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Aprendendo com fracasso | David Damberger | TEDxYYC

  • 0:08 - 0:10
    Este é Inook. Um rapaz muito feliz.
  • 0:10 - 0:13
    Eu também estaria se fosse a primeira vez
  • 0:13 - 0:16
    que a minha comunidade estivesse
    recebendo água tratada.
  • 0:16 - 0:18
    Inook é do Malawi,
  • 0:18 - 0:21
    um pequeno país na parte sul da África
  • 0:21 - 0:23
    conhecido como o coração quente da África.
  • 0:23 - 0:26
    Nos últimos 10 anos, mais de 5 milhões
    de pessoas iguais ao Inook no Malawi
  • 0:26 - 0:29
    tiveram acesso a água tratada.
  • 0:29 - 0:34
    Mas o mais triste é que
    esta foto é uma mentira.
  • 0:35 - 0:37
    Eu voltarei a isso em breve.
  • 0:37 - 0:41
    Há dez anos, dois engenheiros de Waterloo
    começaram um projeto pelo Canadá:
  • 0:41 - 0:43
    "Engenheiros sem fronteiras."
  • 0:43 - 0:47
    Este projeto se baseava num conceito
    de que era completamente inaceitável
  • 0:47 - 0:51
    que cinco milhões de pessoas no Malawi
    não tivesse acesso a água tratada,
  • 0:51 - 0:54
    enquanto nós, engenheiros canadenses,
    estávamos resolvendo
  • 0:54 - 0:56
    como aumentar a velocidade de
    uma máquina copiadora
  • 0:56 - 0:59
    de 149 páginas por minuto
    para 151 páginas por minuto.
  • 0:59 - 1:02
    Nós precisamos trabalhar nos
    problemas que importam.
  • 1:02 - 1:05
    Eu tive sorte e encontrei aqui
    o grupo de Calgary,
  • 1:05 - 1:08
    Eu me tornei o primeiro diretor de
    programas internacionais do ESF na África,
  • 1:08 - 1:10
    onde trabalhei por 4 anos,
  • 1:10 - 1:13
    e trabalhei com centenas de empresas,
    organizações não governamentais,
  • 1:13 - 1:16
    governos, todos trabalhando neste
    campo de desenvolvimento.
  • 1:16 - 1:20
    Foi fantástico trabalhar para
    os Engenheiros Sem Fronteira
  • 1:20 - 1:23
    porque mesmo trabalhando em
    projetos de 100 milhões de dólares
  • 1:23 - 1:25
    nós tínhamos essa filosofia
  • 1:25 - 1:29
    que se fossemos entender
    os problemas locais da África,
  • 1:29 - 1:31
    precisaríamos viver como africanos.
  • 1:31 - 1:34
    Vários expatriados passariam
    a maior parte do tempo
  • 1:34 - 1:36
    na capital ou em salas de reunião.
  • 1:36 - 1:38
    Nós passaríamos nosso tempo nos vilarejos
  • 1:38 - 1:42
    aprendendo as línguas locais,
    andando de transporte público.
  • 1:42 - 1:46
    E o que isso nos permitiu foi
    compreender profundamente
  • 1:46 - 1:48
    o que acontece a um nível básico,
  • 1:48 - 1:52
    E em conjunto com essa experiência
    - e centenas de experiências do ESF -
  • 1:52 - 1:56
    nós tivemos a real perspectiva do que
    acontece com esta indústria da ajuda.
  • 1:56 - 1:58
    A indústria da ajuda recebeu
    muita atenção,
  • 1:58 - 2:01
    economistas se tornaram autores
    e escreveram sobre isso
  • 2:01 - 2:04
    e há muita controvérsia sobre
    a sua eficácia,
  • 2:04 - 2:07
    alguns se questionando,
    "A ajuda fracassou?"
  • 2:07 - 2:10
    É uma questão muito interessante.
  • 2:10 - 2:14
    Agora, estou confiante em dizer
    em nome dos membros do ESF
  • 2:14 - 2:18
    que se fracassou ou não, nós sentimos
    que o sistema de ajuda não funciona.
  • 2:19 - 2:23
    E quando digo que não funciona,
    não é o que a mídia costuma dizer.
  • 2:23 - 2:26
    Não é sobre ditadores corruptos
    ou sobre corrupção,
  • 2:26 - 2:29
    - estes problemas ainda
    acontecem na África
  • 2:29 - 2:32
    mas são minoria e não
    mais tão comuns hoje.
  • 2:32 - 2:37
    Estou falando da ajuda que não funciona
    em governos democráticos e estáveis
  • 2:37 - 2:41
    sem revoltas civis, como em países
    como Gana, Malawi e Zâmbia.
