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TED Global 2013 Found in Translation - Teddy Cruz

  • 0:09 - 0:11
    Doug Chilcott: Boa tarde a todos.
  • 0:11 - 0:14
    Bem-vindos ao encontro
    da Tradução Livre no TED Global 2013.
  • 0:14 - 0:16
    Hoje, temos o prazer
    de receber Teddy Cruz,
  • 0:16 - 0:19
    que acabou de sair do palco do TED,
  • 0:19 - 0:22
    onde falou sobre uma forma
    corajosa de projetar, planejar
  • 0:22 - 0:25
    e construir cidades no futuro,
    tem sobre o qual falaremos hoje.
  • 0:25 - 0:31
    Hoje aqui no salão,
    temos Bryant, da China,
  • 0:31 - 0:34
    Irteza, do Paquistão,
  • 0:34 - 0:36
    Jan, da Checoslováquia,
  • 0:36 - 0:38
    e Unnawut, da Tailândia.
  • 0:38 - 0:41
    E, no Skype, bem-vindo, pessoal.
  • 0:41 - 0:43
    Teddy, obrigado por participar.
  • 0:43 - 0:44
    TC: Obrigado.
  • 0:44 - 0:47
    DC: Engraçado, quando se fala
    em planejamento urbano,
  • 0:47 - 0:50
    sempre se pensa em gigantes,
    como Xangai e Dubai.
  • 0:50 - 0:54
    Por que você não considera
    essas cidades uma fonte de inspiração?
  • 0:55 - 0:58
    TC: Nossa! Você começou com o pé direito.
  • 0:58 - 1:02
    Novamente, como mencionei na apresentação,
  • 1:03 - 1:06
    depois da fuga em massa
    dos investimentos nos últimos anos,
  • 1:06 - 1:12
    tanto na arquitetura, no planejamento
    e na inteligência urbana, do mundo todo,
  • 1:13 - 1:15
    para esses ambientes,
  • 1:15 - 1:19
    e a explosão do fenômeno
    de urbanização de Dubai a Xangai,
  • 1:19 - 1:22
    para muitos desses centros
    de poder econômico,
  • 1:22 - 1:24
    eu não acho, e talvez
    vocês possam me dizer,
  • 1:24 - 1:27
    mas simplesmente não consigo
    ver uma única ideia
  • 1:27 - 1:30
    que tenha emergido dessas transformações.
  • 1:30 - 1:34
    Na verdade, as melhores ideias
    sobre urbanização,
  • 1:34 - 1:38
    no contexto de gerar
    outras modalidades de planejamento,
  • 1:38 - 1:40
    de repensar a infraestrutura,
  • 1:40 - 1:42
    de habitação a preços acessíveis,
  • 1:42 - 1:47
    de mobilizar outros processos
    de participação pública,
  • 1:47 - 1:50
    etc., foram acontecendo na América Latina,
    mas ninguém percebeu.
  • 1:50 - 1:55
    Assim, a provocação que faço é que
    não houve nenhum avanço de ideias
  • 1:55 - 1:56
    em Dubai ou Xangai.
  • 1:56 - 2:01
    E, de fato, elas estavam apenas imitando
    e reproduzindo as piores fórmulas
  • 2:01 - 2:05
    de planejamento urbano geradas
    nos Estados Unidos nas últimas décadas.
  • 2:05 - 2:07
    Bryant Yeh: Qual seria sua estratégia
  • 2:07 - 2:10
    se, digamos, transplantássemos
  • 2:10 - 2:14
    algumas dessas estratégias
    e as aplicássemos nesses países?
  • 2:14 - 2:19
    Quando se tem esse tipo de capitalismo
    autoritário, como lidar com isso?
  • 2:19 - 2:22
    TC: Trabalhei como artista
    na Coreia do Sul,
  • 2:22 - 2:25
    intervindo em projetos
    ligados ao espaço público
  • 2:25 - 2:27
    e à política habitacional.
  • 2:27 - 2:32
    E estudei muitos desses bairros
    programados para serem demolidos,
  • 2:32 - 2:38
    e foi incrível investigar a quantidade
    de práticas de economias informais
  • 2:38 - 2:42
    de cunho organizacional social
    enraizadas nesses bairros.
  • 2:42 - 2:48
    Teve um homem que fez uma criação
    de lesmas em quatro telhados do seu bloco
  • 2:48 - 2:52
    e, ao fazê-lo, acabou produzindo
    um modelo cooperativo
  • 2:52 - 2:56
    para preservar a economia
    do ambiente ao seu redor.
