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Cidades flutuantes, a Casa LEGO e outras formas de arquitetura do futuro

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    A minha mãe estava sempre a dizer-me
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    que eu tinha as mesmas proporções
    de um homenzinho do LEGO.
  • 0:07 - 0:08
    (Risos)
  • 0:09 - 0:11
    E não deixava de ter razão.
  • 0:12 - 0:14
    A LEGO é uma empresa que conseguiu
  • 0:14 - 0:19
    que todos acreditassem
    que a LEGO era do seu país natal.
  • 0:19 - 0:22
    Mas não é, é do meu país natal.
  • 0:22 - 0:26
    Portanto, podem imaginar o meu entusiasmo
    quando a família LEGO me chamou
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    e nos pediu para trabalharmos com eles
    para desenhar a Casa de Tijolo.
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    Este é o modelo arquitetónico
    - construído com LEGOS, obviamente.
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    Este é o resultado final.
  • 0:34 - 0:37
    Tentámos imaginar um edifício
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    que fosse tão interativo
    e envolvente e divertido
  • 0:41 - 0:43
    como o próprio LEGO,
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    com um tipo de áreas de jogos
    interligadas, nos telhados.
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    Podemos entrar numa praça
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    onde os cidadãos de Billund
    podem passear à vontade sem pagar entrada.
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    Provavelmente é um dos únicos
    museus do mundo
  • 0:55 - 0:58
    onde podemos mexer em todos os objetos.
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    Mas a palavra dinamarquesa
    para "design" é "formatar",
  • 1:03 - 1:09
    o que significa dar forma àquilo
    a que ainda não foi dada qualquer forma.
  • 1:09 - 1:12
    Por outras palavras, dar forma ao futuro.
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    O que mais aprecio no LEGO
    é que o LEGO não é um brinquedo,
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    é um instrumento que permite à criança
    construir o seu próprio mundo,
  • 1:22 - 1:25
    e habite nesse mundo
    através da brincadeira
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    e convide os amigos para habitarem
    nesse mundo e o criarem, em conjunto.
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    É exatamente isso o que é dar-lhe forma.
  • 1:32 - 1:38
    Enquanto seres humanos, podemos
    dar forma ao nosso futuro.
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    Inspirados na LEGO, criámos um projeto
    de habitação social em Copenhaga,
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    em que empilhámos blocos
    de madeira ao lado uns dos outros.
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    Entre eles, há espaços
    com tetos mais altos e varandas.
  • 1:52 - 1:55
    Movimentando ligeiramente os blocos,
  • 1:55 - 1:57
    podemos criar curvas
    ou quaisquer formas orgânicas,
  • 1:57 - 2:01
    adaptando-se a qualquer contexto urbano.
  • 2:01 - 2:06
    Porque a adaptabilidade é, provavelmente,
    um dos motores mais potentes da arquitetura.
  • 2:06 - 2:08
    Outro exemplo é aqui em Vancouver.
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    Pediram-nos para observar o local
    onde a ponte Granville se divide em três
  • 2:13 - 2:14
    quando chega ao centro da cidade.
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    Começámos por observar
    os diversos constrangimentos.
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    Há uma zona reservada
    de 30 metros de distância da ponte
  • 2:20 - 2:22
    porque a cidade quer assegurar
  • 2:22 - 2:25
    que ninguém observe o tráfego
    que circula na ponte.
  • 2:25 - 2:28
    Há um parque onde não podemos
    lançar sombras.
  • 2:28 - 2:32
    Por isso, acabamos por ficar
    com um minúsculo espaço triangular
  • 2:32 - 2:34
    demasiado pequeno para construção.
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    Mas, então, pensámos:
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    Se respeitarmos a distância mínima de 30 m
  • 2:39 - 2:42
    até à altura dos 30 metros
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    podemos projetar o edifício
    para além disso.
  • 2:45 - 2:47
    Quando passamos de carro pela ponte,
  • 2:47 - 2:49
    é como se se abrisse
    uma cortina, de surpresa,
  • 2:49 - 2:52
    a dar as boas vindas a Vancouver.
