Return to Video

Andrew McAfee: Como serão os empregos do futuro?

  • 0:00 - 0:03
    O escritor George Eliot nos advertiu que,
  • 0:03 - 0:05
    entre todos os tipos de erro,
  • 0:05 - 0:07
    a profecia é o mais infundado.
  • 0:07 - 0:09
    A pessoa que todos podemos considerar
  • 0:09 - 0:13
    como sua colega do século 20, Yogi Berra, concordou.
  • 0:13 - 0:15
    Ele disse: "É difícil fazer previsões,
  • 0:15 - 0:18
    especialmente sobre o futuro."
  • 0:18 - 0:20
    Eu vou ignorar suas advertências
  • 0:20 - 0:22
    fazer uma previsão bem específica.
  • 0:22 - 0:24
    No mundo que estamos criando muito rapidamente,
  • 0:24 - 0:26
    vamos ver cada vez mais coisas
  • 0:26 - 0:28
    que se parecem com ficção científica,
  • 0:28 - 0:31
    e cada vez menos coisas que se parecem com empregos.
  • 0:31 - 0:34
    Nossos carros irão rapidamente começar a se dirigir sozinhos,
  • 0:34 - 0:36
    o que significa que vamos precisar de menos motoristas de caminhão.
  • 0:36 - 0:39
    Vamos juntar Siri com Watson
  • 0:39 - 0:41
    e usar isso para automatizar muito do trabalho
  • 0:41 - 0:43
    que é feito atualmente por representantes de atendimento ao cliente
  • 0:43 - 0:46
    solucionadores de problemas e diagnosticadores,
  • 0:46 - 0:48
    e já estamos pegando o R2D2,
  • 0:48 - 0:52
    pintando-o de laranja, e colocando-o para trabalhar
  • 0:52 - 0:54
    carregando prateleiras em depósitos,
  • 0:54 - 0:56
    o que significa que precisamos de bem menos pessoas
  • 0:56 - 0:58
    andando de um lado para o outro naqueles corredores.
  • 0:58 - 1:02
    Agora, por cerca de 200 anos,
  • 1:02 - 1:04
    as pessoas vem dizendo as mesmas coisas que digo a vocês --
  • 1:04 - 1:07
    a era do desemprego tecnológico está chegado --
  • 1:07 - 1:10
    começando com os Luditas destruindo teares na Grã-Bretanha
  • 1:10 - 1:11
    há apenas dois séculos,
  • 1:11 - 1:13
    e eles estavam errados.
  • 1:13 - 1:16
    Nossas economias no mundo desenvolvido têm andado
  • 1:16 - 1:18
    muito próximas do emprego total.
  • 1:18 - 1:20
    O que traz a questão crucial:
  • 1:20 - 1:23
    Por que esse momento é diferente, se realmente for?
  • 1:23 - 1:26
    A razão pela que é diferente é que, apenas nos últimos anos,
  • 1:26 - 1:28
    nossas máquinas começaram a demonstrar habilidades
  • 1:28 - 1:31
    que nunca, nunca, tiveram antes:
  • 1:31 - 1:34
    compreender, falar, ouvir, ver,
  • 1:34 - 1:38
    responder, escrever, e elas ainda estão adquirindo novas habilidades.
  • 1:38 - 1:41
    Por exemplo, robôs humanóides móveis
  • 1:41 - 1:43
    ainda são incrivelmente primitivos,
  • 1:43 - 1:45
    mas o braço de pesquisa do Departamento de Defesa
  • 1:45 - 1:46
    acabou de lançar uma competição
  • 1:46 - 1:48
    para que eles façam algo como isso,
  • 1:48 - 1:50
    e se o histórico servir de guia,
  • 1:50 - 1:53
    essa competição vai ser bem sucedida.
  • 1:53 - 1:56
    Então quando eu olho ao redor, eu acho que não está mesmo longe o dia
  • 1:56 - 1:58
    em que vamos ter andróides
  • 1:58 - 2:01
    fazendo muito do trabalho que fazemos agora.
