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Convite para a missa de 100 anos de morte da escola | Amilton Martins | TEDxPassoFundo

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    Um bom dia a todos!
    Sejam muito bem-vindos.
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    Mas e se eu chegasse agora
    e convidasse vocês para um velório?
  • 0:22 - 0:27
    Se eu convidasse vocês pra missa
    de 100 anos de morte da escola?
  • 0:28 - 0:33
    Sim, porque a escola
    foi criada lá por 1800
  • 0:33 - 0:36
    com uma visão muito clara e objetiva:
  • 0:36 - 0:40
    formar soldados prontos para morrer,
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    formar operários prontos pra trabalhar.
  • 0:44 - 0:46
    O modelo era muito específico.
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    A cada ano aprenderia uma coisa,
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    a cada momento um professor
    com um conhecimento específico,
  • 0:53 - 0:56
    e, se tudo desse certo, lá no final,
  • 0:56 - 1:00
    eles estariam prontos
    para seu labor, sua atividade.
  • 1:01 - 1:02
    Muito bem.
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    Por que convite de 100 anos
    de morte da escola?
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    Porque a escola conteudista e fabril
    que nós conhecemos,
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    há 100 anos, já foi declarada morta.
  • 1:14 - 1:19
    Pensadores como John Dewey
    há 100 anos já diziam
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    que, em vez de aquele modelo
    de escola encaixotado,
  • 1:23 - 1:27
    a escola deveria desenvolver habilidades
  • 1:27 - 1:31
    como autoria, liberdade, democracia.
  • 1:31 - 1:35
    O que ele chamava
    de aprendizagem pela experiência.
  • 1:35 - 1:39
    Como vocês sabem, eu venho dessa escola.
  • 1:39 - 1:43
    Nessa escola de onde eu venho,
    quando eu era criança,
  • 1:43 - 1:47
    mais ou menos anos 80,
    o modelo era linha de produção.
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    Muitos de vocês devem
    ter assistido o famoso clipe
  • 1:51 - 1:55
    "Another Brick in the Wall" do Pink Floyd,
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    que mostra jovens marchando,
    marchando, em uma esteira,
  • 2:00 - 2:04
    quando eles caem num moedor
    de carne e todos viram a mesma coisa.
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    Esse é o modelo de linha de produção
    da escola, baseado fortemente em quê?
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    Obediência, repetição e cópia de conteúdo.
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    Esse era o modelo onde grande parte de nós
    viveu na sua infância.
  • 2:19 - 2:22
    Porém, uma coisa interessante
    acontecia comigo.
  • 2:24 - 2:26
    Quando eu saía da escola,
  • 2:26 - 2:30
    eu adorava criar histórias
    de terras distantes.
  • 2:30 - 2:34
    Eu adorava, na minha máquina de escrever,
  • 2:34 - 2:38
    pensar em castelos, monstros medievais,
  • 2:38 - 2:41
    seres de outro mundo
    com poderes ou superpoderes.
  • 2:41 - 2:46
    Com a minha imaginação
    e curiosidade, escrevia histórias,
  • 2:46 - 2:51
    pesquisava enciclopédias pesadas,
    enciclopédias limitadíssimas,
  • 2:51 - 2:52
    e, quando tinha sorte,
  • 2:52 - 2:56
    eu encontrava cinco ou seis linhas
    sobre algum determinado assunto.
  • 2:56 - 2:58
    Por que eu fazia aquilo?
  • 2:58 - 3:02
    Porque na verdade, eu estava
    me preparando para jogar RPG.
  • 3:03 - 3:07
    Talvez vocês não conheçam
    muito bem o que significa isso,
  • 3:07 - 3:09
    mas eu vou tentar explicar
    de forma muito rápida.
  • 3:10 - 3:12
    RPG era mais ou menos assim:
  • 3:12 - 3:17
    você juntava meia dúzia de jovens,
    um deles era o mestre de jogos,
  • 3:17 - 3:20
    e ele contava a história,
    falava dos personagens,
  • 3:20 - 3:23
    ele era os olhos
    e os ouvidos dos jogadores;
  • 3:23 - 3:24
    e os outros eram jogadores.
  • 3:25 - 3:28
    Usava tecnologia de alto nível:
  • 3:28 - 3:30
    papel, lápis e dado.
  • 3:31 - 3:32
    Só isso.
  • 3:32 - 3:37
    Sem placa de vídeo 3D,
    sem processadores muito potentes.