  • 2:52 - 2:55
    Ou como uma erva a crescer
    por entre as rachas do pavimento
  • 2:55 - 2:58
    e a florir quando recebe luz e ar.
  • 2:58 - 3:01
    Por baixo da ponte,
    trabalhámos com Rodney Graham
  • 3:01 - 3:03
    e meia dúzia de artistas de Vancouver,
  • 3:03 - 3:08
    para criar aquilo a que chamámos
    a Capela Sistina da arte de rua,
  • 3:08 - 3:10
    uma galeria de arte
    virada de pernas para o ar
  • 3:10 - 3:14
    que tenta transformar o impacto
    negativo da ponte em impacto positivo.
  • 3:14 - 3:17
    Apesar do aspeto
    de arquitetura surrealista,
  • 3:17 - 3:20
    está perfeitamente adaptado
    ao meio ambiente.
  • 3:21 - 3:25
    Assim, se uma ponte pode ser um museu,
    um museu também pode servir de ponte.
  • 3:25 - 3:30
    Na Noruega, estamos a criar um museu
    que atravessa um rio
  • 3:30 - 3:33
    e permite que as pessoas
    percorram as exposições
  • 3:33 - 3:37
    no trajeto que une um parque
    de esculturas com o outro.
  • 3:37 - 3:41
    Uma arquitetura de certo modo
    adaptada à paisagem.
  • 3:41 - 3:45
    Na China, criámos uma sede
    para uma empresa de energia
  • 3:45 - 3:49
    e projetámos a fachada
    imitando uma tela Issey Miyake.
  • 3:49 - 3:52
    É ondulada, portanto, quando o sol
    bate diretamente na fachada,
  • 3:52 - 3:54
    esta fica toda opaca;
  • 3:54 - 3:57
    e quando o sol não incide nela,
    é toda de vidro.
  • 3:57 - 4:01
    resultado é uma transição
    do opaco para o transparente.
  • 4:01 - 4:04
    E esta ideia muito simples,
    sem quaisquer partes móveis,
  • 4:04 - 4:05
    nem qualquer tipo de tecnologia,
  • 4:05 - 4:08
    graças unicamente à geometria da fachada,
  • 4:08 - 4:12
    reduz o consumo de energia
    no arrefecimento, em 30%.
  • 4:13 - 4:16
    Podemos dizer que o que torna
    elegante o aspeto do edifício
  • 4:16 - 4:18
    também é o que torna elegante
    o seu desempenho.
  • 4:18 - 4:21
    É uma arquitetura adaptada ao clima.
  • 4:21 - 4:26
    Também podemos adaptar uma cultura
    a outra, como fizemos em Manhattan,
  • 4:26 - 4:29
    onde imitámos os edifícios
    de Copenhaga com um pátio
  • 4:29 - 4:31
    com um espaço social
    onde as pessoas podem passear
  • 4:31 - 4:33
    nesta espécie de oásis
    no meio duma cidade
  • 4:33 - 4:36
    e o combinámos com a densidade
    e a verticalidade
  • 4:36 - 4:38
    dum arranha-céus americano,
  • 4:38 - 4:40
    criando aquilo a que chamámos
    um "arranha-pátio".
  • 4:41 - 4:43
    Passemos de Nova Iorque para Copenhaga.
  • 4:43 - 4:45
    Na marginal de Copenhaga,
  • 4:45 - 4:50
    estamos a concluir esta central
    de aproveitamento energético de resíduos.
  • 4:50 - 4:52
    Será a central energética
    a partir de resíduos
  • 4:52 - 4:54
    mais limpa do mundo,
  • 4:54 - 4:56
    não há toxinas a sair da chaminé.
  • 4:56 - 4:59
    Uma maravilha espantosa de engenharia
    que é totalmente invisível.
  • 4:59 - 5:02
    Pensámos: como podíamos exprimir isso?
  • 5:02 - 5:05
    Em Copenhaga, temos neve,
    como podem ver,
  • 5:05 - 5:08
    mas não temos montanhas nenhumas.
  • 5:08 - 5:11
    Temos de andar de autocarro
    durante seis horas
  • 5:11 - 5:13
    para ir à Suécia fazer esqui alpino.
