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O mundo precisa de todos os tipos de mentes

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    Penso que vou começar por falar um pouco
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    sobre o que é autismo, exatamente.
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    O autismo abrange um espetro muito amplo
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    que vai do muito grave, em que
    a criança permanece sem falar,
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    até aos mais brilhantes
    cientistas e engenheiros.
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    Na verdade sinto-me em casa aqui
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    porque há muitos genes
    do autismo nesta sala.
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    Vocês não teriam nenhum...
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    (Aplausos)
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    É um contínuo de caracteristicas.
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    Quando um "nerd"
    revela ter o síndroma de Asperger,,
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    o que é isso senão
    um leve grau de autismo?
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    Quero dizer, Einstein, Mozart e Tesla
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    seriam todos provavelmente diagnosticados
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    hoje em dia, como sendo do espetro autista.
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    Uma das coisas que me preocupa
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    é tornar estas crianças
    naqueles que vão inventar
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    as coisas ligadas à energia do futuro
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    as tais de que o Bill Gates
    falou esta manhã.
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    Ok. Bem, se vocês querem perceber
    o autismo, os animais
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    — e agora quero falar
    sobre as diferentes formas de pensar —
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    têm que se afastar da linguagem verbal.
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    Eu penso com imagens.
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    Não penso em linguagem.
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    O que acontece numa mente autista
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    é que se concentra nos detalhes,
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    Este é um teste em que é preciso
    descobrir as letras grandes,
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    ou descobrir as letras pequenas.
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    O pensamento autista descobre
    as letras pequenas mais rapidamente.
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    O que acontece é que o cérebro normal
    ignora os detalhes.
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    Na construção duma ponte,
    os detalhes são muito importantes
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    porque a ponte pode cair
    se ignorarmos os detalhes.
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    Uma das minhas maiores preocupações
    com as práticas de hoje,
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    é que as coisas estão a ficar
    muito abstractas.
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    As pessoas estão a deixar
    de meter as mãos na massa.
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    Preocupa-me que muitas escolas
    tenham retirado as disciplinas práticas.
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    porque arte, e disciplinas do género
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    eram as disciplinas
    em que eu era excelente.
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    No meu trabalho com o gado,
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    reparei em certos pormenores
    que a maioria das pessoas não nota
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    e que fazem o gado entrar em pânico.
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    Como esta bandeira a flutuar ao vento,
    em frente ao veterinário.
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    O pátio de alimentação ia destruindo
    o edifício veterinário,
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    se não se mudasse de sítio a bandeira.
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    Movimentos rápidos, contraste.
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    No início dos anos 70, desloquei-me
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    às cabinas de contenção
    ver o que é que o gado via.
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    Pensava-se que era loucura.
    Era um casaco pendurado numa cerca.
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    Assustavam-se com as sombras,
    com uma mangueira que estava no chão.
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    As pessoas não reparavam nestas coisas,
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    uma corrente pendurada,
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    Isso está muito bem ilustrado no filme.
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    Eu adorei o filme, o modo como eles
    duplicaram os meus projetos todos.
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    É o meu lado "geek".
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    Os meus desenhos também
    desempenharam um papel no filme.
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    Já agora, chama-se Temple Grandin,
    não é "Pensando com Imagens".
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    Como é pensar com imagens?
  • 2:29 - 2:31
    É literalmente ver filmes na nossa cabeça.
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    O meu cérebro funciona
    como o Google para Imagens.
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    Quando eu era criança não sabia
    que a minha forma de pensar era diferente.
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    Eu pensava que toda a gente
    pensava com imagens.
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    Quando escrevi o meu livro,
    "Pensando com Imagens",
  • 2:41 - 2:43
    comecei a perguntar às pessoas
    como é que elas pensam.
  • 2:43 - 2:46
    Fiquei muito chocada ao descobrir
    que o meu pensamento é muito diferente.
  • 2:46 - 2:49
    Por exemplo, se disser:
    "Pensem numa torre de igreja"
  • 2:49 - 2:52
    a maior parte tem uma imagem
    genérica de uma torre.
  • 2:52 - 2:54
    Talvez não se aplique, nesta sala,
  • 2:54 - 2:57
    mas é verdade em muitos outros lugares.
  • 2:57 - 2:59
    Eu só vejo imagens específicas
  • 2:59 - 3:03
    Aparecem na minha memória,
    como se esta fosse o Google para Imagens.
  • 3:03 - 3:05
    No filme, fizeram uma cena excelente
  • 3:05 - 3:09
    em que se diz a palavra "sapato",
    e começam a aparecer, na minha mente,
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    um monte de sapatos dos anos 50 e 60
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    Esta é a igreja da minha infância.
    É específica.
