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Mudando o papel dos pacientes na medicina do século 21 | Nina Sesto | TEDxHECParis

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    (Batimentos cardíacos fortes)
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    Esse é um paciente.
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    Vamos chamá-lo de Sam.
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    Naquela manhã, ele teve uma sensação
    de formigamento em seu braço esquerdo.
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    Ele se sentiu um pouco tonto.
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    Mas, por não saber o que estava
    acontecendo, ele esperou...
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    ou melhor, perdeu um tempo precioso,
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    até que sentiu uma dor no peito
    e por fim chamou uma ambulância.
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    Sam estava tendo um ataque cardíaco,
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    e mesmo assim teve sorte
    de estar naquela maca,
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    pois muita gente morre de ataque cardíaco
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    sem nem mesmo chegar ao hospital.
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    Sam foi tratado com sucesso.
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    No hospital, cuidaram bem da sua saúde.
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    Os médicos monitoraram sua medicação.
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    Teve os sinais vitais monitorados e ECG
    24 horas por dia, 7 dias por semana;
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    teve uma enfermeira
    a sua disposição o tempo todo.
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    Ele sentiu que estava tudo sob controle.
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    Ele estava seguro.
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    Mas, quando foi liberado do hospital,
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    voltou pra casa achando
    que retomaria sua vida,
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    porém nada era como antes.
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    Ele se tornou um paciente crônico,
    tinha uma bomba-relógio no seu peito,
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    e nenhuma maneira de entender
    o que estava acontecendo com seu coração.
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    Então cada vez que tinha um sintoma,
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    entrava em pânico e chamava
    uma ambulância novamente,
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    porém eram muitos alarmes falsos.
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    Ele estava preocupado
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    com o que aconteceria com sua família
    caso sua situação piorasse,
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    então queria fazer um seguro de vida,
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    porém lhe ofereceram um seguro premium,
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    que era 200% mais caro e não cobria
    casos de morte por doença cardíaca.
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    Era o mesmo com seu seguro saúde.
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    A apólice não fornecia cobertura
    para doença cardíaca.
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    Sam estava com medo.
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    E existem mas de 85 milhões
    de Sams apenas na Europa.
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    E a incapacidade deles de entender
    e de controlar sua doença
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    leva a tratamentos menos eficazes,
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    vidas perdidas,
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    ineficiências no sistema de saúde,
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    tudo isso levando ao aumento excepcional
    dos custos da assistência médica.
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    Apenas as doenças cardíacas
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    custam para a economia europeia
    mais de 100 bilhões de euros por ano.
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    E com o envelhecimento da população
    e nosso estilo de vida,
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    as doenças crônicas estão crescendo
    muito mais rapidamente que previsto,
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    e o custo também.
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    Não é de admirar que Sam teve dificuldades
    para obter uma cobertura de seguro.
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    As seguradoras estão apenas compensando
    os custos que não conseguem controlar.
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    Então aumentam os prêmios,
    aumentam as exclusões,
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    elas até negam seguros,
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    deixando clientes e pacientes na mão
    no momento em que eles mais necessitam.
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    O sistema está falido.
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    Precisamos ajudar Sam
    a retomar o controle de sua saúde
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    e de sua vida.
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    E por sorte, vivemos
    na época mais fascinante
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    em que a tecnologia é uma extensão
    do nosso cérebro, do nosso corpo físico.
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    A tecnologia entrou em todos
    os aspectos de nossa vida,
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    desde chamar um táxi
    até gerenciar a conta bancária.
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    A tecnologia vai transformar
    e está transformando a assistência médica:
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    aparelhos portáteis ou vestíveis
    que estão cada vez menores e mais baratos;
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    tecidos inteligentes - podemos obter
    facilmente nossos sinais biológicos.
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    A genética, a proteômica,
    a transcriptômica -
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    a biotecnologia transformou
    os diagnósticos médicos.
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    O paradigma do teste de gravidez
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    hoje está disponível para uma variedade
    de diferentes exames médicos
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    por um valor baixo.
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    Então, Sam pode monitorar o EGC,
    a frequência cardíaca, a pressão, o peso,
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    os triglicerídios, o nível de colesterol.
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    Ele pode ajustar seu medicamento,
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    e, com a ajuda da inteligência artificial,
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    ter esse poder incrível
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    para analisar essa grande quantidade
    de informação em tempo real.
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    Sam pode de fato ter
    informação sobre sua saúde.
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    Ele pode saber seu estado de saúde,
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    compartilhar isso com seu médico
    ou com sua família.
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    Nós até esperamos um futuro
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    onde a inteligência artificial irá prever
    incidentes graves antes deles acontecerem.
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    Ao elevar a medicina
    para além da prevenção,
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    estamos agora presenciando
    o nascimento da medicina preditiva.
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    Então mesmo que ele seja
    um paciente crônico e esteja em casa,
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    Sam pode facilmente chegar ao nível
    de tranquilidade e conforto que tinha
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    quando estava no hospital,
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    deixando de ser um paciente desamparado
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    para ser um participante ativo
    na administração de sua própria doença
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    e da sua própria vida.
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    E tudo isso representa paz de espírito,
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    melhor assistência médica
    e redução de custos.
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    Agora as companhias de seguros
    precisam acordar.
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    Em vez de serem pagadoras passivas,
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    desconectadas do mundo,
    desconectadas de seus clientes,
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    as companhias de seguros do futuro
    deveriam ser centradas no cliente
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    e passar a ter um papel ativo
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    em ajudar seus clientes
    a administrarem suas vidas.
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    Então em vez de discriminar
    e rejeitar o Sam
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    com base na sua condição preexistente,
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    elas deveriam lhe fornecer
    serviços de saúde digitais,
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    lhe dar acesso ao seu ECG,
    frequência cardíaca, pressão arterial
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    e todo esse monitoramento
    que traz o hospital para a casa de Sam,
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    e usar isso como uma ferramenta
    para reduzir o custo dos ressarcimentos.
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    E essa medicina personalizada
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    abre o potencial para uma apólice
    personalizada e dinâmica,
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    sob medida para Sam e seu estilo de vida.
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    Pois, mesmo que ele seja
    um paciente crônico,
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    se adotar um estilo de vida saudável,
    ele consegue controlar sua doença.
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    Sam viverá uma vida mais longa e saudável,
    e acionará menos o seguro.
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    Sam deve ser recompensado por isso,
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    e isso deveria refletir
    no prêmio que está pagando.
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    Pela primeira vez na história
    da medicina moderna,
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    nós, pessoas comuns,
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    temos as ferramentas para entender
    e controlar nossa saúde e doença
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    e para contribuir
    ativamente no tratamento.
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    Então esse controle e responsabilidade
    não está mais apenas nas mãos dos médicos;
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    ele agora é compartilhado entre todos nós:
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    pacientes, médicos
    e companhias de seguros.
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    É um jogo onde os três ganham
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    e o futuro para a assistência
    médica sustentável.
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    Obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Mudando o papel dos pacientes na medicina do século 21 | Nina Sesto | TEDxHECParis
Description:

Nina Sesto compartilha sua visão do futuro da assistência médica: a medicina personalizada. Do monitoramento do paciente à seguradora, Nina descreve como a tecnologia e a inteligência artificial beneficiarão tanto a assistência médica como seus custos.

Nina Sesto fez doutorado em biologia molecular pelo Instituto Pasteur de Paris. Realizou diversas pesquisas publicadas pelas maiores editoras científicas e ganhou o Prêmio Jacques Monod para pesquisas da medicina. Ávida por repassar a ciência para a sociedade, fez um MBA na HEC Paris e na Escola de Gestão Wharton. Nina trabalhou como consultora para o Institudo do Câncer Dana-Faber para o uso da telemedicina para diagnóstico de câncer na África. Durante este período, trabalhou com saúde digital e análise por aprendizagem automática como forma de melhorar os procedimentos e aumentar o acesso à assistência médica. Em 2016, Nina se tornou ex-aluna de Medicina Exponencial na Singularity University. É ativa na comunidade de startups, ajudando empresas de tecnologia médica e biomedicina enquanto desenvolve sua própria startup. Nina chama a Croácia de lar e é mãe de dois garotos maravilhosos.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
07:23
  • Aos revisores: salvei o arquivo sem terminar a descrição completa do vídeo. Agradeço por completarem apenas essas linhas de texto por mim.

Portuguese, Brazilian subtitles

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