  • 2:42 - 2:43
    Então vou falar sobre Malawi.
  • 2:44 - 2:48
    O Banco Mundial afirma que
    80% da população do Malawi
  • 2:48 - 2:50
    tem acesso a fonte de água tratada.
  • 2:50 - 2:53
    Então um de nossos membros da equipe
    em Malawi, este é Owen,
  • 2:53 - 2:56
    visitou um destes
    pontos de distribuição água.
  • 2:56 - 2:57
    Era um sistema por gravidade
  • 2:57 - 2:59
    que foi financiado pelo governo Canadense
  • 2:59 - 3:01
    e concluído a um ano e meio atrás
  • 3:01 - 3:04
    Ele usa a gravidade e é
    basicamente feito de canos
  • 3:04 - 3:06
    que trazem a água de uma região elevada
  • 3:06 - 3:08
    para um número de comunidades
  • 3:08 - 3:10
    onde há torneiras em que a
    população tem acesso.
  • 3:10 - 3:14
    Ele esteve visitando estes pontos e
    alguns não funcionavam,
  • 3:14 - 3:15
    então ele perguntou à comunidade,
  • 3:15 - 3:20
    "Quantos destes estão funcionando?"
    e eles disseram, "81 dos 113."
  • 3:20 - 3:24
    81? Qual o problema?
    O que está acontecendo?
  • 3:24 - 3:28
    Ele descobriu que muitos canos tem
    vazamentos ou quebraram.
  • 3:28 - 3:32
    Tudo bem, não é grave, pois canos
    quebram em qualquer lugar.
  • 3:32 - 3:36
    Mas o problema com esse projeto era que
    mesmo com a infraestrutura construída,
  • 3:36 - 3:40
    não se pensou quem seria
    responsável por manter esse sistema.
  • 3:40 - 3:43
    Algumas pessoas tomaram iniciativa e
    tentaram consertar os canos,
  • 3:43 - 3:47
    mas havia falta de peças
    de reposições baratas.
  • 3:47 - 3:49
    Esta é uma situação típica.
  • 3:50 - 3:56
    Este é um gráfico mostrando uma área de
    Malawi, acho que é a área urbana,
  • 3:56 - 3:59
    onde os pontos verdes são pontos
    de água em funcionamento,
  • 3:59 - 4:02
    os amarelos são pontos funcionais,
    mas danificados,
  • 4:02 - 4:04
    os vermelhos não funcionam.
  • 4:04 - 4:07
    Cerca de 80% dos pontos, após um
    trabalho feito pelos ESF, descobrimos
  • 4:07 - 4:14
    que de 80% desses pontos de água,
    40% não estão funcionando.
  • 4:14 - 4:18
    Veja, este problema é que
    vários doadores e projetos
  • 4:18 - 4:20
    acabam se concentrando na
    infraestrutura do problema
  • 4:20 - 4:24
    e não percebem a importância
    dos detalhes das coisas.
  • 4:24 - 4:28
    No início é como "Ah, detalhes!"
    claro que tem que haver manutenção,
  • 4:28 - 4:31
    mas quando você pensa nas
    pessoas doando para caridades,
  • 4:31 - 4:34
    faz você se sentir muito melhor
    se sabe para onde foi o dinheiro
  • 4:34 - 4:36
    para algo palpável como
    um poço, uma escola,
  • 4:36 - 4:38
    ou dar uma cabra para uma família.
  • 4:38 - 4:41
    Não é tão sexy e fácil
    contar para seus amigos
  • 4:41 - 4:46
    como você patrocinou um comitê de água
    ou pagou salários para professores.
  • 4:46 - 4:49
    Então quando digo que essa foto
    do Inook é uma mentira,
  • 4:51 - 4:53
    não foi mentira quando
    a foto foi tirada
  • 4:53 - 4:58
    só se tornou uma mentira,
    um ou dois anos depois.
  • 4:59 - 5:02
    Olhando esta foto, um de
    meus melhores colegas disse,
  • 5:02 - 5:04
    "Tudo que as pessoas veem
    da África não importa.
  • 5:04 - 5:08
    E o que importa da África as
    pessoas não veem."
  • 5:08 - 5:11
    Esse problema é mais extenso
    do que canos quebrados.
  • 5:11 - 5:16
    Owen, após ver esse quebrado,
    descobriu dez metros à frente:
  • 5:16 - 5:20
    "Ei tem um outro conjunto de torneiras
    que parecem quebradas também
  • 5:20 - 5:22
    mas elas não estão conectadas no sistema."
