Três mitos a respeito da corrupção
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0:01 - 0:03Certo. Esta manhã, vou falar
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0:03 - 0:06sobre a questão da corrupção.
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0:06 - 0:08E corrupção é definida
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0:08 - 0:14como o abuso de uma posição de confiança
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0:14 - 0:17em benefício próprio -- ou, no caso do nosso contexto,
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0:17 - 0:20em benefício de amigos, familiares ou investidores.
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0:20 - 0:24Certo? Amigos, familiares e investidores.
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0:24 - 0:28Precisamos reavaliar o que entendemos por corrupção,
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0:28 - 0:31e precisamos entender
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0:31 - 0:35que não fomos educados corretamente sobre o assunto, e temos que admitir isso.
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0:35 - 0:36Temos que ter a coragem de reconhecer isso,
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0:36 - 0:39para começarmos a mudar a maneira como lidamos com isso.
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0:39 - 0:42Primeiramente, o grande mito, o número um,
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0:42 - 0:44é crer que isso não é, de fato, crime.
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0:44 - 0:46Quando nos reunimos com amigos e familiares
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0:46 - 0:48e discutimos sobre o crime em nosso país,
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0:48 - 0:51em Belmont, em Diego ou em Marbella,
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0:51 - 0:53ninguém fala sobre corrupção.
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0:53 - 0:54Essa é a verdade.
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0:54 - 0:57Quando o comissário de polícia vai à TV para falar sobre o crime,
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0:57 - 0:59ele não fala sobre corrupção.
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0:59 - 1:02Com certeza, sabemos que, quando o Ministro de Segurança Nacional
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1:02 - 1:05fala a respeito do crime, ele também não menciona a corrupção.
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1:05 - 1:08O que quero dizer é que corrupção é crime,
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1:08 - 1:13É um crime econômico, por tratar-se de apropriação ilícita do dinheiro dos contribuintes.
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1:13 - 1:16A corrupção é uma realidade nos setores público e privado.
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1:16 - 1:17Como alguém que vem do setor privado,
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1:17 - 1:20eu posso dizer que existe um altíssimo nível de corrupção,
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1:20 - 1:23no setor privado, que não tem nada a ver com o governo.
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1:23 - 1:25Os mesmos subornos, troca de favores e afins, que acontecem por debaixo dos panos,
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1:25 - 1:28também acontecem no setor privado.
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1:28 - 1:32Hoje, vou enfocar a corrupção no setor público,
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1:32 - 1:35da qual o setor privado também participa.
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1:35 - 1:37O segundo mito que precisamos compreender --
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1:37 - 1:39porque temos que derrubar esses mitos,
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1:39 - 1:41desmantelá-los, destruí-los, ridicularizá-los --
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1:41 - 1:43o segundo mito que precisamos compreender
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1:43 - 1:46é aquele que diz
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1:46 - 1:49que a corrupção é, na verdade, um problema sem importância --
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1:49 - 1:51se é problema, é um problema bem pequeno,
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1:51 - 1:55que, na verdade, são apenas 10 ou 15%,
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1:55 - 1:59que sempre foi assim, que provavelmente será sempre assim,
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1:59 - 2:03e que não faz sentido aprovar quaisquer leis, pois há pouco que se possa fazer.
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2:03 - 2:05Eu quero mostrar que isso também
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2:05 - 2:07é um mito perigoso, perigosíssimo.
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2:07 - 2:09É um exemplo de desrespeito à coisa pública.
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2:09 - 2:12E eu quero falar um pouco,
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2:12 - 2:14e voltarmos no tempo cerca de 30 anos.
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2:14 - 2:16Hoje, estamos falando aqui, em Trinidad e Tobago,
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2:16 - 2:19um pequeno país caribenho, rico em recursos.
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2:19 - 2:24No início dos anos 70, nós tivemos um aumento gigantesco na riqueza do país,
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2:24 - 2:28e esse aumento foi causado pelo aumento do preço mundial do petróleo.
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2:28 - 2:31É o que chamamos de petrodólar. Os cofres do país estavam transbordando de dinheiro.
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2:31 - 2:35É irônico, pois
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2:35 - 2:37estamos dentro do prédio do Banco Central hoje.
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2:37 - 2:39Vejam vocês, a história é cheia de ironias.
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2:39 - 2:41Estamos dentro do Banco Central hoje,
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2:41 - 2:44e o Banco Central é o responsável por muitas das coisas sobre as quais eu vou falar.
