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O meu desejo: Ajudem-me a deter as pandemias

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    Sou o homem mais sortudo do mundo.
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    Assisti ao último caso
    de varíola assassina no mundo.
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    Estava na Índia, o ano passado,
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    e posso ter visto os últimos casos
    de poliomielite no mundo.
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    Não há nada que nos faça
    sentir melhor a bênção e a honra
  • 0:20 - 0:23
    de trabalhar num programa como este
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    do que saber que desapareceu
    uma coisa tão terrível..
  • 0:28 - 0:32
    (Aplausos)
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    Por isso, vou mostrar-vos
    umas imagens revoltantes.
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    São difíceis de ver,
    mas devem olhar para elas com otimismo,
  • 0:41 - 0:47
    porque o horror destas imagens
    será compensado
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    com o conforto animador
    de saber que já não existem.
  • 0:51 - 0:55
    Mas primeiro, vou falar-vos um pouco
    da minha experiência.
  • 0:56 - 0:59
    A minha formação não é propriamente
    a formação médica convencional
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    de que podiam estar à espera.
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    Quando eu era interno em São Francisco,
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    ouvi falar dum grupo de nativos americanos
    que tinham ocupado a Ilha de Alcatraz
  • 1:10 - 1:13
    e de uma nativa americana
    que queria dar à luz naquela ilha,
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    mas nenhum médico queria lá ir
    para ajudá-la no parto.
  • 1:17 - 1:21
    Fui a Alcatraz e vivi na ilha
    durante várias semanas.
  • 1:22 - 1:25
    Ela deu à luz, eu aparei o bebé
    e vim-me embora da ilha.
  • 1:25 - 1:27
    Desembarquei em São Francisco.
  • 1:27 - 1:28
    Toda a imprensa queria falar comigo
  • 1:28 - 1:30
    porque as minhas três semanas na ilha
  • 1:30 - 1:33
    tinham-me tornado num especialista
    dos assuntos índios.
  • 1:33 - 1:34
    (Risos)
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    Apareci em todos
    os programas de televisão.
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    Viram-me na TV,
    chamaram-me e perguntaram-me
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    se eu queria entrar num filme
    e representar um jovem médico
  • 1:41 - 1:45
    dum grupo de estrelas do "rock"
    que viajavam de autocarro
  • 1:45 - 1:47
    de São Francisco a Inglaterra.
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    Eu disse que sim, que faria isso.
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    Assim, tornei-me médico
    num filme absolutamente horrível
  • 1:52 - 1:55
    chamado "Medicine Ball Caravan."
  • 1:55 - 1:56
    (Risos)
  • 1:56 - 2:00
    Nos anos 60, ou se estava num autocarro,
    ou fora dele; eu estava lá dentro.
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    A minha mulher, de há 37 anos, e eu
    apanhámos o autocarro.
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    A nossa viagem de autocarro
    levou-nos de São Francisco a Londres,
  • 2:06 - 2:09
    Tínhamos trocado de autocarro
    no Oceano Atlântico.
  • 2:09 - 2:12
    Depois apanhámos mais dois autocarros
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    e atravessámos a Turquia,
    o Irão, o Afeganistão,
  • 2:14 - 2:17
    atravessámos o Passo Khyber
    para o Paquistão,
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    como qualquer outro jovem médico.
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    Estes somos nós no Passo Khyber,
    aquele é o nosso autocarro.
  • 2:21 - 2:25
    Tivemos muita dificuldade
    em atravessar o Passo Khyber,
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    mas acabámos por chegar à Índia.
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    Depois, como toda a gente
    da nossa geração,
  • 2:29 - 2:32
    fomos viver para um mosteiro
    nos Himalaias.
  • 2:32 - 2:34
    (Risos)
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    Isto era apenas como um estágio
  • 2:37 - 2:39
    para os que andam a estudar medicina.
  • 2:39 - 2:41
    (Risos)
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    Estudámos com um homem sábio,
    um guru chamado Karoli Baba,
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    que me disse para me desfazer da túnica,
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    vestir um fato de três peças,
  • 2:51 - 2:54
    ir para a ONU como diplomata
  • 2:54 - 2:57
    e trabalhar para
    a Organização Mundial de Saúde.
  • 2:57 - 3:01
    Ele fez uma profecia incrível
    de que a varíola seria erradicada,
  • 3:01 - 3:04
    era uma dádiva de Deus à humanidade,
  • 3:04 - 3:07
    por causa do trabalho difícil
    de cientistas dedicados.
  • 3:07 - 3:09
    Essa profecia concretizou-se.
  • 3:10 - 3:12
    Esta rapariguinha é Rahima Banu.
  • 3:12 - 3:15
    Foi o último caso mundial
    da varíola assassina.
  • 3:15 - 3:20
    Este documento é o certificado
    que a comissão mundial assinou,
  • 3:20 - 3:25
    certificando que o mundo tinha erradicado
    a primeira doença da História.
