Como melhorar a saúde materna - antes, durante e depois da gravidez
-
0:01 - 0:03Estava um caos quando saí do elevador.
-
0:04 - 0:07Eu era uma médica residente
voltando ao serviço -
0:07 - 0:09para dar cobertura à unidade de parto.
-
0:09 - 0:12E eu só conseguia ver um enxame
de médicos e enfermeiras -
0:12 - 0:15em cima de uma paciente na sala de parto.
-
0:15 - 0:18Eles estavam em desespero
tentando salvar a vida dela. -
0:18 - 0:20A paciente estava em choque.
-
0:20 - 0:25Ela deu à luz um menino saudável,
horas antes de eu chegar. -
0:25 - 0:28Então, ela desmaiou, ficou inconsciente
-
0:28 - 0:30e teve um sangramento uterino intenso.
-
0:30 - 0:32Quando cheguei ao quarto,
-
0:32 - 0:36havia vários médicos e enfermeiras,
e a paciente estava sem vida. -
0:37 - 0:40A equipe de ressuscitação
estava tentando reanimá-la, -
0:40 - 0:43mas, apesar do esforço
de todo mundo, ela havia morrido. -
0:43 - 0:47O que eu mais me lembro desse dia
foi do choro cortante do pai. -
0:47 - 0:51Ele penetrou o meu coração
e o de todo mundo naquele andar. -
0:51 - 0:54Era para ser o momento
mais feliz da vida dele, -
0:54 - 0:57mas se transformou no seu pior dia.
-
0:58 - 1:02Eu gostaria de dizer
que se trata de um caso isolado, -
1:02 - 1:04mas, infelizmente, não é.
-
1:04 - 1:06Todo ano, nos Estados Unidos,
-
1:06 - 1:10cerca de 700 a 900 mulheres morrem
-
1:10 - 1:12de causas relacionadas à gravidez.
-
1:12 - 1:14A parte chocante da história
-
1:14 - 1:19é que a nossa taxa de mortalidade materna
é a mais alta de todos os países ricos, -
1:20 - 1:23e ela é ainda pior
para as mulheres negras. -
1:23 - 1:28Nossa taxa de mortalidade materna
aumentou durante a última década, -
1:28 - 1:31enquanto a de outros países diminuiu.
-
1:31 - 1:34E o maior paradoxo de todos?
-
1:34 - 1:38Gastamos mais em saúde
do que qualquer outro país. -
1:39 - 1:43Por volta do mesmo período
em que aquela mãe perdeu sua vida, -
1:43 - 1:45eu me tornei uma.
-
1:45 - 1:48E, apesar de todo meu histórico
e treinamento na área, -
1:48 - 1:52fiquei espantada como pouca atenção é dada
-
1:52 - 1:55à qualidade da saúde materna no parto.
-
1:55 - 1:57E eu pensei no que isso significaria,
não apenas para mim, -
1:57 - 2:00mas para tantas outras mulheres.
-
2:00 - 2:03Talvez seja porque o meu pai era
um advogado de direitos civis, -
2:03 - 2:05e meus pais eram socialmente conscientes
-
2:05 - 2:08e exigiam que defendêssemos
nossas crenças. -
2:08 - 2:11Ou o fato de os meus pais
terem nascido na Jamaica, -
2:11 - 2:12vindo para os Estados Unidos
-
2:12 - 2:15e realizado o sonho norte-americano.
-
2:15 - 2:17Ou talvez por causa da residência médica,
-
2:17 - 2:20onde vi por experiência própria
-
2:20 - 2:24como tantas mulheres negras de baixa renda
são maltratadas pelo sistema de saúde. -
2:25 - 2:28Qualquer que seja o motivo,
senti a responsabilidade de defender, -
2:28 - 2:30não apenas por mim,
-
2:30 - 2:31mas por todas as mulheres,
-
2:31 - 2:35especialmente por todas que são
marginalizadas pelo sistema de saúde. -
2:35 - 2:39E decidi focar a minha carreira
em melhorar o cuidado com a saúde materna. -
2:41 - 2:43Mas o que está matando as mães?
