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Um movimento mundial para solucionar os problemas mundiais

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    Há anos que desenvolvo
    uma ideia simples:
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    para que a Humanidade
    possa dar um passo em frente,
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    precisamos de trabalhar em conjunto
    na resolução de problemas mundiais.
  • 0:12 - 0:14
    No mundo moderno,
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    os muros e as fronteiras
    não nos protegem da crise.
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    Não temos escolha a não ser unir-nos
  • 0:19 - 0:21
    e precisamos de o fazer rapidamente.
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    Em 2016, fiquei destroçada
    com a decisão do Reino Unido
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    de deixar a União Europeia.
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    Sou francesa e, para mim,
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    a União Europeia é um símbolo
    de uma sociedade mais aberta e mundial.
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    Mas, do nada, as minhas crenças
    foram abaladas.
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    E não era a única a sentir isto.
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    O meu companheiro, Andrea,
    que é italiano,
  • 0:38 - 0:40
    e o Damian, um amigo alemão,
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    também sentiram o choque
    de verem o mundo a voltar-se para dentro.
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    Apercebemo-nos que, apesar de
    sermos de três países diferentes,
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    testemunhávamos as mesmas dificuldades:
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    os fluxos migratórios tratados
    de forma desumana,
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    as alterações climáticas,
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    ou o alto desemprego na camada jovem.
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    Partilhámos também as mesmas esperanças
    e sonhos no nosso dia-a-dia.
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    Apercebemo-nos que,
    para resolver os problemas europeus,
  • 1:00 - 1:04
    o modelo ultrapassado de manter
    os interesses da nação em primeiro lugar
  • 1:04 - 1:05
    tinha de desaparecer.
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    Portanto, decidimos agir.
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    Durante meses, desenvolvemos
    a ideia do lançamento do Volt,
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    o primeiro movimento político pan-europeu.
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    Depois, claro, partilhámos
    com os nossos amigos no Facebook
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    e muitos responderam,
    aceitando o desafio
  • 1:20 - 1:21
    e oferecendo ajuda.
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    As pessoas começaram a realizar
    pequenas reuniões em parques,
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    em universidades e em bares,
  • 1:27 - 1:29
    para debater o seu futuro comum
  • 1:29 - 1:33
    e partilhar as suas soluções
    para os maiores problemas do continente.
  • 1:33 - 1:37
    Mobilizámos dezenas de milhares
    de pessoas dos 28 países europeus.
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    Dois anos depois,
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    o Damian foi eleito
    para o Parlamento Europeu
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    através de uma campanha organizada
    por voluntários de vários países
  • 1:45 - 1:47
    com base na ideia
    de que juntos somos mais fortes.
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    Revelámos que, através
    da colaboração internacional,
  • 1:50 - 1:52
    da união e da ação conjunta,
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    podemos mudar
    o modo de pensar das pessoas.
  • 1:55 - 1:58
    Fomos os primeiros
    a tentar algo a esta escala
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    e a consegui-lo.
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    No entanto,
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    após as eleições europeias
    de maio de 2019,
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    Andrea e eu olhámo-nos nos olhos
  • 2:05 - 2:09
    e questionámo-nos sobre algo
    que ninguém gosta de se questionar
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    após dois anos a trabalhar em algo
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    que funcionou:
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    «Será suficiente?»
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    Não, não era.
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    Sabíamos que os problemas atuais
    mais urgentes não eram só europeus,
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    mas mundiais.
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    Sabíamos que nem sequer
    conseguiríamos tocar neles
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    se nos focássemos só na Europa,
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    um continente que representa
    menos de 10% da população mundial.
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    O problema subjacente é que,
    a forma como vemos o mundo
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    e a forma como o mundo funciona,
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    estão ambas erradas.
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    Ao longo de duas gerações,
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    o mundo mudou mais
    do que nos 20 000 anos anteriores.
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    Conseguimos aterrar na lua,
  • 2:42 - 2:45
    podemos acordar em Xangai
    e terminar o dia em Nova Iorque.
  • 2:45 - 2:49
    Temos acesso a uma quantidade imensa
    de informações em qualquer lugar ou hora.
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    Mas continuamos a ver o mundo
    como as nossas redondezas.
  • 2:54 - 2:57
    Mas problemas como a COVID-19,
    as alterações climáticas, as migrações,
  • 2:57 - 2:59
    a justiça fiscal ou os direitos humanos
  • 2:59 - 3:03
    indicam que temos de nos unir e pensar
    para além das fronteiras nacionais.