  • 3:26 - 3:32
    A chave para a erradicação da varíola
    foi a deteção precoce e uma resposta rápida
  • 3:33 - 3:37
    Vou pedir-vos que repitam comigo:
    deteção precoce e resposta rápida.
  • 3:37 - 3:38
    São capazes de dizer isto?
  • 3:38 - 3:41
    Público: Deteção precoce e resposta rápida.
  • 3:41 - 3:44
    Larry Brilliant: A varíola foi
    a pior doença da História.
  • 3:44 - 3:47
    Matou mais pessoas
    que todas as guerras da História.
  • 3:47 - 3:51
    No século passado,
    matou 500 milhões de pessoas.
  • 3:54 - 3:56
    Vocês já andam a ler Larry Page.
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    Há aqui gente que lê muito depressa.
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    No ano em que Larry Page
    e Sergey Brin
  • 4:01 - 4:04
    — por quem tenho um certo afeto
    e uma recente afiliação —
  • 4:04 - 4:06
    no ano em que eles nasceram,
  • 4:06 - 4:09
    morreram com varíola
    dois milhões de pessoas.
  • 4:09 - 4:13
    Declarámos a varíola
    erradicada em 1980.
  • 4:14 - 4:18
    Este é o diapositivo mais importante
    que já vi sobre saúde pública.
  • 4:18 - 4:19
    [Soberanos mortos pela varíola]
  • 4:19 - 4:22
    porque mostra
    que os mais ricos e os mais fortes,
  • 4:22 - 4:24
    os reis ou as rainhas do mundo,
  • 4:24 - 4:26
    não estavam imunes a morrer de varíola.
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    Não podemos duvidar
    que estamos todos no mesmo barco.
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    Mas ver a varíola
    na perspetiva de um soberano
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    é a perspetiva errada.
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    Devemos vê-la
    na perspetiva duma mãe,
  • 4:39 - 4:43
    que vê o seu filho com esta doença
    e não pode fazer nada.
  • 4:43 - 4:48
    Dia um, dia dois, dias três,
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    dia quatro,
  • 4:51 - 4:53
    dia cinco,
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    dia seis.
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    Uma mãe a olhar para o filho.
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    No dia seis, vemos as pústulas
    a ficarem duras.
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    Dia sete, mostram as cicatrizes clássicas
    da umbilicação da varíola.
  • 5:08 - 5:10
    Dia oito.
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    Al Gore disse há bocado
    que a imagem mais divulgada do mundo,
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    a imagem mais vezes impressa
    no mundo, era a da Terra.
  • 5:18 - 5:21
    Mas esta foi em 1974
    e, nessa época,
  • 5:21 - 5:25
    esta fotografia era a fotografia
    mais vezes impressa por toda a parte
  • 5:25 - 5:28
    porque imprimimos 2000 milhões
    de exemplares desta fotografia
  • 5:28 - 5:31
    e entregámo-las, de mão em mão,
    porta a porta,
  • 5:31 - 5:36
    para mostrar às pessoas e perguntar-lhes
    se tinham varíola em casa,
  • 5:36 - 5:38
    porque era esse
    o nosso sistema de vigilância.
  • 5:38 - 5:41
    Não tínhamos o Google,
    não tínhamos motores de busca,
  • 5:41 - 5:43
    não tínhamos computadores.
  • 5:44 - 5:48
    No dia nove — vemos esta foto
    e ficamos horrorizados —
  • 5:48 - 5:50
    eu vi esta foto e disse:
    "Obrigado, meu Deus",
  • 5:50 - 5:54
    porque é óbvio que se trata
    apenas de um caso vulgar de varíola
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    e sei que esta criança vai viver.
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    No dia 13, estão a formar-se crostas,
    as pálpebras estão inchadas,
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    mas sabemos que a criança
    não tem nenhuma infeção secundária.
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    No dia 20, embora fique toda a vida
    com cicatrizes, vai viver.
  • 6:12 - 6:15
    Há outros tipos de varíola
    que não são assim.
  • 6:15 - 6:18
    A varíola confluente,
  • 6:18 - 6:21
    em que não há um único local no corpo
    onde possamos pôr um dedo
  • 6:21 - 6:24
    sem estar coberto de lesões.
  • 6:24 - 6:29
    A varíola maligna, que matou
    100% das pessoas que a apanharam.
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    A varíola hemorrágica,
    a mais cruel de todas,
  • 6:32 - 6:35
    que tinha uma predileção
    por mulheres grávidas.
  • 6:35 - 6:39
    Vi morrer umas 50 mulheres.
    Todas tinham varíola hemorrágica.
  • 6:39 - 6:43
    Nunca vi ninguém morrer com ela,
    senão mulheres grávidas.
  • 6:44 - 6:47
    Em 1967, a OMS entrou
    num programa ambicioso
  • 6:47 - 6:49
    para erradicar uma doença.
  • 6:49 - 6:53
    Nesse ano, havia 34 países
    afetados pela varíola.
  • 6:54 - 6:57
    Em 1970, estavam reduzidos a 18 países.