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2:44 - 2:47Certo? Estamos falando de irresponsabilidade no serviço público.
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2:47 - 2:50Estamos falando que, logo ali,
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2:50 - 2:52na torre ao lado, fica o Ministério das Finanças,
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2:52 - 2:54e isso tem muito a ver conosco hoje.
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2:54 - 2:57Estamos falando de dentro do templo de vocês hoje. Certo?
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2:57 - 3:02(Aplausos)
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3:02 - 3:04A primeira coisa sobre a qual quero falar é que,
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3:04 - 3:08quando todo esse dinheiro inundou nosso país, cerca de 40 anos atrás,
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3:08 - 3:10nós embarcamos, o governo daquela época embarcou
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3:10 - 3:12em uma série de acordos bilaterais,
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3:12 - 3:14a fim de acelerar o desenvolvimento do país.
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3:14 - 3:16Alguns dos maiores projetos deste país
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3:16 - 3:19eram elaborados por meio de acordos intergovernamentais,
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3:19 - 3:21com alguns dos principais países do mundo.
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3:21 - 3:24Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, e por aí vai.
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3:24 - 3:27Como já disse, inclusive o prédio em que estamos -- esta é uma das ironias --
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3:27 - 3:28foi parte de um complexo de edifícios,
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3:28 - 3:33conhecido como Torres Gêmeas.
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3:33 - 3:36Todo aquela situação era tão absurda,
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3:36 - 3:38que uma comissão de inquérito foi instaurada,
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3:38 - 3:42e emitiu, em 1982, 30 anos atrás a comissão fez isso --
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3:42 - 3:45O Relatório Ballah -- há 30 anos.
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3:45 - 3:49Imediatamente os acordos bilaterais foram interrompidos.
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3:49 - 3:51O então Primeiro Ministro foi ao Parlamento
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3:51 - 3:54para fazer um discurso sobre orçamento, e ele disse coisas que eu jamais vou esquecer.
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3:54 - 3:57Elas entraram bem aqui. Eu era jovem na época.
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3:57 - 3:58Atingiram meu coração.
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3:58 - 4:03E ele disse que, na realidade -- vamos ver se essa coisa funciona.
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4:03 - 4:05Deu certo? Sim? --
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4:05 - 4:07Foi o que ele nos disse.
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4:07 - 4:11Ele nos disse que, na verdade,
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4:11 - 4:14dois em cada três de nossos petrodólares
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4:14 - 4:17que eram gastos, do dinheiro dos contribuintes,
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4:17 - 4:19eram desperdiçados ou desviados.
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4:19 - 4:23Os 10 ou 15% são pura piada.
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4:23 - 4:25Como se diz, é conversa fiada. Esquece.
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4:25 - 4:27É coisa de criancinha. Nós somos adultos,
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4:27 - 4:29e estamos tentando lidar com o que está acontecendo em nossa sociedade.
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4:29 - 4:31Certo? Esse é o tamanho do problema.
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4:31 - 4:34Certo? Dois terços do dinheiro foram roubados ou desperdiçados.
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4:34 - 4:38Isso foi 30 anos atrás. O relatório Ballah, em 1982.
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4:38 - 4:40E então, o que mudou?
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4:40 - 4:42Eu não gosto de contar segredos constrangedores,
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4:42 - 4:44diante de uma plateia internacional, mas eu tenho que fazer isso.
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4:44 - 4:48Quatro meses atrás, nós sofremos um abuso constitucional neste país.
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4:48 - 4:53Nós chamamos de fiasco da Seção 34, o fiasco da Seção 34.
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4:53 - 4:55Um texto de lei suspeito e, com toda franqueza,
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4:55 - 4:57um texto de lei suspeito,
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4:57 - 4:59que foi aprovado em uma época suspeita,
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4:59 - 5:01para livrar a cara de alguns suspeitos. (Risos)
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5:01 - 5:07Ficou conhecido como... aquelas pessoas são conhecidas como
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5:07 - 5:09os acusados do Aeroporto Piarco.
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5:09 - 5:12Eu vou usar meu próprio vocabulário para falar aqui hoje.
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5:12 - 5:14Eles são os acusados do Aeroporto Piarco.
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5:14 - 5:17Foi uma violação constitucional de primeira categoria,
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5:17 - 5:21à qual classifiquei de Trama para o Parlamento Pervertido.