  • 3:03 - 3:06
    É necessária uma estratégia mundial.
  • 3:06 - 3:07
    Os países têm de colaborar,
  • 3:07 - 3:10
    partilhar recursos,
    informações e soluções.
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    Não só é a atitude certa,
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    mas também a mais inteligente.
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    Logo, nas semanas que se seguiram
    à eleição do Damian,
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    Andrea e eu decidimos
    criar um movimento mundial
  • 3:20 - 3:22
    que unisse as pessoas além-fronteiras
  • 3:22 - 3:24
    e resolvesse os problemas
    que nos afetam a todos nós.
  • 3:25 - 3:27
    Demos o nome de NOW!,
    porque não somos muito criativos
  • 3:27 - 3:29
    e porque é preciso que aconteça agora.
  • 3:29 - 3:33
    Sei que ir além-fronteiras
    não é assim tão fácil,
  • 3:33 - 3:36
    portanto aqui estão os passos
    que têm guiado o nosso trabalho.
  • 3:36 - 3:39
    Chamo-lhes «pensar, unir
    e dar um passo em frente».
  • 3:39 - 3:42
    Primeiro, temos de mudar
    a forma como pensamos no mundo.
  • 3:42 - 3:45
    Quer queiramos quer não,
    vivemos num mundo globalizado.
  • 3:45 - 3:48
    Temos de deixar de pensar
    num enquadramento nacional
  • 3:48 - 3:50
    e começar a pensar mundialmente.
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    Consideremos, por exemplo,
    como pensamos na tributação.
  • 3:53 - 3:56
    As empresas multinacionais
    como o Facebook e a Amazon
  • 3:56 - 3:58
    já trabalham além-fronteiras,
  • 3:58 - 4:02
    porém, pagam muito poucos impostos
    em muito poucos países,
  • 4:02 - 4:04
    porque pensamos nelas
    dentro de um enquadramento nacional.
  • 4:04 - 4:06
    Como resultado disto,
  • 4:06 - 4:08
    falta-nos um sistema fiscal mundial.
  • 4:08 - 4:09
    Por este motivo,
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    os países são privados de, pelo menos,
    500 mil milhões de dólares por ano.
  • 4:14 - 4:16
    Quinhentos mil milhões de dólares.
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    Pondo em perspetiva:
  • 4:17 - 4:19
    com metade desse valor,
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    seria possível acabar com
    a fome mundial durante um ano.
  • 4:22 - 4:24
    Mas não o fazemos,
  • 4:24 - 4:26
    devido à forma como
    encaramos o mundo.
  • 4:27 - 4:29
    No NOW!, queremos mudar isto.
  • 4:29 - 4:32
    Unimos pessoas de todo o mundo
  • 4:32 - 4:35
    que debatem, trabalham em conjunto
    e compreendem
  • 4:35 - 4:36
    que o global é o novo normal
  • 4:36 - 4:39
    e que têm mais em comum
    do que aquilo que os separa.
  • 4:39 - 4:41
    Organizamos eventos semanais
  • 4:41 - 4:44
    em que debatemos tópicos
    como os direitos LGBT,
  • 4:44 - 4:45
    as pandemias,
  • 4:46 - 4:47
    a justiça fiscal
  • 4:47 - 4:48
    ou a saúde mental.
  • 4:48 - 4:50
    Desconstruímos essas questões globais
  • 4:50 - 4:53
    para percebermos o impacto
    que têm em várias partes do mundo.
  • 4:53 - 4:56
    E os nossos membros já demonstraram
    que pensam de forma global,
  • 4:56 - 5:00
    ao mobilizarem-se para que
    os seus governos ajam face a questões
  • 5:00 - 5:03
    como a distribuição justa
    de vacinas por todo o mundo.
  • 5:03 - 5:05
    Segundo, após mudarmos
    a forma de pensar,
  • 5:05 - 5:07
    precisamos de unir além-fronteiras.
  • 5:08 - 5:11
    Desta forma, obrigamos os governos
    a agir face aos problemas mundiais.
  • 5:12 - 5:15
    Tome-se como exemplo a corrosão
    da democracia em Hong Kong.
  • 5:15 - 5:19
    A China reprime de forma sistemática
    os direitos, a democracia e as liberdades,
  • 5:19 - 5:22
    mas os países pouco fazem
    para proteger os habitantes de Hong Kong.