  • 6:57 - 7:00
    Em 1974, estavam reduzidos a cinco países.
  • 7:00 - 7:04
    Mas, nesse ano, a varíola
    explodiu por toda a Índia.
  • 7:05 - 7:09
    A Índia foi o local
    em que a varíola teve o seu último poiso.
  • 7:10 - 7:13
    Em 1974, a Índia
    tinha uma população de 600 milhões.
  • 7:13 - 7:16
    Há 21 estados na Índia
    com línguas diferentes,
  • 7:16 - 7:18
    o que é o mesmo que dizer
    21 países diferentes.
  • 7:18 - 7:21
    Há 20 milhões de pessoas
    na estrada, em qualquer momento,
  • 7:21 - 7:27
    em autocarros, comboios, a pé;
    500 000 aldeias, 120 milhões de famílias
  • 7:27 - 7:30
    e nenhuma delas queria comunicar
  • 7:30 - 7:32
    se tinham um caso de varíola em casa,
  • 7:32 - 7:35
    porque pensavam que a varíola
    era uma visita duma deusa,
  • 7:35 - 7:37
    Shitala Mata, a mãe fria,
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    e era mau meter desconhecidos
    dentro de casa, quando a deusa lá estava.
  • 7:44 - 7:47
    Não incentivava a comunicar a varíola.
  • 7:47 - 7:50
    Não era só a Índia
    que tinha deusas da varíola,
  • 7:50 - 7:53
    havia deusas da varíola
    presentes por todo o mundo.
  • 7:53 - 7:59
    Portanto, para erradicar a varíola
    a vacinação em massa não funcionaria.
  • 7:59 - 8:01
    Podíamos vacinar toda a gente na Índia,
  • 8:01 - 8:03
    mas um ano depois, haveria
    mais 21 milhões de bebés
  • 8:03 - 8:06
    ou seja, a população
    do Canada na altura.
  • 8:06 - 8:08
    Não chegava vacinar toda a gente.
  • 8:08 - 8:11
    Era preciso encontrar cada caso
    de varíola no mundo
  • 8:11 - 8:14
    ao mesmo tempo, e traçar
    um círculo de imunidade em volta dele.
  • 8:15 - 8:16
    Foi o que nós fizemos.
  • 8:17 - 8:21
    Só na Índia, os meus 150 000
    melhores amigos e eu
  • 8:21 - 8:23
    fomos de porta em porta,
  • 8:23 - 8:25
    com a mesma imagem,
  • 8:25 - 8:26
    a cada casa na Índia.
  • 8:26 - 8:29
    Fizemos mais de mil milhões
    de visitas ao domicílio.
  • 8:30 - 8:33
    Neste processo, aprendi
    uma coisa muito importante.
  • 8:34 - 8:38
    Sempre que fazíamos
    uma pesquisa casa a casa,
  • 8:38 - 8:42
    tínhamos um pico no número
    de relatos de varíola.
  • 8:43 - 8:45
    Quando não fazíamos a pesquisa,
  • 8:45 - 8:48
    tínhamos a ilusão
    de que a doença não existia.
  • 8:48 - 8:53
    Quando fazíamos pesquisa, tínhamos
    a ilusão de que havia mais doença.
  • 8:53 - 8:55
    Era necessário um sistema de vigilância
  • 8:55 - 9:00
    porque precisávamos
    de deteção precoce, de resposta rápida.
  • 9:02 - 9:04
    Portanto, pesquisámos e pesquisámos
  • 9:04 - 9:07
    e encontrámos todos os casos
    de varíola na Índia.
  • 9:07 - 9:10
    Tínhamos uma recompensa.
    Aumentámos a recompensa.
  • 9:10 - 9:12
    Continuámos a aumentar a recompensa.
  • 9:12 - 9:14
    Tínhamos um quadro das datas
    de visitas feitas,
  • 9:14 - 9:16
    escrito em todas as casas.
  • 9:16 - 9:21
    Quando fizemos isso, o número de casos
    mundiais reportados caiu para zero.
  • 9:23 - 9:27
    Em 1980, declarámos o globo
    isento de varíola.
  • 9:27 - 9:32
    Foi a maior campanha na história das ONU,
    até à guerra do Iraque.
  • 9:34 - 9:37
    150 000 pessoas de todo o mundo
  • 9:37 - 9:40
    médicos de todas as etnias,
    religiões, culturas e países,
  • 9:40 - 9:45
    que lutaram lado a lado,
    irmãos e irmãs,
  • 9:45 - 9:48
    em conjunto, não uns contra os outros,
  • 9:48 - 9:52
    numa causa comum
    para tornar o mundo melhor.
  • 9:51 - 9:55
    Mas a varíola era a quarta doença
    que se pretendia erradicar.
  • 9:55 - 9:58
    Falhámos outras três vezes.
  • 9:58 - 10:01
    Falhámos contra a malária,
    a febre amarela e a bouba.