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    Aqui estão mais umas, em Fort Collins.
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    Que tal umas igrejas famosas?
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    E elas continuam a aparecer,
    mais ou menos assim.
  • 3:21 - 3:24
    Muito rapidamente,
    como o Google para Imagens.
  • 3:24 - 3:26
    Aparece uma de cada vez
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    E eu fico a pensar:
    Ok, podemos ver se neva
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    ou se vai trovejar
  • 3:30 - 3:33
    e posso editar essas imagens
    e fazer um vídeo com elas.
  • 3:33 - 3:36
    Ora bem, o pensamento visual
    é um bem essencial
  • 3:36 - 3:39
    no meu trabalho de desenhar
    instalações para o manejo de gado.
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    Tenho trabalhado arduamente em melhorar
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    a forma como o gado
    é tratado nos matadouros.
  • 3:44 - 3:46
    Não vou mostrar aqui nenhuns
    slides horríveis de matadouros.
  • 3:46 - 3:48
    Pus essas coisas no Youtube,
    se quiserem ver.
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    Uma das coisas que consegui fazer
    no meu trabalho de design
  • 3:52 - 3:54
    foi a de fazer um teste de funcionamento
  • 3:54 - 3:56
    a uma peça de equipamento no meu cérebro,
  • 3:56 - 3:59
    como se fosse um sistema computorizado
    de realidade virtual.
  • 4:00 - 4:01
    Aqui temos uma vista aérea
  • 4:01 - 4:04
    da recriação de um dos meus projetos
    que foi utilizado no filme.
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    Tem um ar tão espetacular!
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    Também havia muitas pessoas
    com Asperger e com autismo,
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    a trabalhar ali nas filmagens.
  • 4:12 - 4:13
    (Risos)
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    Mas uma das coisas que me preocupa é:
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    Para onde vai a versão mais nova
    desses jovens?
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    Não vão parar a Silicon Valley,
    que é onde eles pertecem.
  • 4:23 - 4:25
    (Risos)
  • 4:25 - 4:28
    (Aplausos)
  • 4:30 - 4:34
    Uma das coisas que aprendi em jovem,
    — porque não era muito sociável —
  • 4:34 - 4:37
    foi que tinha de vender o meu trabalho
    e não a mim mesma.
  • 4:37 - 4:40
    A forma como vendia trabalhos
    na área da pecuária
  • 4:40 - 4:43
    era que mostrava os meus desenhos,
    mostrava imagens das coisas.
  • 4:43 - 4:45
    Outra coisa que me ajudou em criança
  • 4:45 - 4:47
    foi que, nos anos 50,
    ensinavam-nos a ter maneiras.
  • 4:47 - 4:49
    Ensinavam-nos que não podíamos
    tirar a mercadoria das prateleiras das lojas
  • 4:49 - 4:51
    e deixá-las espalhadas por todo o lado.
  • 4:51 - 4:54
    Quando os miúdos chegam
    ao terceiro ou quarto ano,
  • 4:54 - 4:56
    já se nota se ele vai ser
    um pensador visual,
  • 4:56 - 4:58
    porque desenha em perspetivas.
  • 4:58 - 5:01
    Quero sublinhar que
    nem todos os miúdos autistas
  • 5:01 - 5:03
    vão ser pensadores visuais.
  • 5:03 - 5:06
    Eu fiz esta TAC há uns bons anos.
  • 5:06 - 5:08
    e costumava fazer piadas por ter
    um cabo gigantesco de ligação à internet
  • 5:08 - 5:10
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    profundamente incorporado
    no meu córtex visual.
  • 5:13 - 5:15
    Esta é uma ressonância magnética.
  • 5:15 - 5:17
    O meu cabo gigantesco
    de ligação à Internet
  • 5:17 - 5:19
    tem o dobro do tamanho
    comparado com o de controlo.
  • 5:19 - 5:20
    As linhas vermelhas são minhas
  • 5:20 - 5:24
    e as azuis são de uma pessoa
    do mesmo sexo e idade que serve de controlo.
  • 5:25 - 5:27
    Podem ver, eu tenho uma linha gigantesca
  • 5:27 - 5:29
    e a linha do controlo ali, a azul
  • 5:29 - 5:31
    geralmente tem uma linha bem pequena.
  • 5:32 - 5:35
    Há pesquisas que estão agora a demonstrar
  • 5:35 - 5:38
    que as pessoas no espetro geralmente
    pensam com o córtex visual primário.
  • 5:38 - 5:41
    O que se passa, é que o pensador visual
    tem um cérebro único.
  • 5:41 - 5:45
    O cérebro autista tem tendência
    a ser um cérebro especializado.
  • 5:45 - 5:48
    Excelente numa coisa,
    muito mau noutra coisa qualquer.
