< Return to Video

Mary Heilmann em "Fantasia" - Temporada 5 - "Arte no século 21" | Art21

  • 0:13 - 0:16
    [MARU HEILMAN]
    Eu sempre quis muita atenção.
  • 0:17 - 0:21
    Eu tive aulas ballet quando era criança.
  • 0:21 - 0:23
    Eu queria ser uma bailarina famosa
    e fazer Lago dos Cisnes.
  • 0:24 - 0:26
    Eu queria todos olhando pra mim.
  • 0:26 - 0:27
    Então, eu queria estar girando
  • 0:27 - 0:31
    Fazendo cambalhotas
    mergulhando da torre em Los Angeles
  • 0:32 - 0:34
    E as pessoas dizendo, olhe só pra você.
  • 0:35 - 0:38
    Quando eu disse pra minha mãe
    o que eu queria
  • 0:38 - 0:41
    Ser uma artista, ela me disse,
    "Você vai passar fome numa garagem."
  • 0:41 - 0:44
    E na minha mente, eu pensei, "Sim,
  • 0:44 - 0:46
    isso é exatamente o que eu queria."
  • 0:46 - 0:49
    Parece que era realmente uma missão
    que eu estava cumprindo
  • 0:49 - 0:53
    E isso era apenas com a única coisa que
    eu pensava sobre: fazer arte.
  • 0:59 - 1:02
    Enquanto eu estava no estado de
    San Fransisco, estudando educação,
  • 1:03 - 1:05
    Começei a fazer cerâmica.
  • 1:05 - 1:08
    Então eu estava fazendo Inglês,
    literatura, escritura,
  • 1:08 - 1:12
    E então comecei a fazer,
    e eu era boa nisso
  • 1:16 - 1:18
    No sul da California
    no inicio dos anos 60
  • 1:18 - 1:20
    grandes coisas estavam
    acontecendo em cerâmicas.
  • 1:20 - 1:23
    Então fui para Berkeley pra fazer
    uma pós-graduação, e ai nós estamos
  • 1:23 - 1:26
    fazendo um tipo de escultura de cerâmica
    expressionista abstrata,
  • 1:26 - 1:30
    em grande escala, uma enorme quantidade
    de artesanato envolvido na fabricação
  • 1:30 - 1:33
    dessas coisas, e na queima deles
    e no envidraçamento deles.
  • 1:36 - 1:39
    Então eu conheço Bruce Nauman,
    Que também estava na escola
  • 1:39 - 1:44
    Na mesma época que Davis,
    e o resto é história.
  • 1:45 - 1:48
    Os professores na escola odiaram
    a escultura que eu fiz.
  • 1:48 - 1:49
    Eles quase me expulsaram.
  • 1:49 - 1:51
    E então eu foi até o Davis
  • 1:51 - 1:54
    Pra trabalhar com William Wiley
    Que era o professor de Bruce,
  • 1:54 - 1:58
    Então nós três passamos um tempo juntos
    falando de ideias,
  • 1:58 - 2:00
    E esse é uma parte
    muito importante da minha vida.
  • 2:00 - 2:02
    Foi maravilhoso.
  • 2:06 - 2:10
    No começo, a empresa de arte estava fazendo algo
  • 2:10 - 2:14
    importante, lindo e tudo por si só.
  • 2:15 - 2:20
    Conforme eu entrei e amadureci,
    eu vi que a coisa mais importante sobre
  • 2:20 - 2:23
    fazer uma obra de arte, era a comunicação
  • 2:23 - 2:25
    e ter algo como uma conversa
    durante o trabalho.
  • 2:26 - 2:28
    Eu pensei em fazer peças de arte
  • 2:28 - 2:31
    em parte pelo seu valor formal mas
    também
  • 2:31 - 2:33
    pelo tipo de resposta eu obteria.
  • 2:34 - 2:36
    E muitas vezes, a resposta
  • 2:36 - 2:38
    que eu queria era de antagonismo.
  • 2:39 - 2:42
    Eu queria causar problemas.