  • 10:01 - 10:05
    Mas, em breve, talvez vejamos
    erradicada a poliomielite.
  • 10:05 - 10:10
    A chave para a erradicação da pólio
    é deteção precoce, resposta rápida.
  • 10:11 - 10:14
    Este pode ser o ano
    em que erradicamos a pólio.
  • 10:14 - 10:16
    Será a segunda doença da História.
  • 10:17 - 10:21
    David Heymann, que nos está
    a ver pela Internet
  • 10:21 - 10:23
    — David, continua. Estamos perto.
  • 10:23 - 10:26
    Só nos faltam quatro países.
  • 10:26 - 10:29
    (Aplausos)
  • 10:32 - 10:33
    Sinto-me como Hank Aaron.
  • 10:33 - 10:36
    Barry Bonds pode substituir-me
    a qualquer altura.
  • 10:36 - 10:40
    Vamos riscar outra doença desta lista
    de coisas terríveis que nos preocupam.
  • 10:40 - 10:43
    Eu estava na Índia a trabalhar
    no programa da pólio.
  • 10:43 - 10:47
    O programa de prevenção da pólio
    são quatro milhões de pessoas,
  • 10:47 - 10:49
    que vão de porta em porta.
  • 10:49 - 10:51
    É este o sistema de vigilância.
  • 10:51 - 10:55
    Mas temos que ter
    deteção precoce, resposta rápida.
  • 10:55 - 10:57
    A cegueira é a mesma coisa.
  • 10:57 - 11:02
    A chave para detetar a cegueira
    é fazer exames epidemiológicos
  • 11:02 - 11:07
    e descobrir as causas da cegueira,
    para podermos criar a resposta correta.
  • 11:08 - 11:12
    A Fundação Seva
    foi iniciada por um grupo de ex-alunos
  • 11:12 - 11:15
    do Programa de Erradicação da Varíola,
  • 11:15 - 11:18
    que, depois de terem subido
    à montanha mais alta,
  • 11:18 - 11:22
    provaram o elixir do êxito
    da erradicação duma doença
  • 11:22 - 11:24
    e quiseram prová-lo de novo.
  • 11:24 - 11:29
    Nos últimos 27 anos
    os programas Seva em 15 países
  • 11:29 - 11:32
    devolveram a vista
    a mais de dois milhões de cegos.
  • 11:33 - 11:36
    A Seva arrancou porque queríamos
    aplicar essas lições
  • 11:36 - 11:39
    de vigilância e epidemiologia
  • 11:39 - 11:41
    a uma coisa que ninguém
    estivesse a considerar
  • 11:41 - 11:44
    como um problema de saúde pública,
  • 11:44 - 11:47
    a cegueira, que até aí era considerada
    apenas como uma doença clínica.
  • 11:48 - 11:54
    Em 1980, Steve Jobs deu-me aquele
    computador, um Apple número 12,
  • 11:54 - 11:57
    que ainda está em Katmandu
    e ainda está a trabalhar.
  • 11:57 - 12:00
    Devíamos leiloá-lo
    e ganhar dinheiro para a Seva.
  • 12:02 - 12:06
    Fizemos o primeiro inquérito de saúde
    no Nepal que jamais tinha sido feito
  • 12:06 - 12:09
    e o primeiro inquérito sobre a cegueira
    a nível do país, jamais feito.
  • 12:09 - 12:11
    Tivemos resultados espantosos.
  • 12:11 - 12:13
    Em vez de descobrirmos
    o que julgávamos ser o caso
  • 12:13 - 12:17
    — que a cegueira era provocada
    sobretudo pelo glaucoma e pelo tracoma —
  • 12:17 - 12:19
    ficámos estupefactos ao descobrir
  • 12:19 - 12:24
    que a cegueira era causada
    sobretudo pelas cataratas.
  • 12:24 - 12:28
    Não podemos curar ou evitar
    aquilo que não sabemos que existe.
  • 12:30 - 12:35
    Nos vossos pacotes TED
    há um DVD, "Visão Infinita",
  • 12:35 - 12:38
    sobre o Dr. V
    e o Hospital dos Olhos Aravind.
  • 12:38 - 12:39
    Espero que o vejam.
  • 12:39 - 12:42
    Aravind, onde se iniciou o projeto Seva,
  • 12:42 - 12:45
    é hoje o maior e o melhor
    hospital oftalmológico do mundo.
  • 12:45 - 12:48
    Este ano, este hospital
    devolverá a visão
  • 12:48 - 12:52
    a mais de 300 000 pessoas
    em Tamil Nadu, na Índia.
  • 12:52 - 12:55
    (Aplausos)
  • 12:56 - 12:57
    A gripe das aves.
  • 12:57 - 13:00
    Estou aqui a representar
    de todas as coisas terríveis
  • 13:00 - 13:02
    — esta pode ser a pior de todas.
  • 13:02 - 13:07
    A chave para evitar ou mitigar
    a pandemia da gripe das aves
  • 13:07 - 13:09
    é a deteção precoce, uma resposta rápida.
