Pessoas, processos, hardware, software, redes de comunicação. Juntos e combinados, esses elementos dão forma a uma importante estrutura, a arquitetura corporativa. Dentro da governança corporativa, existe uma área chamada governança corporativa de TI, que nada mais é do que estruturas organizacionais, processos organizacionais e lideranças que visam alinhar a TI aos objetivos de negócios da empresa. Então, basicamente, a arquitetura corporativa de TI é como é entregue uma solução para uma área de negócio, para que a empresa ou uma corporação consiga executar, de forma tecnológica, aquilo que a arquitetura corporativa entendeu como uma necessidade aliada a uma tecnologia ou uma solução tecnológica em conjunto. ♪ Até meados dos anos 1990, final dos anos 1990, a TI tinha uma função de suporte dentro das empresas, ela era importante, mas não era essencial. Dos anos 2000 para cá, a TI passou a ser essencial nas empresas. Ela permitiu a criação de negócios totalmente digitais, negócios disruptivos. Dentro desse novo cenário, a arquitetura de TI permite que a empresa tenha processos que vão fazer funcionar tanto o legado, quanto construir um arcabouço de tecnologias para você buscar inovação e novas formas de negócios e disrupções. O Gartner chama isso de TI Bimodal, onde você tem o modo um, preditivo, que cuida desse legado. E o modo dois, exploratório, que vai dar para a empresa essa possibilidade de explorar novas ideias, inovações e outras oportunidades. ♪ A arquitetura corporativa é como um roadmap do negócio. Só que, para desenhar algo capaz de alinhar negócios e TI, é preciso muito mais do que papel e caneta. Dentre os principais desafios, podemos destacar três. A primeira delas é, justamente, o papel do arquiteto corporativo. Atualmente, no Brasil, é muito difícil que as grandes empresas aceitem esse papel dentro da sua corporação. Porque o arquiteto corporativo vai, justamente, acessar e assumir um cargo de C-level. Isso é, ele vai ficar em um cargo de diretoria, justamente, para que ele tenha uma visão holística entre processos de negócio, marketing, produto, serviço e, também, tecnologia e inovação. Já o segundo desafio é você ter em mãos o levantamento de tudo aquilo que você já tem na empresa. A partir do momento em que o arquiteto precisa desenhar as quatro arquiteturas, isso é, arquitetura de negócios, arquitetura de dados, aplicações de tecnologia da empresa, isso é, arquitetura AS-IS, como é hoje, é muito comum que a empresa não tenha nenhuma documentação. Então, o grande desafio é, justamente, você coletar esses dados e fazer com que todas essas arquiteturas estejam congruentes. E, por fim, temos o terceiro e maior desafio que é, justamente, como você vai criar e desenhar essas arquiteturas para que os outros arquitetos compreendam e, também consigam contribuir com essas arquiteturas. ♪ Nas histórias, mapas indicam importantes caminhos. Nos negócios, isso não é diferente. Afinal, ninguém quer seguir a direção errada ou, até mesmo sumir do mapa. O “The Economist” fez uma pesquisa com 3000 executivos e 60% acham que o negócio deles está em risco e não sabem como inovar. A “Russell Reynolds” também fez outra pesquisa, com 3000 executivos e, também, 80% identificaram que seus negócios estão em risco e 82% acham que a empresa não tem a estrutura necessária para fazer a mudança. Então, a arquitetura corporativa de TI está aí, para permitir a empresa, de um lado funcionar, mas de outro, olhar para frente e buscar novos negócios, que permitam a sobrevivência. Quando você observa esse cenário, esse novo ecossistema de negócios, é importante o papel da arquitetura corporativa para poder orquestrar corretamente os fornecedores, toda parte de tecnologias, toda parte de processos automáticos, toda parte de computação inteligente que está surgindo como ferramenta auxiliar para empresas e fazer a correta junção disso com os processos organizacionais. ♪ Enfim, o papel de um arquiteto corporativo é um estudo constante de tecnologia, de inovação, através de POCs, através de POVs. E empregar isso em prol de uma grande empresa, sejam seus produtos ou sejam em seus serviços.