Como dizer o que pensamos
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0:01 - 0:05Dizer o que pensamos é difícil.
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0:05 - 0:10Entendi o real significado
desta frase há um mês, -
0:10 - 0:13quando a minha mulher e eu
fomos pais pela primeira vez. -
0:13 - 0:15Foi um momento fantástico.
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0:15 - 0:17Foi emocionante e eufórico,
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0:17 - 0:20mas foi também assustador
e aterrador. -
0:21 - 0:25Ficou particularmente aterrador
quando chegámos a casa do hospital -
0:25 - 0:26e estávamos inseguros
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0:26 - 0:30se o nosso pequeno bebé estava a ter
nutrientes suficientes da amamentação. -
0:31 - 0:34Queríamos chamar a nossa pediatra,
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0:34 - 0:37mas também não queríamos dar
uma má primeira impressão -
0:37 - 0:39ou parecer uns pais malucos e neuróticos.
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0:39 - 0:41Então ficámos preocupados.
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0:41 - 0:42E esperámos.
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0:42 - 0:45Quando chegámos
ao consultório médico no dia seguinte, -
0:45 - 0:49ela deu-lhe de imediato um complemento
porque ele estava muito desidratado. -
0:49 - 0:51O nosso filho agora está bem
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0:51 - 0:54e a nossa médica assegurou-nos
que podíamos contactá-la sempre. -
0:54 - 0:56Mas naquele momento,
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0:56 - 0:59eu devia ter dito o que penso,
mas não o fiz. -
0:59 - 1:02Por vezes, dizemos o que pensamos
quando não devíamos. -
1:02 - 1:06Aprendi isto há mais de 10 anos
quando desiludi o meu irmão gémeo. -
1:07 - 1:09O meu irmão gémeo
é realizador de documentários, -
1:09 - 1:11e num dos seus primeiros filmes,
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1:11 - 1:13recebeu uma proposta
de uma empresa distribuidora -
1:13 - 1:15Ele estava entusiasmado,
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1:15 - 1:17e estava inclinado
a aceitar a proposta. -
1:17 - 1:20Mas, enquanto investigador de negócios,
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1:20 - 1:23eu insisti que ele fizesse
uma contra proposta, -
1:23 - 1:26e ajudei-o a criar a proposta perfeita.
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1:26 - 1:28E era perfeita
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1:28 - 1:30— era perfeitamente insultuosa.
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1:30 - 1:32A companhia sentiu-se tão ofendida,
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1:32 - 1:34que, literalmente, retirou a proposta
-
1:34 - 1:36e o meu irmão ficou sem nada.
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1:36 - 1:40Eu falei a pessoas por todo
o mundo acerca deste dilema: -
1:40 - 1:42quando é que podemos ser assertivos,
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1:42 - 1:44zelar pelos nossos interesses,
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1:44 - 1:46expressar uma opinião,
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1:46 - 1:48fazer uma tarefa ambiciosa.
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1:49 - 1:53A gama destas histórias
é variada e diversa, -
1:53 - 1:56mas elas constituem também
uma tapeçaria universal. -
1:56 - 1:59Posso corrigir o meu chefe
quando ele comete um erro? -
1:59 - 2:03Posso confrontar o meu colega
que insiste em prejudicar-me? -
2:03 - 2:06Posso contestar
a piada insensível do meu amigo? -
2:06 - 2:10Posso dizer à pessoa que mais amo
as minhas inseguranças mais profundas? -
2:11 - 2:14Através destas experiências
comecei a reconhecer -
2:14 - 2:18que cada um de nós tem algo chamado
um limite de comportamento aceitável. -
2:18 - 2:23Por vezes somos demasiado fortes
puxamos demasiado por nós, -
2:23 - 2:25Foi o que aconteceu com o meu irmão.
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2:25 - 2:29Mesmo fazer uma proposta estava fora
do seu limite de comportamento aceitável. -
2:29 - 2:31Mas, por vezes, somos muito fracos.