  • 5:13 - 5:15
    Lembrámo-nos de fazer
    uma rampa de esqui alpino
  • 5:15 - 5:17
    no telhado da central energética.
  • 5:17 - 5:21
    Este é o primeiro teste
    que fizemos há uns meses.
  • 5:21 - 5:23
    O que me agrada nisto
  • 5:23 - 5:28
    é que também mostra um certo tipo
    de poder transformativo.
  • 5:28 - 5:30
    Eu tenho um filho de cinco meses,
  • 5:30 - 5:33
    e ele vai crescer num mundo
  • 5:33 - 5:35
    sem saber que houve uma época
  • 5:35 - 5:38
    em que não podíamos esquiar
    no telhado da central energética.
  • 5:38 - 5:39
    (Risos)
  • 5:40 - 5:43
    (Aplausos)
  • 5:43 - 5:47
    Imaginem que esta é a referência
    para ele e para a sua geração.
  • 5:47 - 5:49
    Imaginem até onde eles podem chegar,
  • 5:49 - 5:53
    o tipo de ideias loucas que eles podem
    implementar para o seu futuro.
  • 5:53 - 5:58
    Mesmo em frente, estamos
    a trabalhar num projeto mais modesto.
  • 5:58 - 6:00
    São, basicamente, nove contentores,
  • 6:01 - 6:03
    que empilhámos num estaleiro na Polónia,
  • 6:03 - 6:06
    e depois rebocámos pelo Mar Báltico,
  • 6:06 - 6:08
    até os depositar no porto de Copenhaga,
  • 6:08 - 6:11
    onde são hoje a casa de 12 estudantes.
  • 6:11 - 6:14
    Cada estudante tem vista para a água,
  • 6:14 - 6:17
    podem saltar da janela
    para o porto limpo de Copenhaga
  • 6:17 - 6:19
    e podem voltar a entrar.
  • 6:19 - 6:22
    Todo o calor provém
    da massa térmica do mar,
  • 6:22 - 6:24
    toda a energia provém do sol.
  • 6:24 - 6:28
    Estas são as primeiras 12 unidade
    em Copenhaga, há mais 60 a caminho,
  • 6:28 - 6:31
    outras 200 destinadas a Gotemburgo
  • 6:31 - 6:33
    e estamos em conversações
    com os Olímpicos de Paris
  • 6:33 - 6:36
    para colocar uma pequena
    aldeia flutuante no Sena.
  • 6:36 - 6:40
    São estruturas arquitetónicas
    quase nómadas, transitórias.
  • 6:40 - 6:44
    As zonas costeiras das nossas cidades
    estão a sofrer muitas alterações.
  • 6:44 - 6:48
    Alteração económica, alteração industrial,
    e alteração climática.
  • 6:48 - 6:51
    Esta é Manhattan antes do Furacão Sandy,
  • 6:51 - 6:54
    e esta é Manhattan depois do Sandy.
  • 6:54 - 6:56
    Fomos convidados
    pela cidade de Nova Iorque
  • 6:56 - 7:00
    para proteger Manhattan
    contra as inundações
  • 7:00 - 7:02
    sem construir um paredão
  • 7:02 - 7:06
    que isolaria a vida da cidade
    da água que a rodeia.
  • 7:06 - 7:09
    Inspirámo-nos no parque High Line,
    que, provavelmente. conhecem.
  • 7:09 - 7:12
    É um novo parque espantoso em Nova Iorque.
  • 7:12 - 7:15
    É, basicamente, uma via-férrea desativada
  • 7:15 - 7:18
    que agora é um dos passeios
    mais populares da cidade.
  • 7:18 - 7:20
    Pensámos:
  • 7:20 - 7:23
    "Seria possível planear a necessária
    proteção contra cheias em Manhattan
  • 7:23 - 7:28
    "antes de esperarmos que ela
    feche, para ser embelezada?"
