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    Meu nome é Natalia Rivera.
    Sou aluna de douturado
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    Bom, doutora na verdade.
    E no departamento de Linguagens
  • 0:08 - 0:11
    e Literaturas Hispânicas na
    Universidade de Pittsburgh
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    Eu também sou instrutora de espanhol e
    especializada em literatura
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    latino-americana e italiana, além de
    estudo crítico em deficiências
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    Portanto, meus interesses acadêmicos
    estão intimamente conectados a minha
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    experiência pessoal como aluna,
    e agora instrutora, com
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    uma dificuldade de aprendizagem e
    ansiedade conjunta.
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    A primeira memória que tenho,
    em um nível pessoal,
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    reconhecendo que havia algumas questões
    de acesso ou algum tipo de
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    especialmente no ensino médio,
    algum tipo de
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    falta de conhecimento, na verdade, de
    diferentes tipos de estilos de aprendizado
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    e diferentes tipos de velocidade de
    processamento, por conta do meu
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    diagnóstico com déficit de atenção.
    Um dos componentes-chave de como,
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    você sabe, como o DDA me afeta é que tenho
    uma velocidade de processamento lenta
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    Então, enquanto minha interpretação de
    texto é boa,
  • 1:13 - 1:16
    minha velocidade de processamento afeta a
    velocidade de escrita
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    Então nem sempre sou capaz de escrever
    um parágrafo no tempo certo. Então,
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    nós tínhamos esses exercícios na aula
    de Inglês. Eu estava no segundo ano e
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    a expectativa era que a gente fosse capaz
    de escrever um parágrafo em meia hora.
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    E geralmente eu precisaria do dobro do
    tempo. Precisaria de uma hora
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    E as vezes eu nem era capaz de terminar
    de escrever um parágrafo simples
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    em uma hora.
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    E eu me lembro de minha instrutora
    de inglês da época,
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    quando, depois da aula, eu a abordei
    e disse,
  • 1:46 - 1:49
    "Hmm, ei. Não estou me opondo a um
    tempo adicional. Eu realmente
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    não consegui terminar meu parágrafo."
    E me lembro que ela me olhou,
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    incrédula, e disse, "tipo, você nem
    consegue escrever um parágrafo,
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    um parágrafo simples, em uma hora,
    não sei o que te dizer."
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    Então, eu me lembro que daquele momento.
    eu também me lembro, depois
  • 2:08 - 2:12
    quando estava me preparando para provas.
    Isso também aconteceu no ensino médio.
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    Era meu terceiro ano. Estava cursando
    uma aula de história mundial avançada
  • 2:19 - 2:23
    E me lembro que eu abordei meu
    instrutor, já sabendo sozinha
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    porque eu já tinha tido muita experiência
    me defendendo desde que era
  • 2:27 - 2:32
    uma criança. Eu já sabia que os
    testes padronizados
  • 2:32 - 2:35
    tinham um processo para solicitar
    acomodações.
  • 2:35 - 2:39
    Então, eu me lembro de abordar meu
    exame de história avançada e-
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    quer dizer, meu professor de história
    avançada e explicar a ele
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    que eu estava registrada com recursos para
    deficiências, que eu tinha uma deficiência
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    documentada e que eram essas acomodações
    específicas que eu precisava
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    de um tempo e meio. Era uma acomodação
    muito comum.
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    E eu me lembro dele me dizer, "Eu não
    tenho problemas em te fornecer
  • 3:01 - 3:05
    acomodações de sala. Só não estou
    certo que
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    tempo extra é fornecido em exames
    avançados." E eu fiquei em
  • 3:11 - 3:15
    choque que um instrutor iria ativamente
    me informar errado daquele jeito
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    porque até mesmo eu sabia, na tenra idade
    de, sei lá, dezesseis
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    que o Serviço de Tecnologia Assistiva -ATS
    fornecia um processo de solicitar
  • 3:23 - 3:27
    acomodações. Então, fiquei chocada que
    um adulto pensou que podia
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    me dar uma informação errada assim.
    E eu sei
  • 3:31 - 3:35
    que me informar erroneamente não veio
    com uma intenção negativa, mas ele
  • 3:35 - 3:39
    genuinamente não tinha noção do processo.
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    Então, é uma má informação sem intenções,
  • 3:45 - 3:49
    porém, o efeito é parecido. Porque,
    imagine que ele tenha dito algo assim
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    a um estudante que não tem ideia de como
    solicitar acomodações
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    Você sabe, como obter uma avaliação
    necessária para justificar
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    a necessidade de acomodações. Portanto,
    é muita falta de informação
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    relacionada à ignorância e não tanto à
    maldade.
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    Porém, apenas a falta total de informação
    de todos já compromete
  • 4:13 - 4:16
    a habilidade de um aluno lutar por
    si mesmo.