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5:21 - 5:24A mais alta instituição do nosso país era pervertida.
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5:24 - 5:26Nós lidamos com pervertidos aqui,
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5:26 - 5:27pervertidos de natureza econômica e financeira.
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5:27 - 5:29Vocês percebem como é grave esse problema?
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5:29 - 5:31Houve um protesto maciço. Muitos de nós nesta sala
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5:31 - 5:34participamos do protesto de diferentes maneiras.
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5:34 - 5:37Sobretudo, a embaixada americana reclamou.
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5:37 - 5:39O Parlamento se reuniu rapidamente,
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5:39 - 5:41e a lei foi abolida, foi revogada.
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5:41 - 5:43Essa é a palavra que os advogados usam. A lei foi revogada.
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5:43 - 5:46Mas a questão é
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5:46 - 5:50que o Parlamento foi defraudado em toda esse processo,
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5:50 - 5:53porque, na realidade, o que aconteceu foi que,
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5:53 - 5:56por conta da aprovação duvidosa dessa lei,
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5:56 - 5:58ela começou a vigorar, na verdade,
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5:58 - 6:01no fim de semana em que celebrávamos o aniversário de 50 anos da independência,
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6:01 - 6:03nosso jubileu da independência.
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6:03 - 6:05Então este é o tipo de abuso da coisa.
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6:05 - 6:08Foi meio que uma maneira indecente de passarem despercebidos, mas nós percebemos,
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6:08 - 6:10porque todos nós entendemos o que aconteceu,
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6:10 - 6:12e pela primeira vez , que eu me lembre,
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6:12 - 6:15houve protestos em massa contra essa corrupção.
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6:15 - 6:17E isso me trouxe muita esperança. Certo?
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6:17 - 6:19Alguns de nós que sentem-se... às vezes parece que
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6:19 - 6:23você não tem a quem recorrer, fazendo esse trabalho.
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6:23 - 6:26A aprovação daquela lei e a sua revogação
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6:26 - 6:30deram força ao caso dos acusados do Aeroporto Piarco.
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6:30 - 6:35O que estava acontecendo era realmente uma tremenda ironia.
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6:35 - 6:37Mas do que eles foram acusados?
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6:37 - 6:38Do que foi que os acusaram?
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6:38 - 6:41Estou sendo um tanto misterioso com vocês. Do que eles foram acusados?
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6:41 - 6:43Nós estamos tentando construir, ou reconstruir, grande parte
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6:43 - 6:46de um aeroporto que tinha se tornado ultrapassado.
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6:46 - 6:50O projeto inteiro custou cerca de 1.6 bilhões de dólares,
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6:50 - 6:52dólares de Trinidade e Tobago.
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6:52 - 6:56Na verdade, houve muitas fraudes de licitação,
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6:56 - 6:59muitas atividades suspeitas e ilícitas aconteceram.
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6:59 - 7:03E pra se ter uma ideia do que se tratava,
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7:03 - 7:06e para contextualizarmos isso com todo esse
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7:06 - 7:08segundo mito de que corrupção não é grande coisa,
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7:08 - 7:11podemos dar uma olhada neste segundo slide.
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7:11 - 7:15O que temos aqui -- não fui eu quem disse isso,
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7:15 - 7:19foi o Diretor de Promotoria Pública quem disse, por escrito. Ele disse isso.
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7:19 - 7:24E ele disse que dos $1.6 bilhões de custo do projeto,
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7:24 - 7:26um bilhão de dólares foram rastreados
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7:26 - 7:28em contas bancárias no exterior.
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7:28 - 7:30Um bilhão de dólares de nossos contribuintes
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7:30 - 7:33foram localizados em contas bancárias no exterior.
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7:33 - 7:36Sendo a pessoa desconfiada que sou,
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7:36 - 7:38eu fico indignado com isso, e vou dar uma pausa aqui,
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7:38 - 7:41Eu vou pausar às vezes, e trazer à pauta outras coisas.
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7:41 - 7:43Vou pausar aqui e contar uma coisa que eu vi,
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7:43 - 7:46em novembro do ano passado, em Wall Street. Eu estava no Zuccotti Park.
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7:46 - 7:51Era outono. Estava frio e úmido. Estava ficando escuro.
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7:51 - 7:52E eu estava caminhando com os manifestantes,
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7:52 - 7:57vendo o edifício One Wall Street, enquanto passava por ali com o movimento Ocupy Wall Street.