  • 13:09 - 13:15
    Não vamos ter uma vacina
    nem quantidades adequadas de um antiviral
  • 13:15 - 13:18
    para combater a gripe das aves,
    se ela ocorrer nos próximos três anos.
  • 13:19 - 13:22
    A OMS simula a progressão da pandemia.
  • 13:22 - 13:27
    Estamos agora na fase três
    da fase de alerta da pandemia
  • 13:27 - 13:31
    apenas com um pouco
    de transmissão homem-a-homem,
  • 13:31 - 13:34
    mas não há transmissão sustentada
    de homem-a-homem-a-homem.
  • 13:34 - 13:38
    Quando a OMS disser
    que passámos à fase quatro,
  • 13:38 - 13:41
    não será como o Katrina.
  • 13:41 - 13:43
    O mundo, como o conhecemos, parará.
  • 13:43 - 13:45
    Os aviões deixarão de voar.
  • 13:45 - 13:48
    Entraríamos num avião
    com 250 pessoas que não conhecemos,
  • 13:48 - 13:49
    a tossir e a espirrar,
  • 13:49 - 13:53
    quando sabemos que algumas delas
    podem ter uma doença que nos pode matar,
  • 13:53 - 13:56
    e para a qual não temos
    antivirais nem vacina?
  • 13:58 - 14:02
    Eu fiz um estudo dos melhores
    epidemiólogos mundiais, em outubro.
  • 14:01 - 14:04
    São todos especialistas de gripes.
  • 14:04 - 14:08
    Fiz-lhes as perguntas
    que vocês deviam gostar de fazer:
  • 14:08 - 14:11
    Quais são as probabilidades
    de vir a haver uma pandemia?
  • 14:11 - 14:15
    Se ela ocorrer, qual será
    o grau de gravidade?
  • 14:15 - 14:17
    15% disseram que achavam
  • 14:17 - 14:19
    que ia haver uma pandemia
    dentro de três anos.
  • 14:19 - 14:21
    Mas muito pior do que isso,
  • 14:21 - 14:24
    90% disseram que achavam
    que iria haver uma pandemia
  • 14:24 - 14:27
    no prazo da vida dos nossos filhos`
    ou dos nossos netos.
  • 14:29 - 14:32
    Pensavam que, se houver uma pandemia,
  • 14:32 - 14:34
    vai atingir mil milhões de pessoas.
  • 14:35 - 14:38
    Poderão morrer 165 milhões de pessoas.
  • 14:39 - 14:41
    Haverá uma recessão
    e uma depressão mundiais
  • 14:41 - 14:44
    quando o nosso sistema
    de inventário "just-in-time"
  • 14:44 - 14:47
    e o delgado elástico da globalização
    falharem.
  • 14:48 - 14:51
    O custo para a nossa economia.
    de um a três biliões de dólares.
  • 14:51 - 14:57
    será muito pior para toda a gente
    do que 100 milhões de mortos,
  • 14:57 - 15:00
    porque haverá muito mais gente
    a perder os seus postos de trabalho
  • 15:00 - 15:03
    e os benefícios da assistência à saúde.
  • 15:03 - 15:05
    As consequências são quase inimagináveis.
  • 15:05 - 15:10
    Vai ser cada vez pior
    porque as viagens são cada vez melhores.
  • 15:12 - 15:17
    Vou mostrar-vos uma simulação
    do aspeto duma pandemia
  • 15:18 - 15:21
    para percebermos do que estamos a falar.
  • 15:21 - 15:24
    Suponhamos, por exemplo,
    que o primeiro caso ocorre no sul da Ásia.
  • 15:26 - 15:28
    Inicialmente, evolui lentamente.
  • 15:28 - 15:30
    Ocorre em dois ou três locais discretos.
  • 15:32 - 15:37
    Depois, ocorrem surtos secundários
    e a doença espalha-se
  • 15:37 - 15:41
    de país para país, tão depressa,
    que nem sabemos o que foi que nos atingiu.
  • 15:42 - 15:45
    Ao fim de três semanas,
    está presente no mundo inteiro.
  • 15:47 - 15:51
    Se tivéssemos um botão "desfazer",
    se pudéssemos voltar atrás e isolá-la,
  • 15:51 - 15:55
    apanhá-la logo que ela começou
    — se conseguíssemos descobri-la cedo
  • 15:55 - 15:58
    e tivéssemos uma deteção precoce
    e uma resposta rápida,
  • 15:58 - 16:01
    e pudéssemos pôr cada um
    desses vírus na cadeia —
  • 16:01 - 16:06
    é a única forma de lidar
    com uma pandemia.
  • 16:08 - 16:10
    Vou mostrar-vos porque é que é assim.
  • 16:10 - 16:13
    Temos uma piada.
    Esta é uma curva epidémica.
  • 16:13 - 16:17
    Toda a gente em medicina
    acaba por saber o que é isto.