  • 3:38 - 3:43
    Mas aquele momento que jogávamos RPG,
    pra nós, era absurdamente fantástico;
  • 3:43 - 3:47
    porque nós efetivamente
    podíamos criar um mundo.
  • 3:47 - 3:49
    Um mundo imaginário,
  • 3:49 - 3:53
    um mundo sem limites pra nossa imaginação.
  • 3:53 - 3:58
    E o mais interessante de tudo é que,
    enquanto eu jogava RPG com meus amigos,
  • 3:59 - 4:04
    e esse momento durava
    um dia, um final de semana,
  • 4:04 - 4:06
    durava semanas,
  • 4:06 - 4:09
    durava meses jogando a mesma campanha.
  • 4:09 - 4:12
    Enquanto eu fazia aquilo,
    eu me sentia completo;
  • 4:12 - 4:15
    era tudo que eu queria estar fazendo.
  • 4:15 - 4:20
    Mas eu pensava: "Por que não existe
    isso na escola, afinal de contas?"
  • 4:20 - 4:23
    Se a escola é pra ser um espaço
    tão legal, divertido.
  • 4:23 - 4:26
    Enquanto eu jogava RPG,
    eu me sentia o máximo.
  • 4:26 - 4:29
    E na escola, eu me sentia como o Marvin;
  • 4:29 - 4:34
    de volta ao velho quadro negro,
    agora é a hora da escola.
  • 4:34 - 4:36
    Por que não podia
    as duas coisas acontecerem?
  • 4:36 - 4:38
    Muito bem.
  • 4:38 - 4:43
    Imagina se aquele Amilton dos anos 80
    viajasse no tempo com o seu DeLorean
  • 4:43 - 4:47
    e chegasse no século 21.
  • 4:47 - 4:50
    A primeira coisa que eu ia querer
    ver no século 21, adivinhe?
  • 4:51 - 4:53
    A escola do século 21.
  • 4:53 - 4:55
    Meu Deus!
  • 4:55 - 4:57
    E o que que eu ia encontrar?
  • 4:59 - 5:01
    A mesma escola.
  • 5:01 - 5:04
    Decepcionado, eu ia ficar pensando:
  • 5:04 - 5:07
    "O que mudou naquela escola?"
  • 5:07 - 5:14
    Continua um atrás do outro, repetindo
    conteúdo e fazendo as mesmas coisas.
  • 5:14 - 5:17
    Usando alta tecnologia,
  • 5:17 - 5:20
    mas pra fazer as mesmas
    coisas que faziam antes.
  • 5:21 - 5:23
    Eu ficaria muito decepcionado.
  • 5:24 - 5:27
    Só que, nesse tempo todo,
  • 5:28 - 5:31
    eu fiz a a graduação em computação,
  • 5:31 - 5:33
    também levei nove anos pra me formar.
  • 5:35 - 5:37
    Parece ser recorrente isso aqui, né?
  • 5:38 - 5:43
    E depois terminei a graduação
    em computação e comecei a pensar:
  • 5:43 - 5:48
    como é que eu posso colocar
    energia para talvez mudar
  • 5:48 - 5:51
    ou modificar um pouco essa escola?
  • 5:51 - 5:55
    E por convite do Adriano, inclusive,
    fiz mestrado em educação.
  • 5:56 - 5:59
    E depois disso, o doutorado
    em educação também;
  • 5:59 - 6:03
    visando pesquisar como que a gente
    pode subverter a escola,
  • 6:03 - 6:06
    criar uma escola "hacker",
    uma escola diferente.
  • 6:06 - 6:09
    Bem, eu concluí há um mês,
  • 6:09 - 6:13
    e nessa pesquisa toda que eu fiz
  • 6:13 - 6:18
    com vários autores famosos
    e com pesquisa bibliográfica, etc., etc.,
  • 6:18 - 6:20
    uma coisa me chamou muito a atenção.
  • 6:20 - 6:26
    Existe uma teoria que poderia explicar
    algumas coisas importantes pra mim.
  • 6:26 - 6:28
    A teoria do Flow.
  • 6:28 - 6:31
    A teoria do Flow é uma teoria
    da psicologia positiva;
  • 6:31 - 6:36
    quem criou ela foi o psicólogo
    Mihaly Csikszentmihalyi, húngaro,
  • 6:36 - 6:42
    e ele procurava, em suas pesquisas,
    descobrir o elixir da felicidade;
  • 6:42 - 6:47
    ou seja: como será que a gente
    poderia se tornar mais felizes?
