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Robôs minúsculos com imenso potencial

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    Mark Miskin: Isto é um rotífero.
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    É um micro-organismo
    com a grossura de um cabelo.
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    Moram em todos os lugares na Terra
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    — na água salgada ou doce,
    por toda a parte.
  • 0:11 - 0:13
    Este aqui está a procurar comida.
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    Lembro-me da primeira vez
    que vi esta coisa.
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    Eu tinha oito anos
    e fiquei completamente assombrado.
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    Ou seja, esta criaturinha incrível
    está a caçar, a nadar,
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    está a viver a sua vida.
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    Mas todo o seu universo cabe
    numa gota de água da lagoa.
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    Paul McEuen: Este pequeno rotífero
    mostra-nos algo maravilhoso.
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    Diz que podemos construir uma máquina
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    que é funcional, complexa, inteligente,
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    tudo isso dentro de um pacotinho
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    tão pequeno que é impossível vê-lo.
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    O engenheiro que eu sou
    fica fascinado com isso,
  • 0:48 - 0:50
    que qualquer um possa fazer tal criatura.
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    Mas, por trás desse fascínio,
    reconheço, há um pouco de inveja.
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    Quero dizer, a natureza consegue fazê-lo.
    Porque é que nós não?
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    Porque não conseguimos
    construir pequenos robôs?
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    Bem, eu não sou o único
    a ter esta ideia.
  • 1:04 - 1:06
    Na verdade, nos últimos anos,
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    investigadores em todo o mundo
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    assumiram a tarefa
    de tentar construir robôs
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    tão pequenos que não se conseguem ver.
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    E o que vos vamos contar hoje,
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    é um esforço da Universidade Cornell
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    e agora da Universidade da Pensilvânia
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    de tentar construir robôs minúsculos.
  • 1:24 - 1:26
    OK, é esse o objetivo.
  • 1:27 - 1:28
    Mas como fazemos isso?
  • 1:29 - 1:31
    Como é que construímos robôs minúsculos?
  • 1:31 - 1:33
    Bem, entre todas as pessoas,
  • 1:33 - 1:36
    foi Pablo Picasso
    quem nos deu a primeira dica.
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    Picasso disse:
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    [Os bons artistas copiam
    e os ótimos roubam]
  • 1:39 - 1:40
    (Risos)
  • 1:40 - 1:43
    "Os bons artistas copiam
    e os ótimos roubam."
  • 1:43 - 1:44
    (Risos)
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    OK. Mas roubar aonde?
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    Acreditem ou não,
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    já existe a maior parte da tecnologia
    necessária para construir um robozinho.
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    A indústria de semicondutores
    tem vindo a melhorar muito
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    a fazer dispositivos
    cada vez mais pequenos.
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    Neste momento eles podem colocar
    algo como um milhão de transístores
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    num pacote com o mesmo tamanho
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    de, digamos, um só paramécio unicelular.
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    E não é só a eletrónica.
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    Também podem criar
    pequenos sensores, LEDs,
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    pacotes completos de comunicação
    demasiado pequenos para serem vistos
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    É isso que vamos fazer.
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    Vamos roubar essa tecnologia.
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    Temos aqui um robô.
  • 2:22 - 2:23
    (Risos)
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    Os robôs têm duas partes, como podem ver
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    Têm uma cabeça e têm pernas.
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    [Roubem isto: Cérebro]
  • 2:29 - 2:31
    (Risos)
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    Vamos chamar-lhe um "robô sem pernas",
  • 2:35 - 2:37
    o que pode parecer exótico,
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    mas eles já são muito fixes assim.
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    Na verdade, muitos de vocês
    já têm um robô sem pernas.
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    O vosso "smartphone" é o robô sem pernas
    mais bem-sucedido do mundo
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    Somente em 15 anos,
    conquistou todo o planeta.
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    E porque não?
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    É uma pequena máquina maravilhosa.
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    É incrivelmente inteligente.
