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Como transformar a fadiga do apocalipse em ação contra o aquecimento global

  • 0:01 - 0:04
    Como mantemos as pessoas empenhadas
    em resolver o aquecimento global?
  • 0:06 - 0:10
    Gostaria de começar fazendo dois breves
    experimentos com todos vocês.
  • 0:11 - 0:15
    A tarefa de vocês é notar se sentem
    alguma diferença à medida que eu falo.
  • 0:16 - 0:17
    Está bem?
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    Vamos lá.
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    Estamos vendo níveis elevados
    de dióxido de carbono,
  • 0:23 - 0:26
    cerca de 410 ppm.
  • 0:27 - 0:33
    Para evitar o cenário RCP 8.5,
    precisamos de descarbonização rápida.
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    O orçamento global de carbono
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    para 66% de probabilidade
    de atingir o objetivo de dois graus
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    é de aproximadamente 800 gigatoneladas.
  • 0:44 - 0:46
    (Risos)
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    Agora vamos tentar de outra forma.
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    Estamos caminhando
    rumo a um planeta inabitável:
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    tempestades monstruosas,
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    inundações impressionantes,
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    incêndios florestais devastadores,
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    ondas de calor insanas
    que nos cozinharão sob um sol escaldante.
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    O ano de 2017 já está
    tão inesperadamente quente.
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    Está enlouquecendo
    os cientistas climáticos.
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    Temos uma janela de três anos
    para reduzir as emissões, três anos.
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    Caso contrário, viveremos, em breve,
    num planeta fervente, num inferno.
  • 1:24 - 1:25
    Está bem.
  • 1:26 - 1:28
    (Aplausos)
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    Agora a tarefa de vocês.
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    Como essas formas de falar
    fazem vocês se sentirem?
  • 1:34 - 1:38
    A primeira: talvez imparcial
    ou apenas confusa?
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    Do que esse cara está falando?
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    A outra: temível ou apenas sombria?
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    Então novamente lhes pergunto:
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    como mantemos as pessoas empenhadas
    em resolver o aquecimento global?
  • 1:50 - 1:53
    E por que essas duas formas
    de comunicação não funcionam?
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    O maior obstáculo para lidar
    com as perturbações climáticas
  • 1:58 - 2:00
    somos nós.
  • 2:01 - 2:05
    Com base em um grupo crescente
    de psicologia e ciências sociais,
  • 2:05 - 2:09
    passei anos analisando
    as cinco defesas internas
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    que impedem as pessoas de se envolverem.
  • 2:12 - 2:16
    Quando as pessoas ouvem notícias
    sobre o clima vindo diretamente a elas,
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    a primeira defesa surge rapidamente:
  • 2:19 - 2:20
    a distância.
  • 2:21 - 2:25
    Quando ouvimos sobre o clima, ouvimos
    sobre algo muito distante no espaço:
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    como o gelo do Ártico, os ursos polares;
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    muito longe no tempo: como 2100.
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    É imenso e leva tempo:
    como gigatoneladas e séculos.
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    Então não acontece aqui nem agora.
  • 2:41 - 2:46
    Já que parece tão distante de mim,
    parece fora do meu círculo de influência.
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    Sinto-me impotente em relação a isso.
  • 2:49 - 2:50
    Não há nada que eu possa fazer.
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    No nosso dia a dia,
  • 2:52 - 2:55
    a maioria de nós prefere pensar
    nas coisas mais próximas,
  • 2:55 - 2:58
    como nosso emprego, nossos filhos,
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    quantas curtidas conseguimos no Facebook.
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    Isso sim é real.
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    A próxima defesa é a destruição.
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    A mudança climática geralmente é retratada
  • 3:11 - 3:13
    como um desastre iminente,
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    trazendo perdas, custos e sacrifícios.
  • 3:16 - 3:17
    Isso nos assusta.
  • 3:18 - 3:22
    Mas, depois de passar o primeiro susto,
  • 3:22 - 3:26
    nosso cérebro quer logo
    evitar totalmente esse assunto.