  • 16:17 - 16:18
    A piada é a seguinte:
  • 16:18 - 16:21
    um epidemiólogo gosta de chegar
    a uma epidemia aqui mesmo
  • 16:21 - 16:24
    e cavalgar gloriosamente
    a curva descendente.
  • 16:24 - 16:25
    (Risos)
  • 16:25 - 16:27
    Mas normalmente
    não conseguimos fazer isso.
  • 16:27 - 16:29
    Normalmente chegamos mais ou menos aqui.
  • 16:29 - 16:34
    Nós queremos chegar aqui,
    para podermos deter a epidemia.
  • 16:34 - 16:37
    Mas nem sempre conseguimos fazer isso.
  • 16:37 - 16:40
    Mas há uma organização
    que tem sido capaz de encontrar uma forma
  • 16:40 - 16:43
    de saber quando ocorrem
    os primeiros casos.
  • 16:43 - 16:45
    Chama-se GPHIN:
  • 16:45 - 16:48
    é a Rede Mundial de Informações
    de Saúde Pública.
  • 16:48 - 16:50
    Aquela simulação que vos mostrei
  • 16:50 - 16:53
    e que vocês julgaram tratar-se
    da gripe das aves, era a SARS.
  • 16:53 - 16:55
    A SARS é a pandemia
    que não aconteceu.
  • 16:56 - 17:03
    Não aconteceu porque a GPHIN descobriu
    a pandemia em gestação da SARS
  • 17:03 - 17:08
    três meses antes de a OGM
    a ter anunciado
  • 17:08 - 17:13
    e, por causa disso, conseguimos
    deter a pandemia da SARS.
  • 17:13 - 17:15
    Penso que temos
    uma enorme dívida de gratidão
  • 17:15 - 17:17
    para com a GPHIN e Ron St. John
  • 17:17 - 17:20
    que, espero, esteja no público
    algures — está ali —
  • 17:20 - 17:22
    e que é o fundador da GPHIN.
  • 17:22 - 17:24
    (Aplausos)
  • 17:24 - 17:25
    Olá, Ron!
  • 17:25 - 17:28
    (Aplausos)
  • 17:34 - 17:38
    O TED trouxe Ron de Otava,
    onde está a sede da GPHIN
  • 17:38 - 17:42
    não só porque a GPHIN
    descobriu cedo a SARS
  • 17:42 - 17:45
    mas — devem ter visto a semana passada
  • 17:45 - 17:49
    que o Irão anunciou que têm
    gripe das aves no Irão —
  • 17:49 - 17:52
    porque a GPHIN descobriu
    a gripe das aves no Irão,
  • 17:52 - 17:55
    não a 14 de fevereiro
    mas em setembro passado.
  • 17:55 - 17:58
    Precisamos de um sistema de alerta precoce
  • 17:58 - 18:02
    que nos proteja contra as coisas
    que são o pior pesadelo da humanidade.
  • 18:04 - 18:09
    Portanto, o meu desejo TED baseia-se
    no denominador comum destas experiências.
  • 18:08 - 18:11
    A varíola — deteção precoce,
    resposta rápida.
  • 18:11 - 18:14
    A cegueira, a pólio
    — deteção precoce, resposta rápida.
  • 18:14 - 18:18
    Pandemia da gripe das aves
    — deteção precoce, resposta rápida.
  • 18:18 - 18:20
    É uma litania.
  • 18:20 - 18:25
    É tão óbvio que a única forma
    de lidar com estas novas doenças
  • 18:25 - 18:29
    é descobri-las precocemente
    e detê-las antes que se espalhem.
  • 18:29 - 18:31
    Portanto, o meu desejo TED
  • 18:31 - 18:34
    é que vocês ajudem
    a montar um sistema global
  • 18:34 - 18:36
    — um sistema de alerta precoce —
  • 18:36 - 18:39
    que nos proteja contra
    os piores pesadelos da humanidade.
  • 18:41 - 18:45
    Pensei chamar-lhe "Deteção Precoce".
  • 18:47 - 18:49
    Mas, na verdade, devia chamar-se
  • 18:51 - 18:52
    "Total Early Detection."
    [TED]
  • 18:53 - 18:54
    (Risos)
  • 18:54 - 18:55
    O que é?
  • 18:56 - 18:58
    (Aplausos)
  • 19:02 - 19:04
    O que é?
  • 19:03 - 19:05
    (Aplausos)
  • 19:06 - 19:08
    Estou a falar muito a sério.
  • 19:08 - 19:12
    Como esta ideia nasceu no TED
  • 19:12 - 19:15
    gostava que fosse um legado do TED
  • 19:15 - 19:17
    e gostava que se chamasse
  • 19:17 - 19:22
    o International System for Total
    Early Disease Detection.
  • 19:22 - 19:24
    [INSTEDD]
  • 19:26 - 19:31
    INSTEDD passa a ser o nosso lema.
  • 19:33 - 19:36
    Em vez duma pandemia oculta
    de gripe das aves,
  • 19:36 - 19:39
    encontramo-la imediatamente
    e podemos contê-la.