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    Tem ótimas capacidades de comunicação
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    e tudo num pacote
    que cabe na vossa mão.
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    Então, queremos conseguir
    construir algo como isto,
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    só que à escala celular,
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    do tamanho de um paramécio.
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    E aqui está.
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    Um "smartphone" do tamanho de uma célula.
  • 3:13 - 3:15
    E até parece um "smartphone",
  • 3:15 - 3:18
    só que 10 000 vezes mais pequeno.
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    Chamamos-lhe COISF
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    [Circuito Ótico Integrado Sem Fios]
  • 3:23 - 3:25
    Não somos publicitários, ok?
  • 3:25 - 3:27
    (Risos)
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    Mas já é bem fixe só por si.
  • 3:30 - 3:33
    Na verdade, este COISF
    tem uma série de partes.
  • 3:33 - 3:34
    Perto do topo,
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    há estas células solares legais
    que iluminam o aparelho
  • 3:37 - 3:40
    e que acionam um circuito
    que existe no meio.
  • 3:40 - 3:43
    Esse circuito leva
    um LED minúsculo
  • 3:43 - 3:46
    que pisca e permite que
    o COISF comunique convosco.
  • 3:46 - 3:47
    Ao contrário do telemóvel,
  • 3:47 - 3:50
    o COISF comunica com luz,
  • 3:50 - 3:52
    como um pirilampo pequenino.
  • 3:52 - 3:55
    Agora, uma coisa que é fixe nestes COISF
  • 3:55 - 3:57
    é que não fazemos um de cada vez
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    soldando todas as peças.
  • 3:59 - 4:01
    Fazemo-los em série, em paralelo.
  • 4:01 - 4:04
    Por exemplo, quase
    um milhão desses COISF
  • 4:04 - 4:06
    cabem numa bolacha de 10 cm.
  • 4:06 - 4:09
    Tal como um telemóvel
    tem várias aplicações,
  • 4:09 - 4:10
    há diferentes tipos de COISF.
  • 4:10 - 4:12
    Uns podem medir a voltagem,
  • 4:12 - 4:14
    outros medem a temperatura,
  • 4:14 - 4:18
    ou só têm uma luz que pisca
    para nos dizer que estão ali.
  • 4:18 - 4:21
    Isso é bem fixe,
    esses dispositivos minúsculos.
  • 4:21 - 4:24
    Eu queria falar deles com mais detalhe.
  • 4:24 - 4:27
    Mas primeiro, preciso
    de contar-vos outra coisa.
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    Vou falar-vos de coisas
    sobre moedas de um cêntimo
  • 4:30 - 4:31
    que talvez vocês não saibam.
  • 4:31 - 4:33
    Essa aqui é uma moeda antiga
    de um cêntimo.
  • 4:33 - 4:35
    No verso, tem a imagem
    do Memorial de Lincoln.
  • 4:35 - 4:37
    Mas o que vocês talvez não saibam,
  • 4:37 - 4:40
    é que, se ampliarem, no centro dela
  • 4:40 - 4:42
    podemos ver Abraham Lincoln,
  • 4:42 - 4:45
    tal como no verdadeiro Memorial Lincoln,
    não muito longe daqui.
  • 4:45 - 4:47
    Tenho a certeza que vocês não sabem,
  • 4:47 - 4:49
    que, se ampliarem ainda mais
  • 4:49 - 4:51
    (Risos)
  • 4:51 - 4:55
    vão ver que há um COISF no peito dele.
  • 4:55 - 4:57
    (Risos)
  • 4:57 - 4:59
    E o que é giro é que
  • 4:59 - 5:03
    vocês podiam estar a olhar para ele
    o dia inteiro e nunca veriam isso.
  • 5:03 - 5:05
    É invisível a olho nu.
  • 5:05 - 5:07
    Estes COISF são tão pequenos
  • 5:07 - 5:09
    e fazemo-los de forma tão paralela
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    que cada COISF custa menos que um cêntimo.