  • 7:28 - 7:34
    Reunimos com os cidadãos que vivem
    ao longo da marginal de Nova Iorque
  • 7:34 - 7:36
    e trabalhamos com eles
  • 7:36 - 7:39
    para tentar projetar a necessária
    proteção contra as cheias
  • 7:39 - 7:41
    de uma forma que torne a zona costeira
  • 7:41 - 7:44
    ainda mais acessível e mais agradável.
  • 7:44 - 7:47
    Por baixo da via rápida,
    vamos pôr pavilhões
  • 7:47 - 7:50
    com painéis que podem deslizar
    e proteger da água.
  • 7:50 - 7:52
    Estamos a criar
    pequenos terraços em escada
  • 7:52 - 7:54
    que vão tornar mais agradável
    a parte de baixo
  • 7:54 - 7:57
    mas também protegerão contra as cheias.
  • 7:57 - 8:01
    Mais a norte no parque East River,
  • 8:01 - 8:04
    estamos a criar colinas rolantes
  • 8:04 - 8:08
    que protegem o parque
    do ruído da autoestrada,
  • 8:08 - 8:11
    mas, por sua vez, também se tornam
    na necessária proteção contra as cheias
  • 8:11 - 8:15
    que podem deter as ondas
    durante uma tempestade iminente.
  • 8:16 - 8:20
    De certa forma, este projeto,
    a que chamámos o Dryline,
  • 8:21 - 8:22
    é essencialmente o High Line.
  • 8:22 - 8:24
    (Risos)
  • 8:24 - 8:26
    O High Line que vai manter Manhattan seca.
  • 8:26 - 8:28
    (Aplausos)
  • 8:28 - 8:32
    Este projeto está previsto começar
    na primeira parte de East River
  • 8:32 - 8:34
    no final deste ano.
  • 8:34 - 8:36
    Mas, na essência, foi projetado
  • 8:36 - 8:38
    em conjunto com os cidadãos
    de Lower Manhattan,
  • 8:38 - 8:42
    para prever todas as infraestruturas
    necessárias para a resistência
  • 8:42 - 8:46
    e que tenham efeitos colaterais positivos
    a nível social e ambiental.
  • 8:48 - 8:52
    Nova Iorque não é a única
    a enfrentar uma situação destas.
  • 8:53 - 8:55
    Em 2050,
  • 8:56 - 8:59
    90% das principais cidades do mundo
  • 8:59 - 9:02
    vão estar a lidar com a subida
    do nível dos mares.
  • 9:02 - 9:05
    Em Hamburgo, criaram um bairro inteiro
  • 9:05 - 9:09
    cujos pisos térreos estão concebidos
    para resistir às inevitáveis inundações.
  • 9:09 - 9:15
    Na Suécia, conceberam uma cidade
    onde todos os parques são parques húmidos
  • 9:15 - 9:19
    adequados para resistir ao problema
    das águas pluviais e residuais.
  • 9:20 - 9:22
    Pensámos que talvez pudéssemos...
  • 9:22 - 9:26
    Atualmente, há três milhões de pessoas
  • 9:26 - 9:30
    que já vivem permanentemente no mar.
  • 9:30 - 9:33
    Por isso, pensámos que talvez
    pudéssemos imaginar uma cidade flutuante
  • 9:33 - 9:37
    concebida para incorporar os Objetivos
    de Desenvolvimento Sustentável
  • 9:37 - 9:39
    das Nações Unidas
  • 9:39 - 9:43
    num novo ecossistema global artificial.
  • 9:43 - 9:48
    Claro que temos de o conceber,
    de forma a produzir a sua própria energia,
  • 9:48 - 9:50
    aproveitando a massa térmica do oceano,
  • 9:50 - 9:54
    a energia das marés,
    das correntes, das ondas,
  • 9:54 - 9:56
    a energia do vento, do calor
  • 9:56 - 9:58
    e a energia solar.
  • 9:58 - 10:01
    Vamos recolher todas as gotas
    de chuva que caírem
  • 10:01 - 10:04
    nesse arquipélago artificial
  • 10:04 - 10:07
    e tratar essa água
    de forma orgânica e mecânica,
  • 10:07 - 10:09
    armazená-la e purificá-la.