  • 5:48 - 5:50
    A coisa em que eu era má era em álgebra.
  • 5:50 - 5:52
    Nunca me permitiram estudar
    geometria ou trigonometria.
  • 5:52 - 5:55
    Foi um erro gigantesco. Encontro muitos miúdos
    que não podem estudar álgebra,
  • 5:55 - 5:58
    têm de ir diretamente
    para a geometria e trigonometria.
  • 5:58 - 6:00
    Outro tipo de cérebro
    é do pensador por padrões.
  • 6:00 - 6:03
    Mais abstratos. São os engenheiros,
  • 6:03 - 6:05
    os programadores de computadores.
  • 6:05 - 6:06
    Isto é um pensamento por padrões.
  • 6:06 - 6:09
    É um um louva-a-deus que é feito
    de uma folha de papel
  • 6:09 - 6:10
    sem usar fita-cola, e sem cortes.
  • 6:10 - 6:13
    Por detrás, temos o padrão
    que serve para o dobrar.
  • 6:13 - 6:15
    Estes são os diferentes
    tipos de pensamento,
  • 6:15 - 6:18
    Pensadores visuais foto-realistas — como eu.
  • 6:19 - 6:22
    Pensadores por padrões
    — músicos e matemáticos.
  • 6:22 - 6:25
    Alguns destes, muitas vezes,
    têm problemas em ler.
  • 6:25 - 6:26
    Podemos encontrar este tipo de problema
    em miúdos que sofrem de disléxia.
  • 6:26 - 6:29
  • 6:29 - 6:31
    Podemos ver estes tipos
    diferentes de pensamento.
  • 6:31 - 6:35
    Depois há a mente verbal.
    Sabem tudo sobre todos os assuntos.
  • 6:35 - 6:37
    Outra coisas são os problemas sensoriais.
  • 6:37 - 6:40
    Eu estava muito preocupada
    por ter de usar este aparelho na cara
  • 6:40 - 6:43
    Vim para aqui uma hora mais cedo
  • 6:43 - 6:46
    para que mo pusessem
    e para me ir habituando a ele.
  • 6:46 - 6:48
    A produção dobrou-o
    para não me bater no queixo.
  • 6:48 - 6:52
    A parte sensorial é um problema.
    Alguns miúdos ficam incomodados com luzes fluorescentes.
  • 6:52 - 6:55
    Outros têm problemas
    de sensibilidade ao som.
  • 6:55 - 6:57
    Há sempre variantes.
  • 6:58 - 7:01
    Pensar visualmente deu-me uma perspetiva
    do cérebro dos animais.
  • 7:01 - 7:03
  • 7:03 - 7:07
    Porque um animal é um pensador
    que se baseia nos sentidos, não fala.
  • 7:08 - 7:10
    Pensa com imagens.
  • 7:10 - 7:13
    Pensa com sons. Pensa com cheiros.
  • 7:13 - 7:16
    Pensem em quanta informação
    existe numa boca de incêndio.
  • 7:16 - 7:19
    Ele sabe quem esteve lá, quando esteve lá,
  • 7:19 - 7:23
    se é um amigo ou inimigo,
    se é alguém com quem ele pode acasalar.
  • 7:23 - 7:26
    Há uma tonelada de informações
    naquela boca de incêndio.
  • 7:26 - 7:29
    São informações muito detalhadas.
  • 7:29 - 7:31
    Ao observar todo este tipo de detalhes
  • 7:31 - 7:34
    fiquei com bastante perspetiva
    sobre os animais.
  • 7:34 - 7:37
    A mente animal, tal como a minha mente,
  • 7:37 - 7:40
    armazena as informações
    com base nos sentidos,
  • 7:40 - 7:41
    em categorias.
  • 7:42 - 7:44
    Um homem a cavalo,
  • 7:44 - 7:45
    e um homem a pé,
  • 7:45 - 7:48
    vemos isso como duas coisas
    totalmente diferentes.
  • 7:48 - 7:50
    Um cavalo que foi maltratado pelo cavaleiro.
  • 7:50 - 7:53
    vai ter um comportamento
    normal com o veterinário e com o ferreiro,
  • 7:53 - 7:56
    mas nunca se deixará montar.
  • 7:56 - 7:58
    Outro cavalo, que tenha sido
    maltratado pelo ferreiro
  • 7:58 - 8:01
    será terrível para quem estiver apeado,
    como o veterinário,
  • 8:01 - 8:04
    mas uma pessoa pode montar nele.
  • 8:04 - 8:06
    O gado age da mesma forma,
  • 8:06 - 8:08
    Homem a cavalo, homem a pé,
  • 8:08 - 8:10
    são duas coisas diferentes.