  • 2:01 - 2:05
    E estamos criando um mundo onde haverá
  • 2:05 - 2:09
    cada vez mais tecnologia e cada vez menos empregos.
  • 2:09 - 2:11
    É um mundo que Erik Brynjolfsson e eu chamamos de
  • 2:11 - 2:12
    "a nova era das máquinas."
  • 2:12 - 2:15
    A coisa a ter em mente é que
  • 2:15 - 2:17
    isso são ótimas notícias
  • 2:17 - 2:20
    Esta é a melhor notícia econômica do planeta nos dias de hoje.
  • 2:20 - 2:24
    Não que haja muita competição, né?
  • 2:24 - 2:26
    Esta é a melhor notícia econômica que temos nos dias de hoje
  • 2:26 - 2:27
    por duas razões principais.
  • 2:27 - 2:30
    A primeira é que o progresso tecnológico é o que nos permite
  • 2:30 - 2:34
    continuar esta recente corrida maravilhosa em que estamos
  • 2:34 - 2:37
    onde a produção aumenta ao longo do tempo,
  • 2:37 - 2:40
    enquanto ao mesmo tempo, os preços diminuem,
  • 2:40 - 2:44
    e o volume e a qualidade continuam a explodir.
  • 2:44 - 2:46
    Agora, algumas pessoas olham para isso e falam sobre
  • 2:46 - 2:48
    materialismo superficial,
  • 2:48 - 2:50
    mas essa é absolutamente a forma errada de olhar para isso.
  • 2:50 - 2:53
    Isso é abundância, que é exatamente
  • 2:53 - 2:56
    o que queremos que nosso sistema econômico forneça.
  • 2:56 - 2:59
    A segunda razão pela qual a nova era das máquinas
  • 2:59 - 3:02
    é uma notícia tão maravilhosa é que, assim que os andróides
  • 3:02 - 3:05
    começarem a ser empregados, não vamos precisar trabalhar mais,
  • 3:05 - 3:09
    e estaremos livres de trabalho duro e pesado.
  • 3:09 - 3:11
    Agora, quando falo sobre isso com meus amigos
  • 3:11 - 3:13
    em Cambridge e no Vale do Silício, eles dizem:
  • 3:13 - 3:15
    "Fantástico. Sem mais trabalho duro, sem trabalho pesado.
  • 3:15 - 3:17
    Isso nos dá a chance de imaginar
  • 3:17 - 3:20
    um tipo de sociedade completamente diferente,
  • 3:20 - 3:23
    uma sociedade onde os criadores e descobridores
  • 3:23 - 3:24
    e os artistas e os inovadores
  • 3:24 - 3:28
    se juntam aos seus patrocinadores e financiadores
  • 3:28 - 3:31
    para falar sobre problemas, se entreter, se informar,
  • 3:31 - 3:33
    e provocar um ao outro."
  • 3:33 - 3:37
    É uma sociedade que se parece muito com uma conferência TED.
  • 3:37 - 3:40
    E na realidade há muita verdade nisso.
  • 3:40 - 3:43
    Estamos vendo um florescimento maravilhoso acontecendo
  • 3:43 - 3:45
    Num mundo onde é tão fácil
  • 3:45 - 3:48
    gerar um objeto quanto imprimir um documento,
  • 3:48 - 3:50
    nós temos novas possibilidades maravilhosas.
  • 3:50 - 3:54
    As pessoas que costumavam ser artesãs e amadoras
  • 3:54 - 3:56
    são agora criadoras, e elas são responsáveis
  • 3:56 - 3:58
    por quantidades massivas de inovação.
  • 3:58 - 4:01
    E os artistas que eram antes limitados
  • 4:01 - 4:04
    podem agora fazer coisas que nunca, jamais foram possíveis
  • 4:04 - 4:06
    para eles antes.