-
2:43 - 2:45Doenças cardiovasculares, hemorragia,
-
2:45 - 2:48pressão alta, que causa
convulsões e derrames, -
2:48 - 2:50coágulos sanguíneos e infecção
-
2:50 - 2:53são algumas das maiores causas
da mortalidade materna neste país. -
2:54 - 2:57Mas a morte de uma mãe
é só a ponta do iceberg. -
2:57 - 3:02Para cada morte, mais de 100 mulheres
sofrem uma complicação grave -
3:02 - 3:04relacionada à gravidez ou ao parto,
-
3:04 - 3:09resultando em mais de 60 mil mulheres,
todos os anos, tendo um desses casos. -
3:10 - 3:12Essas complicações, conhecidas
como morbidade materna grave, -
3:12 - 3:16estão em ascensão nos Estados Unidos,
e elas mudam a vida da pessoa. -
3:16 - 3:20Estima-se que entre 1,5% e 2%
-
3:20 - 3:24dos 4 milhões de partos
realizados anualmente neste país -
3:24 - 3:26estão associados a um desses eventos.
-
3:27 - 3:29Isto são cinco ou seis mulheres por hora
-
3:29 - 3:32tendo um coágulo sanguíneo,
uma convulsão, um derrame, -
3:32 - 3:34recebendo uma transfusão de sangue,
-
3:34 - 3:37tendo algum dano num órgão-alvo,
como insuficiência renal, -
3:37 - 3:39ou algum outro evento trágico.
-
3:41 - 3:44Agora, a parte imperdoável da história
-
3:44 - 3:48é o fato de que 60% das mortes
e das complicações graves -
3:48 - 3:50são consideradas evitáveis.
-
3:50 - 3:53Quando digo que 60% são evitáveis,
-
3:53 - 3:56quero dizer que há passos concretos
e procedimentos padrões -
3:56 - 3:58que poderiam ser implementados
-
3:58 - 4:00para evitar que maus resultados ocorram,
-
4:00 - 4:02e para que vidas sejam salvas.
-
4:02 - 4:05E isso não exige
nenhuma tecnologia sofisticada. -
4:05 - 4:07Nós só temos que aplicar o que sabemos
-
4:07 - 4:11e garantir padrões iguais nos hospitais.
-
4:11 - 4:15Por exemplo, se uma mulher em trabalho
de parto está com pressão muito alta -
4:15 - 4:18e a tratamos com a medicação
anti-hipertensiva certa, -
4:18 - 4:20em tempo hábil,
-
4:20 - 4:22podemos evitar um derrame.
-
4:22 - 4:26Se localizarmos com precisão
a perda de sangue durante o parto, -
4:26 - 4:29podemos detectar uma hemorragia
mais cedo e salvar a vida de uma mulher. -
4:30 - 4:34Poderíamos diminuir as taxas
desses eventos catastróficos amanhã, -
4:34 - 4:37mas isso exige que valorizemos
a qualidade dos cuidados -
4:37 - 4:39que damos à mulher grávida,
-
4:39 - 4:42antes, durante e depois da gravidez.
-
4:42 - 4:47Se elevarmos o nível da qualidade
dos cuidados ao padrão esperado, -
4:47 - 4:51poderemos diminuir as taxas
das mortes e das complicações graves. -
4:52 - 4:54Bem, pelo menos alguma notícia é boa.
-
4:54 - 4:56Há algumas histórias de sucesso.
-
4:57 - 5:02Certos lugares adotaram esses padrões,
e isso está fazendo toda a diferença. -
5:02 - 5:06Alguns anos atrás, o Colégio Americano
de Obstetras e Ginecologistas -
5:06 - 5:09somou forças com outras
organizações de saúde, -
5:09 - 5:12pesquisadores como eu
e organizações comunitárias. -
5:12 - 5:15Eles queriam implementar
práticas de cuidado padronizadas -
5:15 - 5:19em hospitais e sistemas de saúde do país.