  • 19:39 - 19:41
    Em vez de um novo vírus
  • 19:41 - 19:46
    causado pelo bioterrorismo
    ou pelo erro biológico,
  • 19:46 - 19:48
    encontramo-la e podemos contê-la.
  • 19:49 - 19:51
    Em vez de acidentes industriais
    como derrames de petróleo
  • 19:51 - 19:53
    ou a catástrofe no Bopal,
  • 19:53 - 19:56
    encontramo-los e reagimos a eles.
  • 19:57 - 20:00
    Em vez de fome,
    oculta até ser tarde demais,
  • 20:00 - 20:03
    detetamo-la e reagimos-lhe.
  • 20:04 - 20:08
    Em vez de um sistema
    que pertence apenas a um governo,
  • 20:08 - 20:10
    oculto nas entranhas do governo,
  • 20:10 - 20:12
    vamos montar um sistema de deteção precoce
  • 20:12 - 20:16
    que seja gratuito a toda a gente
    do mundo, na sua língua.
  • 20:17 - 20:22
    Façamo-lo de modo transparente,
    não governamental,
  • 20:22 - 20:25
    sem ser propriedade
    dum só país ou duma só empresa,
  • 20:25 - 20:29
    com sede num país neutro,
    com uma cópia de segurança redundante
  • 20:29 - 20:32
    numa zona horária diferente,
    num continente diferente.
  • 20:33 - 20:35
    Vamos montá-lo na GPHIN.
  • 20:35 - 20:36
    Comecemos com a GPHIN.
  • 20:36 - 20:39
    Aumentemos os "sites"
    que eles pesquisam
  • 20:39 - 20:41
    de 20 000 para 20 milhões.
  • 20:42 - 20:44
    Aumentemos as línguas
    que eles pesquisam
  • 20:44 - 20:47
    de sete para 70, ou mais.
  • 20:47 - 20:51
    Vamos construir mensagens
    de confirmação
  • 20:51 - 20:54
    usando SMS ou mensagens instantâneas
  • 20:54 - 20:57
    para ter informações de pessoas
    que estão num raio de 100 metros
  • 20:57 - 20:59
    do rumor que ouvimos
  • 20:59 - 21:01
    se ele é válido, realmente.
  • 21:01 - 21:03
    Juntemos a confirmação por satélite.
  • 21:03 - 21:07
    Vamos juntar gráficos espantosos
    do Gapminder, em primeiro plano.
  • 21:07 - 21:10
    Cresceremos como uma força moral
    no mundo,
  • 21:10 - 21:13
    encontrando essas coisas terríveis
  • 21:13 - 21:15
    antes que mais ninguém
    tenha ouvido falar nelas,
  • 21:15 - 21:18
    e enviando-lhes as nossas respostas,
  • 21:18 - 21:21
    para que, no próximo ano,
    em vez de nos encontrarmos aqui,
  • 21:21 - 21:24
    a lamentar-nos das coisas terríveis
    que existem no mundo,
  • 21:24 - 21:28
    tenhamos unido as nossas forças,
    utilizado competências únicas
  • 21:28 - 21:31
    e a magia desta comunidade
  • 21:31 - 21:35
    e nos sintamos orgulhosos de termos feito
    tudo o que pudemos para deter pandemias,
  • 21:35 - 21:39
    outras catástrofes e mudar o mundo,
    começando neste preciso momento.
  • 21:40 - 21:43
    (Aplausos)
  • 21:59 - 22:02
    Chris Anderson: Uma palestra espantosa.
  • 22:02 - 22:04
    Primeiro, para que todos percebam:
  • 22:04 - 22:08
    disse que, criando motores de busca,
  • 22:08 - 22:11
    procurando padrões na Internet,
  • 22:11 - 22:15
    podemos detetar alguma coisa suspeita
  • 22:16 - 22:19
    antes da OMS, antes de qualquer
    outra pessoa, não foi?
  • 22:20 - 22:23
    Dê-nos um exemplo de como isso
    pode ser verdade.
  • 22:23 - 22:27
    Larry Brilliant: Você não fica furioso
    com a violação dos direitos de autor?
  • 22:27 - 22:29
    CA: Não. Até gosto dela.
  • 22:29 - 22:31
    LB: Bom, você sabe como é Ron St. John.
  • 22:31 - 22:34
    Espero que vá ter com ele
    logo ao jantar e fale com ele.
  • 22:34 - 22:36
    Quando iniciámos a GPHIN...
  • 22:36 - 22:41
    Em 1997, houve um surto
    de gripe das aves — o H5N1.
  • 22:41 - 22:42
    Foi em Hong Kong.
  • 22:42 - 22:45
    Um médico notável em Hong Kong
    respondeu imediatamente,
  • 22:45 - 22:50
    matando 1,5 milhões de galinhas e aves.
  • 22:50 - 22:54
    Detiveram esse surto no início.
  • 22:54 - 22:56
    Deteção imediata, resposta imediata.