  • 4:06 - 4:08
    Então este é um momento de grande florescimento,
  • 4:08 - 4:11
    e quanto mais olho em volto, mais convencido eu fico
  • 4:11 - 4:14
    de que essa frase, do físico Freeman Dyson,
  • 4:14 - 4:16
    não é uma hipérbole de forma alguma.
  • 4:16 - 4:19
    Esta é apenas uma simples constatação dos fatos.
  • 4:19 - 4:20
    Nós estamos no meio de um período incrível.
  • 4:20 - 4:21
    ["A tecnologia é uma dádiva de Deus. Depois da dádiva da vida é talvez a maior das dádivas de Deus. Ela é a mãe das civilizações, das artes e das ciências." -- Freeman Dyson]
  • 4:21 - 4:24
    O que traz outra grande questão:
  • 4:24 - 4:27
    O que poderia dar errado nessa nova era das máquinas?
  • 4:27 - 4:30
    Certo? Ótimo, desligue, floresça, vá para casa.
  • 4:30 - 4:33
    Nós vamos enfrentar dois conjuntos espinhosos de desafios
  • 4:33 - 4:36
    enquanto nos aprofundamos no futuro que estamos criando.
  • 4:36 - 4:39
    O primeiro é econômico, e está muito bem resumido
  • 4:39 - 4:42
    numa história apócrifa sobre uma discussão
  • 4:42 - 4:45
    entre Henry Ford II e Walther Reuther,
  • 4:45 - 4:48
    que era o chefe do sindicato dos trabalhadores automotrizes.
  • 4:48 - 4:50
    Eles estavam passeando por uma das novas fábricas modernas,
  • 4:50 - 4:53
    e Ford, brincalhão, se virou para Reuther e disse:
  • 4:53 - 4:55
    "Ei, Walter, como você vai fazer para convencer esses robôs
  • 4:55 - 4:57
    a pagar as contribuições do sindicato?"
  • 4:57 - 4:59
    E Reuther respondeu: "Ei Henry,
  • 4:59 - 5:03
    como você vai convencê-los a comprar carros?"
  • 5:03 - 5:06
    O problema de Reuther nessa anedota
  • 5:06 - 5:10
    é que é difícil oferecer seu trabalho para uma economia
  • 5:10 - 5:12
    que está cheia de máquinas,
  • 5:12 - 5:14
    e vemos isso claramente nas estatísticas.
  • 5:14 - 5:17
    Se olharmos nas últimas duas décadas
  • 5:17 - 5:20
    para o retorno de capital -- em outras palavras, lucros corporativos --
  • 5:20 - 5:22
    vemos eles subindo,
  • 5:22 - 5:24
    e vemos que eles estão no nível mais alto de todos os tempos.
  • 5:24 - 5:27
    Se olharmos o retorno de trabalho, em outras palavras
  • 5:27 - 5:29
    o total de salários pagos na economia,
  • 5:29 - 5:31
    vemos que estão mais baixos do que nunca
  • 5:31 - 5:34
    e se direcionando bem rápido no sentido oposto.
  • 5:34 - 5:36
    Então isso é claramente uma péssima notícia para Reuther.
  • 5:36 - 5:40
    Parece que isso pode ser uma ótima notícia para Ford,
  • 5:40 - 5:42
    mas na verdade não é. Se você quer vender
  • 5:42 - 5:45
    grandes volumes de bens um tanto caros para as pessoas,
  • 5:45 - 5:49
    você realmente quer uma classe média grande, estável e próspera.
  • 5:49 - 5:51
    Nós tivemos uma dessas nos Estados Unidos
  • 5:51 - 5:54
    durante todo o período pós guerra.
  • 5:54 - 5:58
    Mas a classe média está claramente sob grande ameaça agora.