  • 5:13 - 5:17
    Na verdade, a coisa mais cara
    neste exemplo é o autocolante
  • 5:17 - 5:18
    que diz "COISF"
  • 5:18 - 5:21
    (Risos)
  • 5:23 - 5:25
    e que custa uns oito cêntimos.
  • 5:25 - 5:27
    (Risos)
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    Nós estamos animados com isto
    por várias razões.
  • 5:32 - 5:35
    Por exemplo, podemos usá-los como
    pequenas etiquetas de segurança
  • 5:35 - 5:37
    que identificam melhor
    do que uma impressão digital.
  • 5:37 - 5:40
    Estamos a colocá-los
    dentro de outros instrumentos médicos
  • 5:40 - 5:41
    para dar outras informações,
  • 5:41 - 5:44
    e até estamos a pensar
    colocá-los no cérebro
  • 5:44 - 5:46
    para escutar os neurónios
    um de cada vez.
  • 5:46 - 5:49
    De facto, só há uma coisa
    errada com este COISF:
  • 5:50 - 5:52
    não é um robô, é só uma cabeça.
  • 5:52 - 5:54
    (Risos)
  • 5:54 - 5:55
    E acho que todos concordamos
  • 5:56 - 5:59
    que meio robô realmente não é um robô.
  • 6:00 - 6:03
    Sem as pernas
    praticamente não temos nada.
  • 6:03 - 6:05
    PM: OK, então também
    precisamos das pernas,
  • 6:05 - 6:06
    se queremos construir um robô.
  • 6:06 - 6:09
    Acontece que aqui
    não podemos roubar
  • 6:09 - 6:11
    qualquer tecnologia preexistente.
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    Se queremos pernas para o pequeno robô,
  • 6:13 - 6:15
    precisamos de atuadores,
    peças que se movam.
  • 6:15 - 6:18
    Elas têm de satisfazer
    muitos requisitos diferentes.
  • 6:18 - 6:19
    Precisam de ser de baixa voltagem.
  • 6:19 - 6:21
    Precisam de gastar pouca energia.
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    Mais importante, têm de ser pequenas.
  • 6:23 - 6:25
    Se querem um robô
    do tamanho de uma célula,
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    precisam de pernas do tamanho de células.
  • 6:27 - 6:29
    Ninguém sabe construir isso.
  • 6:29 - 6:32
    Não havia tecnologia pré-existente
    que satisfizesse essas exigências.
  • 6:32 - 6:34
    Para fazer pernas para robôs minúsculos,
  • 6:34 - 6:36
    tivemos de fazer algo novo.
  • 6:36 - 6:38
    Então isto é o que construímos.
  • 6:38 - 6:41
    Este é um dos nossos atuadores,
    e estou a aplicar-lhe uma voltagem.
  • 6:41 - 6:44
    Quando o faço, como podem ver,
    o atuador reage, enrolando-se.
  • 6:44 - 6:46
    Isto pode não parecer muito
  • 6:46 - 6:49
    mas, se colocássemos um glóbulo vermelho
    no ecrã, ele seria deste tamanho.
  • 6:49 - 6:51
    Assim, estes são muito pequenos,
  • 6:51 - 6:53
    são extremamente minúsculos,
  • 6:53 - 6:56
    e contudo, este aparelho pode enrolar-se
    e desenrolar-se, sem se quebrar.
  • 6:56 - 6:58
    Então, como é que fazemos isto?
  • 6:58 - 7:00
    O atuador é feito
    de uma camada de platina
  • 7:00 - 7:02
    com a espessura
    de uma dúzia de átomos.
  • 7:02 - 7:04
    Se agarrarmos em platina
    e a colocarmos em água
  • 7:04 - 7:06
    e aplicarmos uma voltagem,
  • 7:06 - 7:08
    os átomos da água
    vão ligar-se ou soltar
  • 7:08 - 7:09
    na superfície da platina,
  • 7:09 - 7:11
    consoante a voltagem que for usada.