  • 2:58 - 3:03
    É difícil imaginar que essas energias
    socioeconômicas empreendedoras
  • 3:03 - 3:04
    foram completamente minadas.
  • 3:04 - 3:07
    Tá, sabemos que a cidade
    precisa se transformar.
  • 3:07 - 3:10
    Não estou falando em deixar
    esses bairros intactos.
  • 3:10 - 3:14
    Mas, antes de destruí-los,
    vamos entender o que eles produziram.
  • 3:14 - 3:15
    BY: Certo.
  • 3:15 - 3:18
    TC: E o que estive investigando
    cá no meu lado do mundo,
  • 3:18 - 3:20
    na fronteira entre o México
    e os Estados Unidos,
  • 3:20 - 3:23
    é que a densidade demográfica
    precisa ser repensada
  • 3:23 - 3:26
    como um montante de intercâmbios
    socioeconômicos por área,
  • 3:26 - 3:29
    e isso é o que define
    muitos desses bairros.
  • 3:29 - 3:34
    BY: Mas um construtor vê isso
    e percebe que não dá para lucrar aí.
  • 3:35 - 3:40
    Assim, como vender essa ideia
    para os donos do poder
  • 3:40 - 3:44
    ou as partes interessadas da comunidade,
    que são efetivamente quem conduz tudo?
  • 3:44 - 3:48
    Quando você chega como um urbanista
    e diz... é bem complicado, né?
  • 3:48 - 3:51
    Sabemos que o mundo
    dos arquitetos e urbanistas
  • 3:51 - 3:56
    se desgastou de certa forma, mas, ao
    se lidar com problemas em grande escala,
  • 3:56 - 3:58
    qual seria sua estratégia
    para enfrentá-los?
  • 3:58 - 3:59
    TC: Excelente pergunta.
  • 3:59 - 4:05
    Acho que é aí onde começamos a considerar
    e expandir o papel dos arquitetos
  • 4:05 - 4:10
    e urbanistas, que podem começar a atuar
    como facilitadores ou mediadores
  • 4:10 - 4:13
    do conhecimento de baixo para cima,
  • 4:13 - 4:15
    e a lógica, econômica e politicamente,
  • 4:15 - 4:18
    da organização de cima para baixo,
  • 4:18 - 4:22
    porque, mesmo os ativistas
    que trabalham nesses bairros
  • 4:22 - 4:25
    não estavam conscientes
    desse conhecimento.
  • 4:25 - 4:27
    Eles estão enfrentando os construtores,
  • 4:27 - 4:30
    mas não representam
    o conhecimento da comunidade.
  • 4:30 - 4:32
    BY: Então eles não dão uma solução?
  • 4:32 - 4:33
    TC: Exatamente.
  • 4:33 - 4:38
    E acho que essa é uma lacuna
    que precisa ser preenchida.
  • 4:38 - 4:43
    É uma questão difícil, pois tudo isso
    tem a ver com o montante do lucro.
  • 4:43 - 4:50
    Acho que possibilitar projetos
    ou processos habitacionais
  • 4:50 - 4:54
    que permitam a uma comunidade tirar
    proveito da sua própria infraestrutura
  • 4:54 - 4:56
    e da sua habitação
    é do que precisamos falar.
  • 4:56 - 5:00
    Mas, sim, esta polarização entre de baixo
    para cima e de cima para abaixo,
  • 5:00 - 5:03
    ainda há muito
    a ser dito e feito, realmente,
  • 5:03 - 5:06
    para produzir novos modelos
    de representação política,
  • 5:06 - 5:09
    mas também da participação da comunidade.
  • 5:09 - 5:10
    E isso é o que está faltando.
  • 5:10 - 5:16
    BY: Então, o urbanista deve agir
    como facilitador, tradutor e mediador?
  • 5:16 - 5:17
    TC: Exatamente.
  • 5:17 - 5:21
    Essa é a ideia que gostaria de ter
    apresentado em 13 minutos, mas é difícil.
  • 5:21 - 5:26
    DC: Gostaria de ouvir comentários
    de alguns moradores de cidades grandes.
  • 5:26 - 5:29
    Nati, de São Paulo, você tem
    uma pergunta para o Teddy?
  • 5:29 - 5:33
    Nati Garcia: Com base no que estamos
    discutindo aqui, queria lhe perguntar
  • 5:33 - 5:37
    como os construtores podem
    reinventar seu negócio?