  • 5:22 - 5:24
    E ele perguntou a comunidade,
    "O que é isso?"
  • 5:24 - 5:29
    Disseram: "É o sistema
    americano de alimentação de água."
  • 5:29 - 5:31
    Isto foi construído dez anos atrás.
  • 5:31 - 5:33
    Ele disse, "O que aconteceu com isso?"
  • 5:33 - 5:37
    "Também quebrou um ano e meio depois."
  • 5:37 - 5:41
    Como um projeto que falhou há dez anos
  • 5:41 - 5:45
    foi reconstruído com quase a
    mesma tecnologia e processos
  • 5:45 - 5:48
    e tiveram exatamente as mesmas
    falhas 10 anos mais tarde?
  • 5:49 - 5:53
    Eu recentemente me juntei a uma
    empresa que vende produtos online,
  • 5:53 - 5:57
    que usa produtos africanos, tipo um Ebay
    ou Amazon de comércio justo.
  • 5:57 - 6:00
    E o que aprendemos, sendo
    uma startup do setor privado
  • 6:00 - 6:02
    é que, se não servirmos nossos clientes
  • 6:02 - 6:05
    se não fornecemos o produto que precisam,
    eles não comprarão.
  • 6:05 - 6:09
    Se não inovarmos, adaptarmos
    às suas necessidades, fechamos.
  • 6:09 - 6:11
    Assim eles tem poder de
    responsabilizar-nos.
  • 6:11 - 6:13
    Olhando para o setor público,
  • 6:13 - 6:17
    a mudança é mais lenta do que
    no setor privado, mas no final
  • 6:17 - 6:20
    se o governo eleito não atender
    as necessidades do eleitorado,
  • 6:20 - 6:22
    eles tem a chance de tirá-los do poder,
  • 6:22 - 6:24
    portanto, responsabilizando-os.
  • 6:24 - 6:26
    Mas no setor de desenvolvimento,
  • 6:26 - 6:28
    se não atendem as necessidades
    de seus beneficiários
  • 6:28 - 6:32
    — e não são só as ONGs, os governos
    e os negócios também —
  • 6:32 - 6:35
    os beneficiários não tem poder
    para expulsá-los ou despedi-los.
  • 6:35 - 6:38
    As pessoas que tem poder
    são os doadores.
  • 6:38 - 6:41
    E quando se olha para o sistema,
    você começa a ver alguns desafios.
  • 6:41 - 6:45
    Desenvolvimento é o setor que mais
    foca em agradar os doadores,
  • 6:45 - 6:47
    fazê-los felizes e que se
    mais comunica com eles,
  • 6:47 - 6:50
    em vez de entender as necessidades
    de seus beneficiários.
  • 6:50 - 6:53
    Porque o desafio sistemático
    é muito lento em inovar,
  • 6:53 - 6:56
    há muitas poucas mudanças e você
    terá o mesmo projeto novamente
  • 6:56 - 6:59
    construído dez anos depois
    e com as mesmas falhas.
  • 6:59 - 7:01
    O que faremos sobre isso?
  • 7:01 - 7:03
    A primeira reposta é fácil, investimos
  • 7:03 - 7:06
    nos setores púbicos e privados
    de países em desenvolvimento.
  • 7:06 - 7:09
    Sua estrutura foi construída
    para ser mais sustentável
  • 7:09 - 7:11
    e permitir que beneficiários
    responsabilizem-se
  • 7:11 - 7:14
    Contudo, 70% das pessoas
    da África subsaariana
  • 7:14 - 7:17
    ainda ganham menos de 2 dólares
    por dia, ainda estão na pobreza.
  • 7:17 - 7:18
    E a razão disso
  • 7:18 - 7:22
    é porque os setores públicos e privados
    não atendem apropriadamente.
  • 7:22 - 7:25
    Então precisamos investir em negócios
    e em governos da África,
  • 7:25 - 7:29
    mas ainda levará um bom tempo
    para os problemas se resolverem.
  • 7:29 - 7:32
    Portanto ficamos com uma opção e
    temos que trabalhar com esse sistema.
  • 7:32 - 7:34
    Então temos que consertá-lo,
  • 7:34 - 7:37
    para torná-lo mais responsável,
    criativo e transparente.
  • 7:37 - 7:40
    Precisamos inovar com ideias
    bastante interessantes,
  • 7:40 - 7:44
    ideias que permitam seus beneficiários
    a avaliar o projeto
  • 7:44 - 7:45
    usando celulares,
  • 7:45 - 7:48
    para que doadores e ONGs possam entender.