  • 5:58 - 6:00
    Todos sabemos muito de estatísticas,
  • 6:00 - 6:02
    mas só para repetir uma delas,
  • 6:02 - 6:05
    a renda média nos Estados Unidos na verdade diminuiu
  • 6:05 - 6:06
    ao longo dos últimos 15 anos,
  • 6:06 - 6:08
    e corremos o risco de ficarmos presos
  • 6:08 - 6:12
    em um ciclo vicioso onde a desigualdade e a polarização
  • 6:12 - 6:15
    continuem a crescer ao longo do tempo.
  • 6:15 - 6:18
    Os desafios sociais que vêm junto com
  • 6:18 - 6:20
    esse tipo de desigualdade merecem alguma atenção.
  • 6:20 - 6:22
    Há uma série de desafios sociais
  • 6:22 - 6:24
    com que na verdade não estou tão preocupado,
  • 6:24 - 6:26
    e elas são captadas em imagens como essa.
  • 6:26 - 6:28
    isso não é o tipo de problema social
  • 6:28 - 6:30
    que estou preocupado.
  • 6:30 - 6:33
    Não há escassez de visões distópicas
  • 6:33 - 6:36
    sobre o que acontece quando nossas máquinas se tornarem auto-conscientes,
  • 6:36 - 6:39
    e decidirem se levantar e coordernar ataques contra nós.
  • 6:39 - 6:41
    Eu vou começar a me preocupar com isso
  • 6:41 - 6:44
    no dia que meu computador ficar consciente de minha impressora.
  • 6:44 - 6:48
    (Risos) (Aplausos)
  • 6:48 - 6:51
    Então esta não é a série de desafios com que realmente precisamos nos preocupar.
  • 6:51 - 6:54
    Para falar para vocês os tipos de desafios sociais
  • 6:54 - 6:56
    que irão surgir na nova era das máquinas,
  • 6:56 - 7:00
    eu quero contar uma história sobre dois trabalhadores americanos estereotipados.
  • 7:00 - 7:01
    E para torná-los realmente estereotipados,
  • 7:01 - 7:03
    vamos considerar que ambos sejam brancos.
  • 7:03 - 7:07
    E o primeiro é um profissional de nível
  • 7:07 - 7:10
    universitário, do tipo criativo, gestor,
  • 7:10 - 7:13
    engenheiro, médico, advogado, este tipo de trabalhador.
  • 7:13 - 7:16
    Vamos chamá-lo de "Ted".
  • 7:16 - 7:18
    Ele está no topo da classe média americana.
  • 7:18 - 7:21
    Seu colega não é de nível universitário
  • 7:21 - 7:24
    e trabalha como operário, trabalha como vendedor,
  • 7:24 - 7:27
    faz trabalhos de colarinho branco ou azul de baixo nível na economia.
  • 7:27 - 7:29
    Vamos chamar esse cara de "Bill".
  • 7:29 - 7:32
    E se você voltar uns 50 anos,
  • 7:32 - 7:35
    Bill e Ted levavam vidas notavelmente parecidas.
  • 7:35 - 7:38
    Por exemplo, em 1960 ambos provavelmente
  • 7:38 - 7:41
    tinham empregos de período integral, trabalhando ao menos 40 horas por semana.
  • 7:41 - 7:45
    Mas como o pesquisador social Charles Murray documentou,
  • 7:45 - 7:47
    conforme começamos a automatizar a economia,
  • 7:47 - 7:52
    e 1960 é praticamente quando os computadores começaram a ser usados pelos negócios,
  • 7:52 - 7:55
    conforme começamos progressivamente a injetar tecnologia
  • 7:55 - 7:57
    e automação e coisas digitais na economia,
  • 7:57 - 8:00
    os destinos de Bill e Ted divergiram muito.
  • 8:00 - 8:02
    Ao longo desse período de tempo, Ted continuou
  • 8:02 - 8:05
    a ter um emprego de período integral. Bill não.
  • 8:05 - 8:09
    Em muitos casos, Bill saiu completamente da economia,
  • 8:09 - 8:12
    e Ted muito raramente.