  • 8:10 - 8:12
    São imagens diferentes.
  • 8:12 - 8:15
    Pensem em como isto é específico.
  • 8:15 - 8:18
    Encontro muita gente
    que não é lá muito boa
  • 8:18 - 8:21
    nesta capacidade de armazenar
    informações por categorias,
  • 8:21 - 8:24
    Quando estou a tentar resolver
    problemas de equipamentos,
  • 8:24 - 8:26
    ou problemas com qualquer coisa
    numa fábrica,
  • 8:26 - 8:29
    parece que elas não conseguem descobrir:
    "Será que tenho um problema de formação profissional?
  • 8:29 - 8:32
    "ou há qproblemas com o equipamento?"
  • 8:32 - 8:34
    Por outras palavras,
    arquivam o problema de equipamento,
  • 8:34 - 8:36
    no mesmo sítio
    dos problemas com as pessoas.
  • 8:36 - 8:39
    Encontro muita gente com dificuldade
    em fazer isso.
  • 8:39 - 8:41
    Imaginemos que eu descubro
    que é um problema de equipamento.
  • 8:41 - 8:44
    É um problema pequeno, uma coisa simples
    que posso arranjar?
  • 8:44 - 8:47
    Ou o problema está
    em todo o "design" do sistema?
  • 8:47 - 8:49
    As pessoas têm muita dificuldade
    em pensar nisso.
  • 8:49 - 8:51
    Tomemos, por exemplo uma coisa
    como resolver problemas
  • 8:51 - 8:54
    para tornar os aviões mais seguros.
  • 8:54 - 8:55
    Eu sou passageira com muitas horas de voo.
  • 8:55 - 8:57
    Viajo muitode avião,
  • 8:57 - 9:00
    Se eu trabalhasse na FAA,
  • 9:00 - 9:04
    qual seria a coisa a que faria
    muita observação direta?
  • 9:04 - 9:06
    Seria às caudas dos aviões.
  • 9:06 - 9:09
    Cinco dos acidentes de avião,
    nos últimos 20 anos,
  • 9:09 - 9:12
    aconteceram porque a cauda saltou
  • 9:12 - 9:15
    ou o trem de aterragem
    dentro da cauda se partiu.
  • 9:15 - 9:17
    O problema está na cauda,
    pura e simplesmente.
  • 9:17 - 9:19
    Quando os pilotos andam à volta do avião,
  • 9:19 - 9:21
    não conseguem ver
    o que se passa dentro da cauda.
  • 9:21 - 9:23
    Agora que penso nisto tudo,
  • 9:23 - 9:26
    estou a lembrar-me
    de muitas informações específicas.
  • 9:26 - 9:29
    É específico.
    Eu penso ao contrário do normal.
  • 9:29 - 9:33
    Primeiro pego nas peças pequenas
    e depois junto-as todas como num puzzle.
  • 9:33 - 9:35
    Imaginemos um cavalo
    que tem um medo mortal
  • 9:35 - 9:37
    de vaqueiros que usam chapéus pretos.
  • 9:37 - 9:39
    Foi maltratado por alguém
    que usava um chapéu preto de vaqueiro.
  • 9:39 - 9:42
    Se forem chapéus brancos,
    não há problema nenhum.
  • 9:43 - 9:45
    O que se passa é que o mundo vai precisar
  • 9:45 - 9:48
    de todos estes diferentes
    tipos de cérebros
  • 9:48 - 9:50
    a trabalhar juntos.
  • 9:50 - 9:53
    Temos de trabalhar no desenvolvimento
    de todos estes tipos de mentes.
  • 9:53 - 9:55
    Uma coisa que me põe completamente louca,
  • 9:55 - 9:58
    quando viajo pelo mundo
    e faço conferências sobre autismo
  • 9:58 - 10:00
    é que encontro muitos miúdos
    "geeks" inteligentes
  • 10:00 - 10:03
    mas não são muito sociáveis.
  • 10:03 - 10:06
    Ninguém faz nada para desenvolver
    o seu interesse
  • 10:06 - 10:08
    em coisas como a ciência.
  • 10:08 - 10:10
    Isto leva-me a falar
    do meu professor de ciências.
  • 10:10 - 10:13
    O meu professor de ciências
    está deliciosamente ilustrado no filme.
  • 10:13 - 10:15
    Eu era uma estudante meio tonta.
  • 10:15 - 10:18
    Quando fui para o liceu
    não ligava nada aos estudos,
  • 10:18 - 10:21
    até ter aulas de ciências
    com o Professor Carlock.
  • 10:21 - 10:24
    No filme, a personagem dele é o Dr. Carlock.
  • 10:24 - 10:28
    E ele desafiou-me a tentar compreender
  • 10:28 - 10:30
    o funcionamento
    de uma sala de ilusão de ótica.