  • 10:09 - 10:12
    Temos de produzir
    todos os alimentos localmente,
  • 10:12 - 10:15
    terão de ser baseados em peixes e plantas,
  • 10:15 - 10:19
    porque não haverá espaço
    nem recursos para alimentar bovinos.
  • 10:20 - 10:21
    Finalmente,
  • 10:22 - 10:25
    vamos processar localmente
    todos os desperdícios,
  • 10:25 - 10:30
    com compostagem, reciclagem,
    e transformando os resíduos em energia.
  • 10:30 - 10:34
    Imaginem, num plano-diretor
    urbano tradicional,
  • 10:34 - 10:37
    habitualmente traçamos as ruas
    para o trânsito de automóveis
  • 10:37 - 10:40
    e os talhões para edifícios
    onde podemos pôr edifícios.
  • 10:40 - 10:43
    Neste plano-diretor, reunimos
    um conjunto de cientistas,
  • 10:43 - 10:46
    e começámos por todos
    os recursos renováveis,
  • 10:46 - 10:48
    pelos recursos naturais disponíveis
  • 10:48 - 10:51
    e, depois, começámos a canalizar
    o fluxo dos recursos
  • 10:51 - 10:56
    através deste tipo de ecossistema artificial
    ou deste tipo de metabolismo urbano.
  • 10:57 - 10:59
    Vai ser modular,
  • 11:00 - 11:01
    vai ser flutuante,
  • 11:01 - 11:04
    vai ser concebido para resistir
    a uma tempestade tropical.
  • 11:05 - 11:07
    Pode ser pré-fabricado em série
  • 11:07 - 11:11
    e podem ser rebocados em conjunto,
    para formar uma pequena comunidade.
  • 11:11 - 11:14
    Concebemos este tipo
    de adições costeiras,
  • 11:14 - 11:16
    de forma que, mesmo sendo
    modular e racional,
  • 11:17 - 11:20
    cada ilha possa ser única
    com a sua paisagem costeira.
  • 11:20 - 11:23
    A arquitetura tem de se manter
    relativamente baixa
  • 11:23 - 11:26
    para manter a capacidade de flutuação.
  • 11:26 - 11:30
    Vamos eliminar toda a agricultura
  • 11:30 - 11:32
    e usá-la para criarmos espaços sociais
  • 11:32 - 11:35
    para podermos desfrutar
    dos jardins de permacultura.
  • 11:35 - 11:39
    Estamos a concebê-la para os trópicos,
    todos os telhados são maximizados
  • 11:39 - 11:42
    para aproveitar a energia solar
    e fornecer proteção contra o sol.
  • 11:42 - 11:45
    Todos os materiais
    serão leves e renováveis,
  • 11:45 - 11:47
    como o bambu e a madeira,
  • 11:47 - 11:50
    o que também vai criar
    este encantador ambiente tépido.
  • 11:51 - 11:56
    Toda a arquitetura deve encaixar-se
    nesta plataforma.
  • 11:56 - 12:00
    Por baixo, temos toda a armazenagem
    no interior do pontão,
  • 12:00 - 12:03
    quase como uma mega versão
    das habitações de estudantes
  • 12:03 - 12:05
    com que já trabalhámos.
  • 12:05 - 12:08
    Temos toda a armazenagem
    para a energia que é produzida,
  • 12:08 - 12:10
    toda a armazenagem para a água
    e seu tratamento.
  • 12:10 - 12:15
    Processaremos todos os resíduos
    e a compostagem.
  • 12:15 - 12:18
    E também temos um cultivo de segurança
  • 12:18 - 12:21
    mediante a aeroponia e a hidroponia.
  • 12:22 - 12:25
    Imaginem uma secção vertical
    através desta paisagem
  • 12:25 - 12:29
    onde temos quintas verticais,
    na parte superior,
  • 12:29 - 12:33
    por baixo, temos as culturas
    aeropónicas e aquapónicas.
  • 12:33 - 12:36
    Mais abaixo ainda, temos
    as quintas oceânicas
  • 12:36 - 12:39
    e nos locais onde atamos a ilha ao fundo
  • 12:39 - 12:44
    usamos rochas biológicas para criar
    novos recifes para regenerar o habitat.
