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(música tranquila)
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(barulho do trânsito)
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(música calma)
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- Essa é uma das mais
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radicais arquiteturas já construídas.
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Cerca de 70% desse prédio é um vácuo.
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São todas essas coisas
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que realmente criam
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um mundo interior totalmente novo
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quando você entra nesse museu.
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Elas se movem diferente.
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Todo seu sentido de tempo e espaço mudam.
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Como você faz uma peça
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que me ajuda,
que ajuda o visitante.
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(música tranquila)
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(som de arranhões)
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(música alegre)
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Quando você vem até aqui,
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você começa a ver algo chamado
de Rio de imagens.
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O Rio de imagens gira
ao redor de um circuito.
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Images que se movem
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parecem apenas sangrar na arquitetura.
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A baía é o que faz a imagem.
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Está fazendo imagens atrás das sombras
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das sobras das esculturas,
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da minha sobra,
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e duas imagens movendo-se juntas.
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É como um filme vivo e é uma grande chance.
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Isso acontece uma vez todo mês.
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Esses carrosséis estão em velocidades diferentes,
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então as imagens que se mexem,
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se colidem em tempos diferentes,
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então quando você surge e vê a escultura,
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Se você for ao topo da escultura,
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isso chama atenção para essa incrível
visão no teto.
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É uma ideia importante
de que as pessoas iriam à baía,
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e olhariam para cima, porque você nunca
fica parando aonde a onde está.
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Você pode imaginar,
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Como seria ser uma pintura
pendurada nesse espaço?
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É isso o que você vê.
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(música pensativa)
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(vozes murmurando)
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(sons de batidas)
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(relógio apitando)
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Eu utilizo materiais comuns
para empurrar as pessoas
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para a questão
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do valor embutido em objetos inanimados.
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(musica pensativa)
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As pessoas são muito cuidadosas
em todos do trabalho.
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Existe um sentido de que apenas
um vento poderia derrubar isso.
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Esse é o ápice que estou
interessada em encontrar
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onde as coisas estão prestes a se reunir
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mas em pontos frágeis.
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(música pensativa)
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Olhando para isso, você pode experimentar e traçar a história
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de como é feito.
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Está tudo aqui para você.
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Você pode ver as prensas,
você pode ver os suportes.
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(música pensativa)
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(som de rasgos)
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(som de múrmuros)
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(som de rasgos)
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(som de múrmuros)
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(som de múrmuros)
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Toda obra de arte é um cronômetro.
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É uma cápsula do tempo
do que significa estar vivo.
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Ir ver uma obra de arte antiga
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e perceber que foi tocada
pelos seres humanos,
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que foi vista por centenas de pessoas,
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e agora estou tento uma conversa
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com todos esses seres humanos
através desse objeto.
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(música tranquila)
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Tudo nesse museu está aqui
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porque centenas de pessoas
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tem pastorado através desse trabalho.
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O artista é apenas um pedaço disso.
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Sou muito grata pelas pessoas
com quem trabalho.
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Quando eu era jovem, eu olhava
para os meus amigos pintores
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e diria que eles passam o dia todo sozinhos.
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(Sarah rindo)
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Agora que tenho filhos e ensino,
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e tenho pais idosos, estar sozinha em um cômodo
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com uma pintura é muito prazeroso.
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(música pensativa)
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(barulho leve no fundo)
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(música tranquila)
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Para essa exibição,
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Eu queria ter apenas pinturas
maiores que o seu corpo.
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Pinturas se tornam portais
para paisagens interiores.
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Elas nos contam como enxergamos
dentro da nossa cabeça,
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como memórias são coletas,
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como elas se perdem, como são mal interpretadas, reinterpretadas.
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Existe um desejo por imagens interiores
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porque existem tantas imagens exteriores
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que o equilíbrio tem mudado.
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Como na minha geração,
se me perguntasse,
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como se parecia quando criança?
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Existem quatro imagens
que meus pais emolduraram
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e colocaram na parede,
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e é assim que eu acho que me pareço.
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Sabe, com meus filhos,
existem, sabe, um dia,
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há 70 fotos.
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(música tranquila)
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Durante a pandemia, foi
muito difícil calcular o tempo.
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Para a maioria de nós,
nossas interações casuais
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com as pessoas foram cortadas dramaticamente.
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Esses momentos tem intensidade emocional.
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O que você estava usando,
como isso cheirava,
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como isso parecia,
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todas essas coisas
nos ajudavam a medir o tempo.
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A arte pode mostrar como o tempo é
medido através das emoções
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como nenhuma outra medida.
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Porque é assim que nós seres
humanos medimos o tempo.
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Acho que quando estiver no meu leito de morte,
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vou pensar emocionalmente
na trajetória da minha vida
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e a arte é o que nos proporciona
essa forma de ver isso.
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(música tranquila)