Vamos limpar o lixo espacial que orbita a Terra | Natalie Panek | TEDxToronto
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0:05 - 0:08Nossas vidas dependem
de um mundo que não enxergamos. -
0:09 - 0:11Reflita sobre sua semana até hoje.
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0:11 - 0:15Você assistiu à TV, usou o GPS,
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0:15 - 0:18viu a previsão do tempo
ou até mesmo fez uma refeição? -
0:18 - 0:21Todas essas coisas
que fazemos no dia a dia -
0:21 - 0:24dependem, direta ou indiretamente,
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0:24 - 0:25de satélites.
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0:25 - 0:27E embora subestimemos
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0:27 - 0:30os serviços fornecidos por satélites,
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0:30 - 0:33eles merecem nossa atenção
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0:33 - 0:35devido à marca que eles estão deixando
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0:35 - 0:37no espaço que ele ocupam.
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0:37 - 0:41Pessoas ao redor do mundo
dependem de satélites todos os dias -
0:41 - 0:45para informação, entretenimento
e para se comunicar. -
0:45 - 0:48Há monitoramento ambiental e agrícola,
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0:48 - 0:51conexão à Internet, navegação.
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0:51 - 0:52Os satélites contribuem inclusive
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0:53 - 0:56na operação dos mercados
financeiro e de energia. -
0:57 - 1:00Porém esses satélites
dos quais dependemos dia após dia -
1:00 - 1:02possuem uma vida limitada.
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1:02 - 1:04Eles podem ficar sem combustível,
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1:04 - 1:05podem parar de funcionar,
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1:05 - 1:09ou podem simplesmente
chegar ao fim da sua missão. -
1:09 - 1:13Nesse momento, esses satélites
se tornam lixo espacial, -
1:13 - 1:15poluindo o ambiente orbital.
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1:16 - 1:20Uma abordagem que possibilite
práticas sustentáveis no espaço -
1:20 - 1:21é necessária.
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1:21 - 1:23Como o descarte de satélites inoperantes,
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1:23 - 1:25ou a limpeza de entulhos.
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1:26 - 1:32Caso contrário, o espaço continuará
sendo nosso depósito de lixo invisível. -
1:32 - 1:36Eu sempre ouço: "O espaço é grande,
há lugar suficiente lá em cima. -
1:36 - 1:38Por que tomar providências?"
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1:38 - 1:41E para responder essa pergunta,
quero que imagine um cenário. -
1:42 - 1:46Você está dirigindo na estrada
em um dia lindo e ensolarado -
1:46 - 1:47resolvendo algumas coisas.
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1:47 - 1:49Com a música no último volume,
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1:49 - 1:50as janelas abaixadas,
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1:50 - 1:53os cabelos ao vento.
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1:53 - 1:54Parece bom, não?
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1:55 - 1:57Tudo corre perfeitamente
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1:57 - 2:00até que, de repente, seu carro
dá um solavanco e para -
2:00 - 2:02bem no meio da estrada.
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2:02 - 2:04Naquele momento de pânico,
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2:04 - 2:08você olha para o painel do carro
procurando por algo errado. -
2:08 - 2:11E então percebe que o indicador
de combustível indica tanque vazio. -
2:11 - 2:13Está sem gasolina.
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2:13 - 2:14O que você faz?
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2:14 - 2:17Você pega o celular para chamar ajuda.
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2:17 - 2:20Mas, de repente, você se lembra
que o carro que comprou -
2:20 - 2:23nunca poderia ser consertado
se uma peça quebrasse, -
2:23 - 2:26ou reabastecido se acabasse combustível.
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2:26 - 2:28Ele simplesmente não era projetado assim.
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2:29 - 2:32Agora, você não tem escolha
senão abandonar seu carro -
2:32 - 2:34e deixá-lo na estrada.
