em que dependemos cada vez mais de dados
  • 5:56 - 6:00
    para tomar decisões sérias
    que vão para além da televisão.
  • 6:01 - 6:04
    Alguém aqui conhece a empresa
    Multi-Health Systems?
  • 6:05 - 6:07
    Ninguém. OK, isso é certamente bom.
  • 6:07 - 6:10
    A Multi-Health systems
    é uma empresa de "software",
  • 6:10 - 6:13
    e espero que ninguém aqui nesta sala
  • 6:13 - 6:16
    venha a estar em contacto
    com esse "software",
  • 6:16 - 6:18
    porque, se estiver,
    significa que está preso.
  • 6:18 - 6:20
    (Risos)
  • 6:20 - 6:23
    Se alguém aqui nos EUA está na prisão,
    e pretende a liberdade condicional
  • 6:23 - 6:27
    é muito provável que o "software"
    de análise de dados dessa empresa
  • 6:27 - 6:31
    seja usado para determinar
    se essa proposta é ou não aceite.
  • 6:31 - 6:34
    É o mesmo principio
    que a Amazon e a Netflix utilizam,
  • 6:34 - 6:38
    mas agora em vez de decidir
    se um programa vai ser bom ou mau,
  • 6:38 - 6:41
    vai-se decidir se uma pessoa
    vai ser boa ou má.
  • 6:42 - 6:47
    Uma TV medíocre, 22 minutos,
    pode ser muito mau,
  • 6:47 - 6:50
    mas mais anos na prisão,
    acho eu, é ainda pior.
  • 6:50 - 6:55
    Infelizmente, há algumas provas
    de que a análise de dados,
  • 6:55 - 6:59
    apesar da enormidade de dados,
    nem sempre produz óptimos resultados.
  • 6:59 - 7:01
    E não é porque uma empresa
    como a Multi-Health Systems.
  • 7:01 - 7:03
    não saiba o que fazer com os dados.
  • 7:03 - 7:06
    Até as empresas mais conhecedoras
    na área falham.
  • 7:06 - 7:08
    Sim, até a Google erra às vezes.
  • 7:09 - 7:13
    Em 2009, a Google anunciou
    que conseguia, com a análise de dados,
  • 7:13 - 7:17
    prever surtos de gripe da pior espécie,
  • 7:17 - 7:21
    fazendo análise de dados
    nas pesquisas da Google.
  • 7:21 - 7:25
    E funcionou lindamente,
    fazendo grande sensação nas notícias,
  • 7:25 - 7:27
    incluindo o pináculo
    do sucesso científico:
  • 7:27 - 7:30
    uma publicação na revista "Nature".
  • 7:30 - 7:33
    Funcionou óptimamente,
    ano após ano após ano,
  • 7:33 - 7:35
    até que um dia falhou.
  • 7:35 - 7:37
    Ninguém conseguiu dizer
    exactamente porquê.
  • 7:37 - 7:39
    Simplesmente não funcionou nesse ano.
  • 7:39 - 7:41
    Claro que isso também
    foi uma grande notícia,
  • 7:41 - 7:43
    incluindo agora uma retratação
  • 7:43 - 7:46
    de uma publicação
    da revista "Nature".
  • 7:46 - 7:50
    Então, até as empresas mais conhecedoras,
    como a Amazon e a Google,
  • 7:50 - 7:52
    às vezes erram.
  • 7:53 - 7:55
    Apesar de todos esses falhanços,
  • 7:55 - 7:59
    os dados intervêm cada vez mais
    em decisões da vida real
  • 7:59 - 8:01
    — no espaço de trabalho,
  • 8:01 - 8:02
    no cumprimento da lei,
  • 8:03 - 8:04
    na medicina.
  • 8:04 - 8:08
    Então devíamos ter a certeza
    de que os dados estão a ajudar.
