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Como nos libertarmos de ser uma "boa pessoa" e passar a ser uma pessoa melhor

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    No outro dia, uma amiga minha
    ia de táxi a caminho do aeroporto.
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    Estava a conversar com o taxista
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    quando ele lhe disse,
    com toda a sinceridade:
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    "Você parece-me mesmo boa pessoa."
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    Quando ela me contou esta história,
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    disse-me que não acreditava
    que aquilo a tinha feito sentir tão bem,
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    que tinha sido muito importante para ela.
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    Isto pode parecer uma reacção
    demasiado forte da minha amiga
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    às palavras de um completo desconhecido,
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    mas ela não está sozinha.
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    Eu sou cientista social.
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    Estudo a psicologia das boas pessoas.
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    A pesquisa na minha área diz
    que nos importamos profundamente
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    com o facto de nos sentirmos boas pessoas
    e sermos vistos como boas pessoas.
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    Mas a sua definição de "boa pessoa"
    e a sua definição de "boa pessoa"
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    e talvez a definição do taxista
    de "boa pessoa"
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    podem não ser as mesmas definições.
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    Mas, qualquer que seja a nossa definição,
  • 0:54 - 0:57
    essa identidade moral
    é importante para muitos de nós.
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    Se alguém a puser em causa, por exemplo,
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    quando nos questionam
    sobre uma piada que dizemos,
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    ou talvez quando dizemos
    que a nossa força de trabalho é homogénea,
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    ou nos gastos num negócio duvidoso
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    entramos numa zona vermelha
    de defesa, a maior parte do tempo.
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    Quero dizer, às vezes,
    fazemos questão de contar
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    as várias formas em que ajudamos,
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    sejam pessoas marginalizadas
    ou doações para Instituições de caridade,
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    ou as horas que damos como voluntários
    em organizações sem fins lucrativos.
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    Trabalhamos para proteger
    a identidade dessa boa pessoa.
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    É importante para muitos de nós.
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    Mas e se eu vos disser isto?
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    E seu eu vos disser que o nosso apego
    em ser boa pessoa
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    nos impede de nos tornarmos
    pessoas melhores?
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    E se vos disser que a nossa definição
    de "boa pessoa" é tão estreita
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    que é cientificamente
    impossível de atingir?
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    E se vos disser que o caminho
    para nos tornarmos pessoas melhores
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    começa por nos libertarmos
    de ser boas pessoas?
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    Deixem-me dizer-vos mais sobre a pesquisa
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    sobre o funcionamento da mente humana
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    para explicar.
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    O cérebro apoia-se em atalhos
    para fazer muito do seu trabalho.
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    Significa que, na maior parte do tempo,
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    os vosso processos mentais acontecem
    sem vocês se aperceberem,
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    como uma bateria descarregada
    no fundo da vossa mente.
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    Isso é, de facto, a premissa
    para a racionalidade restrita.
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    A racionalidade restrita é uma ideia
    vencedora do Prémio Nobel
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    em que a mente humana
    tem armazenamento limitado
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    um poder de processamento limitado
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    e em resultado, apoia-se em atalhos
    para fazer muito do seu trabalho.
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    Por exemplo,
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    alguns cientistas calculam
    que, a qualquer momento...
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    é melhor um estalo com os dedos, certo?
    Lá vamos nós.
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    (Risos)
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    A qualquer momento,
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    onze milhões de pedaços de informação
    chegam à vossa mente.
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    Onze milhões.
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    E só 40 deles estão a ser processados
    conscientemente.
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    Então, só 40 em 11 milhões.
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    Alguma vez isto vos aconteceu?
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    Alguma vez tiveram um dia
    muito agitado no trabalho,
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    e vão a conduzir para casa,
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    e quando chegam à porta,
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    apercebem-se que nem se lembram
    de como chegaram a casa,
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    tipo se os semáforos estavam
    verdes ou vermelhos.
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    Nem se lembram.
    Estavam em piloto automático.
  • 3:13 - 3:16
    Ou abriram o frigorífico,
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    procuraram a manteiga,
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    podiam jurar que não havia manteiga,
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    mas depois repararam que ela estava
    mesmo à vossa frente o tempo todo?