  • 6:47 - 6:50
    Ele pesquisou uma série de pessoas,
  • 6:50 - 6:53
    com diferentes poderes
    financeiros e econômicos,
  • 6:53 - 6:56
    e descobriu que entre elas
    tinha um padrão recorrente.
  • 6:56 - 6:57
    O padrão era:
  • 6:57 - 7:01
    quando elas estavam paradas,
    em um momento de apatia,
  • 7:01 - 7:03
    elas estavam tristes.
  • 7:04 - 7:07
    Não importava se era rico ou pobre, etc.
  • 7:07 - 7:11
    Quando elas estavam fazendo
    algo que era importante pra elas,
  • 7:11 - 7:12
    algo que era relevante pra sua vida,
  • 7:12 - 7:14
    elas estavam em êxtase.
  • 7:15 - 7:17
    Então ele foi estudar esse êxtase
  • 7:17 - 7:20
    e descobriu algo impressionante.
  • 7:20 - 7:23
    Ele descobriu a teoria do Flow
    ou teoria do fluxo.
  • 7:24 - 7:27
    Eu vou tentar explicar de uma forma
    bem simples e bem rápida.
  • 7:27 - 7:29
    Vou usar inclusive o Tiago,
  • 7:29 - 7:32
    o nosso violinista que estava
    aqui em cima, como exemplo.
  • 7:32 - 7:34
    Imagina o Tiago gurizote,
    lá em Passo Fundo,
  • 7:34 - 7:37
    foi meu colega de aula,
    o Tiago, inclusive,
  • 7:37 - 7:39
    imagina o Tiago gurizote lá,
  • 7:39 - 7:42
    a primeira vez que ele pegou
    em um instrumento, pode ser o violino.
  • 7:42 - 7:44
    E ele, desafinando no violino,
  • 7:44 - 7:47
    o Tiago queria aprender
    alguma coisa diferente,
  • 7:47 - 7:49
    mas ele estava num estado de apatia
  • 7:49 - 7:51
    porque ele estava paralisado,
  • 7:51 - 7:54
    ele não tinha desafio nenhum
    em relação àquele instrumento.
  • 7:54 - 7:57
    Aí ele pegou o instrumento
    e começou a tocar.
  • 7:57 - 7:58
    Alguém convidou ele:
  • 7:58 - 8:02
    "Tiago, você pode tocar um 'Parabéns
    pra Você' numa festa de aniversário?"
  • 8:02 - 8:05
    "Ah, dá pra encarar um 'Parabéns pra Você'
    numa festa de aniversário.
  • 8:05 - 8:08
    Se der tudo errado, eu posso ainda ficar
    comendo docinho na festa,
  • 8:08 - 8:10
    vai dar tudo certo."
  • 8:10 - 8:13
    Lá foi o Tiago com seu violino
    e tocou o 'Parabéns pra Você'.
  • 8:13 - 8:15
    Em seguida, vendo que ele tinha potencial,
  • 8:15 - 8:19
    alguém convidou ele pra tocar
    numa festa do bairro, e etc.
  • 8:19 - 8:23
    A cada vez que o Tiago era desafiado,
    como no gráfico do Flow,
  • 8:23 - 8:27
    ele tinha que encontrar
    uma habilidade proporcional
  • 8:27 - 8:31
    pra que ele pudesse executar
    aquela operação que ele foi desafiado.
  • 8:32 - 8:37
    Ou seja, quando o desafio e a habilidade
    se encontram de forma equilibrada,
  • 8:37 - 8:40
    faz esse caminho da linha amarela
    que é o caminho do Flow.
  • 8:40 - 8:43
    Agora imagina o Tiago hoje,
  • 8:43 - 8:49
    tocando pra nós aqui de uma forma
    espetacularmente maravilhosa,
  • 8:49 - 8:53
    que estava em Flow, inclusive,
    ao tocar, e eu já vou explicar por quê.
  • 8:54 - 8:57
    Com um alto grau de habilidade
    e um alto grau de desafio,
  • 8:57 - 9:01
    afinal de contas o público
    é de altíssimo nível.
  • 9:02 - 9:06
    O Tiago com certeza, nessa caminhada
    dele tocando instrumento,
  • 9:06 - 9:08
    ele alcançou o estado de Flow.
  • 9:09 - 9:13
    Então o Flow é quando alcança o desafio
    e habilidade com altos níveis.
  • 9:13 - 9:17
    E quando você chega
    no nível excelente disso,
  • 9:17 - 9:22
    você alcança o que é chamado
    experiência autotélica.