  • 10:30 - 10:33
    Isto levanta toda a questão de termos
    que mostrar aos miúdos
  • 10:33 - 10:34
    coisas interessantes.
  • 10:34 - 10:37
    Uma das coisas que acho
    que o TED talvez devesse fazer
  • 10:37 - 10:40
    era dizer a todas as escolas
    que há grandes palestras no TED
  • 10:40 - 10:43
    e que há uma quantidade enorme
    de informações na Internet,
  • 10:43 - 10:44
    para motivar esses miúdos.
  • 10:44 - 10:47
    Porque encontro muitos destes miúdos "geek"
  • 10:47 - 10:50
    e professores do Midwest
    e de outras partes do país,
  • 10:50 - 10:52
    quando nos afastamos
    das zonas tecnológicas.
  • 10:52 - 10:54
    Eles não sabem o que fazer
    com esses miúdos!
  • 10:54 - 10:56
    Estão a dirigi-los para caminhos errados.
  • 10:56 - 10:59
    A questão é que podemos modelar um cérebro
  • 10:59 - 11:01
    para ser uma mente
    mais pensadora e cognitiva.
  • 11:01 - 11:04
    Ou podemos modelá-lo
    de forma a ser mais sociável.
  • 11:04 - 11:06
    O que as pesquisas
    têm demonstrado no autismo,
  • 11:06 - 11:09
    é que podem existir mais formas
    de ligação aqui,
  • 11:09 - 11:12
    na parte brilhante da mente
    e perdemos alguns circuitos sociais em troca.
  • 11:12 - 11:15
    É uma espécie de troca
    entre o pensar e o ser social.
  • 11:15 - 11:18
    Às vezes, a troca é tão profunda
  • 11:18 - 11:20
    que vamos encontrar uma pessoa que não é verbal.
  • 11:20 - 11:22
    No cérebro normal humano
  • 11:22 - 11:25
    a linguagem ofusca o pensamento visual que partilhamos com os animais.
  • 11:25 - 11:28
    Este é o trabalho do Dr. Bruce Miller.
  • 11:28 - 11:31
    Ele estudou doentes com Alzheimer
  • 11:31 - 11:33
    que sofriam de demência do lobo temporal frontal.
  • 11:33 - 11:36
    E a demência devorou a parte linguística do cérebro,
  • 11:36 - 11:41
    e esta obra de arte foi criada por alguém que costumava instalar aparelhagens em carros.
  • 11:41 - 11:45
    Bem, o Van Gogh não devia perceber muito de física.
  • 11:45 - 11:47
    Mas isto é muito interessante
  • 11:47 - 11:49
    e já foram feitos estudos que provam
  • 11:49 - 11:51
    que este género de padrão em espiral neste quadro
  • 11:51 - 11:54
    segue um modelo estatístico de turbulência.
  • 11:54 - 11:56
    O que nos leva uma teoria muito interessante
  • 11:56 - 11:58
    de que talvez estes padrões matemáticos estejam armazenados
  • 11:58 - 12:00
    no nosso próprio cérebro.
  • 12:00 - 12:02
    E as coisas todas do Wolfram (Stephen) que eu anotei
  • 12:02 - 12:04
    notas que me lembrei de escrever
  • 12:04 - 12:06
    para depois as pôr em palavras que pudesse usar
  • 12:06 - 12:10
    porque eu penso que tem de continuar nas minhas conferências sobre autismo.
  • 12:10 - 12:12
    Temos de mostrar a estes miúdos coisas interessantes.
  • 12:12 - 12:14
    Foram-lhes retiradas as aulas de mecânica
  • 12:14 - 12:16
    e aulas de educação visual, e aulas de arte.
  • 12:16 - 12:19
    Quer dizer, a disciplina em que eu era melhor na escola era arte!
  • 12:19 - 12:21
    Temos de pensar em todos estes tipos diferentes de pensadores.
  • 12:21 - 12:24
    E temos mesmo de trabalhar com estes géneros de mentes
  • 12:24 - 12:27
    porque nós vamos precisar absolutamente
  • 12:27 - 12:30
    deste género de pessoas no futuro.
  • 12:30 - 12:32
    E falemos de empregos.
  • 12:32 - 12:34
    Ok, o meu professor de ciência fez com que eu estudasse
  • 12:34 - 12:37
    porque eu era meio tonta e não queria estudar.
  • 12:37 - 12:39
    Mas sabem que mais? Eu estava a ganhar experiência profissional.
  • 12:39 - 12:41
    Tenho conhecido muitos miúdos a quem não ensinaram as coisas básicas
  • 12:41 - 12:43
    tais como ser pontual.