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7:57 - 7:59Havia uma senhora com um cartaz, um cartaz simples.
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7:59 - 8:02Uma senhora loira, com aparência meio maltratada.
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8:02 - 8:04A cartaz era feito de cartolina,
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8:04 - 8:06e escrito com marcador permanente.
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8:06 - 8:09E o que estava escrito naquele cartaz me acertou em cheio.
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8:09 - 8:13Dizia, "Se você não está indignado, você não tem andado atento".
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8:13 - 8:16Se você não fica indignado com tudo isso, você não tem andado atento.
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8:16 - 8:20Então ouçam bem, porque estamos indo cada vez mais fundo.
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8:20 - 8:23Meu cérebro começou a pensar.
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8:23 - 8:25Bem, e se --
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8:25 - 8:29Porque sou desconfiado assim mesmo. Leio uma série de romances de espião e coisas do tipo.
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8:29 - 8:30E se -- (Risos)
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8:30 - 8:33Para sobreviver a esses crimes,
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8:33 - 8:34você tem que ler uma série de histórias de espiões,
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8:34 - 8:37e dedicar-se a esse tipo de leitura, certo? (Risos)
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8:37 - 8:42Mas e se essa não fosse a primeira vez?
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8:42 - 8:44E se essa foi a primeira vez
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8:44 - 8:46que este e aquele foram pegos?
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8:46 - 8:52E se isso aconteceu antes? Como eu iria descobrir?
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8:52 - 8:54Pois bem, os últimos dois exemplos que eu dei
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8:54 - 8:58tinham a ver com corrupção no setor de construção civil, certo?
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8:58 - 9:00E eu tenho o privilégio, agora,
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9:00 - 9:04de liderar um Conselho Consultivo Adjunto, sem fins lucrativos.
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9:04 - 9:07Nossa página na internet é jcc.org.tt, e somos os líderes
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9:07 - 9:10na luta para produzir um novo sistema de contratações públicas,
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9:10 - 9:13de fiscalização dos gastos públicos.
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9:13 - 9:15Se algum de vocês tiver interesse em saber mais a respeito,
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9:15 - 9:19juntar-se a nós, ou assinar um de nossos abaixo-assinados, por favor, participe.
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9:19 - 9:21Mas vou falar também de outra coisa ligada ao assunto,
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9:21 - 9:24pois uma de minhas campanhas pessoais, que tenho conduzido
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9:24 - 9:26por mais de três anos e meio,
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9:26 - 9:29é pela transparência e prestação de contas,
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9:29 - 9:32no que diz repeito à ajuda financeira dada ao CL Financial.
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9:32 - 9:37O CL Financial é o maior grupo corporativo caribenho que já existiu, certo?
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9:37 - 9:40E sem entrar em todos os detalhes,
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9:40 - 9:43dizem que o grupo quebrou -- estou usando minhas palavras com muito cuidado --
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9:43 - 9:46dizem que ele quebrou em janeiro de 2009,
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9:46 - 9:49o que está fazendo, agora, quase quatro anos.
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9:49 - 9:52Em um rompante de generosidade sem precedentes --
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9:52 - 9:55e temos que desconfiar muito dessas pessoas --
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9:55 - 9:57num sem precedentes -- estou usando essas palavras com cautela --
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9:57 - 10:01rompante de generosidade, o governo da época
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10:01 - 10:05assinou, se comprometeu por escrito, a pagar todos os credores.
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10:05 - 10:07Eu posso garantir, sem medo de contestação,
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10:07 - 10:10que isso nunca aconteceu em lugar nenhum do planeta.
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10:10 - 10:12Vamos entender, porque precisamos do contexto.
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10:12 - 10:15Tem gente que diz que é assim em Wall Street. Não é assim em Wall Street.
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10:15 - 10:20Trinidade e Tobago é como um lugar com leis, física e biologia diferentes, ou coisa assim.
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10:20 - 10:25Não é assim em lugar algum. (Aplausos)
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10:25 - 10:30Não é assim em lugar algum. Não é assim em lugar algum.
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10:30 - 10:33Aqui é aqui, e lá fora é lá fora. Certo?
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10:33 - 10:34Falo sério agora.
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10:34 - 10:37Ouçam. Já houve ajuda financeira em Wall Street.