-
5:19 - 5:21E o veículo que eles usam
é um programa chamado -
5:21 - 5:25Alliance for Innovation
in Maternal Health, o programa AIM. -
5:25 - 5:30O objetivo é diminuir a taxa
de mortalidade e morbidade materna -
5:30 - 5:33através de iniciativas de segurança
e qualidade pelo país. -
5:34 - 5:37O grupo desenvolveu medidas de segurança
-
5:37 - 5:41que têm como alvo as causas
mais evitáveis da morte materna. -
5:41 - 5:44O programa AIM tem atualmente
o potencial de atingir -
5:44 - 5:47mais de 50% dos nascimentos nos EUA.
-
5:47 - 5:49E quais são essas medidas de segurança?
-
5:49 - 5:52Práticas conhecidas,
protocolos, procedimentos, -
5:52 - 5:54medicações, equipamento
-
5:54 - 5:56e outros itens que visam essas condições.
-
5:57 - 5:59Vejamos as medidas de segurança
em caso de hemorragia. -
6:00 - 6:03Para uma hemorragia, um carrinho precisa
ter tudo que um médico ou uma enfermeira -
6:03 - 6:05possa precisar em uma emergência:
-
6:05 - 6:09sistema de administração IV,
máscara de oxigênio, medicamentos, -
6:09 - 6:11listas de verificação
e outros equipamentos. -
6:11 - 6:13Para medir a hemorragia:
-
6:13 - 6:15esponjas e gazes.
-
6:15 - 6:17E, em vez de apenas medir no olho,
-
6:17 - 6:20os médicos e as enfermeiras
coletam as esponjas e gazes -
6:20 - 6:21e pesam cada uma delas,
-
6:21 - 6:26ou usam tecnologia mais recente
para medir a quantidade perdida de sangue. -
6:27 - 6:30Essa medida de segurança
também inclui protocolos de crise -
6:30 - 6:34para tratar a hemorragia
e treinamentos regulares. -
6:35 - 6:39A Califórnia é líder no uso
desses tipos de medidas -
6:39 - 6:42e é por isso que aquele estado
teve uma redução de 21% -
6:42 - 6:44em quase morte por hemorragia
-
6:44 - 6:48já no primeiro ano
da implementação em hospitais. -
6:48 - 6:53No entanto, o uso dessas medidas
pelo país ainda é inconsistente. -
6:53 - 6:56Assim como as práticas conhecidas
-
6:56 - 6:58e o ênfase em segurança
-
6:58 - 7:00diferem de um hospital para outro,
-
7:00 - 7:02a qualidade também difere.
-
7:02 - 7:07E difere também para as mulheres
negras nos Estados Unidos. -
7:07 - 7:09A mulher negra que dá à luz neste país
-
7:09 - 7:14tem de 3 a 4 vezes mais chance de morrer
de causas relacionadas à gravidez -
7:14 - 7:15do que uma mulher branca.
-
7:16 - 7:20Essa estatística inclui todas as mulheres
negras grávidas nos EUA, -
7:20 - 7:21sejam nascidas aqui
-
7:21 - 7:23ou em outro país.
-
7:24 - 7:28Muitos acreditam que a renda
provoca essas diferenças, -
7:28 - 7:30mas isso vai além da posição social.
-
7:30 - 7:32Uma mulher negra com ensino superior
-
7:32 - 7:34tem quase o dobro de chance de morrer
-
7:34 - 7:39comparada a uma mulher branca
com o ensino médio incompleto. -
7:39 - 7:44E ela tem de duas a três vezes mais chance
de sofrer uma complicação grave -
7:44 - 7:46durante o parto.
