Rupert Sheldrake - A Desilusão de Ciência – FALA DO TED PROIBIDA
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0:19 - 0:24A desilusão da ciência é a crença de que a ciência já entende a natureza da realidade em princípio
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0:25 - 0:27deixando quaisquer detalhes a serem preenchidos.
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0:27 - 0:30Esta é uma crença muito difundida em nossa sociedade.
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0:31 - 0:34É o tipo de sistema de crenças de pessoas que dizem
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0:34 - 0:36eu não acredito em Deus, só acredito na ciência.
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0:36 - 0:41É um sistema de crenças que atualmente está presente em todo o mundo.
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0:44 - 0:48Mas existe um conflito no coração da ciência entre ciência como um método de inquisição
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0:48 - 0:53baseado na razão, evidência, hipóteses e investigação coletiva
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0:54 - 0:57e ciência como um sistema de crença ou uma visão de mundo.
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0:58 - 1:04E, infelizmente, o aspecto de visão de mundo da ciência chega a inibir e constringir
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1:04 - 1:08a livre investigação que é a própria essência do esforço científico.
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1:10 - 1:14Desde o fim do século 19, a ciência tem sido conduzida
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1:14 - 1:17sob o aspecto de um sistema de crenças ou visão de mundo
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1:17 - 1:22que é essencialmente a do materialismo. Materialismo filosófico.
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1:23 - 1:28E as ciências são hoje subsidiárias integrais da visão de mundo materialista.
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1:30 - 1:35Eu acho que, à medida que sairmos dela, as ciências serão regeneradas.
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1:36 - 1:42O que fiz em meu livro 'The Science Delusion' - intitulado 'Science Set Free' nos Estados Unidos -
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1:43 - 1:50foi pegar os dez dogmas ou suposições da ciência e transformá-los em perguntas,
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1:50 - 1:55vendo o quão bem eles permanecem válidaas se olharmos para eles cientificamente.
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1:57 - 1:59Nenhum deles resiste muito bem.
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1:59 - 2:04Eu vou repassar primeiro quais são esses dez dogmas,
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2:04 - 2:08e depois terei tempo para discutir apenas um ou dois deles um pouco mais detalhadamente.
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2:09 - 2:13Mas basicamente, os dez dogmas que formam a visão de mundo padrão
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2:13 - 2:16da maior parte das pessoas educadas em todo o mundo são
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2:16 - 2:21em primeiro lugar, a natureza é mecânica ou maquinal, o universo é como uma máquina,
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2:21 - 2:25animais e plantas são como máquinas, nós somos como máquinas.
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2:25 - 2:27Na verdade, nós somos máquinas.
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2:27 - 2:31Somos meros "robôs desajeitados", como na incisiva frase de Richard Dawkins,
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2:31 - 2:34com cérebros que são computadores geneticamente programados.
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2:36 - 2:41Em segundo, a matéria é inconsciente, o universo todo é feito de matéria inconsciente.
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2:42 - 2:48Não há consciência em estrelas, em galáxias, em planetas, em animais, em plantas,
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2:48 - 2:52e nem deve haver em nós, se essa teoria for verdadeira.
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2:52 - 2:56Portanto, muito da filosofia da mente nos últimos cem anos
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2:56 - 3:00tem tentado provar que na verdade nós não somos conscientes coisa alguma.
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3:00 - 3:08A matéria é portanto inconsciente, as leis da natureza são fixas. Eis o terceiro dogma.
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3:08 - 3:12As leis da natureza são as mesmas agora que eram no tempo do Big Bang
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3:12 - 3:14e assim serão para sempre.
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3:14 - 3:19Não apenas as leis mas as constantes da natureza são fixas, por isso são chamadas de constantes.
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3:20 - 3:25Quarto dogma: a quantidade total de matéria e energia é sempre a mesma.
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3:25 - 3:31Ela nunca muda em quantidade total exceto no momento do Big Bang, quando tudo expandiu-se
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3:31 - 3:34em existência a partir do nada dentro de um único instante.