  • 2:43 - 2:46
    E isso me causou problemas na
    pós-graduação, porque naquele tempo,
  • 2:46 - 2:49
    Eu tinha descoberto que eu queria
    era estar no limite,
  • 2:49 - 2:54
    ser original, e isso significava ir contra
    o sistema social.
  • 2:58 - 3:01
    Eu decidi mudar minha prática
  • 3:01 - 3:04
    para ser uma pintora, e então
    eu comecei a fazer pinturas,
  • 3:04 - 3:08
    o que realmente evoluiu as esculturas.
  • 3:09 - 3:12
    A razão pelo qual eles estavam pintando
    do lado é porque, primeiro
  • 3:12 - 3:16
    Eles são objetos, e ai,
    são imagens de alguma coisa.
  • 3:19 - 3:24
    Mais tarde, era inicio dos nos 90,
    e houve uma grande recessão,
  • 3:24 - 3:29
    e o mundo das revistas de artes
    tem artistas escrevendo peças,
  • 3:29 - 3:34
    e não eramos pago, então eu comecei
    a escrever sobre a meu trabalho,
  • 3:34 - 3:37
    e quando as pessoas viriam
  • 3:37 - 3:41
    uma imagem e então liam o texto,
    eles começaram a gostar do meu trabalho.
  • 3:42 - 3:47
    Então comecei a fazer os títulos,
    textos pra catálogos,
  • 3:47 - 3:51
    peças de textos pra revistas, e a
    pratica de escrita e a
  • 3:51 - 3:55
    pratica de arte estão andando
    de mãos dadas agora.
  • 3:57 - 4:02
    Toda peça de arte abstrata que eu fiz
    tem uma história por trás,
  • 4:02 - 4:07
    e agora eu estava dando a eles, esses
    títulos fantasiosos que remetem a
  • 4:07 - 4:09
    algo que aconteceu comigo.
  • 4:09 - 4:13
    Então, os títulos são muitas vezes tipo
    um poema de três palavras que é
  • 4:13 - 4:15
    parte de uma arte.
  • 4:17 - 4:18
    Eu tenho um diário, e eu posso
  • 4:18 - 4:22
    voltar e olhar o que aconteceu,
    e eu gosto de fazer isso.
  • 4:22 - 4:28
    E na verdade, recordar algo e ai expressar
    emocionalmente na arte
  • 4:28 - 4:30
    é algo que gosto de fazer.
  • 4:30 - 4:32
    Os títulos ajudam com isso.
  • 4:32 - 4:34
    As cores ajudam.
  • 4:34 - 4:36
    E a metáfora musical é
  • 4:36 - 4:37
    é algo em que penso quando
  • 4:37 - 4:41
    eu tento colocar emoção
    em um trabalho abstrato.
  • 4:42 - 4:43
    A escala faz isso.
  • 4:45 - 4:51
    A relação das partes com o toda a obra
    da uma impressão de
  • 4:51 - 4:57
    perda de sentimento, solidão,
    claustrofobia, ágorafobia,
  • 4:58 - 5:04
    livre, liberdade,
    um tipo de sentimento de espírito elevado,
  • 5:04 - 5:08
    Melancolia e alegria
    talvez na mesma arte.
  • 5:11 - 5:13
    e o título ajuda.
  • 5:15 - 5:21
    Um agora muito pós moderno,
    misturando meus tons de verde.
  • 5:21 - 5:24
    Uma coisa que realmente me
    interessa é - e isso vem de fora,
  • 5:24 - 5:28
    da china e de pinturas Japonesas
    - é onde você tem um número de diferentes
  • 5:28 - 5:32
    tipos de espaços na mesma pintura.
    Você tem um tipo de espaço profundo,
  • 5:32 - 5:36
    e então você tem algo tipo,
    bem na superfície .
  • 5:36 - 5:39
    Esta pintura que estavamo
    pintando hoje tem aquelas.
  • 5:39 - 5:43
    Ela tem aquelas linhas convergentes
    saindo do espaço e então
  • 5:43 - 5:46
    um gota indo de encontro a pintura,
    no qual é, tipo, plana.
  • 5:47 - 5:49
    - Agora, a falsa gota.