  • 9:22 - 9:27
    Experiência autotélica, pra psicologia
    positiva, é mais ou menos assim:
  • 9:27 - 9:30
    vocês devem ter ouvido falar
    o Ayrton Senna contando
  • 9:30 - 9:33
    que, quando ele estava pilotando
    seu carro de Fórmula 1,
  • 9:33 - 9:38
    ele não sentia mais que o carro
    era um objeto e ele era outra coisa;
  • 9:38 - 9:41
    pra ele era extensão do seu corpo,
  • 9:41 - 9:44
    é como se ele estivesse andando no chão.
  • 9:44 - 9:46
    Isso é experiência autotélica.
  • 9:46 - 9:48
    E é o que o Tiago estava fazendo aqui.
  • 9:48 - 9:49
    Se vocês repararam a face dele,
  • 9:49 - 9:52
    ele não estava nem conosco,
    enquanto estava tocando,
  • 9:52 - 9:54
    ele estava num estado imersivo.
  • 9:54 - 9:59
    O Flow é um estado onde as pessoas
    esquecem as condições fisiológicas,
  • 9:59 - 10:01
    esquecem de ir no banheiro, de comer,
  • 10:01 - 10:04
    entram num túnel, num espaço imersivo
  • 10:04 - 10:07
    em que elas, inclusive,
    perdem a noção de tempo,
  • 10:07 - 10:09
    e elas perdem a autoconsciência.
  • 10:09 - 10:13
    Elas deixam de ser um instrumentista
    tocando um instrumento
  • 10:13 - 10:15
    e viram algo no cosmos, inexplicável.
  • 10:15 - 10:19
    Isso é o que a psicologia
    positiva nos explica.
  • 10:20 - 10:24
    Explicando um pouco do Flow,
    estou lembrando que já senti isso aí...
  • 10:24 - 10:25
    jogando RPG.
  • 10:26 - 10:30
    Lá atrás, quando eu jogava RPG
    por dias, semanas, meses,
  • 10:30 - 10:34
    com certeza eu e todos os meus amigos,
    companheiros de jogo, estávamos em Flow.
  • 10:34 - 10:36
    Porque nós só queríamos estar ali.
  • 10:36 - 10:39
    Nós não queríamos jogar
    para terminar o jogo,
  • 10:39 - 10:42
    nós queríamos jogar para estar jogando.
  • 10:42 - 10:45
    E é isso que é o estado de Flow.
  • 10:46 - 10:48
    E a pergunta que fica:
  • 10:48 - 10:51
    "Dá pra levar isso pra escola? Tem como?"
  • 10:52 - 10:53
    Eu digo que sim.
  • 10:53 - 10:59
    Existem várias pesquisas que falam
    sobre a aprendizagem ativa.
  • 10:59 - 11:03
    Aprendizagem ativa nada mais é
    do que sair daquele velho monótono
  • 11:03 - 11:06
    que o Maurício inclusive
    apresentou pra nós, e o Adriano,
  • 11:06 - 11:08
    do giz, do quadro, etc.,
  • 11:08 - 11:13
    ou até do uso da tecnologia por si própria
    e não pela finalidade da aprendizagem.
  • 11:13 - 11:17
    Sair disso e colocar a mão na massa.
  • 11:17 - 11:19
    Não é nada muito novo gente,
  • 11:19 - 11:23
    estamos falando de um metodologia
    de 30 talvez 40 anos atrás.
  • 11:23 - 11:27
    Aprendizagem ativa, de uma forma
    bem objetiva, é trabalhar com projetos,
  • 11:27 - 11:30
    com construção de coisas
    que tenham sentido.
  • 11:30 - 11:34
    Construção de tecnologia,
  • 11:34 - 11:37
    construção de solução de problemas
  • 11:37 - 11:39
    para o mundo real.
  • 11:39 - 11:45
    Um exemplo que eu dou, que eu gosto muito,
    são os "FabLabs" e os "Makerspaces",
  • 11:45 - 11:49
    que são espaços,
    metodologias e ferramentas,
  • 11:50 - 11:54
    que colocam em prática o conceito
    da educação "Maker", que é fantástica.
  • 11:55 - 11:59
    Na educação Maker, jovens,
    desde muita pequena idade,
  • 11:59 - 12:04
    aprendem a construir robôs,
    aprendem a programar computadores,
  • 12:04 - 12:08
    e várias outras coisas
    que possam ser úteis para eles.
  • 12:08 - 12:15
    E aprendem o valor de solucionar
    problemas reais, com suas próprias mãos.