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3:35 - 3:40O quinto dogma é que a natureza é despropositada, não há nenhum propósito em toda a natureza
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3:40 - 3:46e o processo evolucionário não tem nenhum propósito ou direção.
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3:47 - 3:54Sexto dogma: a hereditariedade biológica é material, tudo o que você herda está em seus genes
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3:54 - 4:02ou em modificações epigenéticas dos genes, ou na herança citoplasmática. É material.
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4:03 - 4:08Sétimo dogma: memórias são guardadas dentro do seu cérebro como traços materiais.
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4:08 - 4:13De alguma maneira, tudo o que lembramos está no cérebro em intermináveis proteínas fosforiladas nas extremidades dos nervos.
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4:14 - 4:16Ninguém sabe como isso funciona,
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4:16 - 4:20mas ainda assim quase todos no mundo da ciência acreditam que ela deve estar no cérebro.
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4:22 - 4:25Oitavo dogma: a sua mente está dentro da sua cabeça.
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4:25 - 4:29Toda a sua consciência é atividade do seu cérebro e nada mais.
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4:30 - 4:37Nono dogma, que decorre do oitavo: fenômenos psíquicos, como telepatia, são impossíveis.
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4:37 - 4:40Seus pensamentos e intenções não podem surtir efeito algum à distância
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4:40 - 4:42porque a sua mente está dentro da sua cabeça.
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4:43 - 4:48Portanto, toda a evidência aparente de telepatia e outros fenômenos psíquicos é ilusória.
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4:49 - 4:53As pessoas acreditam que essas coisas acontecem, mas é só porque não entendem tanto de estatística,
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4:53 - 4:58são enganadas por coincidências ou iludem-se a si mesmas.
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5:00 - 5:04E o décimo dogma: a medicina mecanicista é a única que realmente funciona.
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5:04 - 5:09É por isso que os governos só financiam pesquisas da medicina mecanicista
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5:09 - 5:12e ignoram terapias alternativas e complementares.
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5:12 - 5:16Estas não têm como funcionar mesmo, pois não são mecanicistas,
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5:16 - 5:22podem parecer funcionar, porque as pessoas já melhorariam mesmo ou devido ao efeito placebo.
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5:22 - 5:27Mas a única que realmente funciona é a medicina mecanicista.
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5:28 - 5:34Bem, esta é a visão de mundo padrão, adotada por quase todas as pessoas educadas em todo o mundo,
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5:34 - 5:41é a base do sistema educacional, do serviço nacional de saúde, do conselho de pesquisas médicas,
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5:41 - 5:48governos, é meramente a visão de mundo padrão de pessoas educadas.
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5:49 - 5:53Mas acho que cada um destes dogmas é muito, muito questionável,
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5:53 - 5:58e olhando de perto, eles se desintegram.
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5:59 - 6:03Vou tomar o primeiro, a idéia de que as leis da natureza são fixas.
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6:04 - 6:09É resquício de uma visão de mundo mais antiga, de antes dos anos 60, quando a teoria do Big Bang veio à tona.
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6:09 - 6:15As pessoas achavam que que todo o universo era eterno, regido por leis matemáticas eternas.
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6:17 - 6:20Quando o Big Bang surgiu, essa hipótese continuou,
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6:20 - 6:27embora o Big Bang tenha revelado um universo radicalmente evolutivo de cerca de 14 bilhões de anos.
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6:27 - 6:31Crescendo, desenvolvendo-se e evoluindo por 14 bilhões de anos.
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6:31 - 6:35Crescendo e resfriando-se, com mais estruturas e padrões aparecendo dentro dele.
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6:36 - 6:41Mas a idéia é que todas as leis da natureza foram completamente fixadas no momento do Big Bang,
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6:41 - 6:43como um Código Napoleônico cósmico.
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6:44 - 6:46Como meu amigo Terence McKenna costumava dizer,
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6:47 - 6:52"A ciência moderna baseia-se em um princípio: mostre um milagre espontâneo e a gente o explica".