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2:35 - 2:36Talvez tenha sorte suficiente
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2:36 - 2:39e seja capaz de movê-lo para o acostamento
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2:39 - 2:41a fim de tirá-lo do meio
de outros veículos. -
2:41 - 2:43Algumas horas atrás,
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2:43 - 2:47seu carro era uma máquina útil
da qual você dependia em seu cotidiano. -
2:48 - 2:50Agora, ele é um pedaço inútil de metal
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2:50 - 2:54ocupando espaço em uma
valiosa rede de trasporte. -
2:55 - 2:59E imagine rodovias internacionais,
todas abarrotadas de veículos quebrados -
2:59 - 3:02que estão apenas congestionando o caminho.
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3:02 - 3:05Imagine os entulhos que estariam
espalhados por todo o lugar -
3:05 - 3:07se houvesse uma colisão,
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3:07 - 3:10milhares de pequenos destroços
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3:10 - 3:12se tornando novos obstáculos.
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3:12 - 3:16Este é o paradigma
da indústria de satélites. -
3:16 - 3:18Satélites que já não funcionam mais
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3:18 - 3:22muitas vezes ainda permanecem
em órbita por muitos e muitos anos -
3:22 - 3:26ou somente são retirados do caminho,
como uma solução temporária. -
3:26 - 3:28E não há leis internacionais no espaço
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3:28 - 3:31que nos obriguem a limpar
depois de usarmos. -
3:31 - 3:33Sem o descarte de satélites inoperantes,
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3:33 - 3:36ou a tomada de medidas
para a limpeza de destroços, -
3:36 - 3:39já somos poluidores do espaço sideral.
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3:39 - 3:43E isso acontece principalmente
porque todos nós aqui -
3:43 - 3:46dependemos dos serviços
providos por satélites, -
3:46 - 3:49sem realmente entender
os impactos de seu uso. -
3:49 - 3:53Se queremos continuar usando nossos
celulares, vendo a previsão do tempo, -
3:53 - 3:56e muitas outras comodidades tecnológicas
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3:56 - 3:59proporcionadas pelos satélites,
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3:59 - 4:01precisamos ter um plano de limpeza.
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4:02 - 4:05O primeiro satélite do mundo, Sputnik I,
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4:05 - 4:07foi lançado em 1957,
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4:07 - 4:10e naquele ano, houve um total
de apenas três tentativas de lançamento. -
4:11 - 4:15Décadas mais tarde, e dezenas
de países por todo o mundo -
4:15 - 4:18puseram milhares de satélites em órbita,
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4:18 - 4:22e a frequência de lançamentos
só vai aumentar no futuro, -
4:22 - 4:25especialmente se considerarmos
coisas como a possibilidade -
4:25 - 4:28de lançamento de constelações
com mais de 900 satélites. -
4:29 - 4:31Mandamos satélites para diferentes órbitas
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4:31 - 4:33dependendo da necessidade.
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4:33 - 4:36Um dos lugares mais comuns
de enviarmos satélites -
4:36 - 4:37é a órbita terrestre baixa,
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4:37 - 4:42possivelmente para fotografar a superfície
da Terra a até 2 mil km de altitude. -
4:42 - 4:46Os satélites lá são naturalmente
armazenados pela atmosfera da Terra, -
4:46 - 4:48assim, suas órbitas naturalmente decaem,
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4:48 - 4:50e por fim, eles se desintegram,
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4:50 - 4:52provavelmente dentro de algumas décadas.
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4:53 - 4:55Outro lugar comum a que mandamos satélites
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4:55 - 4:57é para a órbita geoestacionária
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4:57 - 4:59a 35 mil km de altitude.
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5:00 - 5:04Lá, os satélites permanecem
no mesmo lugar conforme a Terra gira, -
5:04 - 5:08tornando comunicações ou transmissões
televisivas possíveis, por exemplo. -
5:09 - 5:13Satélites situados em órbitas elevadas
como esses poderiam ficar lá por séculos. -
5:14 - 5:17E então há a órbita chamada "o cemitério",
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5:17 - 5:20as nefastas órbitas
de refugo ou de descarte, -
5:20 - 5:24onde alguns satélites são colocados
intencionalmente ao final de suas vidas -
5:24 - 5:28para que fiquem fora do caminho
de órbitas operacionais comuns. -
5:29 - 5:34Dos quase 7 mil satélites
lançados desde o final da década de 1950, -
5:34 - 5:37apenas um em cada sete
está atualmente em funcionamento, -
5:38 - 5:40e além dos satélites que já não operam,
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5:40 - 5:44há também centenas de milhares
de entulhos do tamanho de uma bola de gude -
5:44 - 5:46e milhões de pequenos fragmentos
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5:46 - 5:48que também orbitam em torno da Terra.