  • 5:49 - 5:52
    então aquilo tem duas realidades
    na mesma pintura.
  • 5:58 - 6:01
    Uma outra coisa que fala disso,
    é essas pinturas que são
  • 6:01 - 6:04
    nessa tela em formato de quadrados duplos.
  • 6:05 - 6:12
    e muitas vezes, Eu coloco um tipo de
    motivo de profundo espaço em uma tela
  • 6:12 - 6:17
    como essa e os espaços que estão vazios
    fazem a parede fazer parte da pintura.
  • 6:18 - 6:22
    Claro, então você tem o espaço de verdade
    e tem o falso
  • 6:22 - 6:25
    e também o objeto físico,
    que é a tela
  • 6:25 - 6:29
    Então ai você tem três tipos de
    espaços na mesma pintura
  • 6:29 - 6:33
    A tela vem de encontro ao
    pensamento sobre geometria.
  • 6:33 - 6:38
    Tipo, muito do meu esforço para descobrir
    como ganhar tempo é gasto
  • 6:38 - 6:41
    fazendo algumas contas e medidas básicas e
  • 6:41 - 6:46
    tentando descobrir quão grande devem ser
    os elementos de uma peça
  • 6:49 - 6:54
    O ponto de fuga da pintura que eu tive,
    no qual é chamado, "Pista de Mão Dupla"
  • 6:55 - 6:56
    Adoro isso.
  • 6:56 - 7:01
    É uma daquelas coisas
    com duas pequenas linhas.
  • 7:04 - 7:05
    Acho que é isso.
  • 7:07 - 7:09
    Então, vamos ver como isso se parece.
  • 7:10 - 7:13
    Eu provavelmente pensei nisso
    por uns quatro meses, tentando
  • 7:13 - 7:17
    descobrir como fazer isso direito,
    e eu acho que consegui.
  • 7:17 - 7:19
    - Pista de Mão Dupla.
  • 7:19 - 7:20
    E uma vez que eu conseguir,
  • 7:20 - 7:22
    Eu acho que vou fazer cerca de
    12 pinturas desta.
  • 7:22 - 7:24
    [risos]
  • 7:25 - 7:30
    Essas simples ideias se tornaram obsessão,
    quase um tipo de meditação.
  • 7:30 - 7:37
    Sente aqui e pensa sobre
    como é fabuloso isso.
  • 7:37 - 7:40
    Talvez tenha que fazer alguns toques final
  • 7:40 - 7:42
    mas já é o bastante,
  • 7:57 - 8:00
    Eu tiro fotos, e eles estão
    bem na minha cabeça.
  • 8:00 - 8:03
    Eu não olho para eles
    quando estou pintando.
  • 8:04 - 8:07
    Mas ultimamente, tenho feito
    algumas impressões digitais,
  • 8:07 - 8:10
    O que eu combino com gravura.
  • 8:10 - 8:14
    E você pega a ideia de
    dois jeitos de fazer imagens.
  • 8:15 - 8:20
    E eu sempre usei um slideshow quando
    eu converso com artistas
  • 8:20 - 8:22
    O slideshow envolve usar
  • 8:22 - 8:26
    bastante imagens fotográficas com
    imagens de pinturas.
  • 8:34 - 8:39
    Eu era uma garota muito católica
    cerca dos seis, sete, oito anos de idade,
  • 8:39 - 8:44
    e o que eu queria fazer era ser um mártir.
  • 8:44 - 8:50
    E eu estaria em Roma no Coliseu,
    e os leões viram correndo,
  • 8:50 - 8:55
    e eles me pegariam, e a audiência
    no Coliseu,
  • 8:55 - 8:58
    os maus romanos que estavam
    matando os católicos,
  • 8:58 - 9:01
    estariam torcendo, e então eu voaria,
  • 9:01 - 9:02
    direto pro céu.
  • 9:03 - 9:05
    Louco como a fantasia do martírio é,
  • 9:05 - 9:09
    fazer uma história fabulosa, e a maneira
  • 9:09 - 9:12
    que você voou para o céu foi tão fabulosa.