  • 3:25 - 3:28
    São estes os tipos de momentos
    que nos fazem rir.
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    Isto é o que se passa num cérebro
  • 3:31 - 3:34
    que consegue lidar com 11 milhões
    de pedaços de informações a chegar
  • 3:34 - 3:37
    em que apenas 40 são processados
    conscientemente.
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    Essa é a parte restrita
    da racionalidade restrita.
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    Este trabalho sobre racionalidade restrita
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    foi o que inspirou o trabalho que tenho
    feito com os meus colaboradores
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    Max Bazerman e Mahzarin Banaji,
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    no que chamamos ética restrita.
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    É a mesma premissa
    da racionalidade restrita
  • 3:59 - 4:04
    de que temos uma mente humana
    que, de certa forma, é limitada
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    e se apoia em atalhos.
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    Esses atalhos às vezes
    induzem-nos em erro.
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    A racionalidade restrita
  • 4:13 - 4:16
    afecta talvez os cereais
    que compramos no supermercado,
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    ou o produto que lançamos
    na sala de reuniões.
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    Com a ética restrita, a mente humana,
  • 4:23 - 4:25
    a mesma mente humana,
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    toma decisões,
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    e aqui, tem a ver com quem contratamos,
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    ou que piada dizemos
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    ou a decisão acerca
    daquele negócio duvidoso.
  • 4:34 - 4:39
    Vou dar-vos um exemplo
    da ética restrita em funcionamento.
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    O preconceito inconsciente
  • 4:41 - 4:45
    é quando vemos
    os efeitos da ética restrita.
  • 4:45 - 4:50
    O preconceito inconsciente refere-se
    a associações que temos na nossa mente,
  • 4:50 - 4:54
    aos atalhos que o nosso cérebro usa
    para organizar informações,
  • 4:54 - 4:56
    muito provavelmente
    fora da nossa consciência,
  • 4:56 - 5:00
    não necessariamente de acordo
    com as nossas crenças conscientes.
  • 5:01 - 5:03
    Os investigadores Nosek,
    Banaji e Greenwald
  • 5:03 - 5:06
    analisaram dados de milhares de pessoas.
  • 5:06 - 5:09
    Descobriram, por exemplo,
  • 5:09 - 5:13
    que a maioria dos americanos brancos
    associam mais fácil e rapidamente
  • 5:13 - 5:16
    pessoas brancas com coisas boas
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    do que pessoas negras com coisas boas,
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    e que a maioria dos homens e mulheres
    associam mais rápida e facilmente
  • 5:25 - 5:30
    homens com a ciência
    do que mulheres com a ciência.
  • 5:31 - 5:34
    Estas associações não se alinham
    necessariamente
  • 5:34 - 5:37
    com o que as pessoas pensam na realidade.
  • 5:37 - 5:40
    Poderão até ter uma visão
    muito igualitária.
  • 5:40 - 5:45
    Então às vezes aqueles 11 milhões
    e aqueles 40 nem sempre estão alinhados.
  • 5:45 - 5:47
    Outro exemplo:
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    Conflitos de interesses.
  • 5:50 - 5:53
    Temos tendência a menosprezar
    o quanto um pequeno presente,
  • 5:53 - 5:57
    — imaginem uma esferográfica
    ou um jantar —
  • 5:57 - 6:01
    o quanto esse pequeno presente
    pode afectar a nossa tomada de decisões.
  • 6:02 - 6:06
    Não nos apercebemos que a nossa mente
    está inconscientemente a organizar provas
  • 6:06 - 6:10
    que suportem o ponto de vista
    do ofertante.
  • 6:10 - 6:15
    Não interessa se estamos a esforçar-nos
    para ser objectivos e profissionais.
  • 6:16 - 6:18
    Também podemos ver ética restrita
  • 6:18 - 6:21
    — apesar do nosso apego em ser boa pessoa,
  • 6:21 - 6:23
    continuamos a cometer erros,
  • 6:23 - 6:27
    e cometemos erros que, às vezes,
    magoam as pessoas,
  • 6:27 - 6:29
    às vezes promovem a injustiça,
  • 6:29 - 6:31
    apesar das nossas melhores tentativas —
  • 6:32 - 6:36
    e justificamos os nosso erros
    em vez de aprendermos com eles.