-
2:31 - 2:33Foi o que aconteceu comigo
e com a minha mulher. -
2:33 - 2:36Neste limite de comportamentos aceitáveis,
-
2:36 - 2:39quando ficamos dentro do nosso limite,
somos recompensados. -
2:39 - 2:43Quando saímos fora desse limite,
somos castigados de várias maneiras. -
2:43 - 2:46Somos rejeitados ou rebaixados
e até mesmo ostracizados. -
2:46 - 2:49Ou perdemos aquele aumento
ou aquela promoção ou aquele negócio. -
2:50 - 2:53A primeira coisa que temos de saber é:
-
2:53 - 2:54Qual é o meu limite?
-
2:55 - 2:59Mas o ponto chave é
que o nosso limite não é fixo; -
2:59 - 3:01é na verdade bastante dinâmico.
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3:01 - 3:05Expande-se ou estreita-se
conforme o contexto. -
3:05 - 3:09O que determina o nosso limite,
mais do que qualquer outra coisa, -
3:10 - 3:11é o nosso poder.
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3:11 - 3:14O nosso poder determina o nosso limite.
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3:14 - 3:15Que poder é esse?
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3:15 - 3:17O poder surge de muitas formas.
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3:17 - 3:20Em negociações, surge
na forma de alternativas. -
3:20 - 3:22O meu irmão não tinha alternativas,
-
3:22 - 3:23faltava-lhe poder.
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3:23 - 3:25A empresa tinha muitas alternativas;
-
3:25 - 3:26eles tinham poder.
-
3:26 - 3:29Por vezes é ser-se novo num país,
como um imigrante, -
3:29 - 3:31ou novo numa organização
-
3:31 - 3:32ou novo numa experiência,
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3:32 - 3:34como a minha mulher
e eu enquanto pais. -
3:34 - 3:36Por vezes é no trabalho,
-
3:36 - 3:39quando alguém é o chefe
e alguém é o subordinado. -
3:39 - 3:40Por vezes é nas relações,
-
3:40 - 3:43quando uma pessoa é mais dotada
do que a outra. -
3:43 - 3:47E o ponto chave é que,
quando se tem muito poder, -
3:47 - 3:49o nosso limite é mais amplo.
-
3:49 - 3:51Temos muita margem
na forma como nos comportamos. -
3:52 - 3:54Mas quando não temos poder,
o nosso limite estreita-se. -
3:55 - 3:56Temos muito pouca margem.
-
3:57 - 4:00O problema é que, quando
o nosso limite se estreita, -
4:00 - 4:04isso produz algo chamado
de vínculo duplo de pouco poder. -
4:04 - 4:07Este vínculo duplo do pouco poder acontece
-
4:07 - 4:10quando, se não dissermos o que pensamos,
passamos despercebidos, -
4:11 - 4:13mas se o fizermos, somos castigados.
-
4:13 - 4:16Muitos de vocês já ouviram
falar do termo "vínculo duplo" -
4:16 - 4:19e relacionam-no
com uma coisa, o sexo. -
4:19 - 4:23Neste vínculo, as mulheres que não dizem
o que pensam passam despercebidas, -
4:23 - 4:26e as que o fazem são castigadas.
-
4:26 - 4:31A questão é que as mulheres precisam
de se afirmar, tal como os homens, -
4:31 - 4:33mas têm barreiras para o fazer.
-
4:34 - 4:37O que a minha pesquisa mostrou
nas últimas duas décadas -
4:37 - 4:41é que o que parece ser
uma diferença de sexos -
4:41 - 4:43não é realmente
um vínculo duplo de sexo, -
4:43 - 4:46é na verdade um vínculo duplo
de pouco poder. -
4:46 - 4:48E o que parece ser
uma diferença de sexos -
4:48 - 4:51é muitas vezes uma diferença
de poder disfarçada. -
4:51 - 4:54Muitas vezes vemos uma diferença
entre um homem e uma mulher -
4:54 - 4:56ou entre homens e mulheres,
e pensamos: -
4:56 - 4:57"Causa biológica.
-
4:57 - 5:00"Existe algo fundamentalmente
diferente nos dois sexos." -
5:00 - 5:02Mas, estudo após estudo,
-
5:02 - 5:06descobri que a melhor explicação
para tantas diferenças nos sexos -
5:07 - 5:08é, na verdade, o poder.