  • 3:26 - 3:30
    Depois de 30 anos de avisos
    assustadores sobre a mudança climática -
  • 3:30 - 3:34
    mais de 80% dos artigos da imprensa
    ainda usam quadros de desastre -
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    as pessoas se acostumaram com isso,
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    e então se tornaram insensíveis
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    ao excesso de destruição.
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    Muitos de nós estão sofrendo agora
    uma espécie de fadiga do apocalipse,
  • 3:47 - 3:50
    ficando entorpecidos
    por tanta pornografia de colapso.
  • 3:50 - 3:52
    (Risos)
  • 3:52 - 3:54
    A terceira defesa é a dissonância.
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    Saber que o uso de combustível natural
    contribui para o aquecimento global
  • 4:00 - 4:03
    entra em conflito com nossas ações:
    dirigir, voar, comer carne.
  • 4:03 - 4:05
    Então a chamada dissonância
    cognitiva se instala.
  • 4:06 - 4:08
    Isso se traduz num desconforto interno.
  • 4:08 - 4:10
    Podemos nos sentir hipócritas.
  • 4:11 - 4:12
    Para nos livrarmos desse desconforto,
  • 4:13 - 4:16
    nosso cérebro começa
    a apresentar justificativas.
  • 4:16 - 4:18
    Podemos dizer, por exemplo:
  • 4:18 - 4:21
    "Meu vizinho tem um carro
    bem maior do que o meu",
  • 4:23 - 4:24
    ou:
  • 4:24 - 4:28
    "Não adianta nada mudar
    minha dieta se só eu fizer isso".
  • 4:30 - 4:33
    Ou poderíamos até querer duvidar
    da própria ciência climática.
  • 4:33 - 4:37
    Poderíamos dizer:
    "O clima está sempre mudando".
  • 4:39 - 4:42
    Então essas justificativas
    nos fazem sentir melhor,
  • 4:42 - 4:44
    mas às custas
  • 4:45 - 4:46
    de deixar de lado o que conhecemos.
  • 4:47 - 4:50
    Assim o comportamento conduz as atitudes.
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    Minha dissonância cognitiva
    pessoal aparece
  • 4:55 - 4:58
    quando reconheço que voei
    de Oslo a Nova York
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    e de volta a Oslo
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    para falar sobre o clima.
  • 5:02 - 5:04
    (Risos)
  • 5:04 - 5:05
    Por 14 minutos.
  • 5:06 - 5:08
    (Risos)
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    Dá vontade de seguir ao estado de negação.
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    (Risos)
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    Se nos mantivermos em silêncio,
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    ignorarmos ou ridicularizarmos
    os fatos sobre as perturbações climáticas,
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    poderemos encontrar refúgio interno
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    do medo e da culpa.
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    A negação não vem da falta
    de inteligência ou conhecimento.
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    Não, a negação é um estado de espírito
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    em que podemos estar cientes
    de algo preocupante,
  • 5:35 - 5:38
    mas vivemos e agimos
    como se não soubéssemos.
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    Podemos chamar isso
    de uma espécie de vida dupla,
  • 5:41 - 5:43
    sabemos e não sabemos,
  • 5:43 - 5:45
    e, muitas vezes,
    isso é reforçado pelos outros,
  • 5:45 - 5:47
    pela família ou comunidade,
  • 5:47 - 5:50
    que concorda em não levantar
    essa questão delicada.
  • 5:51 - 5:53
    Finalmente, a identidade.
  • 5:55 - 5:57
    Os ativistas climáticos alarmados
  • 5:59 - 6:01
    exigem que o governo tome medidas,
  • 6:01 - 6:03
    seja por regulamentação
    ou impostos sobre o carbono.
  • 6:04 - 6:06
    Mas considerem o que acontece
  • 6:06 - 6:09
    quando, por exemplo, as pessoas
    com valores conservadores
  • 6:09 - 6:13
    ouvem um ativista dizer que o governo
    deve crescer ainda mais.
  • 6:15 - 6:17
    Especialmente nas democracias
    ocidentais ricas,
  • 6:17 - 6:20
    será menos provável
    que acreditem na ciência.
  • 6:21 - 6:22
    Como assim?
  • 6:23 - 6:26
    Se eu tiver valores
    conservadores, por exemplo,
  • 6:26 - 6:31
    é provável que eu prefira carros grandes
    apropriados e um governo pequeno
  • 6:31 - 6:34
    a carros muito pequeninos
    e um governo enorme.