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6:52 - 6:56E esse milagre espontâneo é o aparecimento de toda a matéria e energia do universo
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6:56 - 6:59e todas as leis que o governam a partir do nada em um único instante.
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7:02 - 7:07Bem, em um universo em evolução, porque as suas próprias leis não evoluíriam?
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7:07 - 7:14Afinal de contas, as leis humanas evoluem e a idéia de leis naturais basea-se em uma metáfora delas.
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7:14 - 7:20Uma metáfora bem antropocêntrica: só humanos têm leis, aliás, só sociedades civilizadas as têm.
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7:20 - 7:23Como C. S. Lewis afirmou certa feita,
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7:23 - 7:28"Dizer que uma pedra cai na terra por obedecer a uma lei a torna um homem e até mesmo um cidadão."
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7:29 - 7:33É uma metáfora com a qual estamos tão acostumados que nos esquecemos de que é uma metáfora.
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7:34 - 7:38Em um universo em evolução, eu acho que a idéia de hábitos é muito melhor.
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7:38 - 7:43Acho que os hábitos da natureza evoluem, as regularidades delaa são essencialmente habituais.
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7:45 - 7:49Esta ideia foi apresentada no início do século 20,
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7:49 - 7:51pelo filósofo americano C. S. Pierce.
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7:52 - 7:55E trata-se de uma idéia que vários outros filósofos têm alimentado,
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7:55 - 8:00uma ideia que eu mesmo cheguei a desenvolver em uma hipótese científica,
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8:00 - 8:03a hipótese de ressonância mórfica,
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8:03 - 8:06que é a base destes hábitos em evolução.
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8:07 - 8:11De acordo com esta hipótese, tudo na natureza tem uma espécie de memória coletiva.
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8:12 - 8:14Ressonância ocorre na base da semelhança.
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8:15 - 8:19À medida que um jovem embrião de girafa cresce no útero da mãe,
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8:19 - 8:24ele sintoniza com a ressonância mórfica de girafas passadas,
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8:24 - 8:28baseia-se na memória coletiva, cresce como uma girafa,
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8:28 - 8:32se comporta como uma girafa porque toma como base essa memória coletiva.
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8:32 - 8:37Precisa ter os genes certos para formar as proteínas certas, mas, na minha opinião, genes são superestimados.
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8:37 - 8:44Eles respondem apenas por proteínas produzidas pelo organismo, e não pelo perfil, formato nem comportamento.
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8:45 - 8:49Cada espécie tem uma espécie de memória coletiva, até mesmo os cristais.
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8:49 - 8:54Essa teoria prevê que se você produzir um novo tipo de cristal, pela primeira vez,
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8:55 - 9:00da primeira vez que você o produzir não haverá um hábito pré-existente.
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9:00 - 9:05Uma vez que haja cristalização, da próxima vez que você produzir, haverá influência dos primeiros cristais
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9:05 - 9:11sob os segundos em todo o mundo, por ressonância mórfica, a cristalização será um pouco mais fácil.
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9:11 - 9:14Da terceira vez, haverá influência dos primeiros e segundos cristais.
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9:15 - 9:21Há de fato uma boa evidência de que novos compostos ficam mais fáceis de se cristalizar
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9:21 - 9:23mundo afora, bem como esta teoria prevê.
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9:23 - 9:28Ela também prevê que, se você adestrar animais para aprender um truque novo, por exemplo,
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9:28 - 9:31ratos aprendem um truque novo em Londres,
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9:31 - 9:35em todo o mundo, ratos da mesma raça aprenderiam o mesmo truque mais rapidamente,
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9:35 - 9:37por causa dos que o aprenderam aqui.
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9:37 - 9:41E, surpreendentemente, já há evidências de que isso acontece de verdade.
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9:43 - 9:47Seja como for, em poucas palavras, essa é minha hipóteses de ressonância mórfica,
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9:47 - 9:51tudo depende de hábitos em evolução e não de leis fixas.