  • 12:44 - 12:48
    Pensem numa pequena ilha
    para 300 pessoas.
  • 12:48 - 12:51
    Depois, podemos agrupá-las
    formando um quarteirão ou um bairro
  • 12:52 - 12:56
    que, por sua vez, se podem agrupar
    e formar uma cidade para 10 000 pessoas.
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    Podemos imaginar que,
    se esta cidade flutuante florescer,
  • 13:00 - 13:04
    pode crescer como uma cultura
    numa placa de Petri
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    Um dos primeiros locais
    onde procuramos colocar
  • 13:08 - 13:10
    ou ancorar esta cidade flutuante,
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    é no delta do Rio Pearl.
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    Imaginem este tipo de dossel fotovoltaico
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    ou este arquipélago a flutuar no mar.
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    Quando nos dirigimos à ilha,
    vemos os residentes marítimos
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    a moverem-se em formas alternativas
    de transportes aquáticos.
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    Entramos neste tipo de porto comunitário.
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    Podemos passear pelos jardins
    de permacultura
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    que são paisagens produtivas
    mas também são paisagens sociais.
  • 13:36 - 13:40
    As estufas também servirão
    para a vida cultural da cidade
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    e, em baixo, sob o mar,
  • 13:43 - 13:47
    prosperarão as formas de vida
    com a agricultura e a ciência
  • 13:47 - 13:49
    e haverá espaços sociais.
  • 13:49 - 13:52
    De certa forma, podemos imaginar
    um porto comunitário
  • 13:52 - 13:55
    onde as pessoas se reúnem,
    tanto de dia como de noite.
  • 13:56 - 13:58
    Embora o primeiro
    seja concebido para os trópicos,
  • 13:58 - 14:02
    pensamos que a arquitetura
    se pode adaptar a qualquer cultura,
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    por isso imaginem uma cidade
    flutuante no Médio Oriente
  • 14:05 - 14:07
    ou uma cidade flutuante
    no sudeste asiático
  • 14:07 - 14:11
    ou talvez uma cidade flutuante
    na Escandinávia.
  • 14:12 - 14:15
    Para concluir.
  • 14:16 - 14:20
    O corpo humano é 70% de água
  • 14:20 - 14:24
    e a superfície do nosso planeta
    é 70% de água.
  • 14:25 - 14:26
    E está a aumentar.
  • 14:26 - 14:29
    Mesmo que o mundo inteiro
    acorde amanhã
  • 14:29 - 14:31
    e passe a ser neutro em carbono
    de um dia para o outro,
  • 14:31 - 14:35
    ainda há ilhas nações
    que estão destinadas a afundar-se no mar,
  • 14:35 - 14:37
    a não ser que desenvolvamos
  • 14:37 - 14:40
    formas alternativas
    de habitats humanos flutuantes.
  • 14:42 - 14:45
    A única coisa constante
    no universo é a mudança.
  • 14:45 - 14:49
    O nosso mundo está sempre a mudar
    e, neste momento, o clima está a mudar.
  • 14:50 - 14:53
    Por mais crítica que seja a crise, e é,
  • 14:53 - 14:58
    também temos um superpoder
    humano coletivo.
  • 14:58 - 15:02
    Temos o poder de nos adaptarmos à mudança
  • 15:02 - 15:05
    e temos o poder
    de dar forma ao nosso futuro.
  • 15:06 - 15:10
    (Aplausos)
Title:
Cidades flutuantes, a Casa LEGO e outras formas de arquitetura do futuro
Speaker:
Bjarke Ingels
Description:

O "design" dá forma ao futuro, diz o arquiteto Bjarke Ingels. Nesta volta pelo mundo dos projetos da sua equipa, viagem a uma central energética de aproveitamento de resíduos (que funciona como uma rampa de esqui alpino) e a Casa LEGO do Tijolo na Dinamarca - e deem uma vista de olhos a uma infraestrutura resistente às cheias na cidade de Nova Iorque, assim como a um ambicioso plano para criar cidades flutuantes, sustentáveis que se adaptam à alteração climática.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:24

Portuguese subtitles

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