  • 6:35 - 6:39
    Se a ciência climática chegar e disser
  • 6:39 - 6:41
    que o governo deve crescer mais,
  • 6:41 - 6:45
    é provável que eu confie
    menos nessa ciência.
  • 6:46 - 6:48
    Desta forma, a identidade cultural
  • 6:49 - 6:51
    começa a pesar mais do que os fatos.
  • 6:51 - 6:54
    Os valores consomem os fatos,
  • 6:54 - 6:57
    e minha identidade
    sempre supera a verdade.
  • 6:59 - 7:04
    Após reconhecer como essas cinco defesas
    acabam com o compromisso,
  • 7:04 - 7:06
    como podemos superá-las?
  • 7:07 - 7:11
    Uma nova pesquisa mostra como podemos
    substituir essas cinco defesas
  • 7:11 - 7:13
    por critérios fundamentais de sucesso
  • 7:13 - 7:16
    para uma comunicação climática
    mais amigável para o cérebro.
  • 7:19 - 7:22
    É aqui que a coisa fica interessante
    e onde encontramos as cinco soluções,
  • 7:23 - 7:27
    as cinco soluções baseadas
    em evidências para o que funciona.
  • 7:28 - 7:31
    Primeiro, podemos substituir
    a distância pelo social.
  • 7:32 - 7:35
    Podemos fazer com que o clima
    pareça próximo, pessoal e urgente
  • 7:35 - 7:38
    trazendo-o para casa,
  • 7:39 - 7:42
    e podemos fazer isso
    divulgando normas sociais
  • 7:42 - 7:44
    que são benéficas para as soluções.
  • 7:44 - 7:46
    Se eu acreditar
    que meus amigos ou vizinhos,
  • 7:46 - 7:48
    vocês, farão alguma coisa,
  • 7:48 - 7:49
    eu também farei.
  • 7:50 - 7:53
    Podemos, por exemplo, ver isso
    nos painéis solares dos telhados.
  • 7:53 - 7:56
    Estão se espalhando
    pela vizinhança como um vírus.
  • 7:56 - 7:58
    É contagiante.
  • 7:58 - 8:01
    Este é o poder colaborativo
    criando o novo normal.
  • 8:02 - 8:05
    Em seguida, podemos substituir
    destruição por solidário.
  • 8:06 - 8:10
    Em vez de enquadramentos que dão errado,
    como desastres e custos,
  • 8:11 - 8:15
    podemos reenquadrar o clima
    como sendo realmente sobre a saúde humana,
  • 8:17 - 8:21
    por exemplo, com hambúrgueres
    deliciosos à base de vegetais,
  • 8:21 - 8:23
    bons para vocês e para o clima.
  • 8:23 - 8:27
    Também podemos reenquadrar o clima
    como novas oportunidades tecnológicas,
  • 8:27 - 8:30
    sobre segurança e novos empregos.
  • 8:31 - 8:34
    Os empregos solares, por exemplo,
    estão em franca expansão.
  • 8:34 - 8:36
    Acabaram de passar a marca
    dos 3 milhões de empregos.
  • 8:37 - 8:40
    A psicologia diz que,
    para gerar envolvimento,
  • 8:40 - 8:43
    devemos apresentar, em equilíbrio,
  • 8:43 - 8:46
    três enquadramentos
    positivos ou motivadores
  • 8:46 - 8:48
    para cada ameaça climática mencionada.
  • 8:49 - 8:51
    Podemos então substituir a dissonância
  • 8:51 - 8:54
    por ações mais simples.
  • 8:54 - 8:55
    É o chamado "empurrãozinho".
  • 8:55 - 9:00
    A ideia é, por meio
    de uma melhor arquitetura,
  • 9:01 - 9:04
    tornar os comportamentos
    favoráveis ao clima
  • 9:04 - 9:06
    padrões e convenientes.
  • 9:08 - 9:10
    Vamos ilustrar isso:
    vejamos o desperdício de comida.