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9:51 - 9:55Mas quero dedicar também alguns momentos às constantes da natureza,
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9:55 - 9:59porque estas são, mais uma vez, consideradas constantes.
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9:59 - 10:04Coisas como a constante gravitacional, a velocidade da luz são chamadas constantes fundamentais.
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10:05 - 10:07Será que são realmente constantes?
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10:08 - 10:11Bem, quando passei a me interessar por essa questão, tentei descobrir.
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10:11 - 10:15Elas são publicadas em manuais de física.
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10:15 - 10:20Manuais de física listam as constantes fundamentais existentes e dizem seus valores.
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10:20 - 10:24Mas eu queria ver se elas mudavam, então recorri a volumes antigos de manuais de física.
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10:24 - 10:28Fui à Biblioteca do Escritório de Patentes aqui em Londres,
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10:28 - 10:31o único lugar que achei que guarda os volumes antigos,
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10:31 - 10:36normalmente, quando os novos valores saem, as pessoas jogam fora os antigos.
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10:37 - 10:42Quando pesquisei, descobri que a velocidade da luz caiu entre 1928 e 1945
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10:42 - 10:45em cerca de 20 quilômetros por segundo.
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10:45 - 10:52É uma queda enorme porque foram dados com erros de eventuais frações, pontos decimais de erro.
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10:52 - 10:55E ainda assim, em todo o mundo houve queda
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10:55 - 10:59e todos encontravam valores muito semelhantes entre si, com pequenos erros,
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10:59 - 11:03então, em (1945) 1948 ela voltou a subir,
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11:03 - 11:06e as pessoas começaram a obter valores muito semelhantes novamente.
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11:08 - 11:11Fiquei tão intrigado com isso e não consegui entender nada,
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11:11 - 11:13então fui encontrar com o Chefe de Metrologia,
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11:13 - 11:16do Laboratório Britânico de Pesos e Medidas, em Teddington.
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11:17 - 11:21Metrologia é a ciência por meio da qual se mede constantes.
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11:22 - 11:23Perguntei a ele sobre isso,
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11:23 - 11:29o que você acha dessa queda na velocidade da luz entre 1928 e 1945?
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11:29 - 11:31E ele disse: "Oh não!",
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11:31 - 11:36"você descobriu o episódio mais embaraçoso da história de nossas ciências".
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11:36 - 11:42Eu disse, a velocidade da luz pode na verdade ter caído, o que teria implicações surpreendentes.
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11:43 - 11:47E ele disse: "não, não, claro que não poderia realmente ter caído, é uma constante!"
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11:48 - 11:51Oh, bem, então como você explica o fato de que todo mundo estava praticamente observando
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11:51 - 11:54que ela esteve muito mais lenta naquele período?
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11:54 - 11:59Seria porque estavam forjando resultados para obter o que achavam que outros estariam obtendo
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11:59 - 12:03e, portanto, a coisa toda foi produzido apenas nas mentes dos físicos?
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12:04 - 12:07"Não gostamos de usar a palavra forjar".
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12:07 - 12:09Eu disse, então qual você prefere?
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12:09 - 12:13Ele disse: "bem, preferimos chamar de bloqueio intelectual."
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12:20 - 12:23Então, se isso estava acontecendo, como podemos ter tanta certeza de que não acontece hoje?
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12:23 - 12:28E os valores obtidos hoje em dia são também produzidos por bloqueio intelectual?
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12:28 - 12:30Ele respondeu: "não, sabemos que este não é o caso."
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12:30 - 12:32Eu disse, e como sabemos?
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12:32 - 12:35E ele: "bem, resolvemos o problema". Eu perguntei, mas como?
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12:35 - 12:40Ele disse: "Bem, nós fixamos a velocidade da luz, por definição, em 1972".
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12:41 - 12:43Mas ela ainda pode mudar.
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12:44 - 12:48Ele disse: "Sim, mas nunca saberemos, porque definimos o medidor nos termos da velocidade da luz,
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12:48 - 12:50portanto as unidades mudam com ela".