-
5:08 - 5:11Por isso, é o vínculo duplo
de pouco poder. -
5:12 - 5:17E este vínculo significa
que temos um limite estreito, -
5:17 - 5:19e que nos falta poder.
-
5:19 - 5:20Temos um limite estreito,
-
5:20 - 5:22e o nosso vínculo duplo
é muito grande. -
5:22 - 5:25Temos de procurar formas
de expandir o nosso limite. -
5:25 - 5:26Nas últimas duas décadas,
-
5:26 - 5:29os meus colegas e eu descobrimos
duas coisas importantes. -
5:30 - 5:34A primeira: Parecemos
poderosos aos nossos olhos. -
5:34 - 5:38A segunda: Parecemos poderosos
aos olhos dos outros. -
5:38 - 5:39Quando me sinto poderoso,
-
5:40 - 5:42sinto-me confiante, não receoso.
-
5:42 - 5:44Expando o meu limite.
-
5:44 - 5:46Quando os outros
me veem como poderoso, -
5:47 - 5:49eles dão-me um limite mais amplo.
-
5:49 - 5:54Então, precisamos de ferramentas
para expandir o nosso limite. -
5:54 - 5:56E hoje vou dar-vos
um conjunto de ferramentas. -
5:56 - 5:58Dizer o que pensamos é arriscado,
-
5:59 - 6:02mas estas ferramentas
vão fazer baixar esse risco. -
6:03 - 6:09A primeira ferramenta que vos vou dar
foi descoberta nas negociações -
6:09 - 6:10num achado importante.
-
6:10 - 6:14Em média, as mulheres fazem
propostas menos ambiciosas -
6:14 - 6:18e têm menos contrapartidas
do que os homens nas negociações. -
6:18 - 6:21Mas a Hannah Riley Bowles
e a Emily Amanatullah descobriram -
6:21 - 6:25uma situação em que as mulheres têm
as mesmas contrapartidas do que os homens -
6:25 - 6:27e são igualmente ambiciosas.
-
6:27 - 6:31É quando defendem outros.
-
6:31 - 6:33Quando defendem outros,
-
6:33 - 6:38descobrem o seu limite
e expandem-no nas suas mentes. -
6:38 - 6:40Tornam-se mais assertivas.
-
6:40 - 6:43Isto, por vezes, chama-se:
"o efeito mãe galinha." -
6:43 - 6:46Como uma galinha
a defender os seus pintos, -
6:46 - 6:50quando defendemos os outros,
podemos descobrir a nossa própria voz. -
6:50 - 6:53Mas, por vezes, temos
de nos defender a nós próprios. -
6:53 - 6:55Como é que fazemos isso?
-
6:55 - 6:59Umas das ferramentas mais importantes
que temos para nos defendermos -
6:59 - 7:01é algo chamado
tomada de perspetiva. -
7:01 - 7:04A tomada de perspetiva
é algo muito simples: -
7:04 - 7:08é simplesmente olhar para o mundo
através dos olhos de outra pessoa. -
7:09 - 7:13É uma das ferramentas mais importantes
que temos para expandir o nosso limite. -
7:13 - 7:15Quando eu assume a vossa perspetiva,
-
7:15 - 7:17e penso no que vocês querem realmente,
-
7:17 - 7:20é mais provável que me deem
o que eu quero realmente. -
7:21 - 7:23Mas eis o problema:
-
7:23 - 7:25A tomada de perspetiva é muito difícil.
-
7:25 - 7:27Vamos fazer uma pequena experiência.
-
7:27 - 7:30Quero que levantem as mãos assim:
-
7:30 - 7:31o vosso dedo — para cima.
-
7:32 - 7:36E quero que escrevam
um "E" maiúsculo na testa, -
7:36 - 7:38o mais depressa possível.