  • 7:11 - 7:13
    Isto cria uma força,
  • 7:13 - 7:16
    e podemos usar essa força
    para uma ação controlada pela voltagem.
  • 7:16 - 7:18
    O segredo aqui era fazer
    tudo ultrafino.
  • 7:18 - 7:20
    E o atuador suficientemente flexível
  • 7:20 - 7:23
    para dobrar as pequenas
    peças sem se quebrar,
  • 7:23 - 7:24
    e pode usar as forças que surgem
  • 7:24 - 7:27
    ao anexar ou remover
    uma única camada de átomos.
  • 7:27 - 7:30
    E também não precisamos
    de construir um de cada vez.
  • 7:30 - 7:31
    De facto, assim como os COISF,
  • 7:31 - 7:33
    podemos construí-los em série
    e em paralelo.
  • 7:34 - 7:36
    Então aqui estão alguns milhares
    de atuadores,
  • 7:36 - 7:38
    e a única coisa que faço
    é aplicar voltagem,
  • 7:38 - 7:40
    e todos acenam,
  • 7:40 - 7:43
    parecendo nada mais do que as pernas
    de um futuro exército de robôs.
  • 7:43 - 7:45
    (Risos)
  • 7:46 - 7:49
    Então agora temos o cérebro
    e temos os músculos.
  • 7:49 - 7:51
    Temos a inteligência e os atuadores.
  • 7:51 - 7:53
    Os COISF são os cérebros.
  • 7:53 - 7:55
    Dão-nos sensores,
    e fornecem fontes de alimentação,
  • 7:55 - 7:58
    e dão-nos comunicação
    bidirecional via luz.
  • 7:58 - 8:00
    As camadas de platina são os músculos.
  • 8:00 - 8:02
    São elas que fazem o robô mover-se.
  • 8:02 - 8:04
    Agora podemos pegar nos dois pedaços,
  • 8:04 - 8:07
    e juntá-los e começar a construir
    minúsculos robôs.
  • 8:07 - 8:10
    A primeira coisa
    que queríamos construir era simples.
  • 8:10 - 8:12
    Este robô anda
    sob o controlo do utilizador.
  • 8:12 - 8:15
    No meio tem células solares
    e uns fios ligados a elas.
  • 8:15 - 8:16
    Este é o COISF.
  • 8:16 - 8:19
    Está ligado a umas pernas
    que têm uma camada de platina
  • 8:19 - 8:21
    e estes painéis rígidos
    que colocámos em cima
  • 8:21 - 8:24
    e que dizem às pernas como dobrar,
    que forma devem tomar.
  • 8:24 - 8:27
    A ideia é que, disparando um laser
    em diferentes células solares,
  • 8:27 - 8:29
    podemos escolher que perna mover
  • 8:29 - 8:31
    e fazer o robô andar por aí.
  • 8:31 - 8:33
    Agora, é claro, também
    não os construímos um de cada vez.
  • 8:33 - 8:36
    Também os construímos em série.
  • 8:36 - 8:39
    Podemos construir um milhão
    de robôs numa bolacha de 10 cm.
  • 8:39 - 8:42
    Por exemplo, esta imagem
    à esquerda, é um "chip"
  • 8:42 - 8:44
    e esse "chip" contém algo
    uns 10 000 robôs.
  • 8:44 - 8:46
    No nosso mundo, o macro mundo,
  • 8:46 - 8:49
    esta coisa poderia ser
    um novo microprocessador ou algo assim.
  • 8:49 - 8:52
    Mas se pegarmos neste "chip"
    e o colocarmos no microscópio,
  • 8:52 - 8:56
    o que vemos são milhares e milhares
    de minúsculos robôs.
  • 8:56 - 8:58
    Mas os robôs ainda estão presos.
  • 8:58 - 9:01
    Estão ligados à superfície
    em que os construímos.
  • 9:01 - 9:04
    Para eles andarem por aí
    temos de libertá-los.