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5:49 - 5:52O lixo espacial é de grande risco
para missões espaciais, -
5:52 - 5:56assim como é para os satélites
de que dependemos todos os dias. -
5:57 - 6:00Pelo fato de resíduos e lixos espaciais
terem se tornado tão preocupantes, -
6:00 - 6:03têm havido alguns esforços
nacionais e internacionais -
6:03 - 6:04para desenvolver padrões técnicos
-
6:04 - 6:07para nos ajudar a reduzir a geração
de resíduos adicionais. -
6:08 - 6:10Por exemplo, há recomendações
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6:10 - 6:12para naves situadas
na órbita baixa terrestre -
6:12 - 6:15serem programadas para sair de órbita
em menos de 25 anos, -
6:15 - 6:18mas isso ainda é muito tempo,
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6:18 - 6:21especialmente se o satélite
não funciona há anos. -
6:22 - 6:25Há também decisões para naves
geoestacionárias inoperantes -
6:25 - 6:27serem movidas para uma órbita de descarte.
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6:28 - 6:31Mas nenhuma dessas orientações
está vinculada a leis internacionais, -
6:31 - 6:36e o acordo é que elas serão implementadas
por meio de mecanismos nacionais. -
6:36 - 6:39Essas orientações não são a longo prazo,
-
6:39 - 6:40elas não são proativas,
-
6:40 - 6:43nem se destinam aos resíduos
que já estão lá em cima. -
6:43 - 6:47Elas somente se destinam a limitar
a criação futura de destroços. -
6:48 - 6:51O lixo espacial não é
responsabilidade de ninguém. -
6:52 - 6:55Eu cresci com uma grande
apreciação pelo ar livre -
6:55 - 6:59e com um sentido apurado de nosso rastro
nos ambientes com os quais interagimos. -
6:59 - 7:01Um dos códigos primordiais
da conduta externa -
7:01 - 7:03é a política de "não deixar vestígios"
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7:03 - 7:07em que demonstramos cuidado
e respeito pela natureza na Terra, -
7:07 - 7:10fazendo a nossa parte
para proteger nossos recursos. -
7:10 - 7:13Aqui na Terra é um pouco
mais fácil notar o desperdício -
7:13 - 7:15em nosso meio-ambiente.
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7:15 - 7:17Vemos o lixo em nossas ruas,
-
7:17 - 7:20em nossos bairros e até em nossos oceanos.
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7:21 - 7:23O ambiente orbital não é diferente:
-
7:23 - 7:26ele demanda nosso cuidado, nossa atenção
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7:26 - 7:29e nossa administração.
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7:29 - 7:32Pois o espaço é simplesmente um tipo
diferente de ambiente selvagem -
7:32 - 7:34que precisamos proteger.
-
7:34 - 7:36Precisamos de uma política
de "não deixar vestígios" -
7:36 - 7:40que se estenda por todo
o ambiente orbital e além. -
7:40 - 7:43Incentivar um senso coletivo
de responsabilidade -
7:43 - 7:45pode nos ajudar a reduzir nosso impacto.