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12:50 - 12:53E ele então aparentou estar muito satisfeito, eles haviam resolvido o problema.
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12:57 - 12:59Mas, eu disse, o que dizer sobre Big G?
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12:59 - 13:04A constante de gravitação conhecida no meio como Big G, escrita com G maíusculo,
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13:04 - 13:11a constante gravitacional universal de Newton. Tem variado mais de 1,3% nos últimos anos.
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13:13 - 13:17E parece variar de um lugar para outro e de tempos em tempos.
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13:17 - 13:23E ele disse: "Bem, há possibilidade de erros, e infelizmente há erros muito grandes com Big G.
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13:24 - 13:28Eu disse então: e se estiver realmente mudando, talvez esteja mudando mesmo.
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13:29 - 13:33Aí fui olhar como eles fazem: o que acontece é que eles a medem em diferentes laboratórios,
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13:33 - 13:37obtendo valores diferentes em dias diferentes e, em seguida, tiram uma média.
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13:38 - 13:40E então outros laboratórios de todo o mundo fazem o mesmo
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13:40 - 13:42e chegam a uma média bastante diferente.
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13:42 - 13:47Então, o Comitê Internacional de Metrologia se reúne a cada 10 anos mais ou menos
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13:47 - 13:52e tira a média dos laboratórios de todo o mundo para concluir o valor de Big G.
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13:52 - 13:57Mas, e se Big G estivesse, na verdade, flutuando? E se mudar?
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13:57 - 14:02Já existem evidências de que, na verdade, ela muda ao longo do dia e no decorrer do ano.
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14:02 - 14:07E se a Terra, ao passo que se move pelo ambiente galáctico, passa por trechos de matéria escura
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14:07 - 14:13ou outros fatores ambientais que possam alterá-la? Talvez estejam todos mudando juntos.
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14:13 - 14:16E se esses erros estiveram subindo juntos e baixando juntos?
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14:16 - 14:21Há mais de 10 anos venho tentando convencer metrologistas a olhar os dados brutos.
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14:21 - 14:24Na verdade, agora estou tentando persuadi-los a colocar online na internet,
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14:24 - 14:27com as datas e as medidas reais,
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14:27 - 14:32e ver se está tudo correlacionado, ver se todas sobem em um certo tempo e descem em outro.
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14:32 - 14:37Se for o caso, podem estar flutuando juntas, o nos diria algo muito, mas muito interessante.
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14:37 - 14:41Mas ninguém fez isso, não fizeram porque G é uma constante.
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14:41 - 14:43E é perda de tempo procurar alterações.
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14:43 - 14:49Vejam, aí está um exemplo muito simples de como um pressuposto dogmático inibe a investigação.
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14:49 - 14:54Eu por minha vez acho que as constantes podem variar consideravelmente.
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14:54 - 14:57Bem, dentro de limites estreitos, mas todas podem estar variando.
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14:57 - 15:02E acho que há de chegar o dia quando revistas científicas como Nature terão boletins semanais
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15:02 - 15:05sobre as constantes tipo reportagens sobre a bolsa de valores nos jornais.
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15:05 - 15:12Nesta semana, Big G subiu ligeiramente, a carga do elétron caiu, a velocidade da luz manteve-se estável,
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15:12 - 15:13e por aí vai.
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15:16 - 15:25Esta é apenas uma área onde acho que pensar menos dogmaticamente pode vir a abrir caminhos.
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15:25 - 15:28Uma das maiores áreas é a natureza da mente,
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15:28 - 15:31é o problema menos resolvido, como Graham acabou de explicar.
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15:32 - 15:35A ciência simplesmente não consegue lidar com o fato de que somos conscientes.
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15:37 - 15:41Não consegue lidar com o fato de que nossos pensamentos não parecem estar dentro de nossos cérebros.
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15:43 - 15:46Nossas experiências não parecem estar todas dentro do nosso cérebro.