-
7:46 - 7:51Sempre ensinei a pensar
que a educação é a salvação, -
7:51 - 7:53mas, nesse caso, não é verdade.
-
7:54 - 7:56A desigualdade entre negros e brancos
-
7:56 - 8:01é a maior entre toda a população
em termos de cuidado perinatal -
8:01 - 8:02segundo o CDC.
-
8:03 - 8:05E essa desigualdade se intensifica
-
8:05 - 8:07em algumas das nossas cidades.
-
8:07 - 8:09Por exemplo, em Nova York,
-
8:09 - 8:12uma mulher negra tem de 8 a 12 vezes
mais chances de morrer -
8:12 - 8:16de causas relacionadas à gravidez
do que uma mulher branca. -
8:17 - 8:19Acho que muitos de vocês conhecem
-
8:19 - 8:22a história comovente
da Dra. Shalon Irving, -
8:22 - 8:26uma epidemiologista
que morreu após o parto. -
8:26 - 8:30A história dela foi noticiada
pela ProPublica e NPR -
8:30 - 8:31há menos de um ano atrás.
-
8:31 - 8:33Recentemente fui a um congresso
-
8:33 - 8:36e tive o privilégio
de ouvir a mãe dela falar. -
8:36 - 8:38Ela fez todo mundo chorar.
-
8:39 - 8:41Shalon era uma epidemiologista brilhante,
-
8:41 - 8:44comprometida com estudar
a desigualdade racial e étnica na saúde. -
8:44 - 8:48Ela tinha 36 anos, era o seu primeiro bebê
-
8:48 - 8:50e ela era afro-americana.
-
8:50 - 8:53Shalon teve uma gravidez complicada,
-
8:53 - 8:57mas ela deu à luz uma menina
saudável e recebeu alta do hospital. -
8:58 - 9:02Três semanas depois, ela morreu
de complicações causadas por pressão alta. -
9:03 - 9:07Shalon se consultou quatro ou cinco vezes
com profissionais de saúde -
9:07 - 9:09naquelas três semanas.
-
9:09 - 9:10Ela não foi ouvida,
-
9:10 - 9:14e a gravidade da sua condição
não foi reconhecida. -
9:15 - 9:18A história da Shalon é uma de muitas
-
9:18 - 9:22sobre a desigualdade
social e étnica na saúde -
9:22 - 9:23nos Estados Unidos,
-
9:23 - 9:28e há um crescente reconhecimento
de que os determinantes sociais -
9:28 - 9:32como racismo, pobreza,
educação e segregação -
9:32 - 9:34contribuem para essas desigualdades.
-
9:34 - 9:39Mas a história da Shalon sublinha
uma causa subjacente adicional: -
9:39 - 9:40a qualidade dos cuidados.
-
9:40 - 9:43A falta de padronização
no cuidado pós-parto. -
9:43 - 9:46Shalon foi vista diversas vezes
por clínicos naquelas três semanas, -
9:46 - 9:48e, mesmo assim, ela morreu.
-
9:48 - 9:51A qualidade dos cuidados durante o parto
-
9:51 - 9:54é uma das causas subjacentes
da desigualdade social e étnica -
9:54 - 9:57da mortalidade materna
e da morbidade materna grave -
9:57 - 9:58nos Estados Unidos,
-
9:58 - 10:01e é algo que podemos combater agora.
-
10:02 - 10:04Pesquisas do nosso time e de outros
-
10:04 - 10:07comprovou que, por várias razões,
-
10:07 - 10:10mulheres negras tendem a fazer
o parto em hospitais específicos -
10:10 - 10:14que muitas vezes têm os piores resultados
para ambas as mulheres negras e brancas, -
10:14 - 10:17independentemente dos fatores de riscos.