  • 9:04 - 9:07
    Queríamos mostrar como fazer isso ao vivo,
    como libertar o exército de robôs,
  • 9:07 - 9:10
    mas o processo envolve
    produtos químicos altamente perigosos,
  • 9:10 - 9:13
    coisas realmente desagradáveis,
  • 9:13 - 9:16
    e nós estamos a uma milha
    da Casa Branca, não é?
  • 9:16 - 9:19
    Pois. Eles não nos deixariam fazer isso.
  • 9:19 - 9:21
    (Risos)
  • 9:21 - 9:24
    Então, ao invés disso
    vamos mostrar um filme.
  • 9:24 - 9:25
    (Risos)
  • 9:25 - 9:28
    O que estão a ver aqui
    são os estágios da implantação do robô.
  • 9:28 - 9:30
    Estamos a usar produtos químicos
  • 9:30 - 9:32
    para desgastar o substrato
    por baixo dos robôs.
  • 9:32 - 9:33
    Quando ele se dissolver,
  • 9:33 - 9:36
    os robôs ficam livres
    para se dobrarem na sua forma final.
  • 9:36 - 9:38
    Vemos aqui que o rendimento
    é perto de 90%.
  • 9:38 - 9:41
    Assim, quase todos
    os 10 000 robôs que construímos,
  • 9:41 - 9:44
    são robôs que podemos implantar
    e controlar mais tarde.
  • 9:44 - 9:46
    E podemos pegar nesses robôs
    e colocá-los em locais.
  • 9:47 - 9:50
    O filme à esquerda,
    mostra alguns robôs na água.
  • 9:50 - 9:52
    Eu vou agarrar numa pipeta,
  • 9:52 - 9:54
    e posso aspirá-los a todos.
  • 9:55 - 9:57
    Quando injetamos os robôs
    a partir dessa pipeta,
  • 9:57 - 9:58
    eles estão ótimos.
  • 9:58 - 10:00
    Na verdade, estes robôs são pequenos,
  • 10:00 - 10:03
    tão pequenos que passam através
    da agulha hipodérmica mais fina
  • 10:03 - 10:05
    que podemos comprar.
  • 10:05 - 10:06
    Sim, se quisermos.
  • 10:06 - 10:08
    podemos injetar-nos com estes robôs todos.
  • 10:09 - 10:10
    (Risos)
  • 10:11 - 10:12
    Eu acho que eles gostarão.
  • 10:12 - 10:14
    (Risos)
  • 10:15 - 10:18
    À direita está um robô
    que colocámos na água da lagoa.
  • 10:18 - 10:20
    Esperem um segundo...
  • 10:20 - 10:21
    Ooops!
  • 10:22 - 10:26
    Viram aquilo? Não era um tubarão.
    Era um paramécio.
  • 10:26 - 10:29
    Então, esse é o mundo
    em que estas coisas vivem.
  • 10:29 - 10:31
    OK, então está tudo muito bem,
  • 10:31 - 10:33
    mas podem perguntar-se nesta altura:
  • 10:33 - 10:34
    "Bem, eles andam?"
  • 10:34 - 10:39
    Certo? É o que eles devem fazer.
    Eles têm de... Vamos lá descobrir.
  • 10:39 - 10:42
    Então, o robô está aqui
    e aqui estão as células solares no meio.
  • 10:42 - 10:43
    São estes pequenos retângulos.
  • 10:43 - 10:47
    Reparem na célula solar
    junto à parte superior.
  • 10:47 - 10:49
    Veem aquele pontinho branco?
    É um ponto de laser.
  • 10:49 - 10:52
    Agora vejam o que acontece
    quando alternamos o laser
  • 10:52 - 10:54
    entre diferentes
    células solares no robô.
  • 10:58 - 10:59
    Lá vai ele!
  • 10:59 - 11:01
    (Aplausos)
  • 11:02 - 11:03
    Sim!
  • 11:03 - 11:06
    (Aplausos)
  • 11:08 - 11:11
    Lá vai o robô marchando
    pelo micromundo.