  • 12:43 - 12:45
    Eu aprendi isso quando tinha oito anos.
  • 12:45 - 12:48
    Sabem, como ter maneiras à mesa nas festas de domingo da avó.
  • 12:48 - 12:51
    Eu aprendi isso quanto era muito, muito nova.
  • 12:51 - 12:54
    E quando fiz 13 anos arranjei trabalho numa modista
  • 12:54 - 12:56
    a costurar roupa.
  • 12:56 - 12:59
    Fiz estágios durante a faculdade.
  • 12:59 - 13:02
    Eu construía coisas.
  • 13:02 - 13:05
    E também tive de aprender a fazer trabalhos.
  • 13:05 - 13:09
    Sabem, quando era pequena, tudo o que eu queria fazer era desenhar cavalos.
  • 13:09 - 13:11
    A minha mãe disse-me "bem, vamos desenhar outra coisa qualquer".
  • 13:11 - 13:13
    Eles têm de aprender a fazer outras coisas.
  • 13:13 - 13:15
    Por exemplo um miúdo que tenha uma fixação com Legos.
  • 13:15 - 13:18
    Ensinem-no a construír com outro tipo de materiais.
  • 13:18 - 13:20
    O que se passa no cérebro autista
  • 13:20 - 13:22
    é que tem tendência a fixar-se.
  • 13:22 - 13:24
    Um miúdo que adore carros de corrida,
  • 13:24 - 13:26
    ensinem-lhe matemática usando os carros.
  • 13:26 - 13:29
    Deixem-no descobrir em quanto tempo é que um carro de corrida percorre uma certa distância.
  • 13:29 - 13:33
    Noutras palavras, usem essa fixação
  • 13:33 - 13:36
    de forma a motivar a criança, é uma das coisas que nós precisamos de fazer.
  • 13:36 - 13:39
    Eu fico muito aborrecida quando eles, sabem, os professores,
  • 13:39 - 13:42
    especialmente nas zonas desta parte do país,
  • 13:42 - 13:44
    eles não sabem o que fazer com estes miúdos inteligentes.
  • 13:44 - 13:46
    Isso põem-me louca!
  • 13:46 - 13:48
    O que é que os pensadores visuais podem fazer quando forem adultos?
  • 13:48 - 13:51
    Podem trabalhar em design gráfico, em todo o género de coisas com computadores,
  • 13:51 - 13:56
    fotografia, design industrial.
  • 13:56 - 13:58
    Os pensadores por padrões, esses serão aqueles que no futuro
  • 13:58 - 14:01
    serão os vossos matemáticos, os vossos engenheiros de sistemas,
  • 14:01 - 14:05
    os vossos programadores de computador, todos esses tipos de trabalho.
  • 14:05 - 14:08
    E depois têm os pensadores das palavras. Eles tornam-se grandes jornalistas.
  • 14:08 - 14:11
    E também costumam ser muito bons actores de teatro.
  • 14:11 - 14:13
    Porque uma das coisas sobre ser autista é,
  • 14:13 - 14:16
    eu tive de aprender as competências sociais como se aprende um papel no teatro.
  • 14:16 - 14:19
    É como se, temos mesmo de aprender a fazê-lo.
  • 14:19 - 14:22
    E precisamos de trabalhar com estes estudantes.
  • 14:22 - 14:24
    E isto leva-nos aos mentores.
  • 14:24 - 14:27
    Sabem, o meu professor de ciências não era um professor "credenciado".
  • 14:27 - 14:29
    Ele era um cientista espacial da NASA.
  • 14:29 - 14:31
    Bem, agora em alguns estados estamos a ver que
  • 14:31 - 14:33
    se o professor for licenciado em biologia, ou em química
  • 14:33 - 14:36
    ele chega a uma escola e pode ensinar biologia ou química.
  • 14:36 - 14:38
    Nós precisamos de fazer isso.
  • 14:38 - 14:40
    Porque o que eu tenho visto é que
  • 14:40 - 14:42
    os bons professores, para muitos destes miúdos,
  • 14:42 - 14:44
    estão colocados apenas nas universidades.
  • 14:44 - 14:47
    Precisamos de pegar nesses excelentes professores e trazê-los para as escolas secundárias.
  • 14:47 - 14:50
    Outra coisa que pode ter muitos, muitos bons resultados é,
  • 14:50 - 14:53
    há muita gente que já se pode ter reformado
  • 14:53 - 14:56
    de trabalhos nas indústrias de software, e eles podem ensinar a vossa criança.
  • 14:56 - 14:59
    E não interessa se o que ele lhes ensina é antiquado
  • 14:59 - 15:02
    porque o que ele está a fazer é apenas acender a chama.
  • 15:02 - 15:05
    Ele está a motivar aquele miúdo!