  • 8:08 - 8:11
    Agora, pessoalmente, já vi
    muita desta luta com dados,
  • 8:11 - 8:13
    porque trabalho com genética
    computacional,
  • 8:13 - 8:15
    que é também um campo
    onde muita gente inteligente
  • 8:15 - 8:19
    usa quantidades de dados inimagináveis
    para tomar decisões importantes,
  • 8:19 - 8:23
    como decidir uma terapia de cancro
    ou desenvolver uma droga.
  • 8:24 - 8:26
    Ao longo dos anos,
    notei um tipo de padrão
  • 8:26 - 8:28
    ou uma regra, se quiserem,
    sobre a diferença
  • 8:28 - 8:31

    entre tomadas de decisão
    bem sucedidas com dados
  • 8:31 - 8:33
    e tomadas de decisão mal-sucedidas.
  • 8:33 - 8:37
    Acho que é um padrão que devo partilhar,
    e é mais ou menos assim.
  • 8:39 - 8:41
    Sempre que se resolve um problema complexo
  • 8:41 - 8:43
    fazem-se basicamente duas coisas.
  • 8:43 - 8:46
    A primeira é dividir esse problema
    em várias partes
  • 8:46 - 8:48
    para que se possa analisar
    cada parte em separado.
  • 8:48 - 8:50
    Depois, claro, faz-se a segunda parte.
  • 8:50 - 8:53
    Juntam-se todas essas partes de novo
  • 8:53 - 8:55
    para chegar a uma conclusão.
  • 8:55 - 8:57
    Às vezes é preciso fazer tudo de novo,
  • 8:57 - 8:59
    mas são sempre essas duas coisas:
  • 8:59 - 9:01
    Dividir e voltar a juntar de novo.
  • 9:02 - 9:04
    Agora a parte crucial é
  • 9:04 - 9:07
    que esses dados e a análise de dados
  • 9:07 - 9:09
    servem apenas para a primeira parte.
  • 9:10 - 9:12
    Os dados e análise de dados,
    por mais poderosos que sejam,
  • 9:12 - 9:16
    só ajudam a dividir o problema
    e a compreender as suas partes.
  • 9:16 - 9:20
    Não é adequado para voltar a juntar
    essas partes de novo
  • 9:20 - 9:21
    e depois chegar a uma conclusão.
  • 9:22 - 9:24
    Há outra ferramenta que faz isso,
    e todos a temos.
  • 9:24 - 9:26
    Essa ferramenta é o cérebro.
  • 9:26 - 9:28
    Se há uma coisa em que o cérebro é bom
  • 9:28 - 9:30
    é em pegar em pedaços
    de informação e juntá-los
  • 9:30 - 9:32
    mesmo quando a informação é incompleta,
  • 9:32 - 9:34
    e chegar a uma boa conclusão,
  • 9:34 - 9:36
    especialmente se for o cérebro
    de um especialista.
  • 9:36 - 9:39
    É por isso que acredito
    que a Netflix teve tanto sucesso,
  • 9:39 - 9:43
    porque usaram dados e cérebros
    onde devido, durante o processo.
  • 9:43 - 9:46
    Utilizaram dados para perceber
    informações sobre a audiência
  • 9:46 - 9:50
    que, de outra maneira, não conseguiriam
    perceber àquele nível.
  • 9:50 - 9:52
    Mas a decisão de pegar
    em todas essas informações
  • 9:52 - 9:56
    e juntá-las de novo, para fazer
    uma série como a "House of Cards,"
  • 9:56 - 9:57
    isso não estava nos dados.
  • 9:57 - 10:01
    Ted Sarandos e a sua equipa
    tomaram a decisão de licenciar a série,
  • 10:01 - 10:04
    o que também significou,
    que eles estavam a correr
  • 10:04 - 10:06
    um grande risco pessoal
    com essa decisão.
  • 10:06 - 10:09
    A Amazon, por outro lado, fez o oposto.
  • 10:09 - 10:12
    Usaram os dados para guiar
    a sua tomada de decisão,
  • 10:12 - 10:15
    primeiro quando lançaram
    a competição de ideias de TV,
  • 10:15 - 10:18
    depois quanto escolheram
    "Alpha House" como série.