  • 9:10 - 9:14
    O desperdício de comida
    nos restaurantes diminuirá bastante
  • 9:14 - 9:18
    se o tamanho do prato ou da caixa
    diminuir um pouco,
  • 9:18 - 9:21
    porque o prato menor vai parecer cheio,
  • 9:21 - 9:23
    mas a caixa grande vai parecer meio vazia,
  • 9:23 - 9:25
    e, por isso, colocamos mais.
  • 9:25 - 9:28
    Assim os pratos menores fazem
    uma grande diferença para o desperdício.
  • 9:29 - 9:31
    Há centenas de empurrõezinhos
    inteligentes como esse.
  • 9:31 - 9:35
    A questão é que a dissonância diminuirá
    com mais "empurrõezinhos" como esse.
  • 9:36 - 9:40
    Depois podemos substituir a negação
  • 9:40 - 9:43
    adaptando os sinais que tornam
    o nosso progresso visível.
  • 9:43 - 9:46
    Podemos dar um feedback motivador
  • 9:46 - 9:49
    sobre como estamos nos saindo
    na resolução de nossos problemas.
  • 9:49 - 9:51
    Vamos supor que melhoramos
    o impacto do transporte
  • 9:51 - 9:54
    ou cortamos o desperdício
    de energia em nossos edifícios.
  • 9:55 - 9:58
    Um aplicativo que sabe compartilhar
    bem isso é o "Ducky".
  • 9:58 - 10:00
    A ideia é registrar nossas ações lá,
  • 10:00 - 10:04
    e poder ver depois o desempenho
    de nossa equipe ou empresa,
  • 10:04 - 10:06
    para obtermos sinais em tempo real.
  • 10:07 - 10:09
    Finalmente, a identidade.
  • 10:10 - 10:13
    Podemos mudar a identidade
    com melhores histórias.
  • 10:14 - 10:16
    Nosso cérebro adora histórias.
  • 10:17 - 10:20
    Precisamos de histórias melhores
    sobre para onde queremos ir,
  • 10:20 - 10:24
    e de mais histórias dos heróis
    e das heroínas de todos os tipos
  • 10:24 - 10:26
    que fazem a verdadeira mudança acontecer.
  • 10:28 - 10:31
    Tenho orgulho de minha cidade de Oslo
  • 10:31 - 10:36
    estar embarcando numa jornada arrojada
    de eletrificação de todos os transportes,
  • 10:36 - 10:39
    sejam carros, motos ou ônibus.
  • 10:39 - 10:42
    Uma das líderes dessa campanha
    é Christina Bu.
  • 10:43 - 10:47
    Ela está à frente da Electric
    Vehicle Association há anos
  • 10:47 - 10:49
    e tem lutado todos os dias.
  • 10:50 - 10:53
    Reino Unido, França, Índia e China
    também anunciaram planos
  • 10:53 - 10:56
    para pôr um fim às vendas
    de carros antigos.
  • 10:56 - 10:58
    Isso sim é imponente.
  • 10:58 - 11:03
    Em Oslo, podemos ver como proprietários
    entusiastas de veículos elétricos
  • 11:03 - 11:06
    contam para amigos e vizinhos
    as histórias sobre seus veículos
  • 11:06 - 11:08
    e os trazem junto.
  • 11:08 - 11:11
    Demos uma volta completa
    desde a história até o social.
  • 11:14 - 11:19
    Milhares de comunicadores climáticos
    começam a usar essas soluções
  • 11:19 - 11:20
    em todo o mundo.
  • 11:21 - 11:27
    Mas é evidente que as soluções individuais
    não bastam para resolver o clima sozinho,
  • 11:28 - 11:33
    mas constroem um apoio mais forte
  • 11:34 - 11:37
    para políticas e soluções
    capazes de fazer isso.
  • 11:37 - 11:40
    É por isso que o comprometimento
    das pessoas é tão importante.
  • 11:42 - 11:45
    Comecei esta palestra
  • 11:45 - 11:48
    experimentando com vocês
    duas formas de comunicar o clima.
  • 11:50 - 11:52
    Há também uma outra forma,
  • 11:52 - 11:54
    que gostaria de compartilhar com vocês.
  • 11:54 - 11:58
    Começa com reimaginar o clima em si
    como o ar que respiramos.