  • 7:48 - 7:51
    Ou colocar os doadores
    mais próximos dos beneficiários.
  • 7:51 - 7:54
    Atualmente, somente 20% das equipes
  • 7:54 - 7:57
    das agências de desenvolvimento
    do Canadá estão na África.
  • 7:57 - 8:01
    Ideias como financiar setores
    com fundos de capital de risco.
  • 8:01 - 8:03
    Como seria
  • 8:03 - 8:08
    se um doador apoiasse dez projetos
    e esperasse que quatro dessem certo,
  • 8:08 - 8:11
    um deles fosse fantástico
    e cinco desses falhassem?
  • 8:11 - 8:15
    E nem todas as soluções precisam
    ser tão complexas.
  • 8:15 - 8:18
    Os ESF estão trabalhando
    em uma solução que é bem simples:
  • 8:18 - 8:21
    admitir o fracasso.
  • 8:21 - 8:24
    Meu primeiro projeto com os ESF foi
    na Índia, com diversas escolas.
  • 8:24 - 8:28
    A mais pobre das escolas na Índia,
    com a casta dos intocáveis.
  • 8:28 - 8:31
    Esta é Bani, ela era uma garota de
    uma destas das escolas
  • 8:31 - 8:34
    e ela e suas colegas gastavam
    de duas a três horas por dia
  • 8:34 - 8:37
    andando e pegando água para
    levar de volta para escola
  • 8:37 - 8:40
    para que tivessem água para beber,
    cozinhar e para ir ao banheiro.
  • 8:40 - 8:43
    Meu trabalho no ESF era ajudar
    a resolver estes problemas.
  • 8:43 - 8:47
    Trabalhei em comunidades nas
    soluções de coleta de água da chuva
  • 8:47 - 8:49
    dos telhados durante a época das monções
  • 8:49 - 8:52
    passando por ralos. filtros e
    armazenando para a estação seca.
  • 8:52 - 8:54
    Depois de alguns meses eu parti,
  • 8:54 - 8:57
    tivemos quatro projetos
    financiados e implementados.
  • 8:57 - 8:59
    Eu voltei para casa no Canadá
    quase como um herói.
  • 8:59 - 9:02
    Meus amigos e minha família
    diziam "Isso é fantástico!
  • 9:02 - 9:06
    Largou emprego no setor petrolífero
    para ser voluntário na Índia,
  • 9:06 - 9:08
    isto é realmente inspirador."
  • 9:09 - 9:12
    Um ano depois entrei
    em contato com minha ONG
  • 9:12 - 9:16
    para ver como estavam as coisas
    com o sistema de coleta de água.
  • 9:16 - 9:21
    E me disseram que nenhum deles
    continuava em funcionamento.
  • 9:22 - 9:25
    A razão é que vários
    deles foram construídos,
  • 9:25 - 9:28
    mas alguns deles quebraram
  • 9:28 - 9:32
    porque não há plano de manutenção.
  • 9:32 - 9:35
    Eu cometi o mesmo erro
    que critiquei mais cedo.
  • 9:37 - 9:41
    Quando pensei nos amigos e na família que
    achavam que fosse um herói
  • 9:41 - 9:44
    eu me senti como um impostor.
  • 9:45 - 9:48
    Pensei em Beni, não a ajudei
    de maneira alguma.
  • 9:49 - 9:53
    Admitir fracassos é bem difícil e não
    contei a muitas pessoas sobre isso,
  • 9:53 - 9:57
    e uma das coisas que me ajudou
    a me sentir melhor sobre isso
  • 9:57 - 9:59
    — e tenho um pouco
    de vergonha em admitir —
  • 9:59 - 10:04
    foi que outras pessoas
    do ESF também fracassaram.
  • 10:04 - 10:08
    Mas os ESF tem a cultura de
    falar sobre fracasso abertamente,
  • 10:08 - 10:12
    e somente com vários de nós falando sobre
    fracasso que percebemos o quanto
  • 10:12 - 10:14
    nós estamos cometendo
    vários erros e verificamos
  • 10:14 - 10:17
    que cometemos os mesmos
    e podemos aprender com eles.
  • 10:17 - 10:19
    E começamos a inovar e mudar.
  • 10:19 - 10:21
    O ESF está diferente agora,
  • 10:21 - 10:24
    dez anos depois do que pensamos
    que o ESF deveria estar desenvolvendo.
  • 10:24 - 10:26
    Não construímos mais pontos de água.
  • 10:26 - 10:30
    De fato, não fazemos
    nada além de planilhas.