-
7:40 - 7:43Ok, parece que podemos escrever
este "E" de duas maneiras possíveis. -
7:43 - 7:47Isto foi originalmente criado como
um teste de tomada de perspetiva. -
7:47 - 7:49Vou mostrar-vos duas fotografias
-
7:49 - 7:51de alguém com um "E" na sua testa
-
7:51 - 7:53— a minha antiga aluna, Erika Hall.
-
7:53 - 7:55E podem ver ali,
-
7:55 - 7:57que é o "E" correto.
-
7:57 - 8:00Desenhei a letra de forma
a parecer um "E" a outra pessoa. -
8:00 - 8:02Esta é o "E" da tomada de perspetiva
-
8:02 - 8:05porque parece um "E"
do ponto de vista de outra pessoa. -
8:05 - 8:08Mas este "E" aqui é focado
apenas em si mesmo. -
8:09 - 8:11Estamos muitas vezes focados em nós.
-
8:11 - 8:14Particularmente, se estivermos numa crise.
-
8:14 - 8:16Quero falar-vos
de uma crise em particular. -
8:16 - 8:20Um homem entra num banco
em Watsonville, na Califórnia e diz: -
8:21 - 8:23"Dê-me 2000 dólares,
-
8:23 - 8:25"ou faço o banco ir pelo ar
com uma bomba." -
8:26 - 8:28A gestora do banco não lhe deu o dinheiro.
-
8:28 - 8:29Deu um passo atrás.
-
8:30 - 8:31Assumiu a perspetiva dele
-
8:31 - 8:34e percebeu algo muito importante.
-
8:34 - 8:37Ele tinha pedido uma quantia
específica de dinheiro. -
8:37 - 8:38Então disse:
-
8:39 - 8:41"Porque é que pediu 2000 dólares?"
-
8:41 - 8:42E ele respondeu:
-
8:42 - 8:44"O meu amigo vai ser despejado
-
8:44 - 8:47a não ser que eu arranje
2000 dólares imediatamente." -
8:47 - 8:48E ela disse:
-
8:48 - 8:51"Ah! Então não quer roubar o banco,
quer um empréstimo." -
8:51 - 8:52(Risos)
-
8:52 - 8:54"Porque é que não vem
até ao meu gabinete, -
8:54 - 8:56"e preenchemos a papelada?"
-
8:56 - 8:57(Risos)
-
8:57 - 9:02A sua rápida tomada de perspetiva
resolveu uma situação explosiva. -
9:02 - 9:04Quando tomamos a perspetiva de alguém,
-
9:04 - 9:09isso permite-nos ser ambiciosos
e assertivos, continuando a ser simpáticos. -
9:09 - 9:12Eis uma outra forma
de ser assertivo e simpático, -
9:12 - 9:15que é mostrar flexibilidade.
-
9:15 - 9:19Agora, imaginem que são um vendedor
e querem vender um carro a alguém. -
9:20 - 9:24É mais provável que concretizem
a venda se lhe derem duas opções. -
9:24 - 9:26Digamos que a opção A é:
-
9:26 - 9:2924 000 dólares pelo carro
mais uma garantia de cinco anos. -
9:29 - 9:30Ou a opção B:
-
9:31 - 9:3323 000 dólares
e uma garantia de três anos. -
9:34 - 9:37A minha pesquisa mostra que, quando
se oferece uma escolha às pessoas, -
9:37 - 9:39isso baixa as suas defesas,
-
9:39 - 9:42e é mais provável
que aceitem a vossa oferta. -
9:42 - 9:44Isto não funciona apenas com vendedores;
-
9:44 - 9:46também funciona com os pais.
-
9:46 - 9:48Quando a minha sobrinha tinha quatro anos,
-
9:48 - 9:50não queria que a vestissem
e rejeitava tudo. -
9:50 - 9:53Mas a minha cunhada
teve uma ideia brilhante. -
9:53 - 9:56"E se eu desse uma escolha à minha filha?"
-
9:56 - 9:58- Esta camisa ou aquela?
- Ok, aquela camisa. -
9:58 - 10:00- Estas calças ou aquelas?
- Ok, aquelas calças. -
10:00 - 10:02Funcionou às mil maravilhas.