  • 9:12 - 9:14
    O mergulho não era como isso.
  • 9:14 - 9:18
    Você não vooa quando você pula
    de uma torre de 4,5 metros de altura.
  • 9:18 - 9:19
    [risos]
  • 9:19 - 9:21
    Você desceu muito rápido.
  • 9:23 - 9:28
    Eu amei toda cultura católica
    quando era uma criança.
  • 9:30 - 9:34
    Crescer com aquelas histórias
    trouxe na minha vida,
  • 9:34 - 9:37
    a maneira que eu penso e faço
    as coisas agora.
  • 9:37 - 9:39
    E o fato de um objeto de arte
  • 9:39 - 9:46
    parecer um ícone da mesma forma que
    ícones eram quando eu era pequena
  • 9:46 - 9:48
    é realmente algo de verdade.
  • 9:48 - 9:50
    Cada coisa quando funcionou como um
  • 9:50 - 9:55
    ícone ou talvez uma ideografia por dizer
    uma idéia no qual tem ressoado
  • 9:55 - 9:59
    e faz você ter pensamentos sobre idéias.
  • 10:00 - 10:04
    E até conversar sobre, tipo,
    dizer, da arte como um ícone.
  • 10:06 - 10:11
    Cor pode ser pensado sobre
    de uma maneira iconográfica.
  • 10:11 - 10:15
    Eu fiz uma pintura baseada no
    Martírio de São Sebastião.
  • 10:15 - 10:17
    É chamado de "Rosebud."
  • 10:23 - 10:27
    Eu tenho um amor tremendo pela
    parte espiritual da vida,
  • 10:28 - 10:30
    e é mais ecumênico agora.
  • 10:30 - 10:32
    Não é tão específico.
  • 10:38 - 10:41
    Minha vida espiritual
    é muito importante pra mim.
  • 10:41 - 10:43
    E eu acho que obras de arte são ícones.
  • 10:44 - 10:48
    E o que é ótimo sobre um trabalho de arte
    é que você pode sentar ali
  • 10:48 - 10:51
    e o olhar para peça
    e meditar e pensar e fazer
  • 10:51 - 10:55
    e desfazer, e refazer por conta própria
    ou de qualquer outra pessoa.
  • 10:56 - 10:58
    Isto é a pintura invisível,
  • 10:59 - 11:04
    e eu estou esperando isso
    quando for pendurado na parede,
  • 11:05 - 11:09
    ser apenas essas duas minimamente
    cores diferentes de branco,
  • 11:10 - 11:15
    que vai parecer um lindo,
    buraco mágico na parede.
  • 11:15 - 11:18
    Muito ruim falar disse antes
    que esteja pronto.
  • 11:19 - 11:22
    Eu acho que a maioria das histórias e a
    imagem é provavelmente o principal
  • 11:22 - 11:27
    caminho que este tipo de pensamento
    sobre trabalho remete a minha infância.
  • 11:28 - 11:33
    Uma obra de arte pode transportar
    uma pessoa em um comovente, e rico caminho
  • 11:33 - 11:39
    sem ter qualquer medo ou punição
    ou inferno ou pecado
  • 11:39 - 11:41
    ou qualquer dessas outras coisas boas.
  • 11:43 - 11:46
    Eu vou deixar essa arte pós moderna lá.
  • 12:06 - 12:10
    [Anunciante] Para aprender mais sobre
    Art21: "Arte no século 21"
  • 12:10 - 12:12
    e seu recursos educacional,
  • 12:12 - 12:15
    por favor, visite-nos online em: PBS.org
  • 12:19 - 12:24
    Art21: "Arte no século 21"
    está disponível em Blu-Ray e DVD.
  • 12:25 - 12:27
    O livro companheiro está também disponível
  • 12:27 - 12:30
    Para pedir, visite-nos online em:
    shopPBS.org
  • 12:30 - 12:35
    ou ligue para PBS Home Video em:
    1-800-PLAY-PBS
Title:
Mary Heilmann em "Fantasia" - Temporada 5 - "Arte no século 21" | Art21
Description:

more » « less
Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
12:55

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions Compare revisions