-
10:17 - 10:20Isso é verdade para todo
os Estados Unidos, -
10:20 - 10:22onde cerca de três quartos
das mulheres negras -
10:22 - 10:25fazem o parto em hospitais específicos,
-
10:25 - 10:28enquanto menos de um quinto das mulheres
brancas fazem o parto nesses hospitais. -
10:29 - 10:33Em Nova York, o risco de uma mulher
ter uma complicação potencialmente fatal -
10:33 - 10:38durante o parto pode ser seis vezes
maior num hospital do que em outro. -
10:38 - 10:41Nenhuma surpresa, mas mulheres negras
tendem a fazer o parto -
10:41 - 10:43em hospitais com resultados piores.
-
10:43 - 10:46Na verdade, essas diferenças explicam
-
10:46 - 10:49quase metade da desigualdade
entre negros e brancos. -
10:50 - 10:52Temos que combater
os determinantes sociais da saúde -
10:52 - 10:56se quisermos um sistema de saúde
igualitário neste país, -
10:56 - 11:00muitos dos quais estão enraizados demais
para serem solucionados facilmente. -
11:00 - 11:03Enquanto isso, podemos lidar
com a qualidade dos cuidados. -
11:03 - 11:07Fornecer alta qualidade
de cuidados continuamente -
11:07 - 11:11significa fornecer acesso
à contracepção segura e confiável -
11:11 - 11:13ao longo da vida reprodutiva da mulher.
-
11:14 - 11:19Antes da gravidez, significa
fornecer cuidados de preconcepção, -
11:19 - 11:22para que possamos controlar doenças
crônicas e otimizar a saúde. -
11:22 - 11:26Durante a gravidez, inclui pré-natal
de qualidade e cuidados no parto, -
11:26 - 11:29para que tenhamos mães e bebês saudáveis.
-
11:29 - 11:34E, depois da gravidez, inclui cuidados
pós-parto e entre uma gravidez e outra, -
11:34 - 11:38para que possamos preparar as mães
para ter seu próximo bebê -
11:38 - 11:39e uma vida saudável.
-
11:39 - 11:42E isso pode significar
a diferença entre a vida e a morte, -
11:42 - 11:44como no caso da Maria,
-
11:44 - 11:48que deu entrada no hospital
após sinais de pressão de alta -
11:48 - 11:50durante uma visita pré-natal.
-
11:50 - 11:52Maria tinha 40 anos,
e era sua segunda gravidez. -
11:53 - 11:57Durante a sua primeira gravidez,
que tinha acontecido dois anos antes, -
11:57 - 12:00ela também não tinha se sentido bem
nas últimas semanas da gravidez, -
12:00 - 12:02e ela teve sinais de pressão alta,
-
12:02 - 12:05mas ninguém prestou atenção nisso.
-
12:05 - 12:07Eles disseram: "Maria, você vai ficar bem.
-
12:07 - 12:08É a sua primeira gravidez.
-
12:08 - 12:10Você está um pouco nervosa".
-
12:10 - 12:12Mas não terminou nada bem para Maria.
-
12:12 - 12:15Ela teve uma convulsão durante o parto.
-
12:15 - 12:17Dessa vez, ela foi ouvida.
-
12:17 - 12:20Eles fizeram perguntas inteligentes.
-
12:20 - 12:24O médico a informou sobre os sinais
e os sintomas da pré-eclâmpsia -
12:24 - 12:28e explicou que, se ela não
se sentisse bem, precisaria voltar. -
12:28 - 12:30Dessa vez, Maria voltou,
-
12:30 - 12:33e o médico imediatamente
a mandou para o hospital. -
12:33 - 12:37No hospital, o médico pediu
exames de laboratório urgentes. -
12:37 - 12:40Eles a conectaram a diferentes monitores
-
12:40 - 12:42e deram atenção especial
à sua pressão sanguínea, -
12:42 - 12:44à frequência cardíaca fetal
-
12:44 - 12:47e lhe deram medicação intravenosa
para prevenir convulsões. -
12:47 - 12:51Quando a pressão sanguínea de Maria
aumentou a ponto de ter um derrame, -
12:51 - 12:54os médicos e as enfermeiras
entraram em ação. -
12:54 - 12:56Eles mediram sua pressão
de novo em 15 minutos -
12:56 - 12:58e declararam uma emergência hipertensiva.