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10:37 - 10:39Já houve ajuda financeira em Londres.
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10:39 - 10:41Já houve ajuda financeira na Europa.
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10:41 - 10:44Na África, já houve ajuda financeira. Na Nigéria, seis dos maiores
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10:44 - 10:46bancos comerciais quebraram ao mesmo tempo que os nossos, hum?
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10:46 - 10:48É interessante fazer um paralelo com a experiência da Nigéria --
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10:48 - 10:51como eles lidaram com isso, e eles lidaram com isso
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10:51 - 10:53muito bem, se comparados a nós.
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10:53 - 10:55Em nenhum lugar do planeta,
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10:55 - 10:57todos os credores receberam ajuda financeira
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10:57 - 11:00superior ao que lhes era legalmente devido.
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11:00 - 11:03Somente aqui. Qual a razão para tal generosidade?
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11:03 - 11:06O nosso governo é tão generoso assim? Talvez ele seja.
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11:06 - 11:08Vamos analisar isso. Vamos investigar isso.
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11:08 - 11:11Então eu comecei a pesquisar e a escrever, e por aí vai.
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11:11 - 11:13Este trabalho pode ser encontrado, meu trabalho pessoal
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11:13 - 11:16pode ser encontrando no AfraRaymond.com, que é o meu nome.
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11:16 - 11:19É um blog sem fins lucrativos que eu tenho.
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11:19 - 11:21Não é tão popular quanto blogs de outras pessoas, mas aí está.
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11:21 - 11:24(Risos)
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11:24 - 11:28A questão é que a aquela amarga experiência do caso da Seção 34,
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11:28 - 11:31aquela trama do Parlamento pervertido, aquela amarga experiência,
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11:31 - 11:34que aconteceu em agosto,
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11:34 - 11:37quando deveríamos estar celebrando a nossa independência,
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11:37 - 11:41entrando em setembro, me obrigou a fazer uma autoavaliação,
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11:41 - 11:43e rever minha posição,
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11:43 - 11:46e retomar algumas das atividades, algumas das coisas que eu escrevi,
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11:46 - 11:48e algumas trocas de ideias que tive com autoridades,
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11:48 - 11:50para ver quem é quem realmente.
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11:50 - 11:54Como dizemos em Trinidade e Tobago, quem é quem, e o que é o quê.
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11:54 - 11:56Certo? Nós queremos tentar reavaliar.
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11:56 - 11:58E eu fiz uma requerimento de Liberdade de Informação,
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11:58 - 12:02em maio deste ano, ao Ministérios das Finanças.
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12:02 - 12:04O Ministério das Finanças é o prédio do outro lado.
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12:04 - 12:06É outro contexto.
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12:06 - 12:08O Ministério das Finanças, dizem,
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12:08 - 12:12está sujeito à Lei de Liberdade de Informação.
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12:12 - 12:15Vou dar a vocês um exemplo detalhado, para vermos se funciona realmente assim.
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12:15 - 12:18O Banco Central, dentro do qual estamos esta manhã,
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12:18 - 12:22é imune aos termos da Lei de Liberdade de Informação.
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12:22 - 12:24Então, na verdade, não se pode perguntar nada a eles,
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12:24 - 12:25e eles não tem que responder nada.
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12:25 - 12:28Essa é a lei, desde 1999.
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12:28 - 12:32Então eu me lancei nessa luta e fiz quatro perguntas.
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12:32 - 12:36E vou contar para vocês quais foram as perguntas, de forma resumida, e as respostas,
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12:36 - 12:38para que entendam, como eu disse, onde estamos.
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12:38 - 12:40Aqui não é como em qualquer outro lugar.
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12:40 - 12:43Pergunta número um:
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12:43 - 12:45pedi para ver as contas do CL Financial,
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12:45 - 12:48e se você não pode me mostrar as contas --
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12:48 - 12:50o Ministro das Finanças está fazendo declarações,
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12:50 - 12:52aprovando novas leis, fazendo discursos, etc.
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12:52 - 12:55Quais são as cifras em que ele se apoia?
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12:55 - 12:57É como aquela piada: vou pedir a mesma bebida que ele.
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12:57 - 12:59E eles me escreveram de volta, dizendo:
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12:59 - 13:01Bem, o você realmente quer com isso?
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13:01 - 13:03Então eles rebateram a minha pergunta com outra.