  • 8:12 - 8:15
    Ao longo do tempo, o casamento do Ted se manteve bem feliz.
  • 8:15 - 8:17
    O do Bill não.
  • 8:17 - 8:20
    E os filhos do Ted cresceram numa casa com dois pais,
  • 8:20 - 8:23
    enquanto os do Bill não, ao longo do tempo.
  • 8:23 - 8:26
    Outras maneiras que Bill está abandonando a sociedade?
  • 8:26 - 8:29
    Ele reduziu seu voto nas eleições presidenciais,
  • 8:29 - 8:33
    e ele começou a ir para a prisão com mais frequência.
  • 8:33 - 8:37
    Então não posso contar uma história feliz sobre essas tendências sociais,
  • 8:37 - 8:40
    e elas não mostram sinais de que vão se reverter.
  • 8:40 - 8:43
    Elas também são verdadeiras, não importa para qual grupo étnico
  • 8:43 - 8:45
    ou demográfico que a gente olhe,
  • 8:45 - 8:47
    e elas estão ficando tão críticas
  • 8:47 - 8:48
    que elas correm o risco de sobrepujar
  • 8:48 - 8:52
    até mesmo o progresso incrível que fizemos com o Movimento dos Direitos Civis.
  • 8:52 - 8:55
    E o que meus amigos no Vale do Silício
  • 8:55 - 9:00
    e em Cambridge estão ignorando é que eles são o Ted.
  • 9:00 - 9:03
    Eles vivem essas vidas incrivelmente ocupadas e produtivas,
  • 9:03 - 9:06
    e eles têm todos os benefícios disso para mostrar,
  • 9:06 - 9:08
    enquanto o Bill está levando uma vida muito diferente.
  • 9:08 - 9:10
    Eles na verdade são ambos provas de como Voltaire estava certo
  • 9:10 - 9:13
    quando falou sobre os benefícios do trabalho,
  • 9:13 - 9:16
    e o fato de que isso nos salva não de um mal, mas de três grandes males.
  • 9:16 - 9:17
    ["O trabalho salva um homem de três grandes males: tédio, vício e necessidade." -- Voltaire]
  • 9:17 - 9:20
    Então com esses desafios, o que fazemos com eles?
  • 9:20 - 9:23
    O manual econômico é surpreendentemente claro,
  • 9:23 - 9:26
    surpreendentemente direto, especialmente em curto prazo.
  • 9:26 - 9:29
    Os robôs não vão tomar todos os nossos empregos nos próximos dois anos,
  • 9:29 - 9:34
    então o manual clássico de economia vai funcionar perfeitamente:
  • 9:34 - 9:36
    Encoraje o empreendimento,
  • 9:36 - 9:38
    duplique a infraestrutura,
  • 9:38 - 9:40
    e tenha certeza de que estamos entregando pessoas
  • 9:40 - 9:43
    de nossos sistemas educacionais com as habilidades adequadas.
  • 9:43 - 9:46
    Mas a longo prazo, se estivermos nos mudando para uma economia
  • 9:46 - 9:49
    que é pesada em tecnologia e leve em trabalho,
  • 9:49 - 9:52
    e nós estamos, então temos de considerar
  • 9:52 - 9:53
    algumas intervenções mais radicais,
  • 9:53 - 9:57
    por exemplo, algo como uma renda mínima garantida.
  • 9:57 - 10:00
    Agora, isso provavelmente está deixando algumas pessoas nessa sala desconfortáveis,
  • 10:00 - 10:04
    pois essa ideia está associada à extrema esquerda
  • 10:04 - 10:07
    e a esquemas bem radicais de redistribuição de renda.
  • 10:07 - 10:09
    Eu pesquisei um pouco sobre essa ideia,
  • 10:09 - 10:12
    e pode ser que algumas pessoas se acalmem ao saber que
  • 10:12 - 10:14
    a ideia de uma renda líquida garantida
  • 10:14 - 10:18
    foi defendida por esses socialistas raivosos como
  • 10:18 - 10:23
    Friedrich Hayek, Richard Nixon e Milton Friedman.