  • 5:37 - 5:38
    Existem novas maneiras
  • 5:38 - 5:45
    de construção na qual eles forneçam
    uma espécie de valorização das melhorias?
  • 5:45 - 5:49
    Existe uma maneira em que os construtores
    possam modificar seus negócios
  • 5:49 - 5:52
    e deixar um bom legado para as cidades?
  • 5:52 - 5:57
    TC: A resposta, de certo modo, é que não
    podemos esperar pelos construtores,
  • 5:57 - 5:59
    eles não são nossos clientes.
  • 5:59 - 6:03
    Acho que temos de começar por nós
    próprios conquistando o conhecimento
  • 6:03 - 6:07
    dos construtores, para que nós,
    como projetistas, arquitetos,
  • 6:07 - 6:12
    urbanistas, nos tornemos os construtores
    de novos modelos de habitação,
  • 6:12 - 6:16
    porque o conhecimento
    está aí para ser mobilizado.
  • 6:16 - 6:22
    O tipo de inteligência que o construtor
    tem ao manipular recursos
  • 6:22 - 6:26
    e tempo está todo nas planilhas.
  • 6:26 - 6:28
    E esse conhecimento está distante de nós.
  • 6:28 - 6:32
    Assim, por um lado, nossos clientes
    devem ser nós mesmos;
  • 6:32 - 6:36
    em segundo lugar,
    ou principalmente, as comunidades.
  • 6:36 - 6:42
    A ideia de que assentamentos
    ou bairros informais
  • 6:42 - 6:46
    facilitados por práticas
    comunitárias existentes,
  • 6:46 - 6:50
    seja de ONGs ou de outros modos
    de representação,
  • 6:50 - 6:53
    possam, de fato, também se tornar
    construtores da sua própria habitação.
  • 6:53 - 6:59
    Defendo que os exemplos têm de ser
    feitos por nós, e não pelos construtores.
  • 6:59 - 7:01
    E só então eles vão poder ter uma noção.
  • 7:01 - 7:06
    Mas parte do problema da crise urbana
    hoje é que os recursos
  • 7:06 - 7:08
    de muitos foram transferidos
    para muito poucos.
  • 7:08 - 7:13
    Eu acho que é muito difícil convencer
    um construtor a ter menos lucro.
  • 7:13 - 7:17
    Então, essa é a razão pela qual eu acho
    que os primeiros estágios de transformação
  • 7:17 - 7:20
    terão que acontecer com exemplos
    de pequena escala
  • 7:20 - 7:24
    e modelos que possam surgir
    nessas comunidades.
  • 7:24 - 7:27
    Mas defendo a importância
    de os arquitetos se tornarem
  • 7:27 - 7:31
    os construtores de habitações
    sociais no nosso tempo.
  • 7:32 - 7:34
    DC: Agora, outra pergunta do Skype. Matti?
  • 7:35 - 7:41
    Matti Jääaro: Se formos assumir
    essa nova forma de cidadania,
  • 7:41 - 7:44
    na qual as pessoas podem criar,
    em vez de apenas consumirem,
  • 7:44 - 7:48
    como mudar o modo
    de as pessoas verem a cidadania
  • 7:48 - 7:51
    como algo mais do que apenas consumismo?
  • 7:51 - 7:54
    TC: Você está chegando ao "x" da questão.
  • 7:54 - 7:56
    E essa é a razão
    pela qual a América Latina,
  • 7:56 - 8:01
    como um dos palestrantes sugeriu hoje,
    precisa ser mais estudada.
  • 8:01 - 8:03
    O que produziu a transformação?
  • 8:03 - 8:07
    A transformação urbana de lugares
    como Medellín, na Colômbia,
  • 8:08 - 8:11
    que foi considerada a cidade
    mais perigosa do mundo
  • 8:11 - 8:13
    nos anos 80 e início dos anos 90,
  • 8:13 - 8:17
    e se tornou agora um modelo
    de transformação urbana.
  • 8:18 - 8:22
    Mais uma vez, não teve a ver com
    construções, arquitetura ou urbanismo.
  • 8:22 - 8:26
    Tratou-se de uma transformação
    política das instituições,
  • 8:26 - 8:30
    buscando um novo tipo
    de interface com o público.