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7:46 - 7:49O Monte Everest
é uma comparação interessante -
7:49 - 7:52para uma nova abordagem
sobre como interagimos com nosso ambiente, -
7:52 - 7:55uma vez que frequentemente
recebe a honra duvidosa -
7:55 - 7:58de ser o depósito de lixo
mais alto do mundo. -
7:59 - 8:02Décadas depois da primeira conquista
do pico mais alto do mundo, -
8:02 - 8:04toneladas de lixo deixados por alpinistas
-
8:04 - 8:06começaram a criar preocupações,
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8:06 - 8:09e você pode ter lido notícias
de que há especulações -
8:09 - 8:11de que o Nepal irá reprimir alpinistas
-
8:11 - 8:15com a aplicação de penalidades
e obrigações legais. -
8:16 - 8:18A ideia, é claro, é convencer alpinistas
-
8:18 - 8:20a limpar o lixo deixado por eles mesmos,
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8:20 - 8:25e talvez organizações sem fins lucrativos
paguem alpinistas que recolham lixo extra, -
8:25 - 8:29ou expedições organizem
viagens voluntárias de limpeza. -
8:29 - 8:32E ainda, muitos alpinistas acham
-
8:32 - 8:35que grupos independentes
deveriam policiar a si mesmos. -
8:35 - 8:38Não há uma resposta fácil ou simples,
-
8:38 - 8:41e até mesmo esforços de conservação
bem-intencionados -
8:41 - 8:43se deparam com problemas.
-
8:43 - 8:47Mas isso não significa que não deveríamos
fazer tudo ao nosso alcance -
8:47 - 8:50para proteger os ambientes
dos quais dependemos, -
8:51 - 8:55e assim como o Everest, a distância
e a infraestrutura inadequada -
8:55 - 8:56do ambiente orbital
-
8:56 - 8:58torna o descarte de lixo
um grande desafio. -
8:59 - 9:02No entanto, não podemos mais
atingir novos patamares -
9:02 - 9:05e criar um depósito de lixo ainda maior,
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9:05 - 9:07um que esteja fora desse mundo.
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9:08 - 9:10A realidade do espaço
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9:10 - 9:12é que se um componente de satélite quebra,
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9:12 - 9:15há poucas chances de reparos,
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9:15 - 9:17e somente a um alto custo.
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9:18 - 9:21E se fôssemos mais espertos em relação
a como desenvolvemos satélites? -
9:21 - 9:23E se todos os satélites,
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9:23 - 9:25independentemente do país
em que foram construídos, -
9:25 - 9:27tiverem que ser padronizados
de alguma forma -
9:27 - 9:30para reciclar, reparar
-
9:30 - 9:31ou sair de órbita?
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9:32 - 9:35E se realmente houvesse
leis internacionais -
9:35 - 9:38que forçassem o descarte de satélites
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9:38 - 9:40em vez de tirá-los do caminho
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9:40 - 9:42como uma solução temporária?
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9:43 - 9:46Ou talvez os fabricantes de satélites
precisem fazer um depósito -
9:46 - 9:48para lançar um satélite em órbita,
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9:48 - 9:50e aquele depósito somente seria devolvido
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9:50 - 9:53se o satélite fosse eliminado
adequadamente -
9:53 - 9:56ou se eles limpassem
uma certa parcela de destroços. -
9:57 - 9:59Ou talvez um satélite precise
ter tecnologia a bordo -
9:59 - 10:01para ajudar a acelerar a saída de órbita.
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10:02 - 10:04Há alguns sinais animadores.
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10:04 - 10:09O TechDemoSat-1 do Reino Unido,
lançado em 2014, por exemplo, -
10:09 - 10:11foi desenvolvido para descarte efetivo
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10:11 - 10:13por meio de uma pequena vela de arrasto.
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10:13 - 10:15Isso funciona para esse satélite,
por ser pequeno, -
10:15 - 10:19mas satélites que estão em órbitas
maiores ou mais altas -
10:19 - 10:22ou simplesmente são grandes,
do tamanho de um ônibus escolar, -
10:22 - 10:24exigirão outras opções de descarte.
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10:24 - 10:27Então, talvez, você veja coisas
como lêiseres de alta potência -
10:27 - 10:29ou rebocadores utilizando redes ou cabos,
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10:29 - 10:32por mais doidas que pareçam por enquanto.
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10:32 - 10:34E então, uma possibilidade bem legal
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10:34 - 10:38é a ideia de guinchos
ou mecânicos espaciais. -
10:38 - 10:39Imagine se um braço robótico
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10:39 - 10:41em um tipo de guincho espacial
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10:41 - 10:44pudesse reparar componentes
quebrados em um satélite, -
10:44 - 10:46tornando-os utilizáveis novamente.