  • 11:59 - 12:03
    O clima não é algo abstrato
    e distante, muito longe de nós.
  • 12:03 - 12:06
    Trata-se deste ar que nos cerca;
  • 12:07 - 12:10
    este ar, que também
    podemos sentir neste lugar,
  • 12:10 - 12:13
    e que estamos respirando neste momento.
  • 12:14 - 12:17
    Este ar é a pele da nossa Terra.
  • 12:17 - 12:19
    É incrivelmente fina,
  • 12:20 - 12:24
    comparada ao tamanho da Terra
    e do cosmos do qual nos protege,
  • 12:24 - 12:29
    muito mais fina do que a casca de uma maçã
    em comparação com seu diâmetro.
  • 12:30 - 12:32
    Pode parecer infinito
    quando olhamos para cima,
  • 12:33 - 12:38
    mas o ar lindo e respirável tem apenas
    cerca de 8 a 11 km de espessura,
  • 12:38 - 12:42
    uma frágil embalagem
    ao redor de uma bola maciça.
  • 12:44 - 12:48
    Dentro dessa pele, estamos todos
    intimamente ligados.
  • 12:49 - 12:51
    O ar que você acabou de respirar
  • 12:51 - 12:56
    continha cerca de 400 mil
    dos mesmos átomos de argônio
  • 12:56 - 12:59
    que Gandhi respirou durante a vida dele.
  • 13:01 - 13:05
    Dentro desta película
    fina, flutuante e instável,
  • 13:05 - 13:08
    toda a vida é nutrida,
    protegida e mantida.
  • 13:10 - 13:11
    Ela isola e regula as temperaturas
  • 13:11 - 13:15
    em uma escala adequada para haver
    água e vida conforme conhecemos,
  • 13:15 - 13:19
    e fazendo a mediação entre
    o oceano azul e a eternidade sombria,
  • 13:20 - 13:23
    as nuvens carregam todos
    os bilhões de toneladas de água
  • 13:23 - 13:24
    necessária para os solos.
  • 13:25 - 13:27
    O ar enche os rios,
  • 13:27 - 13:29
    agita as águas,
  • 13:29 - 13:30
    irriga as florestas.
  • 13:31 - 13:33
    Com um estranhamento global do clima,
  • 13:33 - 13:38
    há boas razões para sentir
    medo e desespero.
  • 13:39 - 13:44
    Mas podemos lamentar
    as perdas e o estado de hoje
  • 13:45 - 13:49
    e depois mudar para enfrentar o futuro
    com olhar sóbrio e determinação.
  • 13:51 - 13:53
    A nova psicologia da ação climática
  • 13:54 - 13:57
    reside em abandonar não a ciência,
  • 13:57 - 14:00
    mas as muletas
    da abstração e da destruição,
  • 14:01 - 14:03
    e depois optar por contar
    as novas histórias.
  • 14:04 - 14:06
    Estas são as histórias
  • 14:06 - 14:09
    de como conseguimos reduzir
    e reverter o aquecimento global.
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    Estas são as histórias
    dos passos que damos
  • 14:13 - 14:18
    como povos, cidades, empresas
    e organismos públicos
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    para zelar pelo ar
    apesar das fortes resistências.
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    Estas são as histórias
    dos passos que damos
  • 14:26 - 14:30
    porque elas estabelecem o que somos
    enquanto seres humanos:
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    terráqueos dentro deste ar respirável.
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    Obrigado.
  • 14:38 - 14:40
    (Aplausos)
Title:
Como transformar a fadiga do apocalipse em ação contra o aquecimento global
Speaker:
Per Espen Stoknes
Description:

O maior obstáculo para lidar com as perturbações climáticas somos nós, diz o psicólogo e economista Per Espen Stokes. Ele passou anos estudando as defesas que usamos para evitar pensar sobre o extinção de nosso planeta e descobrindo uma nova maneira de falar sobre o aquecimento global que nos impeça de desistir. Afaste-se das narrativas do dia do juízo final e aprenda como fazer o cuidado pela Terra algo agradável, possível e fortalecedor com esta palestra divertida e informativa.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:00

Portuguese, Brazilian subtitles

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