  • 15:05 - 15:08
    E quando um miúdo se sente motivado, ele vai aprender todas as coisas mais recentes.
  • 15:08 - 15:10
    Os mentores são essenciais.
  • 15:10 - 15:12
    Não me canso de dizer isto
  • 15:12 - 15:15
    o que o meu professor de ciências fez por mim.
  • 15:15 - 15:18
    E temos de ser mentores deles, e contratá-los.
  • 15:18 - 15:20
    E se lhes oferecerem estágios nas vossas empresas,
  • 15:20 - 15:23
    o que se passa numa mente autista aspergiana,
  • 15:23 - 15:26
    é que vocês têm de lhes dar tarefas específicas. Não digam só "desenhem novo software".
  • 15:26 - 15:28
    Vocês têm de lhes dar informações muito mais específicas.
  • 15:28 - 15:31
    "Bem, nós precisamos de um software para um telefone
  • 15:31 - 15:33
    e tem de fazer uma função específica
  • 15:33 - 15:35
    e só pode utilizar uma certa quantidade de memória".
  • 15:35 - 15:37
    É este o género de especificidade que precisamos.
  • 15:37 - 15:39
    Bem, este é o final da minha conversa.
  • 15:39 - 15:41
    Quero agradecer a todos por terem vindo.
  • 15:41 - 15:43
    Foi muito bom estar aqui.
  • 15:43 - 15:55
    (Aplausos)
  • 15:55 - 15:58
    Ah, tem uma pergunta para mim? Ok.
  • 15:58 - 15:59
    (Aplausos)
  • 15:59 - 16:03
    (Chris Anderson) Muito obrigado por ter feito isto.
  • 16:03 - 16:05
    Sabe, uma vez escreveu, e passo a citar,
  • 16:05 - 16:07
    "Se por algum passo de magia, o autismo fosse
  • 16:07 - 16:10
    erradicado da face da Terra,
  • 16:10 - 16:13
    neste momento o homem ainda estaria em frente de uma fogueira
  • 16:13 - 16:15
    à entrada de uma caverna."
  • 16:15 - 16:17
    (Temple Grandin) Então, mas quem é que pensam que fez as primeiras lanças de pedra?
  • 16:17 - 16:20
    O tipo com Asperger. E se vocês se vissem livres de todos os factores genéticos do autismo
  • 16:20 - 16:22
    o Silicon Valleu deixava de existir,
  • 16:22 - 16:24
    e a crise energética nunca seria resolvida.
  • 16:24 - 16:27
    (Aplausos)
  • 16:27 - 16:29
    (CA) Então, eu queria fazer-lhe mais umas perguntas.
  • 16:29 - 16:31
    Mas se achar que alguma é inapropriada
  • 16:31 - 16:33
    fica à vontade para dizer "próxima questão"
  • 16:33 - 16:35
    Mas se estiver aqui alguém
  • 16:35 - 16:37
    que tem um filho autista
  • 16:37 - 16:39
    ou que conhece uma criança autista
  • 16:39 - 16:42
    e que não consegue comunicar com eles,
  • 16:42 - 16:44
    que conselho é que tem para lhes dar?
  • 16:44 - 16:46
    (TG) Bem, em primeiro lugar, temos de ter em conta a idade.
  • 16:46 - 16:48
    Se tiverem uma criança de dois, três ou quatro anos
  • 16:48 - 16:50
    sabem, que não fala, sem interacção social,
  • 16:50 - 16:52
    Eu tenho de insistir nisto
  • 16:52 - 16:56
    não fiquem à espera, vão precisar pelo menos de 20 horas semanais de educação um a um.
  • 16:56 - 16:59
    Sabem, o que se passa, é que o autismo tem vários graus.
  • 16:59 - 17:01
    Metade das pessoas dentro do espectro
  • 17:01 - 17:03
    nunca vão aprender a falar, e esses nunca irão conseguir trabalhar no
  • 17:03 - 17:06
    Silicon Valley, não seria uma coisa razoável para eles.
  • 17:06 - 17:08
    Mas depois há os miúdos inteligentes e meio geeks
  • 17:08 - 17:10
    com um toque leve de autismo
  • 17:10 - 17:12
    e são esses que vocês têm de motivar
  • 17:12 - 17:14
    pondo-os a fazer coisas interessantes.
  • 17:14 - 17:17
    Eu aprendi a interagir socialmente por interesses partilhados.
  • 17:17 - 17:21
    Eu montava a cavalo com outros miúdos. Eu fiz modelos de foguetões com outros miúdos,
  • 17:21 - 17:23
    participei em laboratórios de electrónica com outros miúdos
  • 17:23 - 17:25
    e nos anos 60 fazíamos colagens com espelhos
  • 17:25 - 17:28
    nas membranas de borracha das colunas de som, para fazer espectáculos de luzes.