  • 8:30 - 8:34
    Dito isso, há outro aspecto
  • 8:34 - 8:38
    no qual muitos projetistas, arquitetos
    e urbanistas precisam se envolver,
  • 8:38 - 8:41
    como produzir uma nova educação cívica,
  • 8:41 - 8:47
    se engajar no que os colombianos
    chamam uma cultura cívica,
  • 8:47 - 8:50
    uma pedagogia urbana
    que comece a sensibilizar
  • 8:50 - 8:55
    a relação das normas sociais
    e a construção da cidade.
  • 8:55 - 8:59
    Acho que, para reativar uma vontade
    política que invista nas mentes
  • 8:59 - 9:04
    e nos corações das pessoas na construção
    da sua própria cidade, mais uma vez,
  • 9:04 - 9:08
    é preciso mediação e investimento
    na educação, em particular.
  • 9:08 - 9:10
    Isso requer um trabalho hercúleo,
  • 9:10 - 9:14
    mas alguns masoquistas, como você e eu,
    podemos nos ocupar, quem sabe,
  • 9:14 - 9:21
    de novos modelos da interface na produção
    de um processo educativo urbano.
  • 9:21 - 9:24
    Estou dizendo isso porque
    se trata de um dos projetos mais caros
  • 9:24 - 9:26
    que quero realizar nos próximos anos.
  • 9:26 - 9:31
    DC: Quero dar ao painel uma oportunidade
    de fazer uma pergunta.
  • 9:31 - 9:35
    Unnawut Leepaisalsuwanna: Sou de Bangkok.
  • 9:35 - 9:39
    Muito do que você disse parecer ter a ver
    com modificar muitas coisas, certo?
  • 9:39 - 9:42
    Mas para aqueles que já são estabelecidos,
  • 9:42 - 9:44
    especialmente no centro de cidade,
  • 9:44 - 9:46
    onde todos os espaços já estão ocupados,
  • 9:46 - 9:50
    como você acha que a área da cidade
    pode ser modificada, ou não?
  • 9:50 - 9:51
    TC: Sim.
  • 9:51 - 9:55
    Eu acho que isso é o que traz à tona
    uma questão que será também difícil
  • 9:55 - 9:58
    de se responder em 13 minutos:
  • 9:58 - 10:00
    o papel da planejadores.
  • 10:00 - 10:04
    Enquanto certos edifícios
    permanecem estáticos, fixos,
  • 10:04 - 10:09
    que a orientação seja
    repensar a retromontagem,
  • 10:09 - 10:13
    não necessariamente
    através de estratégias físicas,
  • 10:13 - 10:17
    mas através de programações
    híbridas e inteligentes,
  • 10:17 - 10:20
    ou condições que possam antecipar
  • 10:21 - 10:25
    a intensificação da atividade
    econômica e social.
  • 10:25 - 10:29
    Assim, poderemos projetar
    não apenas o espaço, mas os protocolos,
  • 10:29 - 10:31
    que é o que eu estava dizendo antes.
  • 10:31 - 10:33
    Irteza Ubaid: Então, precisamos
    nos apropriar da cidade...
  • 10:33 - 10:36
    TC: Um senso de posse
    da própria cidade é essencial.
  • 10:36 - 10:38
    E essa é a razão, penso eu,
  • 10:38 - 10:42
    por que a participação pública
    na reforma dos governos é necessária.
  • 10:43 - 10:46
    BY: Parece que precisamos chegar
    a um manual de guerrilha urbana,
  • 10:46 - 10:49
    em termos de planejamento do espaço.
  • 10:49 - 10:52
    Para dar exemplos concretos,
  • 10:52 - 10:55
    lidar com essas condições
    em muitos níveis diferentes
  • 10:55 - 10:57
    é um problema enorme.
  • 10:57 - 10:59
    TC: No final, é o que estou dizendo.
  • 10:59 - 11:02
    Achamos que, por sermos
    arquitetos formados,
  • 11:02 - 11:05
    nossa função é apenas projetar objetos.
  • 11:06 - 11:08
    Poderíamos projetar muitas outras coisas
  • 11:08 - 11:13
    e acho que a concepção
    das relações sociais
  • 11:13 - 11:16
    ou às vezes de processos políticos
    pode ser um tópico interessante.
  • 11:16 - 11:19
    Isso tem estado ausente
    do nosso debate, eu acho.
  • 11:20 - 11:23
    DC: Mais uma pergunta
    dos nossos telespectadores no Skype.
  • 11:23 - 11:25
    Sérgio, gostaria de fazer uma pergunta?
  • 11:25 - 11:26
    Sérgio Lopes: Sim.