  • 22:56 - 22:58
    Depois, passaram alguns anos
  • 22:58 - 23:00
    e falava-se muito na gripe das aves.
  • 23:01 - 23:04
    Ron e a sua equipa em Otava
    começaram a explorar a Internet
  • 23:04 - 23:10
    — só exploraram 20 000 "sites" diferentes
    sobretudo periódicos —
  • 23:10 - 23:14
    e leram e ouviram falar
    de uma preocupação com muitas crianças
  • 23:14 - 23:18
    que tinham febre alta
    e sintomas de gripe das aves.
  • 23:18 - 23:20
    Informaram a OMS.
  • 23:20 - 23:23
    A OMS levou algum tempo a agir,
  • 23:23 - 23:27
    porque a OMS só recebe
    um relatório de um governo
  • 23:27 - 23:30
    porque se trata das Nações Unidas.
  • 23:30 - 23:33
    Mas eles conseguiram alertar
    a OMS e dar-lhe a conhecer
  • 23:33 - 23:38
    que havia um grupo surpreendente
    e inexplicado de doenças
  • 23:38 - 23:40
    que pareciam gripe das aves.
  • 23:40 - 23:41
    Aconteceu que se tratava de SARS.
  • 23:41 - 23:44
    Foi assim que o mundo descobriu a SARS.
  • 23:44 - 23:48
    Por causa disso, conseguimos deter a SARS.
  • 23:48 - 23:50
    O que é importante é que,
    antes de haver a GPHIN,
  • 23:50 - 23:54
    100% de todos os relatórios mundiais
    de coisas más
  • 23:55 - 23:59
    — quer se falasse da fome
    da gripe das aves ou do Ébola —
  • 23:59 - 24:03
    100% de todos esses relatórios
    provinham de países.
  • 24:03 - 24:05
    Na altura em que estes tipos em Otava
  • 24:05 - 24:09
    — com um orçamento de 800 000 dólares
    por ano — começaram a agir,
  • 24:09 - 24:13
    75% de todas as notícias do mundo
    provinham da GPHIN.
  • 24:13 - 24:15
    e 25% de todas as notícias do mundo
  • 24:15 - 24:18
    vinham de todos os outros 180 países.
  • 24:19 - 24:21
    Isto é que é mesmo interessante:
  • 24:21 - 24:23
    depois de estarem a trabalhar uns anos,
  • 24:23 - 24:25
    o que é que acham que aconteceu
    a esses países?
  • 24:25 - 24:27
    Sentiram-se bastante estúpidos.
  • 24:27 - 24:30
    Começaram a enviar
    as suas notícias mais cedo.
  • 24:30 - 24:33
    Agora, a percentagem das notícias
    desceu para 50%,
  • 24:33 - 24:35
    porque outros países
    começaram a dar notícias.
  • 24:36 - 24:39
    Portanto, podemos encontrar doenças
    precocemente, explorando a Internet?
  • 24:39 - 24:41
    Claro que podemos.
  • 24:41 - 24:44
    Podemos encontrá-las ainda mais cedo
    do que a GPHIN o faz hoje?
  • 24:44 - 24:45
    Claro que podemos.
  • 24:45 - 24:49
    Viram que eles encontraram a SARS
    usando o motor de busca chinês
  • 24:49 - 24:55
    umas seis semanas antes de a encontrarem
    usando o motor de busca inglês.
  • 24:55 - 24:57
    Estavam a pesquisar
    apenas em sete línguas.
  • 24:57 - 25:00
    Estes vírus maus não têm qualquer intenção
  • 25:00 - 25:03
    de se mostrarem primeiro em inglês,
    em espanhol ou em francês.
  • 25:03 - 25:04
    (Risos)
  • 25:05 - 25:09
    Portanto, sim, quero agarrar na GPHIN,
    quero construir em cima dela.
  • 25:09 - 25:13
    Quero acrescentar-lhe todas as línguas
    do mundo que pudermos.
  • 25:13 - 25:15
    Quero tornar isto aberto a toda a gente,
  • 25:15 - 25:19
    para que o responsável pela saúde,
    em Nairobi ou em Patna, no Bihar
  • 25:19 - 25:22
    tenha o mesmo acesso que
    as pessoas em Otava ou em CDC.
  • 25:23 - 25:25
    Quero torná-lo parte da nossa cultura
  • 25:25 - 25:29
    em que haja uma comunidade de pessoas
    que estão a observar
  • 25:29 - 25:31
    os piores pesadelos da humanidade
  • 25:31 - 25:33
    e que isso seja acessível a toda a gente.
Title:
O meu desejo: Ajudem-me a deter as pandemias
Speaker:
Larry Brilliant
Description:

Ao aceitar o Prémio TED 2006, o Dr. Larry Brilliant fala de como a varíola foi erradicada do planeta, e apela a um novo sistema global que possa identificar e conter pandemias antes que elas se espalhem.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
25:33
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for My wish: Help me stop pandemics
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