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15:46 - 15:50A imagem que você tem de mim agora não parece estar dentro do seu cérebro.
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15:50 - 15:54No entanto, a posição oficial é que há um pequeno Rupert em algum lugar dentro de sua cabeça,
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15:54 - 15:57e tudo o mais nesta sala está dentro de sua cabeça.
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15:57 - 15:59Suas experiências estão dentro de seu cérebro.
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16:00 - 16:04Eu sugiro, na verdade, que a visão envolve uma projeção exterior de imagens,
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16:04 - 16:07o que você vê está na sua mente, mas não dentro de sua cabeça.
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16:08 - 16:12Nossas mentes se estendem para além dos nossos cérebros no simples ato de percepção.
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16:13 - 16:19Acho que projetamos imagens que estamos vendo, e tais imagens tocam o que estamos olhando.
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16:19 - 16:24Se eu olhar para você pelas costas e você não souber que estou ali, eu poderia te afetar?
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16:24 - 16:26Você poderia sentir o meu olhar?
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16:26 - 16:29Há uma grande quantidade de evidências de que as pessoas sentem.
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16:29 - 16:32A sensação de estar sendo observado é uma experiência extremamente comum,
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16:32 - 16:36e uma pesquisa experimental recente, na verdade, sugere que ela é real.
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16:37 - 16:38Também parece acontecer com animais.
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16:39 - 16:42Acho que isso provavelmente evoluiu no contexto das relações predador-presa.
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16:42 - 16:47Presas que sentem o olhar do predador teriam mais chances de sobreviver do que as que não podem.
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16:47 - 16:53Isso levaria a uma nova forma de pensar sobre as relações ecológicas entre predadores e presas,
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16:53 - 16:55e também sobre a extensão de nossas mentes.
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16:55 - 17:01Ao olharmos para estrelas distantes, acho que nossas mentes expandem-se no sentido de tocá-las
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17:01 - 17:05e, literalmente, se estendem ao longo de distâncias astronômicas diferentes.
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17:05 - 17:08Não estão apenas dentro de nossas cabeças.
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17:08 - 17:13Agora, pode parecer surpreendente que este é um tema de debate no século 21.
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17:13 - 17:17Sabemos tão pouco sobre nossas próprias mentes que onde as nossas imagens estão
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17:17 - 17:21é hoje em dia um tema de debate caloroso dentro do campo de estudos da consciência.
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17:22 - 17:28Não tenho tempo para tratar de nenhum outro desses dogmas, mas cada um deles é questionável.
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17:28 - 17:32Se forem questionados, novas formas de pesquisa, novas possibilidades, se abrem.
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17:33 - 17:38E acho que, à medida que questionarmos estes dogmas que têm impedido a ciência há tanto tempo,
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17:39 - 17:42a ciência passará por uma reflorescimento, uma Renascença.
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17:43 - 17:45Acredito totalmente na importância da ciência.
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17:45 - 17:49Passei toda a minha vida como um cientista pesquisador, toda a minha carreira.
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17:50 - 17:55Mas acho que ao ir além destes dogmas, ela pode ser regenerada.
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17:55 - 17:59Se tornará interessante novamente, e espero, uma afirmação da vida.
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17:59 - 18:00Obrigado.
- Title:
- Rupert Sheldrake - A Desilusão de Ciência – FALA DO TED PROIBIDA
- Description:
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O TED decidiu censurar Rupert Sheldrake e remover este vídeo do canal do TEDx no Youtube. Siga o link a seguir para ver a declaração do TED (em inglês) e a resposta do Dr. Sheldrake: http://blog.ted.com/2013/03/14/open-for-discussion-graham-hancock-and-rupert-sheldrake/
Nascido em 28 de junho de 1942 na Inglaterra, Rupert Sheldrake é biólogo e autor de mais de 80 artigos científicos e dez livros. Ex-pesquisador da Royal Society, ele estudou Ciências Naturais na Universidade de Cambridge, onde foi aluno do Clare College, graduando-se com dupla distinção e sendo agraciado com o Prêmio Universitário de Botânica. Em seguida, ele estudou Filosofia e História da Ciência na Universidade de Harvard e foi bolsista do Frank Knox, antes de retornar a Cambridge para obter Ph.D. em Bioquímica. Foi professor do Clare College, em Cambridge, atuando como Diretor de Estudos de Bioquímica e Biologia Celular. Como bolsista do Rosenheim Research da Royal Society, conduziu pesquisas sobre o desenvolvimento de plantas e o envelhecimento de células no Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge.