  • 11:27 - 11:30
    Uma das coisas que mais
    me impressionou em sua palestra
  • 11:30 - 11:34
    foi quando você falou sobre as pessoas
    que construíram um parque de skate.
  • 11:36 - 11:41
    E me interessou por dois motivos.
  • 11:41 - 11:44
    Primeiro, porque mostra
    que há gente que quer ser
  • 11:44 - 11:47
    ativa na sua cidadania.
  • 11:47 - 11:54
    E o fato de que eles tiveram
    de constituir uma ONG.
  • 11:54 - 11:58
    Mas vejo isso como algo que começou
    sem muito planejamento,
  • 11:58 - 12:01
    mas que poderia
    crescer mais organicamente.
  • 12:02 - 12:05
    E então virou uma ONG.
  • 12:05 - 12:10
    Foi preciso ser mais planejado,
    mais dirigido, como você diz.
  • 12:11 - 12:14
    Então, estamos vendo
    dois modelos diferentes?
  • 12:14 - 12:20
    Você preferiria ter um pouco
    de crescimento não planejado,
  • 12:20 - 12:24
    mais orgânico, mais tipicamente reativo,
    se não for planejado?
  • 12:24 - 12:30
    TC: Na verdade, é uma das questões
    mais provocadoras.
  • 12:30 - 12:35
    Sim, enquanto queremos proteger
    e manter a magia do não planejado,
  • 12:35 - 12:39
    parte do problema da supressão
    dessas comunidades
  • 12:39 - 12:43
    e de não serem capazes
    de avançar socioeconomicamente
  • 12:43 - 12:45
    é que lhes falta representação.
  • 12:45 - 12:49
    Não que eles "não" tenham, elas possuam,
  • 12:49 - 12:54
    mas faltam às vezes os instrumentos para a
    formulação de novas formas de organização
  • 12:54 - 12:58
    e gestão que podem pressionar
    a instituição "de cima para baixo".
  • 12:58 - 13:04
    Então acredito que, para realmente
    chegar ao próximo passo,
  • 13:04 - 13:10
    a próxima camada, precisamos construir
    outras formas de governança.
  • 13:10 - 13:15
    Isso não quer dizer que os skatistas têm
    de se tornar inflexíveis e calculistas.
  • 13:15 - 13:18
    Não, eles continuam a se organizar,
  • 13:18 - 13:22
    permitindo formas de acesso
    à magia da insurgência.
  • 13:22 - 13:24
    Mas agora eles têm recursos.
  • 13:24 - 13:29
    Agora eles têm um espaço
    que é físico, e podem dar as cartas.
  • 13:29 - 13:33
    Na verdade, eles estão inspirando
    outros ambientes a fazer o mesmo.
  • 13:33 - 13:36
    Eu não teria receio
    dessa tradução do não planejado
  • 13:37 - 13:40
    para esse tipo particular de "planejado",
  • 13:40 - 13:41
    mas sem se vender.
  • 13:41 - 13:44
    Precisamos ativar essa zona cinzenta,
  • 13:44 - 13:47
    porque temos polarizado
    com base nessa forma
  • 13:47 - 13:53
    tão condescendente de olhar
    o informal e o não planejado.
  • 13:53 - 13:56
    Acho que há muito a ser construído aí
  • 13:56 - 14:00
    em termos de novas políticas
    de desenvolvimento urbano.
  • 14:00 - 14:03
    DC: Vamos ter de concluir agora,
    pois temos de voltar para as palestras.
  • 14:03 - 14:05
    Teddy, muito obrigado
    pela sua participação.
  • 14:05 - 14:08
    TC: Obrigado, e obrigado pelas perguntas.
  • 14:08 - 14:11
    Vamos manter contato,
    e podem me convidar para ir a Portugal.
  • 14:11 - 14:12
    (Risos)
  • 14:12 - 14:14
    SL: Quando quiser.
  • 14:14 - 14:18
    DC: Obrigado a todos.
    Voltamos amanhã. Muito obrigado.
  • 14:18 - 14:20
    (Aplausos)
Title:
TED Global 2013 Found in Translation - Teddy Cruz
Description:

O encontro do TED Found in Translation, depois da palestra de Teddy Cruz, explora possíveis soluções para as questões mais prementes que envolvem o desenvolvimento urbano, em um painel global com o tradutores TED e especialistas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED Translator Resources
Duration:
14:35

Portuguese, Brazilian subtitles

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