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Aliza Nisenbaum: Pintando Ao Vivo | Art21 "Extended Play"

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    Eu acho que vamos fazer
    um pouco de calabacitas.
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    Okay.
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    Temos queijo Oaxaca.
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    Na minha região, não pode faltar
    os tacos, as tortilhas.
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    O que quer que eu faça?
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    Tem que lava-las.
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    Te lavo umas calabacitas?
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    Vamos lava-las.
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    Eu estava começando minha carreira,
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    e você foi uma das primeiras pessoas que
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    comecei a pintar ao vivo,
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    porque você tem muita paciência
    e se sentou lá milhares de vezes.
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    E sua filha, acabei pintando
    toda sua família.
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    Eu acho que a arte é também uma forma
    de nós dar mais segurança.
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    Nós pinta com uma vida mais colorida
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    e sinto que me ajuda a ter mais harmonia.
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    As cores--
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    Sinto que nós transforma.
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    Tem uma família, Verônica e Marissa,
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    que eu pintei
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    ao passar dos anos.
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    Agora meu relacionamento com elas
    já se estendeu por mais de 10 anos.
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    Pode se sentar assim?
    Mais ou menos, com o rosto--
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    Estou tentando replicar esse
    de quando você estava deitada
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    com a sua mãe na sua casa
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    Eu acho que era assim que o rosto--
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    Está alto o suficiente pra você?
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    Esse trabalho é sobre revisitar Marissa
    e Verônica na casa delas no Queens.
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    Revisitar aquele sofá em que
    eu pintei Marissa com seu pai
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    muitos anos atrás,
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    com sua mãe e seu papel picado,
    e todos seus apetrechos
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    na sala de estar.
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    Porque vivemos em um
    apartamento de um quarto,
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    meus pais dormiam na sala de estar
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    porque eles não queriam que
    eu dormisse no sofá.
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    Mesmo que nosso espaço seja bem limitado
    e as vezes bem pequeno,
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    é cheio de alegria.
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    As partituras na estante tem
    canções escritas em Náhuatl.
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    Aquele auto-falante é o melhor
    amigo da minha mãe.
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    Ela toca música em casa,
    e também leva ele para o parque
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    para suas aulas de bailoterapia.
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    Minha mãe ama a bicicleta.
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    A mãe dela sempre a criticava,
    dizendo que era coisa de homem.
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    Pra ela, é uma forma de resistência,
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    saber que pode ir pra qualquer lugar.
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    Sempre que eu e Verónica nós encontramos
    falamos da Marissa sem parar.
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    Porque sua mãe e eu estamos
    muito orgulhosas de você
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    estar na faculdade em Cornell.
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    De verdade, estou muito orgulhosa dela
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    porque ela é uma das minhas
    maiores inspirações
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    Eu acho que uma das minhas primeiras
    lembranças é desenhar com minha mãe,
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    desenhar dançarinos com ela.
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    O movimento do lápis dela é um
    das minhas primeiras coleções de arte.
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    Eu cresci na Cidade do México.
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    Meu avô veio de Bielorrússia para o
    México quando tinha 3 anos
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    e minha mãe chegou ao México
    para estudar História da Arte.
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    Tem um ditado em Espanhol,
    "Ni de aquí ni de allá,"
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    que significa que você não
    é nem daqui e nem de lá
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    porque sempre fui metade Mexicana
    e metade Americana.
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    Eu cresci falando inglês
    com minha mãe no México.
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    Tive o privilégio de ser
    uma cidadã Americana.
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    Eu não tive os medos que
    muitos imigrantes têm aqui,
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    que podem não tem documentações.
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    Me mudei para o Centro-Oeste, pra Chicago,
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    para estudar arte no
    Instituto de Arte de Chicago.
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    Passei por um período na pós-graduação
    onde eu era uma pintora de arte abstrata.
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    Depois me mudei para Nova Iorque.
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    Comecei a fazer essas pequenas
    pinturas de natureza morta.
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    Elas eram inspiradas em arranjos de flores
    de vendedores de rua no México.
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    Comecei a estudar psicologia.
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    Este filósofo, Emmanuel Levinas,
    fala sobre como toda ética vem
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    do relacionamento cara a cara.
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    O encontro com outra pessoa
    suscita uma exigência ética.
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    Isso acabou sendo parte
    do meu trabalho, essa ideia de sentar
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    cara a cara com alguém
    e os pintar ao vivo.
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    Muitas pinturas,
    por causa de sua materialidade
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    e por causa de seu gesto e textura,
    quase parece a presença
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    de outra pessoa.
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    Eu adoro capturar o momento
    que uma pessoa está perdida
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    em seus pensamentos e imaginar
    como sua interioridade pode ser.
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    Retratar pessoas em seus
    momentos de contemplação
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    onde eles estão por si mesmos.
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    Eu sempre estive dividida entre se
    queria ser assistente social ou pintora.
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    Eu sinto que levou praticamente toda
    a minha vida até este ponto
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    onde eu integrei ambas
    essas coisas de certa forma.
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    Eu conheci Aliza através do IMI,
    Movimento Imigrante Internacional,
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    quando eu tinha 12 anos.
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    Isso foi há muito tempo atrás.
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    Bem-vindo a este--
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    Tania é uma artista Cubana.
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    Ela fundou o Movimento
    Imigrante Internacional.
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    O primeiro movimento se chama "Prelúdio".
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    Minha mãe ficou se envolveu muito
    e começou a ter algumas aulas
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    com Aliza.
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    Eu acho que foi em 2012 que
    conheci a Tania Bruguera e
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    fiquei tão comovida com o seu projeto
    que disse a ela que eu gostaria
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    de participar de alguma forma e
    que eu queria lecionar em uma aula.
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    Ela me disse que o que era mais
    necessitado eram habilidades em inglês,
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    Assim criei uma aula que era basicamente
    para um grupo de mulheres, ensinando
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    Inglês através da história da arte.
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    Muito acabou sendo sobre
    a história da arte feminista
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    porque era o que elas me perguntavam.
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Title:
Aliza Nisenbaum: Pintando Ao Vivo | Art21 "Extended Play"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
13:59

Portuguese, Brazilian subtitles

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