Em Cambridge, em parceria com Philip Rubery, descobriu o mecanismo de transporte polar de auxina, processo pelo qual a auxina, um hormônio das plantas, é conduzido a partir dos brotos em direção às raízes.
De 1968 a 1969, sediado no Departamento de Botânica da Universidade da Malásia, em Kuala Lumpur, ele estudou plantas tropicais. De 1974 a 1985, foi o principal Fisiologista Vegetal e Fisiologista Consultor do Instituto Internacional de Pesquisa de Culturas de Trópicos Semi-Áridos (ICRISAT), em Hyderabad, na Índia, onde ajudou a desenvolver novos sistemas de cultivo atualmente amplamente utilizados por agricultores. Enquanto esteve na Índia, viveu por um ano e meio no ashram de Bede Griffiths, em Tamil Nadu, onde escreveu o seu primeiro livro, A New Science of Life.
De 2005 a 2010, foi o Diretor do Projeto Perrott-Warrick financiado pelo Trinity College, Cambridge. É pesquisador do Schumacher College, em Dartington, Devon, membro do Institute of Noetic Sciences, na Califórnia, e professor visitante no Instituto de Pós-Graduação em Connecticut.
Vive em Londres com sua esposa Jill Purce (www.healingvoice.com) e dois filhos.
Dr. Sheldrake já apareceu em vários programas de TV na Grã-Bretanha e no exterior, e foi um dos participantes (junto com Stephen Jay Gould, Daniel Dennett, Oliver Sacks, Freeman Dyson e Stephen Toulmin) de uma série de TV chamada Um acidente Glorioso, mostrada em canais PBS todo os EUA. Participou várias vezes de programas de rádio da BBC e outras emissoras, e já escreveu para jornais como The Guardian, onde tinha uma coluna mensal, The Times, Sunday Telegraph, Daily Mirror, Daily Mail, Sunday Times, Times Educational Supplement, Times Higher Education Supplement e Times Literary Supplement, e tem contribuído para uma variedade de revistas, incluindo a New Scientist, Resurgence, the Ecologist e the Espectator.
Livros de Rupert Sheldrake:
A New Science of Life: The Hypothesis of Formative Causation (1981)
A Presenca do Passado: Ressonância Mórfica, Instituto Piaget, Lisboa. 1996.
O Renascimento da Natureza: O Reflorescimento da Ciência e de Deus, Cultrix, São Paulo. 1993.
Sete Experimentos Que Podem Mudar O Mundo. Cultrix, São Paulo. 1999 (vencedor do Prêmio Livro do Ano do British Institute for Social Inventions)
Cães Sabem Quando Seus Donos Estão Chegando. Objetiva, Rio de Janeiro. 1999 (vencedor do Prêmio Livro do Ano da British Scientific and Medical Network)
A Sensação de Estar Sendo Observado. Cultrix, São Paulo, 2004
Em co-autoria com Ralph Abraham e Terence McKenna:
Caos, Criatividade E O Retorno Do Sagrado: Triálogos nas Fronteiras do Ocidente, Pensamento, 1994
The Evolutionary Mind (1998)
Em co-autoria com Matthew Fox:
Natural Grace: Dialogues on Science and Spirituality (1996)
A Física Dos Anjos, Aleph, 2008.
http://www.sheldrake.org/
- Video Language:
- English
- Duration:
- 18:20
Paula Góes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Rupert Sheldrake - The Science Delusion BANNED TED TALK | ||
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