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13:03 - 13:06Segundo ponto: eu quero ver
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13:06 - 13:10quem são os credores do grupo que foram pagos?
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13:10 - 13:12Deixem-me pausar aqui para dizer a vocês
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13:12 - 13:15que 24 bilhões de dólares do nosso dinheiro foram gastos nisso.
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13:15 - 13:18Isso equivale, aproximadamente, a 3.5 bilhões de dólares americanos,
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13:18 - 13:21saindo de um pequeno -- éramos ricos em recursos --
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13:21 - 13:24país caribenho. Certo?
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13:24 - 13:25E eu perguntei:
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13:25 - 13:29quem recebeu aqueles 3.5 bilhões de dólares?
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13:29 - 13:32Quero pausar novamente para trazer contexto,
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13:32 - 13:35porque o contexto nos ajuda a ter clareza para entender isso.
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13:35 - 13:38Há um determinado indivíduo que está no governo agora.
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13:38 - 13:39O nome da pessoa não importa.
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13:39 - 13:42Essa pessoa fez sua carreira
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13:42 - 13:44usando a Lei de Liberdade de Informação,
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13:44 - 13:46para promover seus interesses políticos.
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13:46 - 13:50Certo? Seu nome não é importante.
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13:50 - 13:52Não daria essa importância a ele. Meu foco é na questão.
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13:52 - 13:54A questão é que essa pessoa fez sua carreira usando
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13:54 - 13:57a Lei de Liberdade de Informação, para galgar seus interesses.
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13:57 - 14:00E o caso mais famoso
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14:00 - 14:03foi o que acabamos chamando de Escândalo da Bolsa de Estudos,
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14:03 - 14:05pois, na realidade, cerca de 60 milhões de dólares, do dinheiro público,
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14:05 - 14:08foram distribuídos numa série de bolsas de estudos,
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14:08 - 14:11e as bolsas de estudos não foram divulgadas. E por aí vai.
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14:11 - 14:14E ele conseguiu que a Justiça, se valendo desse ato do Parlamento,
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14:14 - 14:16a Lei de Liberdade de Informação,
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14:16 - 14:18divulgasse essa informação,
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14:18 - 14:21o que eu achei excelente.
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14:21 - 14:24Fantástico.
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14:24 - 14:26Mas veja, a questão é essa:
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14:26 - 14:30se é correto e apropriado usarmos a Lei de Liberdade de Informação
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14:30 - 14:34e usarmos a Justiça
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14:34 - 14:39para que, por força, haja publicidade sobre o uso 60 milhões de dólares, do dinheiro público,
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14:39 - 14:40deve ser correto e apropriado
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14:40 - 14:45forçarmos a publicidade sobre 24 bilhões de dólares.
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14:45 - 14:47Entenderam? Mas o Ministério das Finanças
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14:47 - 14:49o Secretário Permanente do Ministério das Finanças
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14:49 - 14:52escreveu-me dizendo que também estão isentos de dar essa informação.
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14:52 - 14:55Entendem? É com isso que temos de lidar, certo?
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14:55 - 14:57A terceira coisa que vou contar a vocês
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14:57 - 15:00é que também perguntei
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15:00 - 15:03aos diretores do CL Financial
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15:03 - 15:07se, de fato, estavam fazendo suas declarações de bens, nos termos da nossa Lei de Probidade na Vida Pública.
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15:07 - 15:09Temos uma Lei de Probidade na Vida Pública,
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15:09 - 15:14como parte da estrutura criada para salvaguardar os interesses da nação.
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15:14 - 15:16E autoridades públicas tem de declarar, por escrito,
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15:16 - 15:22tudo o que possuem, em termos de bens e dívidas.
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15:22 - 15:25E é claro que então descobri que eles não estavam declarando,
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15:25 - 15:28e que, na verdade, o Ministro das Finanças nem sequer exigiu isso deles.
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15:28 - 15:33Então é isso. Temos uma situação em que
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15:33 - 15:38medidas básicas de defesa da probidade, prestação de contas
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15:38 - 15:40e transparência foram todas postas de lado.
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15:40 - 15:42Fiz a pergunta da maneira legalmente exigida.
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15:42 - 15:44E foi ignorada.
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15:44 - 15:47O tipo de coisa que nos motivou no caso da Seção 34,
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15:47 - 15:50precisamos continuar trabalhando nisso. Não podemos nos esquecer.
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15:50 - 15:54Eu descrevi isso como a maior despesa de todas, na história deste país.