  • 10:30 - 10:32
    Agora temos essa campanha
    inovadora de marketing
  • 10:32 - 10:34
    "Patrocine uma planilha Africana",
  • 10:34 - 10:37
    por que entendemos que os problemas
    não são problemas estruturais
  • 10:37 - 10:39
    mas estão nos detalhes.
  • 10:39 - 10:42
    Um conceito difícil das
    pessoas aceitarem,
  • 10:42 - 10:44
    ainda querem poços
    e construir escolas,
  • 10:44 - 10:46
    mas na verdade são os detalhes,
  • 10:46 - 10:51
    e é bem mais demorado de financiar
    essas coisas. Não é bonito, mas funciona.
  • 10:51 - 10:55
    Nossa equipe ficou ansiosa em
    compartilhar este fracasso internamente
  • 10:55 - 10:59
    mas ainda não estamos fazendo
    um bom trabalho em informar as pessoas,
  • 10:59 - 11:02
    e alguns membros muito corajosos estavam
    se irritando com a gerência
  • 11:02 - 11:06
    porque outros projetos tinham as mesmas
    falhas e não estávamos aprendendo.
  • 11:06 - 11:09
    Eles pressionaram a nossa gerência
    — e ficamos nervosos com isso —
  • 11:09 - 11:11
    sobre publicar nossas falhas,
    mas nos últimos três anos,
  • 11:11 - 11:16
    O ESF publica um relatório anual
    com nossas maiores falhas .
  • 11:16 - 11:19
    No início me perguntaram,
    "O que doadores vão pensar?"
  • 11:19 - 11:22
    e acho que sei como
    meus doadores se sentem
  • 11:22 - 11:28
    se soubessem que o dinheiro que gastaram,
    economizaram e gentilmente doaram
  • 11:28 - 11:30
    não tivesse tido nenhum resultado?
  • 11:30 - 11:32
    E você sabe, é difícil.
  • 11:32 - 11:34
    Nossos doadores sentiam isso também.
  • 11:34 - 11:37
    Mas quando começaram
    a ler sobre as falhas,
  • 11:37 - 11:40
    eles entenderam o poder das
    lições que aprendemos
  • 11:40 - 11:42
    e a injustiça de não compartilhar isto.
  • 11:42 - 11:47
    Percebemos que ninguém lê relatórios, daí
    criamos um site, o admittingfailure.com.
  • 11:47 - 11:50
    Para que todas as organizações venham
    e comecem a admitir suas falhas,
  • 11:50 - 11:53
    e comecem a discutir sobre seus fracassos.
  • 11:53 - 11:55
    O conceito está pegando.
  • 11:55 - 11:57
    A Harvard Business Review
    — no mês passado —
  • 11:57 - 11:59
    publicou o primeiro artigo
    focado no fracasso.
  • 11:59 - 12:02
    Duas empresas também tiveram
    que lidar com fracasso recentemente.
  • 12:02 - 12:05
    Eu falo com amigos em
    outros setores e eles me dizem
  • 12:05 - 12:08
    que não é somente no desenvolvimento
    que temos esses desafios.
  • 12:08 - 12:12
    Duas empresas tiveram falhas
    recentemente e o interessante é que
  • 12:12 - 12:15
    uma admitiu publicamente
    sua falha e falou sobre isso
  • 12:15 - 12:18
    o que aprenderam com isso,
    o que farão na próxima vez.
  • 12:18 - 12:21
    A outra não quis falar sobre
    isto de maneira alguma.
  • 12:21 - 12:27
    Será interessante olhar para o futuro e
    ver qual dessas estratégia funciona.
  • 12:27 - 12:31
    Primeiro, gostaria de pedir às
    pessoas para refletirem sobre
  • 12:31 - 12:36
    como sua organização lida e
    compartilha seus fracassos.
  • 12:36 - 12:38
    Talvez pergunte à pessoa ao lado
  • 12:38 - 12:41
    porque isso pode gerar
    conversas bem interessantes.
  • 12:41 - 12:46
    E finalmente, volto à questão
    "A ajuda fracassou?'
  • 12:46 - 12:49
    Eu vou falar por mim, a resposta é "sim",
  • 12:49 - 12:53
    mas somente porque
    não fracassou o suficiente.
  • 12:53 - 12:54
    Obrigado.
  • 12:54 - 12:55
    (Aplausos)
Title:
Aprendendo com fracasso | David Damberger | TEDxYYC
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente das Conferências TED.
David vai usar sua experiência de trabalho na África para contar o poder transformador de admitir publicamente o fracasso em ajudar setores em que faltam responsabilidade, criatividade e transparência.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:01

Portuguese, Brazilian subtitles

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