  • 10:23 - 10:25
    E se você se encontrar preocupado que
  • 10:25 - 10:28
    algo como uma renda garantida
  • 10:28 - 10:30
    vai sufocar nossa motivação em ter sucesso
  • 10:30 - 10:32
    e nos tornar meio complacentes,
  • 10:32 - 10:35
    você pode se interessar em saber que a mobilidade social,
  • 10:35 - 10:38
    uma das coisas de que realmente nos orgulhamos nos Estados Unidos,
  • 10:38 - 10:41
    é agora menor do que a dos países do norte da Europa
  • 10:41 - 10:44
    que possuem essas redes de segurança social muito generosas.
  • 10:44 - 10:47
    Então o manual da economia é realmente muito objetivo.
  • 10:47 - 10:50
    O manual da sociedade é bem mais desafiador.
  • 10:50 - 10:52
    Eu não sei qual é o manual para
  • 10:52 - 10:56
    fazer o Bill se envolver e ficar envolvido ao longo da vida.
  • 10:56 - 10:59
    Eu sei que a educação é uma grande parte disso.
  • 10:59 - 11:00
    Eu testemunhei isso em primeira mão.
  • 11:00 - 11:04
    Eu fui um aluno montessoriano nos primeiros anos de minha educação,
  • 11:04 - 11:06
    e o que essa educação me ensinou
  • 11:06 - 11:08
    foi que o mundo é um lugar interessante
  • 11:08 - 11:10
    e meu trabalho é explorá-lo.
  • 11:10 - 11:12
    A escola parou na terceira série,
  • 11:12 - 11:14
    então eu entrei para o sistema escolar público,
  • 11:14 - 11:18
    e me senti como estivesse sido enviado para Gulag.
  • 11:18 - 11:21
    Com o benefício da retrospectiva, agora eu sei que o trabalho
  • 11:21 - 11:24
    era me preparar para uma vida como vendedor ou operário,
  • 11:24 - 11:26
    mas na época eu sentia que o trabalho era
  • 11:26 - 11:30
    me forçar à submissão ao que ocorria ao meu redor.
  • 11:30 - 11:31
    Nós precisamos fazer melhor do que isso.
  • 11:31 - 11:35
    Não podemos continuar fazendo Bills.
  • 11:35 - 11:37
    Então vemos alguns bons sinais de que as coisas estão melhorando.
  • 11:37 - 11:40
    Vemos que a tecnologia está impactando profundamente a educação
  • 11:40 - 11:43
    e envolvendo as pessoas, desde nossos estudantes mais jovens
  • 11:43 - 11:45
    até os mais velhos.
  • 11:45 - 11:47
    Ouvimos vozes muito proeminentes dos negócios nos dizendo
  • 11:47 - 11:50
    que precisamos repensar algumas coisas que consideramos valiosas por um momento.
  • 11:50 - 11:53
    E vemos esforços muito sérios e sustentados
  • 11:53 - 11:55
    baseados em dados buscando entender
  • 11:55 - 11:59
    como intervir em algumas das comunidades mais problemáticas que temos.
  • 11:59 - 12:01
    Então os bons sinais estão por aí.
  • 12:01 - 12:03
    Eu não quero fingir por um minuto
  • 12:03 - 12:05
    que o que temos será suficiente.
  • 12:05 - 12:07
    Estamos enfrentando desafios muito difíceis.
  • 12:07 - 12:10
    Para dar apenas um exemplo, há cerca de cinco milhões de americanos
  • 12:10 - 12:13
    que estão desempregados por no mínimo seis meses.
  • 12:13 - 12:14
    Não vamos consertar as coisas para eles
  • 12:14 - 12:16
    enviando-os de volta ao Montessori.