-
12:58 - 13:02Eles lhe deram a medicação intravenosa
de acordo com o último protocolo correto. -
13:02 - 13:05Eles trabalharam juntos
calmamente como uma equipe -
13:05 - 13:08e conseguiram diminuir
sua pressão sanguínea. -
13:09 - 13:13Como resultado, o que poderia ser
uma tragédia se tornou uma vitória. -
13:13 - 13:15Os sintomas de Maria foram controlados,
-
13:15 - 13:18e ela deu à luz uma menina saudável.
-
13:18 - 13:21E, antes de receber alta do hospital,
-
13:21 - 13:25o médico lhe informou os sinais
e os sintomas da pré-eclâmpsia, -
13:25 - 13:28a importância de checar
a pressão sanguínea, -
13:28 - 13:30especialmente na primeira
semana pós-parto, -
13:30 - 13:34e a orientou sobre o que é
normal na saúde pós-parto. -
13:34 - 13:36E, nas semanas e nos meses seguintes,
-
13:36 - 13:39Maria visitou o pediatra regularmente
-
13:39 - 13:41para checar a saúde do seu bebê.
-
13:41 - 13:43Mas, tão importante quanto,
-
13:43 - 13:45ela visitou um médico especialista
-
13:45 - 13:48para checar sua saúde, sua pressão
-
13:48 - 13:51e suas preocupações como mãe.
-
13:51 - 13:55Isso é alta qualidade de cuidados
oferecida continuamente, -
13:55 - 13:57e é assim que ela pode ser.
-
13:57 - 13:59Se toda mulher grávida em cada comunidade
-
13:59 - 14:02recebesse esse tipo de cuidado
-
14:02 - 14:06e fizesse o parto em instalações
com práticas de cuidado padronizadas, -
14:06 - 14:10as taxas de mortalidade materna
e morbidade materna grave despencariam. -
14:10 - 14:14A nossa classificação internacional
não seria mais uma vergonha. -
14:14 - 14:19Mas a verdade é que há décadas
temos taxas inaceitáveis -
14:19 - 14:24de mortalidade materna e complicações
potencialmente fatais durante o parto, -
14:24 - 14:29consequências devastadoras
para mães, bebês e famílias, -
14:29 - 14:31e não tomamos uma atitude.
-
14:31 - 14:35A recente atenção da mídia
ao nosso fraco desempenho -
14:35 - 14:38ajudou o público a entender:
-
14:38 - 14:41a qualidade da saúde materna
está ao nosso alcance. -
14:41 - 14:42A pergunta é:
-
14:42 - 14:45como sociedade, estamos prontos
para valorizar as grávidas -
14:45 - 14:47de todas as comunidades?
-
14:47 - 14:52Da minha parte, estou fazendo tudo
para garantir que, ao fazermos isso, -
14:52 - 14:55tenhamos as ferramentas
e a base de evidências prontas -
14:55 - 14:57para seguirmos em frente.
-
14:57 - 14:58Obrigada.
-
14:58 - 15:00(Aplausos)
- Title:
- Como melhorar a saúde materna - antes, durante e depois da gravidez
- Speaker:
- Elizabeth Howell
- Description:
-
Chocante, mas verdadeiro: os Estados unidos têm a maior taxa de mortes para mães de primeira viagem comparada com qualquer país desenvolvido. E 60% dessas mortes são evitáveis. Com clareza e urgência, a médica Elizabeth Howell explica as causas da mortalidade materna e compartilha métodos para que hospitais e médicos tornem a gravidez mais segura para as mulheres antes, durante e depois do parto.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:17