  • 11:12 - 11:14
    Uma das coisas boas neste filme
  • 11:14 - 11:17
    é que sou eu que estou a pilotar o robô.
  • 11:17 - 11:18
    Durante seis meses,
  • 11:18 - 11:22
    o meu trabalho foi disparar lasers
    em robôs do tamanho de células
  • 11:22 - 11:24
    para pilotá-los no micromundo.
  • 11:24 - 11:26
    Era este o meu trabalho.
  • 11:26 - 11:29
    Na minha opinião,
    é o trabalho mais fixe do mundo.
  • 11:29 - 11:30
    (Risos)
  • 11:30 - 11:33
    Era um sentimento de emoção total,
  • 11:33 - 11:35
    como se estivesse a fazer o impossível.
  • 11:35 - 11:38
    É um fascínio similar à primeira vez
    que olhei através de um microscópio,
  • 11:38 - 11:41
    quando criança, a olhar
    para aquele rotífero.
  • 11:41 - 11:44
    Eu sou pai, tenho um filho,
    e ele tem quase três anos.
  • 11:44 - 11:47
    Mas um dia ele vai olhar
    por um microscópio como esse.
  • 11:48 - 11:49
    E eu sempre me pergunto:
  • 11:50 - 11:52
    O que é que ele vai ver?
  • 11:52 - 11:54
    Em vez de observarmos
    apenas o micromundo,
  • 11:54 - 11:57
    nós, como humanos, podemos
    desenvolver tecnologia para modelá-lo,
  • 11:57 - 12:00
    interagir com ele, construí-lo.
  • 12:00 - 12:03
    Daqui a 30 anos,
    quando o meu filho tiver a minha idade.
  • 12:03 - 12:05
    o que faremos com esta capacidade?
  • 12:05 - 12:08
    Será que os microrrobôs
    viverão na nossa corrente sanguínea,
  • 12:09 - 12:11
    tão comuns quanto as bactérias?
  • 12:11 - 12:14
    Irão viver nas searas
    e livrá-las das pragas?
  • 12:14 - 12:16
    Irão dizer-nos quando temos infeções,
  • 12:16 - 12:19
    ou combaterão o cancro célula a célula?
  • 12:20 - 12:22
    PM: E uma parte fixe
  • 12:22 - 12:24
    é que podemos participar
    nesta revolução.
  • 12:24 - 12:26
    Daqui a dez anos,
  • 12:26 - 12:29
    quando comprarmos
    um novo iPhone 15x Moto,
  • 12:29 - 12:30
    ou como quer que se chame
  • 12:30 - 12:31
    (Risos)
  • 12:31 - 12:34
    ele pode vir com um pequeno jarro
    com milhares de minúsculos robôs
  • 12:34 - 12:37
    que poderemos controlar
    por uma aplicação no telemóvel.
  • 12:37 - 12:41
    Então, se quiserem andar
    num paramécio, força.
  • 12:41 - 12:43
    Se vocês quiserem ser — sei lá —
  • 12:43 - 12:46
    DJ na mais pequena festa
    de robôs do mundo,
  • 12:46 - 12:47
    façam-no acontecer.
  • 12:47 - 12:48
    (Risos)
  • 12:48 - 12:52
    E eu, por exemplo, estou muito animado
    quanto à chegada desse dia.
  • 12:52 - 12:53
    MM: Obrigado
  • 12:53 - 12:57
    (Aplausos)
Title:
Robôs minúsculos com imenso potencial
Speaker:
Paul McEuen, Marc Miskin
Description:

Façam uma viagem ao mundo microscópio enquanto os criadores de robês Paul McEuen e Marc Miskin explicam como projetam e produzem em massa micro-robôs do tamanho de uma única célula, movimentados por pernas da espessura de um átomo — e mostram como essas máquinas podem um dia ser "pilotadas" para combater doenças das searas ou estudar o vosso cérebro ao nível de neurónios individuais.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:10
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Tiny robots with giant potential
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Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for Tiny robots with giant potential
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