  • 5:23 - 5:25
    Não me refiro a declarações
    ténues de condenação
  • 5:25 - 5:28
    que, na realidade, não mudam nada,
  • 5:28 - 5:30
    mas a respostas adequadas,
    tal como sanções.
  • 5:30 - 5:33
    É por isto que, no NOW!,
    há duas semanas,
  • 5:33 - 5:36
    criámos uma campanha
    para exigir que as democracias
  • 5:36 - 5:38
    se manifestem e façam frente
    de forma significativa à China.
  • 5:38 - 5:40
    E, para captarmos a sua atenção,
  • 5:40 - 5:44
    começámos a organizar protestos semanais
    em frente às embaixadas chinesas.
  • 5:44 - 5:45
    Em duas semanas,
  • 5:45 - 5:48
    atraímos mais de
    um milhões de pessoas «online».
  • 5:48 - 5:52
    Esperamos que, ao unir e mobilizar
    as pessoas além-fronteiras,
  • 5:52 - 5:55
    conseguiremos pressionar as nações
  • 5:55 - 5:58
    para que estas apliquem sanções
    organizadas à China.
  • 5:58 - 6:01
    Por fim, temos de ter
    a coragem de dar um passo em frente
  • 6:01 - 6:04
    para criar o mundo de amanhã.
  • 6:04 - 6:08
    Precisamos de um sistema governamental
    que funcione em todo o mundo.
  • 6:09 - 6:13
    E, apesar de existirem instituições
    supranacionais, como as Nações Unidas,
  • 6:13 - 6:16
    os seus mecanismos de execução
    são extremamente limitados.
  • 6:16 - 6:18
    Os cidadãos não podem participar,
  • 6:18 - 6:20
    e, muitas vezes, prevalecem
    os interesses nacionais.
  • 6:20 - 6:22
    E a nível nacional,
  • 6:22 - 6:26
    os partidos políticos estão ligados
    a calendários eleitorais e a fronteiras,
  • 6:26 - 6:30
    o que significa que não podem agir
    de uma forma coordenada a nível mundial.
  • 6:30 - 6:35
    As decisões políticas, a governação
    e a política têm de se alargar ainda mais.
  • 6:35 - 6:38
    Olhemos para a resposta
    à pandemia da COVID-19.
  • 6:39 - 6:43
    Os países têm mostrado uma abordagem
    imediatista face à pandemia.
  • 6:43 - 6:46
    Não colaboraram quanto
    aos equipamentos de proteção,
  • 6:46 - 6:49
    às vacinas ou aos medicamentos.
  • 6:49 - 6:50
    No NOW!, lançámos uma campanha
  • 6:50 - 6:53
    a exigir que a Organização Mundial
    de Saúde garanta
  • 6:53 - 6:57
    que os profissionais de saúde pelo mundo,
    qualquer que seja a sua nacionalidade,
  • 6:57 - 7:00
    tenham acesso prioritário
    à futura vacina contra a COVID-19.
  • 7:00 - 7:04
    Formámos uma rede de médicos
    nas redes sociais para a sensibilização
  • 7:04 - 7:07
    e criámos uma petição destinada à OMS.
  • 7:08 - 7:09
    Durante duas semanas,
  • 7:09 - 7:13
    os nossos membros espalharam
    a mensagem nas ruas e em meios digitais,
  • 7:13 - 7:17
    e recebemos uma resposta
    do Diretor-Geral da OMS,
  • 7:17 - 7:18
    que acolheu bem a nossa campanha,
  • 7:18 - 7:22
    frisando que o poder
    está nas mãos dos estados-membros,
  • 7:22 - 7:25
    mas comprometendo-se
    a trabalhar com eles nesse sentido.
  • 7:25 - 7:29
    Foi uma carta muito simpática,
    mas irrelevante.
  • 7:29 - 7:32
    A OMS não pode agir
    de forma significativa nesta questão.
  • 7:33 - 7:34
    Mas o importante é que
  • 7:34 - 7:37
    um organismo das Nações Unidas
    devia poder agir construtivamente,
  • 7:37 - 7:40
    devia poder criar políticas vinculativas
    e implementá-las
  • 7:40 - 7:43
    quando confrontado
    com uma ameaça global.
  • 7:43 - 7:45
    Por agora, só podemos esperar
  • 7:46 - 7:48
    que alguns líderes mundiais
    ouçam os nossos protestos
  • 7:48 - 7:50
    e decidam agir corretamente.