  • 6:37 - 6:39
    Como. por exemplo,
  • 6:39 - 6:43
    quando recebi um email
    de uma aluna da minha turma
  • 6:43 - 6:46
    dizendo que um trabalho
    que eu mandara fazer
  • 6:46 - 6:48
    um trabalho que eu mandava
    fazer há anos,
  • 6:48 - 6:50
    era sexista.
  • 6:51 - 6:56
    Ou quando confundi
    dois alunos da minha turma
  • 6:56 - 6:58
    da mesma etnia
  • 6:58 - 7:00
    — que não eram nada parecidos —
  • 7:00 - 7:02
    quando os confundi um com o outro
  • 7:02 - 7:05
    mais do que uma vez,
    em frente de toda a gente.
  • 7:06 - 7:10
    Este género de erros, levam-nos
    — levam-me —
  • 7:10 - 7:13
    a zonas vermelhas de defesa.
  • 7:13 - 7:17
    Levam-nos a lutar
    por essa identidade de boa pessoa.
  • 7:18 - 7:23
    Mas o último trabalho que tenho feito
    sobre ética limitada com a Mary Kern
  • 7:23 - 7:26
    diz que nós não somos
    apenas propensos a erros.
  • 7:26 - 7:31
    Essa tendência para erros depende
    da proximidade daquela zona vermelha.
  • 7:32 - 7:36
    A maior parte do tempo ninguém está
    a questionar a identidade de boa pessoa,
  • 7:36 - 7:38
    por isso, não pensamos muito
  • 7:38 - 7:40
    nas implicações éticas
    das nossas decisões.
  • 7:40 - 7:44
    O nosso modelo mostra-nos que,
    na maior parte das vezes,
  • 7:44 - 7:49
    vamos cada vez menos ao encontro
    do comportamento ético.
  • 7:49 - 7:52
    No entanto, alguém poderá
    questionar a nossa identidade
  • 7:52 - 7:55
    ou, sob reflexão, talvez
    nos questionemos a nós próprios.
  • 7:55 - 7:59
    Assim, as implicações éticas das nossas
    decisões tornam-se mais relevantes
  • 7:59 - 8:05
    e, nesses casos, vamos mais ao encontro
    do comportamento de boa pessoa
  • 8:05 - 8:07
    ou, para ser mais precisa,
  • 8:07 - 8:12
    mais ao encontro do que
    nos faz sentir boas pessoas,
  • 8:12 - 8:14
    o que nem sempre é o mesmo, claro.
  • 8:15 - 8:19
    A ideia da ética restrita
  • 8:19 - 8:23
    é que talvez estejamos a sobrestimar
  • 8:23 - 8:28
    a importância que o nosso compasso
    interno tem nas nossas decisões éticas.
  • 8:28 - 8:33
    Talvez estejamos a sobrestimar
    o quanto os nossos interesses próprios
  • 8:33 - 8:36
    motivam as nossas decisões.
  • 8:37 - 8:42
    Talvez não nos apercebamos do quanto
    a nossa visão, enquanto boa pessoa,
  • 8:42 - 8:45
    afecta o nosso comportamento.
  • 8:45 - 8:50
    De facto, trabalhamos tanto para
    proteger a identidade dessa boa pessoa,
  • 8:50 - 8:53
    para ficar longe da zona vermelha,
  • 8:53 - 8:58
    que não nos estamos a dar espaço
    para aprender com os nossos erros
  • 8:58 - 9:01
    e tornarmo-nos pessoas melhores.
  • 9:02 - 9:05
    Talvez porque esperamos que seja fácil,
  • 9:05 - 9:09
    temos esta definição de boa pessoa
    em que é "ou-ou".
  • 9:09 - 9:12
    Ou somos boa pessoa ou não.
  • 9:12 - 9:15
    Ou somos íntegros ou não.
  • 9:15 - 9:19
    Ou somos racistas ou sexistas
    ou homofóbicos ou não somos.
  • 9:20 - 9:24
    Nesta definição "ou-ou"
    não há espaço para evoluir.
  • 9:24 - 9:26
    E já agora,
  • 9:26 - 9:29
    isso não é o que fazemos
    na maior parte da nossa vida.