  • 12:15 - 12:18
    Ali, naquele momento, não tem
    matemática, português, geografia,
  • 12:18 - 12:19
    como já foi falado aqui.
  • 12:19 - 12:21
    Tem tudo.
  • 12:21 - 12:24
    É um processo de construção completo,
  • 12:24 - 12:29
    onde todos os conhecimentos são
    não só necessários como importantíssimos.
  • 12:29 - 12:31
    Essa é a educação Maker.
  • 12:32 - 12:36
    A educação Maker é completamente
    difundida no mundo,
  • 12:36 - 12:40
    mas vagamente difundida,
    infelizmente, aqui no Brasil.
  • 12:40 - 12:45
    E a função nossa é, cada vez mais,
    colocar isso no dia a dia das escolas.
  • 12:45 - 12:49
    Construir coisas que tenham
    sentido para nós mesmos,
  • 12:49 - 12:51
    que tenham sentido pra sociedade
  • 12:51 - 12:56
    e que coloquem a educação no seu lugar,
    como transformadora pra dentro
  • 12:56 - 12:58
    e transformadora pra fora.
  • 13:00 - 13:01
    Eu tenho um sonho.
  • 13:02 - 13:06
    Não sei se é um sonho tão grandioso
    como o de Martin Luther King,
  • 13:06 - 13:09
    mas pra mim ele é profundo e inspirador.
  • 13:09 - 13:14
    Esse sonho é que, de repente,
    daqui alguns anos,
  • 13:14 - 13:16
    todas as escolas deste nosso país
  • 13:16 - 13:21
    possam estar aplicando a cultura Maker,
  • 13:21 - 13:25
    aplicando o Flow, com cultura Maker
    ou com qualquer outra coisa,
  • 13:25 - 13:30
    mas que os jovens possam ter
    aquela sensação que eu tinha ao jogar RPG,
  • 13:30 - 13:32
    dentro da escola.
  • 13:32 - 13:36
    Seja na sala de aula,
    no pátio, no espaço que for,
  • 13:36 - 13:38
    mas dentro da escola.
  • 13:38 - 13:42
    E que esse espaço seja
    um espaço de criatividade,
  • 13:42 - 13:45
    curiosidade, aprendizagem,
  • 13:45 - 13:46
    assim como eu fazia com RPG.
  • 13:46 - 13:49
    Lendo, lendo, sobre
    geografia, sobre história,
  • 13:49 - 13:51
    pra compor histórias maravilhosas.
  • 13:51 - 13:53
    Isso tem que estar dentro da escola.
  • 13:53 - 13:56
    E que seja o nosso chocolate,
    como foi falado aqui já,
  • 13:56 - 14:02
    que nós queiramos estar aprendendo,
    pesquisando e descobrindo, cada vez mais.
  • 14:03 - 14:05
    Esse é o meu sonho,
  • 14:05 - 14:08
    e eu convido vocês a sonhar junto comigo.
  • 14:08 - 14:12
    Vamos juntos revolucionar o mundo
    através da educação.
  • 14:12 - 14:13
    Muito obrigado!
  • 14:13 - 14:15
    (Aplausos)
Title:
Convite para a missa de 100 anos de morte da escola | Amilton Martins | TEDxPassoFundo
Description:

Nos últimos 200 anos, a ciência e tecnologia evoluíram exponencialmente. Nossa sociedade se conectou em rede, o mundo ficou pequeno, a longevidade foi prolongada. E a escola ? Salvo casos raros de disrupção no modelo, o sistema ainda é fabril, como quando foi criada para formar soldados e operários no século 19. Como engajar estudantes em um mundo baseado em abundância de saberes? A psicologia positiva aponta para a Teoria do FLOW, que nos movimentos contemporâneos da educação se materializa na Aprendizagem Ativa, baseada na resolução de problemas e centrada no aprendiz. Estamos criando uma nova era na educação? Líder do InovaEdu - Laboratório de Ciência e Inovação para a Educação. Coordenador do Núcleo Norte Gaúcho de Letramento em Programação do Instituto Ayrton Senna. Ministrante de cursos e oficinas sobre metodologias ativas e uso de tecnologia para a educação do século 21. Pesquisador e curioso na área da educação com foco em metodologias e tecnologias inovadoras com uso da criatividade e empreendedorismo. Tem atuação em atividades de gestão e planejamento de ONGs, formação de jovens em comunicação e liderança. Doutor em Educação com tese em Criatividade / Teoria do Flow usando Robótica Educacional.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:23

Portuguese, Brazilian subtitles

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