  • 12:16 - 12:19
    E minha maior preocupação é que estamos criando um mundo
  • 12:19 - 12:21
    onde vamos ter tecnologias reluzentes
  • 12:21 - 12:24
    incorporadas à uma sociedade desgastada
  • 12:24 - 12:27
    e apoiada por uma economia que gera desigualdade
  • 12:27 - 12:28
    ao invés de oportunidade.
  • 12:28 - 12:31
    Mas eu na verdade não acho que é isso que vamos fazer.
  • 12:31 - 12:32
    Eu acho que vamos fazer algo muito melhor
  • 12:32 - 12:35
    por uma razão muito objetiva:
  • 12:35 - 12:37
    Os fatos estão sendo divulgados.
  • 12:37 - 12:39
    As realidades dessa nova era das máquinas
  • 12:39 - 12:42
    e a mudança na economia estão se tornando cada vez mais amplamente conhecidas.
  • 12:42 - 12:45
    Se quisessemos acelerar esse processo, poderíamos fazer coisas
  • 12:45 - 12:48
    como fazer nossos melhores economistas e políticos
  • 12:48 - 12:50
    jogar "Jeopardy!" contra o Watson.
  • 12:50 - 12:53
    Podemos enviar o congresso para uma viagem num carro autônomo.
  • 12:53 - 12:55
    E se fizermos o suficiente desse tipo de coisa,
  • 12:55 - 12:59
    a ficha vai cair de que as coisas serão diferentes.
  • 12:59 - 13:00
    E então começamos a corrida,
  • 13:00 - 13:03
    pois não acredito nem por um segundo
  • 13:03 - 13:06
    que esquecemos como resolver desafios difíceis
  • 13:06 - 13:10
    ou que nos tornamos apáticos ou insensíveis para nem mesmo tentar.
  • 13:10 - 13:12
    Eu comecei minha palestra com citações de dicionaristas
  • 13:12 - 13:15
    que estão separados por um oceano e um século.
  • 13:15 - 13:17
    Deixem-me terminar com as palavras de políticos
  • 13:17 - 13:19
    que estão distantes de maneira similar.
  • 13:19 - 13:22
    Winston Churcill veio a minha casa do MIT em 1949,
  • 13:22 - 13:25
    e disse: "Se quisermos levar as vastas massas de
  • 13:25 - 13:28
    pessoas de todo lugar para a mesa da abundância,
  • 13:28 - 13:31
    só pode ser por meio da melhora incansável
  • 13:31 - 13:34
    de todos os nossos meios de produção técnica."
  • 13:34 - 13:37
    Abraham Lincoln percebeu que havia um outro ingrediente.
  • 13:37 - 13:40
    Ele disse: "Eu acredito frimemente nas pessoas.
  • 13:40 - 13:42
    Se receberem a verdade, elas podem ser confiáveis
  • 13:42 - 13:45
    para enfrentar qualquer crise nacional.
  • 13:45 - 13:47
    A grande questão é dar a elas os simples fatos."
  • 13:47 - 13:50
    Então a nota otimista, a grande questão que quero deixar a vocês
  • 13:50 - 13:54
    é que os simples fatos da era das máquinas estão se tornando claros,
  • 13:54 - 13:56
    e tenho toda a confiança de que vamos usá-los
  • 13:56 - 13:59
    para traçar um bom curso nesta economia
  • 13:59 - 14:02
    desafiante e abundante que estamos criando.
  • 14:02 - 14:03
    Muito obrigado.
  • 14:03 - 14:07
    (Aplausos)
Title:
Andrew McAfee: Como serão os empregos do futuro?
Speaker:
Andrew McAfee
Description:

O economista Andrew McAfee sugere que sim, provavelmente os andróides vão tomar nossos empregos -- ao menos os tipos de empregos que conhecemos agora. Nesta palestra visionária, ele pensa sobre como podem ser os empregos do futuro, e como educar as próximas gerações para mantê-los.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:15

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions