Como vencer uma discussão (no Supremo Tribunal dos EUA ou em qualquer outro lugar)
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0:01 - 0:03Há catorze anos,
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0:03 - 0:05defendi o meu primeiro processo
no Supremo Tribunal. -
0:05 - 0:07Não era um processo qualquer,
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0:07 - 0:09era um processo
que os especialistas consideraram -
0:09 - 0:13um dos casos mais importantes
da história do Supremo Tribunal. -
0:13 - 0:16Tratava-se de decidir
se Guantánamo era constitucional -
0:16 - 0:20e se as Convenções de Genebra
se aplicavam à guerra ao terrorismo. -
0:20 - 0:23Isso foi poucos anos depois
dos terríveis ataques -
0:23 - 0:24de 11 de setembro.
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0:25 - 0:27O Supremo Tribunal tinha
nomeado sete Republicanos -
0:27 - 0:29e dois Democratas
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0:29 - 0:33e o meu cliente era o motorista
de Osama bin Laden. -
0:33 - 0:36O meu adversário
era o Procurador-Geral dos EUA, -
0:36 - 0:38o melhor advogado de barra dos EUA.
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0:38 - 0:40Já tinha defendido 35 casos.
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0:40 - 0:42Eu nem sequer tinha 35 anos.
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0:42 - 0:44E para piorar as coisas,
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0:44 - 0:47o Senado, pela primeira vez
desde a Guerra Civil, -
0:47 - 0:52aprovara uma lei para tentar retirar
o processo da alçada do Supremo Tribunal. -
0:52 - 0:54Bom, os especialistas em oratória diriam
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0:54 - 0:57que eu devia gerar tensão
e não vos contar o final. -
0:57 - 1:00Mas acontece que nós ganhámos. Como?
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1:00 - 1:03Hoje, eu vou falar sobre
como ganhar uma discussão -
1:03 - 1:05no Supremo Tribunal
ou em qualquer outro lugar. -
1:05 - 1:09O senso comum é que
devemos falar com confiança. -
1:09 - 1:11É assim que conseguimos persuadir.
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1:12 - 1:13Eu acho que isso está errado.
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1:13 - 1:16Penso que a confiança
é inimiga da persuasão. -
1:17 - 1:19A persuasão é uma questão de empatia,
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1:19 - 1:21de entrar na cabeça das pessoas.
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1:21 - 1:23É isso que faz o TED ser o que é.
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1:23 - 1:26É por isso que vocês estão
a assistir a esta palestra. -
1:26 - 1:28Vocês podiam ter apenas lido
um resumo da palestra, mas não. -
1:29 - 1:31A mesma coisa acontece
no Supremo Tribunal. -
1:31 - 1:34Nós escrevemos resumos
em folhas de papel -
1:34 - 1:36mas também temos a argumentação oral.
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1:36 - 1:39Não temos só um sistema
em que a Justiça escreve perguntas -
1:39 - 1:41e nós escrevemos as respostas.
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1:41 - 1:44Porquê? Porque a argumentação
é uma questão de interação. -
1:45 - 1:48Eu vou levar-vos aos bastidores
para vos contar o que fiz -
1:48 - 1:51e como essas lições
podem ser generalizadas, -
1:51 - 1:53não só para vencer processos no tribunal,
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1:53 - 1:56mas para algo muito mais profundo.
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1:56 - 1:58Agora, é óbvio que é necessário praticar,
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1:58 - 2:00mas nem todas as práticas servem.
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2:00 - 2:03Na primeira sessão prática
para Guantánamo, -
2:03 - 2:04apanhei um avião para Harvard
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2:04 - 2:07e escutei todos aqueles
professores lendários -
2:07 - 2:09a bombardearem-me com perguntas.
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2:09 - 2:12Apesar de eu já ter lido tudo
e ensaiado um milhão de vezes, -
2:12 - 2:14eu não estava a convencer ninguém.
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2:14 - 2:16Os meus argumentos
não convenciam ninguém. -
2:16 - 2:19Eu estava desesperado.
Tinha feito tudo o que podia, -
2:19 - 2:22tinha lido todos os livros,
tinha ensaiado um milhão de vezes, -
2:22 - 2:24mas não chegava a parte alguma.
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2:24 - 2:25Até que esbarrei num tipo,
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2:25 - 2:28— era professor de teatro,
nem sequer era advogado, -
2:28 - 2:30nunca havia sequer pisado
o Supremo Tribunal. -
2:30 - 2:34Ele entrou no meu escritório um dia
com uma camisa branca amarrotada -
2:34 - 2:36e uma gravata à "cowboy".
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2:36 - 2:39Olhou para mim, com os meus
braços cruzados, e disse: -
2:39 - 2:42"Olha, Neal, bem vejo
que achas que isto não vai funcionar -
2:42 - 2:44"mas vamos tentar mesmo assim.
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2:44 - 2:46"Apresenta-me os teus argumentos."
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2:46 - 2:48Eu agarrei no meu bloco-notas
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2:48 - 2:50e comecei a ler os meus argumentos.
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2:50 - 2:52Ele perguntou:
"O que estás a fazer?" -
2:52 - 2:53E eu: "A apresentar
os meus argumentos." -
2:53 - 2:56E ele: "Os teus argumentos
são um bloco-notas?" -
2:56 - 2:58E eu: "Não, mas os meus argumentos
estão num bloco-notas". -
2:58 - 3:00E ele: "Neal, olha para mim
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3:00 - 3:02"e diz-me os teus argumentos".
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3:02 - 3:03Foi o que eu fiz.
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3:04 - 3:05Instantaneamente, percebi.
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3:05 - 3:08Os meus argumentos
estavam a fazer sentido. -
3:08 - 3:10Eu estava a estabelecer ligação
com outro ser humano. -
3:10 - 3:13E ele pôde ver um sorriso
a começar a formar-se no meu rosto -
3:13 - 3:15enquanto eu ia proferindo
as minhas palavras. -
3:15 - 3:18E disse: "OK, Neal, agora
apresenta os argumentos -
3:18 - 3:20"enquanto seguras na minha mão."
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3:20 - 3:22E eu disse: "O quê?"
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3:22 - 3:25E ele: "Sim, segura na minha mão".
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3:25 - 3:27Eu estava desesperado, por isso obedeci.
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3:27 - 3:31E então percebi: "Uau, isto é ligação.
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3:31 - 3:33"Isto é o poder da persuasão."
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3:33 - 3:34Aquilo ajudou-me muito.
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3:34 - 3:38Mas, sinceramente, eu continuava nervoso
com o julgamento que se aproximava. -
3:38 - 3:40Eu sabia que, apesar de uma argumentação
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3:40 - 3:43ser uma questão de nos colocarmos
no lugar do outro, e ter empatia, -
3:43 - 3:46eu precisava de partir
de uma base sólida. -
3:46 - 3:49Então, fiz uma coisa fora
da minha zona de conforto. -
3:49 - 3:52Comecei a usar acessórios,
mas não qualquer acessório, -
3:52 - 3:55foi uma pulseira que o meu pai
tinha usado durante toda a vida, -
3:55 - 3:58até morrer, apenas uns meses
antes do julgamento. -
3:58 - 3:59Usei uma gravata
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3:59 - 4:02que a minha mãe me havia dado,
especialmente para essa ocasião. -
4:02 - 4:05Agarrei no meu bloco-notas
e escrevi nele os nomes dos meus filhos, -
4:05 - 4:09porque esse era o motivo pelo qual
eu estava a fazer tudo aquilo. -
4:09 - 4:12Por eles, para lhes deixar um país melhor
do que o que eu encontrara. -
4:12 - 4:14Cheguei ao tribunal, e estava calmo.
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4:14 - 4:17A pulseira, a gravata
e os nomes dos meus filhos, -
4:17 - 4:19tudo ajudou a manter-me concentrado.
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4:19 - 4:22Tal como um alpinista a olhar
para a beira do precipício, -
4:22 - 4:25se tivermos um ponto de apoio sólido,
podemos arriscar-nos. -
4:25 - 4:29E como argumentar
é uma questão de persuasão, -
4:29 - 4:31eu sabia que tinha de evitar emoções.
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4:31 - 4:33As demonstrações de emoção falham.
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4:33 - 4:37Seria como escrever um "e-mail" usando
apenas letras maiúsculas em negrito. -
4:37 - 4:38Isso não convence ninguém.
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4:38 - 4:40Dessa forma, o foco está todo
em nós, o emissor, -
4:41 - 4:43e não no ouvinte ou no destinatário.
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4:43 - 4:46Claro, nalgumas situações, mostrar
emoções é uma boa solução. -
4:46 - 4:48Quando discutimos com os pais
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4:48 - 4:50e usamos as emoções, isso funciona.
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4:50 - 4:52Porquê?
Porque os nossos pais amam-nos. -
4:53 - 4:55Mas os juízes do Supremo Tribunal
não nos amam. -
4:55 - 4:57Eles não gostam de pensar
que são o tipo de pessoas -
4:57 - 4:59que podem ser convencidas
por emoções. -
4:59 - 5:02E eu também aproveitei a ideia
para criar uma armadilha -
5:02 - 5:05para levar o meu adversário
a provocar uma reação emocional, -
5:05 - 5:09para eu poder ser visto
como a voz firme e calma da lei. -
5:09 - 5:11Isso funcionou.
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5:11 - 5:15Lembro-me de estar sentado
no tribunal e saber que tínhamos ganho, -
5:15 - 5:17que os tribunais de Guantánamo
iam ser desativados. -
5:18 - 5:21Quando saí do tribunal, fui recebido
com uma tempestade dos "media". -
5:22 - 5:24Quinhentas câmaras,
e todos a perguntar: -
5:24 - 5:27"O que é que essa decisão significa?
O que é que ela diz?" -
5:27 - 5:29Bom, a decisão completa tinha 185 páginas.
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5:29 - 5:31Eu não tinha tempo para ler tudo,
ninguém tinha. -
5:31 - 5:33Mas eu sabia o que ela significava.
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5:33 - 5:35E foi isso que eu disse
à porta do tribunal: -
5:35 - 5:37"Eis o que aconteceu hoje.
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5:37 - 5:39"Nós temos aqui a escória
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5:39 - 5:42"— esse homem, que foi acusado
de ser o motorista de bin Laden, -
5:42 - 5:44"um dos homens mais terríveis do mundo.
-
5:44 - 5:46"Ele não processou um qualquer,
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5:46 - 5:49"mas a nação, o homem
mais poderoso do mundo -
5:49 - 5:51"o presidente dos EUA.
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5:51 - 5:54"E levou esse processo
não a um tribunal qualquer, -
5:54 - 5:56"mas ao mais alto tribunal do país,
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5:56 - 5:58"ao Supremo Tribunal dos EUA.
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5:58 - 6:00"E venceu!
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6:00 - 6:03"Isto é uma coisa incrível neste país.
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6:03 - 6:05"Em muitos outros países,
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6:05 - 6:07"este motorista teria sido assassinado,
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6:07 - 6:08"apenas por apresentar o seu caso.
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6:08 - 6:11"E eu, enquanto seu advogado,
também teria sido assassinado. -
6:11 - 6:14"Mas é isso que torna os EUA diferente.
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6:14 - 6:16"É isso que torna os EUA especial."
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6:16 - 6:17Graças a essa decisão,
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6:17 - 6:21as convenções de Genebra passaram
a aplicar-se à guerra ao terrorismo, -
6:21 - 6:24o que significa o fim das prisões
clandestinas em todo o mundo, -
6:24 - 6:26das torturas por afogamento
em todo o mundo, -
6:26 - 6:28e dos julgamentos militares de Guantánamo.
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6:28 - 6:30Construindo metodicamente o caso
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6:31 - 6:33e entrando na cabeça dos juízes,
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6:33 - 6:36nós conseguimos, literalmente,
mudar o mundo. -
6:37 - 6:38Parece fácil, não é?
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6:38 - 6:40Vocês praticam muito,
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6:40 - 6:42evitam demonstrar emoções,
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6:42 - 6:44e também podem vencer
qualquer discussão. -
6:44 - 6:46Sinto muito, mas não é assim tão simples.
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6:46 - 6:48As minhas estratégias não são infalíveis,
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6:48 - 6:51e, apesar de eu ter vencido
mais casos no Supremo Tribunal -
6:51 - 6:53do que quase toda a gente,
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6:53 - 6:54também perdi muitos.
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6:55 - 6:57Na verdade, quando
Donald Trump foi eleito, -
6:57 - 7:01eu fiquei aterrorizado,
constitucionalmente falando. -
7:01 - 7:02Por favor, compreendam:
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7:02 - 7:05não é uma questão de Esquerda
contra a Direita, nada disso. -
7:05 - 7:07Não é disso que eu venho aqui falar.
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7:07 - 7:10Mas ainda na primeira semana
do mandato do novo presidente, -
7:10 - 7:12devem lembrar-se daquelas
cenas nos aeroportos. -
7:12 - 7:16O presidente Trump construiu
a sua campanha fazendo uma promessa: -
7:16 - 7:20"Eu, Donald J. Trump,
vou lutar pelo fim absoluto -
7:20 - 7:23"da imigração de muçulmanos para os EUA."
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7:23 - 7:26E também disse:
"Eu acho que o Islão nos odeia." -
7:26 - 7:28E cumpriu essa promessa,
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7:28 - 7:33proibindo a imigração de sete países
de população maioritariamente islâmica. -
7:33 - 7:37Eu e a minha equipa legal entrámos
imediatamente com um processo, -
7:37 - 7:40e derrotámos essa proibição.
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7:40 - 7:41Trump reformulou a sua proibição.