  • 4:19 - 4:23
    Em meu trabalho pessoal com
    a comunidade dos direitos à PCD
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    - porque eu trabalhei por dois anos
    e meio em uma organização pelos
  • 4:26 - 4:29
    direitos das PCDs chamada Rede de Auto
    Apoio do Autista
  • 4:29 - 4:33
    e conheci muitas pessoas da minha idade
  • 4:35 - 4:38
    muitos estudantes não descobrem seu
    diagnóstico até muito mais tarde
  • 4:38 - 4:42
    em suas vidas. Quando eles começam a
    perceber seus próprios sintomas,
  • 4:42 - 4:46
    eles buscam apoio individualmente.
    Então eu,
  • 4:46 - 4:50
    de uma maneira pessoal, me beneficiei
  • 4:50 - 4:54
    do conhecimento de minha mãe e
    suas experiências como mãe defensora.
  • 4:55 - 4:59
    Acredito que minha percepção de um
    tipo de discriminação
  • 4:59 - 5:03
    mesmo que era em um nível de
    microagressão,
  • 5:03 - 5:07
    acredito ter tido mais percepção da
    discriminação na época do ensino médio
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    porém, minha primeira exposição à
    luta pelos direitos aconteceu quando eu
  • 5:11 - 5:15
    era nova e me lembro de ir...
    Iriam ter uns dias de folga da escola
  • 5:15 - 5:19
    e eu me lembro de ir para o escritório
    com minha mãe. E me lembro de
  • 5:19 - 5:23
    conhecer outras mães e ver ela trabalhando
    meio período nesse
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    grupo de pais pelos direitos de PCDs
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    então eu agradeço à minha mãe por me
    introduzir
  • 5:31 - 5:35
    ao conceito de lutar por mim
    e por me empoderar
  • 5:35 - 5:39
    para utilizar isso em todos os aspectos
    da minha vida, num nível profissional
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    assim como num nível acadêmico.
  • 5:43 - 5:47
    Então, eu não me lembro do dia da Lei
    dos Estadunidenses com Deficiência
  • 5:47 - 5:51
    porque eu tinha poucos meses de idade.
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    Porém, o impacto para mim, basicamente
    eu sinceramente duvido
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    que se eu tivesse nascido, sei lá,
    quarenta anos atrás
  • 6:00 - 6:03
    ao invés de trinta anos atrás,
    existe uma possibilidade que eu não teria
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    cursado faculdade. E, mesmo se eu tivesse
    cursado faculdade,
  • 6:06 - 6:10
    eu sinto que eu nunca teria considerado
    fazer um doutorado,
  • 6:10 - 6:15
    se não fosse pela Lei dos Estadunidenses
    com Deficiência.
  • 6:15 - 6:19
    Porque numa pós, o nível de apoio durante
    a graduação
  • 6:19 - 6:23
    pelo menos em uma faculdade de
    artes liberais
  • 6:23 - 6:26
    que tende a ser mais solidária, é
    radicalmente diferente de uma pós
  • 6:26 - 6:30
    onde o nível de apoio praticamente não
    existe, eu acho, e também acredito
  • 6:30 - 6:33
    que muitos pós-graduados
    se sintam do mesmo jeito
  • 6:33 - 6:37
    Portanto, sem a LED, eu não estou certa
    que teria tido o privilégio
  • 6:37 - 6:41
    de cursar faculdade, então acredito que
    ela me ofereceu
  • 6:41 - 6:45
    as proteções necessárias para ir
    além dos meus
  • 6:45 - 6:49
    maiores sonhos, entende?
    Então, eu sinto...
  • 6:51 - 6:55
    que tive uma vida privilegiada e
    sou grata pelas oportunidades acadêmicas
  • 6:55 - 6:58
    pois sei que existem muitos estudantes
    merecedores que
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    não tiveram as oportunidades que eu tive
    e eu não sou grata apenas pela minha
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    família por sua dedicação inflexível
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    a lutar por direitos, como também
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    muito grata pela LED. Digo, deficiências
    com certeza ocorrem em minha família
  • 7:15 - 7:19
    deficiências de aprendizado e de
    desenvolvimento neurológico. Tenho um
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    primo que estava no espectro autista e
  • 7:23 - 7:27
    não acredito que, de nenhum jeito,
    tenha se beneficiado
  • 7:29 - 7:33
    das proteções oferecidas pela Lei dos
    Estadunidenses com Deficiência da mesma
  • 7:33 - 7:36
    maneira que eu. Acredito,
    infelizmente, porque ainda existe
  • 7:36 - 7:38
    um estigma cultural
  • 7:39 - 7:43
    particularmente se o transtorno do
    espectro autista
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    ocorre em conjunto com uma deficiência
    intelectual, mas ele
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    terminou seu ensino técnico com
    apoio mínimo.
  • 7:51 - 7:55
    Acredito que, como a LED me empoderou,
    eu sinto
  • 7:55 - 7:59
    que estou preparada, como instrutora,
    para oferecer apoio
  • 7:59 - 8:03
    à estudantes com outras deficiências.