-
10:02 - 10:05Vestia-se depressa e sem resistência.
-
10:05 - 10:08Quando perguntei às pessoas
por todo o mundo -
10:08 - 10:10quando se sentem confortáveis
para dizer o que pensam, -
10:10 - 10:11a resposta número um é:
-
10:11 - 10:16"Quando tenho apoio social na audiência;
quando tenho aliados." -
10:16 - 10:20Então queremos aliados do nosso lado.
-
10:20 - 10:21Como é que fazemos isso?
-
10:22 - 10:24Bem, uma das formas
é ser uma mãe galinha. -
10:24 - 10:26Quando defendemos os outros.
-
10:26 - 10:29expandimos o nosso limite
aos nossos e aos olhos dos outros, -
10:29 - 10:31mas também ganhamos aliados fortes.
-
10:32 - 10:37Outra forma de ganhar aliados fortes,
especialmente em lugares de topo, -
10:37 - 10:39é pedir conselhos aos outros.
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10:39 - 10:45Quando pedimos um conselho,
gostam de nós porque as estamos a elogiar, -
10:45 - 10:47e a expressar humildade.
-
10:47 - 10:50E isto também resulta para resolver
outro vínculo duplo. -
10:51 - 10:53O vínculo duplo da autopromoção.
-
10:53 - 10:55O vínculo duplo da autopromoção
-
10:55 - 10:58é que, se não divulgarmos
os nossos feitos, -
10:58 - 10:59ninguém vai reparar.
-
10:59 - 11:02Mas, se o fizermos,
deixamos de ser simpáticos. -
11:02 - 11:05Mas, se pedirmos um conselho
acerca de um dos nossos feitos, -
11:05 - 11:10parecemos competentes aos seus olhos
e também somos simpáticos. -
11:10 - 11:13Isto é tão poderoso
-
11:13 - 11:15que funciona, mesmo quando
sabemos que vai acontecer. -
11:15 - 11:20Houve várias vezes na minha vida
em que fui avisado -
11:20 - 11:24de que uma pessoa com pouco poder
foi aconselhada a pedir-me conselhos. -
11:24 - 11:27Quero que reparem em três coisas nisto:
-
11:27 - 11:30Primeiro, eu sabia que eles
viriam ter comigo pedir conselhos. -
11:30 - 11:34Segundo, eu tinha pesquisado
sobre os benefícios estratégicos -
11:34 - 11:35de pedir conselhos.
-
11:36 - 11:38E terceiro, funcionou na mesma!
-
11:39 - 11:40Assumi as suas perspetivas,
-
11:40 - 11:42Fiquei mais interessado
nas suas decisões, -
11:42 - 11:46Fiquei mais comprometido com eles
por me terem pedido conselhos. -
11:46 - 11:50Outra altura em que nos sentimos
mais confiantes para dizer o que pensamos -
11:50 - 11:52é quando temos conhecimento.
-
11:52 - 11:54O conhecimento dá-nos credibilidade.
-
11:55 - 11:58Quando temos muito poder,
já temos credibilidade. -
11:58 - 11:59Só precisamos de uma boa prova.
-
12:00 - 12:03Quando não temos poder,
não temos credibilidade. -
12:03 - 12:05Precisamos de uma prova excelente.
-
12:05 - 12:09Uma das formas de passarmos
por um especialista -
12:09 - 12:11é explorar a nossa paixão.
-
12:12 - 12:16Nos próximos dias quero
que toda a gente vá ter com um amigo -
12:16 - 12:17e lhe diga:
-
12:17 - 12:20"Quero que me descrevas uma paixão tua."
-
12:21 - 12:23Tive pessoas a fazer isto
por todo o mundo -
12:23 - 12:25e perguntei-lhes:
-
12:25 - 12:27"O que repararam na outra pessoa
-
12:27 - 12:29"quando vos descreveu a sua paixão?"
-
12:29 - 12:31A resposta foi sempre a mesma.
-
12:31 - 12:33"Os seus olhos aumentaram
e começaram a brilhar." -
12:33 - 12:36"Fizeram um sorriso enorme."