  • 17:28 - 17:31
    E isso era, nós considerávamos isso o máximo!
  • 17:31 - 17:33
    (CA) É uma coisa irrealista para os pais
  • 17:33 - 17:35
    desejarem ou pensarem que aquela criança
  • 17:35 - 17:38
    os ama, como a maioria faz e pode, ou é só um desejo.
  • 17:38 - 17:40
    (TG) Deixem-me dizer-vos uma coisa, aquela criança será leal.
  • 17:40 - 17:42
    E se a vossa casa um dia estiver em chamas eles vão tirar-vos lá de dentro.
  • 17:42 - 17:45
    (CA) Wow. Então, quando perguntamos à maior parte das pessoas
  • 17:45 - 17:47
    qual é a coisa que os apaixona mais, eles geralmente respondem
  • 17:47 - 17:50
    "Os meus filhos", ou "o meu amante".
  • 17:50 - 17:53
    O que é que a apaixona mais?
  • 17:53 - 17:55
    (TG) Eu sou apaixonada pelas coisas que faço
  • 17:55 - 17:57
    porque vão tornar o mundo num sítio melhor.
  • 17:57 - 17:59
    E quando oiço a mãe de uma criança autista dizer,
  • 17:59 - 18:01
    "O meu filho foi para a faculdade graças ao seu livro,
  • 18:01 - 18:03
    ou por causa de uma das suas conferências". Isso faz-me feliz.
  • 18:03 - 18:06
    Sabem, os matadouros, eu trabalhei em vários
  • 18:06 - 18:08
    nos anos 80, eram lugares absolutamente terríveis.
  • 18:08 - 18:12
    Eu desenvolvi uma tabela de desempenho simples para os matadouros
  • 18:12 - 18:14
    onde se podem controlar os resultados, a quantidade de gado abatido
  • 18:14 - 18:16
    quantos tiveram de levar choques electricos
  • 18:16 - 18:18
    quantos animais mugiram até lhes saltar a cabeça?
  • 18:18 - 18:20
    E é muito, muito simples.
  • 18:20 - 18:22
    Têm de observar directamente coisas muito simples.
  • 18:22 - 18:24
    E resultou muito bem. Fiquei muito satisfeita por
  • 18:24 - 18:27
    notar em coisas que marcam realmente a diferença
  • 18:27 - 18:29
    no mundo real. Precisamos de muito mais disto,
  • 18:29 - 18:31
    e muito menos de coisas abstractas.
  • 18:31 - 18:38
    (Aplausos)
  • 18:38 - 18:40
    (CA) Quando estávamos a falar ao telefone, uma das coisas que disse e que
  • 18:40 - 18:42
    me surpreendeu foi uma coisa que disse
  • 18:42 - 18:46
    que era apaixonada por centrais de servidores. Fale-nos sobre isso.
  • 18:46 - 18:49
    (TG) Bem, a razão porque fiquei tão entusiasmada quando li sobre eles
  • 18:49 - 18:52
    é por conterem conhecimento.
  • 18:52 - 18:54
    São bibliotecas.
  • 18:54 - 18:56
    E o conhecimento para mim é uma coisa
  • 18:56 - 18:58
    que é extremamente valiosa. Bem, talvez porque, há 10 anos
  • 18:58 - 19:00
    a nossa biblioteca sofreu uma inundação
  • 19:00 - 19:02
    E isto aconteceu antes da explosão da internet.
  • 19:02 - 19:04
    E eu fiquei muito aborrecida porque os livros estragaram-se todos,
  • 19:04 - 19:06
    porque o conhecimento foi destruído.
  • 19:06 - 19:08
    E as centrais de servidores, ou centrais de dados
  • 19:08 - 19:11
    são grandes bibliotecas de conhecimento.
  • 19:11 - 19:14
    (CA) Temple, posso só dizer-lhe que foi excelente tê-la aqui no TED.
  • 19:14 - 19:17
    (TG) Ora, muito obrigada. Muito obrigada.
  • 19:17 - 19:23
    (Aplausos)
Title:
O mundo precisa de todos os tipos de mentes
Speaker:
Temple Grandin
Description:

Temple Grandin, diagnosticada autista quando criança, fala sobre como a sua mente funciona — e partilha a sua capacidade de "pensar em imagens", que a auxilia a resolver problemas que os cérebros chamados normais podem não conseguir. Ela defende que o mundo necessita de pessoas que se situam no espetro autista: pensadores visuais, pensadores por padrões, pensadores verbais, e todos os tipos de crianças inteligentes.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
19:26
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The world needs all kinds of minds
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