    Eu tenho
  • 8:03 - 8:07
    alunos com deficiências documentadas e
    sinto que, por conta
  • 8:07 - 8:11
    de minha experiência pessoal como
    uma estudante
  • 8:11 - 8:15
    com deficiência, eu me sinto muito mais
    preparada para trabalhar com
  • 8:15 - 8:19
    uma maior gama de alunos com
    diferentes necessidades e eu estou
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    preparada para acomodá-los e estou
    preparada
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    ou pelo menos me esforçarei para fazer
    com que os alunos se sintam membros
  • 8:28 - 8:32
    valiosos de minha sala de aula. Não sou a
    instrutora perfeita. Ainda tenho muito a
  • 8:32 - 8:36
    aprender, mas acredito que o nível
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    de humanidade, eu penso que os alunos me
    escutam e penso que sou
  • 8:41 - 8:45
    mais capaz de me conectar com eles.
  • 8:45 - 8:49
    Então, a LED me permitiu ser útil como
    instrutora, basicamente. Porém, eu
  • 8:49 - 8:53
    me lembro de uma entrevista que fiz com
    uma aluna
  • 8:53 - 8:57
    no espectro autista, que frequentava
  • 8:57 - 9:01
    uma faculdade específica para alunos com
    dificuldade de aprendizado.
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    E ela fez uma observação
    muito pertinente
  • 9:11 - 9:15
    sobre deficiências de aprendizado em
    faculdades e como o foco
  • 9:16 - 9:20
    deles é em treinamento vocacional, ao
    invés de treinamento acadêmico e
  • 9:20 - 9:24
    ela era uma garota inteligente que
    gostaria de
  • 9:25 - 9:29
    conseguir uma graduação em humanidades
    e ela fazia um curso interdisciplinar
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    de artes liberais, mas não podia cursar
    filosofia, por exemplo. Ou ela
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    não poderia se formar em história.
    E acredito que a maneira como
  • 9:37 - 9:41
    as aulas, o curso, o currículo escolar
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    no geral, como as opções acadêmicas eram
    estruturadas nessa faculdade específica
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    reforçava essa ideia de
    que disciplinas acadêmicas
  • 9:50 - 9:54
    estão fora do alcance de um
    aluno que
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    demonstra ter deficiência intelectual,
    ou então demonstra ter
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    dificuldades de aprendizado em potencial
    e ela lamentava, e eu
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    concordei completamente com seu ponto.
    Ela lamentava o fato que ela não
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    poderia se formar na disciplina acadêmica
    que gostaria. Ela queria ser historiadora.
  • 10:15 - 10:19
    Então acredito que, de certa forma,
    as pessoas não leem a legislação
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    com muito cuidado.
    Penso que, na tentativa de
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    incluir as pessoas, eles, sem querer,
    limitam as opções
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    de muitos estudantes porque
    existem estudantes que podem querer
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    fazer - existem estudantes que podem
    querer se formar
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    em física, certo? Porém eles precisam
    de mais tempo para completar
  • 10:40 - 10:44
    o curso deles, mas em uma faculdade
    tradicional de quatro anos.
  • 10:44 - 10:48
    Esses mecanismos não estão existem
    apenas para fornecer
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    um sistema de apoio para estudantes que
    necessitem de um apoio adicional, mas
  • 10:52 - 10:56
    que querem seguir uma disciplina
    acadêmica tradicional. Então penso que
  • 10:56 - 11:00
    nesse assunto, mesmo o espírito da LED,
    você definitivamente tem a sensação
  • 11:00 - 11:04
    com o palavreado da legislação
    que, quero dizer, se destina a
  • 11:04 - 11:08
    meio que corrigir aquele tipo de
  • 11:09 - 11:13
    exclusão social e exclusão acadêmica
    de estudantes que querem seguir disciplinas
  • 11:13 - 11:17
    tradicionais, mas penso que nesse quesito
    o nível de
  • 11:20 - 11:24
    execução, eu penso que ainda é muito
    diferenciado. Penso que outra coisa que
  • 11:24 - 11:28
    eu gostaria de adicionar, só por conta
    de minhas
  • 11:29 - 11:31
    observações pessoais como instrutora,
  • 11:32 - 11:36
    a execução regular da emenda de 2009
  • 11:36 - 11:40
    que foi crítica no sentido em que ela
    ampliou a categoria de deficiência
  • 11:40 - 11:44
    para incluir algumas muito frágeis.
    E por frágeis, quero dizer,
  • 11:46 - 11:50
    deficiências muito inconstantes. Então,
    por exemplo,
  • 11:50 - 11:54
    algo como um câncer ou uma doença
    auto-imune
  • 11:54 - 11:58
    finalmente foi incorporada nessa categoria
    mais ampla de deficiências, então não
  • 11:58 - 12:02
    era apenas - Bom, a emenda de 2009 foi
    crítica porque
  • 12:02 - 12:06
    ela deixou claro que deficiências
    não precisam ser
  • 12:06 - 12:10
    "estáveis". Ela não precisa ser
    algo "consistente"
  • 12:10 - 12:14
    sabe, deficiência física
    "consistentemente aceita" para qualificar
  • 12:15 - 12:19
    como uma deficiência sob a legislação.
    Então, isso incluiu, você sabe
  • 12:21 - 12:26
    deficiências,
Title:
vimeo.com/.../436881468
Video Language:
Korean
Team:
ABILITY Magazine
Duration:
18:26

Portuguese, Brazilian subtitles

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