  • 10:18 - 10:21
    Claro que foi uma decisão
    muito segura para eles,
  • 10:21 - 10:23
    porque podiam sempre
    apontar para os dados e dizer:
  • 10:23 - 10:25
    "Isto é o que os dados nos dizem."
  • 10:25 - 10:29
    Mas não os levou aos resultados
    excepcionais que eles estavam à espera.
  • 10:30 - 10:35
    Claro que os dados são uma ferramenta
    muito útil para tomar melhores decisões,
  • 10:35 - 10:38
    mas acredito que as coisas
    dão para o torto
  • 10:38 - 10:40
    quando os dados começam
    a guiar tais decisões.
  • 10:40 - 10:44
    Não interessa quão poderosos possam
    ser os dados, são só uma ferramenta.
  • 10:44 - 10:47
    Para manter isso presente,
    acho este aparelho aqui muito útil.
  • 10:47 - 10:49
    Muitos de vocês vão...
  • 10:49 - 10:50
    (Risos)
  • 10:50 - 10:52
    Antes de haver dados,
  • 10:52 - 10:54
    este era o aparelho
    de tomada de decisões que se usava.
  • 10:54 - 10:55
    (Risos)
  • 10:55 - 10:59
    Devem conhecer isto.
    Este brinquedo chama-se "Magic 8 Ball",
  • 10:59 - 11:00
    E é realmente incrível,
  • 11:00 - 11:03
    Porque, se tivermos uma decisão a tomar,
    uma questão de sim/não,
  • 11:03 - 11:06
    basta abanarmos a bola,
    e recebemos uma resposta.
  • 11:07 - 11:09
    "Muito provavelmente"
    — aqui nesta janela, em tempo real.
  • 11:09 - 11:12
    Vou deixá-la por aí para uma "tech demo".
  • 11:13 - 11:16
    Agora, eu tomei algumas decisões
    na minha vida
  • 11:16 - 11:19
    em que, em retrospectiva,
    eu devia ter dado ouvidos à bola.
  • 11:19 - 11:22
    Mas, claro,
    se temos dados disponíveis,
  • 11:22 - 11:26
    queremos substituir a bola
    por algo mais sofisticado,
  • 11:26 - 11:29
    como a análise de dados,
    para tomar uma decisão melhor.
  • 11:29 - 11:32
    Mas tal não altera a configuração base.
  • 11:32 - 11:35
    A bola pode ficar
    cada vez mais inteligente
  • 11:35 - 11:38
    mas eu acredito que somos nós
    que temos que tomar decisões,
  • 11:38 - 11:41
    se queremos alcançar
    algo extraordinário,
  • 11:41 - 11:43
    no lado direito da curva.
  • 11:43 - 11:47
    Acho que uma mensagem muito encorajadora
  • 11:47 - 11:51
    é que, mesmo perante imensa informação,
  • 11:51 - 11:55
    ainda compensa tomar decisões,
  • 11:56 - 11:58
    ser um especialista no que fazemos
  • 11:58 - 12:00
    e correr riscos.
  • 12:00 - 12:03
    Porque, afinal, não são os dados,
  • 12:03 - 12:07
    são os riscos que nos possibilitam
    estar no lado direito da curva.
  • 12:08 - 12:09
    Obrigado.
  • 12:09 - 12:13
    (Aplausos)
Title:
Como usar a análise de dados para criar um programa de TV de sucesso
Speaker:
Sebastian Wernicke
Description:

Será que recolher mais informação leva a uma melhor tomada de decisões? Empresas competitivas e conhecedoras em análise de dados como a Amazon, a Google e a Netflix aprenderam que a análise de dados por si só nem sempre produz bons resultados. Nesta palestra, o cientista Sebastian Wernicke demonstra o que pode correr mal quando tomamos decisões baseadas apenas na análise de dados — e sugere uma forma mais cerebral de o fazer.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:25

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