  • 9:29 - 9:31
    Na vida, se precisamos
    de aprender contabilidade,
  • 9:31 - 9:33
    vamos ter aulas de contabilidade.
  • 9:33 - 9:35
    Se tivermos filhos,
  • 9:35 - 9:39
    agarramos num livro
    e lemos sobre o assunto.
  • 9:39 - 9:41
    Falamos com peritos,
  • 9:41 - 9:43
    aprendemos com os nosso erros,
  • 9:43 - 9:45
    actualizamos os nossos conhecimentos,
  • 9:45 - 9:47
    tornamo-nos cada vez melhores.
  • 9:47 - 9:49
    Mas, quando se trata de ser boa pessoa,
  • 9:49 - 9:51
    pensamos que é algo
    que é suposto sabermos.
  • 9:51 - 9:53
    que é suposto fazermos,
  • 9:53 - 9:56
    sem o benefício do esforço para evoluir.
  • 9:56 - 9:58
    O que tenho estado a pensar
  • 9:58 - 10:02
    é que devemos esquecer
    ser boas pessoas,
  • 10:02 - 10:04
    libertarmo-nos dessa ideia
  • 10:04 - 10:07
    e em vez disso, estabelecermos
    um padrão mais elevado,
  • 10:07 - 10:10
    um padrão mais elevado
    para ser uma pessoa "boa-zita".
  • 10:13 - 10:17
    Uma pessoa "boa-zita"
    continua a fazer erros.
  • 10:17 - 10:20
    Eu, enquanto pessoa "boa-zita",
    continuo a fazê-los.
  • 10:21 - 10:25
    Mas. enquanto pessoa "boa-zita",
    tento aprender com eles, reconhecê-los.
  • 10:25 - 10:29
    Eu já estou à espera deles, procuro-os.
  • 10:29 - 10:32
    Eu compreendo que estes erros
    têm um custo.
  • 10:32 - 10:36
    Quando se trata de assuntos como ética
    e preconceito, diversidade e inclusão,
  • 10:36 - 10:39
    há custos reais para pessoas reais,
  • 10:39 - 10:41
    e eu reconheço isso.
  • 10:43 - 10:45
    Como pessoa "boa-zita", na realidade,
  • 10:45 - 10:47
    torno-me melhor
    quando reparo nos meus erros.
  • 10:47 - 10:50
    Não espero que sejam
    os outros a apontá-los.
  • 10:50 - 10:52
    Eu pratico em encontrá-los,
  • 10:52 - 10:54
    e como resultado....
  • 10:54 - 10:58
    Sim, pode ser embaraçoso,
  • 10:58 - 10:59
    pode ser desconfortável.
  • 11:00 - 11:03
    Às vezes colocamo-nos
    numa posição vulnerável.
  • 11:04 - 11:06
    Mas no meio de toda eessa vulnerabilidade,
  • 11:06 - 11:09
    como em tudo o resto
    que tentámos melhorar,
  • 11:11 - 11:12
    vemos progresso.
  • 11:12 - 11:13
    Vemos evolução.
  • 11:13 - 11:16
    Permitimo-nos melhorar.
  • 11:17 - 11:21
    Porque haveríamos de nos privar disso?
  • 11:21 - 11:25
    Em qualquer fase da nossa vida
    damo-nos espaço para evoluir,
  • 11:25 - 11:29
    excepto nesta parte,
    quando isso é o mais importante.
  • 11:29 - 11:30
    Obrigada.
  • 11:31 - 11:34
    (Aplausos)
Title:
Como nos libertarmos de ser uma "boa pessoa" e passar a ser uma pessoa melhor
Speaker:
Dolly Chugh
Description:

E se o nosso apego a ser uma "boa" pessoa estiver a impedir-nos de ser uma pessoa melhor? Nesta palestra acessível, a psicóloga social Dolly Chugh explica a intrigante psicologia do comportamento ético — por exemplo, como é dificil identificar os nossos preconceitos e reconhecer os nossos erros — e mostra como o caminho para nos tornarmos melhores começa com o reconhecimento dos nossos erros. "Em todas as fases da nossa vida, damo-nos espaço para evoluir— excepto aqui onde é o mais importante", diz Chugh.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:48

Portuguese subtitles

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