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15:54 - 15:56É também o maior exemplo
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15:56 - 16:01de corrupção no setor público, de acordo com esta equação.
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16:01 - 16:04E esta é minha análise dos fatos.
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16:04 - 16:07Onde há um gasto de dinheiro público
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16:07 - 16:10e não há prestação de contas,
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16:10 - 16:11e não há transparência,
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16:11 - 16:13o resultado sempre é igual a corrupção.
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16:13 - 16:17Seja na Rússia, na Nigéria, no Alasca,
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16:17 - 16:21o resultado será sempre corrupção. E é com isso que estamos lidando aqui.
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16:21 - 16:23Eu vou continuar o trabalho,
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16:23 - 16:27continuar avançando, para obter alguma solução
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16:27 - 16:29para aquelas questões no Ministério das Finanças.
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16:29 - 16:32Se eu tiver de ir pessoalmente à Justiça, eu irei.
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16:32 - 16:33Vamos continuar indo em frente.
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16:33 - 16:35Vamos continuar trabalhando com o Conselho Consultivo Adjunto.
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16:35 - 16:38Mas eu quero sair do contexto de Trinidad e Tobago,
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16:38 - 16:39e trazer algo novo à mesa,
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16:39 - 16:41em termos de exemplo internacional.
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16:41 - 16:44Vimos a jornalista [Heather] Brooke falando
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16:44 - 16:47sobre sua batalha contra a corrupção no governo,
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16:47 - 16:52e ela me mostrou este web site, Alaveteli.com.
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16:52 - 16:57O Alaveteli.com é uma maneira de mantermos um banco de dados
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16:57 - 16:59para pedidos referentes à Liberdade de Informação,
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16:59 - 17:02e nos comunicarmos, uns com os outros.
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17:02 - 17:04Lá posso ver o que você está solicitando.
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17:04 - 17:07Você pode ver o que solicitei e que respostas obtive.
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17:07 - 17:10Podemos trabalhar nele juntos. Precisamos construir um banco de dados coletivo,
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17:10 - 17:14e uma compreensão coletiva de onde estamos, para darmos o próximo passo.
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17:14 - 17:15Nós precisamos ampliar a conscientização.
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17:15 - 17:19A última coisa que quero dizer é isso aqui,
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17:19 - 17:21que é um web site fascinante, da Índia,
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17:21 - 17:23Chamado IPaidABribe.com.
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17:23 - 17:25Eles têm filiais internacionais,
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17:25 - 17:28e é importante que conheçamos ele.
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17:28 - 17:30IPaidABribe.com é realmente importante,
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17:30 - 17:33bom para entrar e dar uma olhada.
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17:33 - 17:35Vou terminar aqui. Vou pedir a vocês que tenham coragem.
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17:35 - 17:37Descartem o primeiro mito; corrupção é crime.
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17:37 - 17:40Descarte o segundo mito; é um problema grande.
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17:40 - 17:42É um problema enorme. É um crime econômico.
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17:42 - 17:44Vamos continuar a trabalhar juntos
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17:44 - 17:46pela melhoria dessa situação,
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17:46 - 17:50estabilidade e sustentabilidade em nossa sociedade. Obrigado.
- Title:
- Três mitos a respeito da corrupção
- Speaker:
- Afra Raymond
- Description:
-
Trinidad e Tobago acumulou grande riqueza nos anos 70, graças ao petróleo. Mas em 1982, um fato chocante foi descoberto -- que 2 de cada 3 dólares destinados ao desenvolvimento tinham sido desperdiçados ou roubados. Isso tem atormentado Afra Raymond por 30 anos. Acendendo uma lanterna sobre uma longa história de corrupção no governo, Raymond nos apresenta uma redefinição de crime financeiro.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:09
Leonardo Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for Three myths about corruption | ||
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Leonardo Silva commented on Portuguese, Brazilian subtitles for Three myths about corruption | ||
Alexandre Nunes commented on Portuguese, Brazilian subtitles for Three myths about corruption |
Alexandre Nunes
A versão aqui no Amara está sincronizada com o vídeo,a versão no site por alguma razão está um pouco atrasada
Alexandre Nunes
... adiantada, na verdade.
Leonardo Silva
Olá, Alexandre. Obrigado por alertar sobre o problema nas legendas. Pedi há pouco ao pessoal do TED para verificar/consertar.