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Richard Mosse: O Que a Câmera Não Pode Ver

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    (música calma)
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    - A mudança climática
    reside fora da percepção humana.
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    É maior do que nós.
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    Nós podemos ver suas expressões locais,
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    mas não podemos ver a mudança climática
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    e isto é realmente um problema inerente.
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    Isso está em uma escala
    além da nossa percepção.
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    A própria floresta tropical
    abrange nove países.
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    Então como um indivíduo,
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    é difícil imagina-la como um objeto.
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    (árvore caindo)
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    Nós realmente estamos
    em um momento crítico agora.
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    Novas pesquisas sugerem que
    atualmente a floresta tropical
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    não está mais absorvendo carbono.
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    Estão ocorrendo muitas queimadas,
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    agora ela é uma rede
    de produção de carbono.
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    Mas como contar a história adequadamente,
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    digo, nós vimos uma foto
    da floresta tropical queimando,
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    nós vimos tudo.
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    E aquelas fotos são realmente importantes,
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    mas sabe,
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    há muito o que descobrir
    na Amazônia brasileira.
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    Estou muito interessado em tentar
    encontrar uma forma de expressar
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    extremamente,
    coisas profundamente complexas,
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    ao olhar cuidadosamente
    para essas paisagens carregadas.
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    Coisas maiores do que câmera possa
    necessariamente perceber.
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    O meu primeiro grande projeto
    é meu primeiro projeto real,
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    mas eu escolhi a crise
    de pessoas desaparecidas
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    no pós-guerra das nações balcânicas.
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    Muitas pessoas não voltaram da guerra
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    e desapareceram.
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    Supunha-se que tenham sido enterradas
    em valas comuns
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    que nunca foram identificadas.
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    Então a bela paisagem de Bósnia
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    e além dos Balcãs, foram
    subscritas por esta tragédia.
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    E então havia uma tensão inerente
    na própria terra,
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    mas também uma abstração inerente
    dentro do assunto em questão.
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    E eu estava procurando por
    algo para fotografar
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    que você não pode colocar
    em frente das lentes.
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    E eu não podia ver.
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    O falta de fechamento
    de uma sociedade inteira
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    para mover-se da guerra
    devido a uma incapacidade
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    para lamentar os mortos.
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    E eu comecei a olhar para a paisagem
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    e a documentar,
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    suponho, a absência dentro
    do ambiente vivo,
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    a inscrição na terra,
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    ao menos emocionalmente.
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    Mas para mim isso foi fundamental.
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    De alguma forma é algo
    ao qual eu continuo voltando
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    talvez em todos os meus projetos.
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    A Kodak anunciou uma descontinuação
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    de uma filmadora infravermelha
    especifica chamada Aerohrome,
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    inventada na Segunda Guerra Mundial
    em colaboração
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    com as forças armadas americanas para
    detecção de camuflagem.
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    Então a luz infravermelha salta
    fora da clorofila
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    em plantas saudáveis.
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    A camuflagem costuma ser feita de
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    tecido ou pintada
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    e estes materiais não possuem clorofila.
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    Se você pudesse registrar a
    imagem de luz infravermelha
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    veria instantaneamente
    os alvos inimigos
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    essencialmente através da camuflagem.
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    No Congo, na época havia mais de 50
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    grupos armados diferentes.
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    Acho que agora há mais de 80
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    lutando uns contra os outros.
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    Então é um conflito muito opaco
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    e como resultado, mostra que
    é muito esquecido.
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    Eu estava pegando um meio que literalmente
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    pode tornar visível o que não podemos ver,
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    e eu estava esmagando-o
    em uma invisibilidade.
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    Aquele salto metafórico foi
    realmente importante,
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    e descobri que quanto mais empurrava
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    mais aquilo começava a dar frutos.
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    Aquilo começou a sensibilizar
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    algumas dessas narrativas
    que eu estava documentando
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    e, isso foi notável.
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    Mas havia algum tipo de
    início de nova fase
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    na minha prática que acho
    que é uma continuação
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    até hoje do uso de tecnologias
    de vigilância
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    para tentar ultrapassar os limites
    da câmera,
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    das imagens do documentário,
    especificamente.
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    Ao terminar o meu projeto em Congo,
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    eu encontrei uma câmera de vigilância
    especifica
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    que pode ver e perceber o calor.
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    Está comprovado que reproduz o calor
    do corpo humano
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    à 30 quilômetros de distância,
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    aproximadamente 19 milhas.
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    A imagem que ela produzia
    era muito estranha e assombrosa.
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    O calor do nosso sangue nas veias
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    é instantaneamente retratado de maneiras
    as quais não podemos enxergar
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    à olho nu,
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    nossa respiração, nosso suor.
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    (som de bipe)
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    - Espera, espera, espera, espera.
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    Só um minuto.
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    Só um minuto.
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    - E naquele momento,
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    havia a onda exponencial
    de "imigração ilegal"
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    na União Europeia.
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    Refugiados vinham para clamar por
    seus direitos humanos de asilo.
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    Esta mesma câmera pode ser vista
    como uma arma tecnológica
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    para detectar e devolvê-los.
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    Então foi um prisma perfeito para mediar
    todas
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    as narrativas complexas
    que eu comecei a documentar
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    ao longo de muitos anos.
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    Haviam muitas pessoas
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    e ainda há muitas pessoas,
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    morrendo, afogando devido a
    exposição ao clima.
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    E esta câmera é feita para indexavelmente
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    revelar a mortalidade humana expressada
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    por meio da combustão celular.
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    Esta é uma notável instância
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    da câmera mostrando
    algo que nós não podemos ver.
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    Os voluntários da Cruz Vermelha
    friccionando a vida, oferencendo calor
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    por meio dos cobertores em que
    foram embrulhados,
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    ao redor dessas pessoas a beira da morte.
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    E você pode ver a marca térmica da mão,
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    o calor que dá vida sendo transferido.
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    Estou lá primeiramente como humano
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    e há instâncias onde colocamos
    nossas prioridades
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    em segundo plano,
    e ajudamos quando não há mais ninguém.
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    Isso é apenas o que os humanos fazem.
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    Mas em instâncias
    em que continuamos a filmar,
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    quando há outros voluntários,
    por exemplo, trabalhando,
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    há um real senso
    naquilo que acreditamos fazer,
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    um senso de fé na importância
    da imagem do documentário
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    da imagem evidencial.
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Title:
Richard Mosse: O Que a Câmera Não Pode Ver
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
12:56

Portuguese, Brazilian subtitles

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