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10:46 - 10:48Ou se aquele mesmo braço robótico
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10:48 - 10:51pudesse reabastecer uma nave espacial
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10:51 - 10:53que depende de propulsão química
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10:53 - 10:56assim como você ou eu reabastecemos
o combustível dos nossos carros? -
10:57 - 10:58Raparos e manutenções robóticas
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10:58 - 11:02poderiam estender a vida de centenas
de satélites que orbitam a Terra. -
11:03 - 11:06Independentemente da opção de descarte
ou limpeza que encontrarmos, -
11:06 - 11:09é evidente que esse não é só
um problema técnico. -
11:09 - 11:14Há também complexas leis espaciais
e políticas que temos que resolver. -
11:14 - 11:19Resumindo, ainda não encontramos um jeito
de utilizar o espaço de forma sustentável. -
11:20 - 11:23Explorar, inovar para mudar
a maneira que vivemos e trabalhamos -
11:23 - 11:25é o que nós, como humanos, fazemos
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11:25 - 11:26e na exploração espacial
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11:26 - 11:30estamos, literalmente,
ultrapassando as fronteiras da Terra. -
11:30 - 11:33Mas à medida que estendemos limites
em nome do aprendizado e da inovação, -
11:33 - 11:39devemos lembrar que a responsabilidade
por nossos ambientes nunca acaba. -
11:40 - 11:44Há, sem dúvida alguma, congestionamento
nas órbitas baixa e geoestacionária, -
11:44 - 11:46e não podemos continuar
lançando novos satélites -
11:46 - 11:48para substituir os que estragaram,
-
11:48 - 11:51sem antes fazer algo em relação a eles,
-
11:51 - 11:54assim como nunca deixaríamos
um carro estragado no meio da estrada. -
11:55 - 11:57A órbita da Terra
não é um recurso ilimitado -
11:57 - 11:59e o problema só vai se agravar
-
11:59 - 12:02se não houver uma mudança significativa
em nosso comportamento. -
12:02 - 12:05Precisamos de um compromisso
coletivo e global -
12:05 - 12:08para dividir as responsabilidades
além de nosso planeta. -
12:09 - 12:13Hoje, quero deixar um desafio
com cada um de vocês: -
12:13 - 12:15tornar-se um guardião do espaço.
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12:15 - 12:17Da próxima vez que usar o celular,
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12:17 - 12:19checar a previsão do tempo ou usar o GPS,
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12:19 - 12:24pense nas tecnologias de satélite
que tornam tudo isso possível. -
12:24 - 12:26Mas também reflita no impacto
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12:26 - 12:29dos satélites no ambiente
em torno da Terra, -
12:29 - 12:34e ajude a espalhar a mensagem de que,
juntos, devemos reduzir nosso impacto. -
12:34 - 12:36A órbita terrestre possui
uma beleza extraordinária -
12:36 - 12:39e é a porta de acesso para explorações.
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12:39 - 12:42Cabe a nós mantê-la desse jeito.
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12:43 - 12:44Obrigada.
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12:44 - 12:46(Aplausos)
- Title:
- Vamos limpar o lixo espacial que orbita a Terra | Natalie Panek | TEDxToronto
- Description:
-
Nossas vidas dependem de um mundo que não enxergamos: a infraestrutura dos satélites que utilizamos todos os dias para informação, entretenimento, comunicação e muito mais. Mas a órbita terrestre não é um recurso ilimitado e o problema do lixo espacial se agravará se não houver uma mudança significativa em nosso comportamento. Natalie Panek nos desafia a considerar o impacto ambiental dos satélites de que dependemos. Nossa órbita possui uma beleza extraordinária e é nossa porta de entrada para explorações, ela diz. Cabe a nós mantê-la desse jeito.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 12:55
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Claudia Sander accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Gabriel Sousa edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Gabriel Sousa edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Gabriel Sousa edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto | ||
Gabriel Sousa edited Portuguese, Brazilian subtitles for Space: our invisible landfill | Natalie Panek | TEDxToronto |