  • 7:50 - 7:52
    Isto não pode continuar.
  • 7:52 - 7:54
    Num mundo globalizado,
  • 7:54 - 7:59
    precisamos de um verdadeiro sistema
    de governação democrática e responsável.
  • 7:59 - 8:00
    E é para isso que trabalhamos,
  • 8:00 - 8:03
    mas a governação mundial
    não irá acontecer da noite para o dia.
  • 8:03 - 8:06
    É preciso que as pessoas
    pressionem os governos
  • 8:06 - 8:07
    a agir de forma global,
  • 8:07 - 8:10
    a demonstrar que a colaboração
    leva a melhores resultados.
  • 8:11 - 8:12
    Precisamos de o provar
  • 8:12 - 8:14
    antes de mudarmos
    a forma como o mundo funciona.
  • 8:14 - 8:17
    Portanto, estes são os passos
    que seguimos:
  • 8:17 - 8:19
    pensar além das fronteiras nacionais,
  • 8:19 - 8:20
    unir-nos em todo o mundo
  • 8:20 - 8:24
    e dar um passo em frente para garantir
    que o mundo age em conjunto.
  • 8:24 - 8:26
    Eu sei que é mais fácil dizer que fazer,
  • 8:26 - 8:28
    mas isto é possível.
  • 8:28 - 8:30
    Considerem o nosso exemplo.
  • 8:30 - 8:33
    O NOW! foi criado apenas
    a 1 de janeiro de 2020,
  • 8:33 - 8:37
    mas já conta com milhares de membros
    em mais de 100 países.
  • 8:37 - 8:41
    Começamos a perceber que
    a união além-fronteiras é possível
  • 8:41 - 8:43
    e que está ao nosso alcance.
  • 8:43 - 8:46
    E nós não somos especiais
    e nem eu o sou em particular.
  • 8:46 - 8:47
    Não tenho talentos interessantes
  • 8:47 - 8:50
    e pensar em fazer esta palestra
    aterrorizou-me.
  • 8:50 - 8:54
    Mas estou a testar diferentes formas
    de tentar criar uma mudança mundial,
  • 8:54 - 8:57
    porque sei que as mentalidades
    e estruturas nacionais
  • 8:57 - 9:00
    têm de criar oportunidades
    para algo maior,
  • 9:00 - 9:01
    para algo melhor.
  • 9:01 - 9:04
    A minha esperança é que,
    enquanto for viva,
  • 9:04 - 9:07
    consiga ver o que significa
    viver num mundo uno,
  • 9:07 - 9:08
    que, através da união,
  • 9:08 - 9:10
    conseguimos salvaguardar
    a democracia,
  • 9:10 - 9:12
    proteger o ambiente,
  • 9:12 - 9:15
    salvar vidas com a partilha de vacinas,
  • 9:15 - 9:17
    criar rotas seguras para as migrações,
  • 9:17 - 9:19
    entre muitas outras conquistas.
  • 9:19 - 9:21
    Não sei se tenho a solução ideal,
  • 9:21 - 9:23
    ninguém sabe.
  • 9:23 - 9:27
    Não sei se o NOW! conseguirá
    atingir estes objetivos.
  • 9:27 - 9:29
    Mas isto não é o mais importante.
  • 9:29 - 9:32
    O importante é agir de forma
    a que haja uma mudança a nível mundial.
  • 9:33 - 9:36
    A minha esperança é que muitos de vós
    comecem a trabalhar além-fronteiras,
  • 9:36 - 9:40
    criem novas formas para que
    o mundo seja verdadeiramente uno.
  • 9:40 - 9:43
    Porque juntos somos mais fortes.
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    Então, de que estamos à espera?
  • 9:46 - 9:47
    Obrigada.
Title:
Um movimento mundial para solucionar os problemas mundiais
Speaker:
Colombe Cahen-Salvador
Description:

Precisamos de pensar além-fronteiras se queremos resolver os problemas mundiais, diz a ativista Colombe Cahen-Salvador. Ao reinventar os sistemas governamentais fraturados do mundo e ao chamar a atenção para as suas respostas ineficientes aos problemas mais importantes — da pandemia do coronavírus às alterações climáticas e aos direitos humanos — Cahen-Salvador apresenta o NOW!, um movimento que une as pessoas na criação de um mundo verdadeiramente democrático.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
10:00

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