-
12:36 - 12:37"Gesticularam muito
-
12:37 - 12:40"— tive de me desviar das suas mãos.
-
12:40 - 12:42"Falaram muito depressa
e num tom mais agudo. -
12:42 - 12:43(Risos)
-
12:43 - 12:46"Inclinaram-se como se me estivessem
a dizer um segredo." -
12:46 - 12:47E depois eu disse-lhes:
-
12:47 - 12:50"O que vos aconteceu enquanto os ouviam?"
-
12:50 - 12:53Eles responderam:
"Os meus olhos brilharam. -
12:53 - 12:54"Sorri.
-
12:54 - 12:55"Inclinei-me."
-
12:55 - 12:57Quando exploramos a nossa paixão,
-
12:57 - 13:01damos a nós mesmos,
aos nossos olhos, a coragem de falar, -
13:01 - 13:04mas recebemos também
a permissão dos outros para falar. -
13:05 - 13:10Explorar a nossa paixão funciona
mesmo quando parecemos muito fracos. -
13:11 - 13:15Tanto os homens como as mulheres
são castigados no trabalho quando choram. -
13:15 - 13:22Mas a Lizzie Wolf demonstrou que, quando
mostramos emoções enquanto paixão, -
13:22 - 13:28a condenação do nosso choro desparece
tanto para homens como para mulheres. -
13:29 - 13:32Quero terminar com algumas
palavras do meu falecido pai -
13:32 - 13:34que foram proferidas
no casamento do meu irmão. -
13:35 - 13:36Aqui está uma fotografia nossa.
-
13:38 - 13:40O meu pai era psicólogo tal como eu,
-
13:40 - 13:44mas a sua verdadeira paixão era o cinema,
-
13:44 - 13:45tal como o meu irmão.
-
13:45 - 13:48Então, ele escreveu um discurso
para o casamento do meu irmão -
13:48 - 13:51sobre o papel que desempenhamos
na comédia humana e disse: -
13:51 - 13:53"Quanto mais leve o nosso toque,
-
13:53 - 13:57"melhor nos tornamos a melhorar
e a enriquecer o nosso desempenho. -
13:57 - 14:01"Aqueles que aceitam o seu papel
e tentam melhorar o seu desempenho -
14:02 - 14:05"crescem, mudam e expandem-se.
-
14:05 - 14:06"Façam-no bem,
-
14:06 - 14:09"e os vossos dias
serão muito mais felizes." -
14:09 - 14:11O que o meu pai estava a dizer
-
14:11 - 14:14é que nos foram atribuídos
vários papéis e limites neste mundo. -
14:15 - 14:19Mas ele estava também a falar
da essência desta palestra: -
14:19 - 14:24estes papéis e limites estão
constantemente a expandir-se e a evoluir. -
14:25 - 14:27Por isso, quando a cena o pede,
-
14:27 - 14:29sejam uma mãe galinha feroz
-
14:29 - 14:31e procurem conselhos, humildemente.
-
14:32 - 14:36Tenham provas excelentes
e aliados fortes. -
14:36 - 14:38Tomem perspetivas de forma apaixonada.
-
14:39 - 14:40E se usarem estas ferramentas
-
14:41 - 14:44— e cada um de vocês pode
usar estas ferramentas — -
14:44 - 14:48vão expandir o vosso limite
de comportamento aceitável, -
14:48 - 14:51e os vossos dias vão
ser muito mais alegres. -
14:52 - 14:53Obrigado.
-
14:53 - 14:56(Aplausos)
- Title:
- Como dizer o que pensamos
- Speaker:
- Adam Galinsky
- Description:
-
Dizer o que pensamos é difícil, mesmo quando sabemos que o deveríamos fazer. Aprenda a ser mais assertivo, a navegar por situações sociais traiçoeiras e a expandir o seu poder pessoal com a sábia orientação do psicólogo social Adam Galinsky.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:08
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Riaki Ponist
Hello, TEDx version of this talk is available in this link:
http://www.amara.org/en/teams/ted/tasks/?team_video=414443
If you are translating or have translated this talk, please consider taking the TEDx version as well.