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7:42 - 7:44Fomos novamente a tribunal
e derrotámo-la de novo. -
7:44 - 7:46Ele reformulou-a mais uma vez
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7:46 - 7:48e, dessa vez, incluiu a Coreia do Norte,
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7:48 - 7:50Porque todos sabemos
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7:50 - 7:53que os EUA têm um grande problema
de imigração com a Coreia do Norte. -
7:53 - 7:57Mas isso permitiu que os seus advogados
fossem ao Supremo Tribunal dizer: -
7:57 - 8:00"Estão a ver, não é discriminação
contra os muçulmanos, -
8:00 - 8:01"também inclui outras pessoas!"
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8:02 - 8:05Eu achava que tínhamos um excelente
argumento contra isso. -
8:05 - 8:07Não vou aborrecer-vos com os detalhes.
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8:07 - 8:09O importante é que perdemos.
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8:09 - 8:11Cinco votos a quatro.
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8:11 - 8:13E eu fiquei arrasado.
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8:13 - 8:16Fiquei com receio de ter perdido
os meus poderes de persuasão. -
8:16 - 8:18E, então, aconteceram duas coisas.
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8:18 - 8:21A primeira foi que reparei que a opinião
duma parte do Supremo Tribunal -
8:21 - 8:23sobre a proibição da imigração
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8:23 - 8:26falara dos campos de concentração
para japoneses nos EUA. -
8:26 - 8:28Foi um momento terrível da nossa história,
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8:28 - 8:33em que mais de 100 mil americanos de etnia
japonesa ficaram alojados nesses campos. -
8:33 - 8:35A minha pessoa favorita
que desafiou essa posição -
8:35 - 8:37foi Gordon Hirabayashi,
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8:37 - 8:39um estudante da Universidade
de Washington. -
8:39 - 8:42Ele entregou-se ao FBI, que disse:
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8:42 - 8:44"Tu não tens antecedentes
criminais, podes ir para casa." -
8:45 - 8:46E o Gordon disse:
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8:46 - 8:50"Não, eu sou 'quaker'.
Preciso de resistir contra leis injustas." -
8:50 - 8:53Então, foi preso e condenado.
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8:53 - 8:55O caso dele chegou ao Supremo Tribunal.
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8:55 - 8:57E lá vou eu de novo
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8:57 - 9:00acabar com qualquer sentimento
de previsão que vocês possam ter, -
9:00 - 9:01e contar o que aconteceu.
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9:02 - 9:03Gordon perdeu.
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9:03 - 9:05Mas perdeu por um motivo simples.
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9:05 - 9:07Porque o Procurador Geral,
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9:07 - 9:09o principal advogado do governo,
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9:09 - 9:11disse ao Supremo Tribunal
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9:11 - 9:15que os campos de concentração
se justificavam por necessidade militar. -
9:16 - 9:17E assim foi,
-
9:17 - 9:20apesar de a sua própria
equipa ter concluído -
9:20 - 9:24que não havia necessidade
do confinamento dos americanos japoneses -
9:24 - 9:27e que o FBI e a comunidade
dos serviços de informações -
9:27 - 9:29acreditavam nisso.
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9:29 - 9:32E que, na verdade, tudo fora motivado
por preconceito racial. -
9:32 - 9:35A equipa solicitou ao Procurador Geral:
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9:35 - 9:38"Diga a verdade, não omita provas."
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9:38 - 9:39E o que fez o Procurador Geral?
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9:40 - 9:41Nada.
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9:41 - 9:44Manteve a história
da "necessidade militar". -
9:45 - 9:49E o Supremo Tribunal manteve
a condenação de Gordon Hirabayashi. -
9:49 - 9:53E, no ano seguinte, repetiu
a condenação de Fred Korematsu. -
9:53 - 9:55Agora, porque é que eu
estava a pensar nisto? -
9:55 - 9:59Porque quase 70 anos depois,
eu ocupei a mesma posição, -
9:59 - 10:02de chefe da Procuradoria Geral,
-
10:02 - 10:04e pude corrigir os erros,
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10:04 - 10:08explicar que o governo havia interpretado
os factos erroneamente -
10:08 - 10:11no caso dos campos de concentração.
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10:11 - 10:14E quando pensei na opinião do Supremo
Tribunal sobre a proibição de imigração, -
10:14 - 10:18eu percebi que o Supremo Tribunal,
nessa decisão, -
10:18 - 10:22se esforçou muito para derrubar
o processo contra Korematsu. -
10:22 - 10:26Agora, não era somente o Departamento
de Justiça que estava a dizer -
10:26 - 10:28que os campos de concentração
eram um erro, -
10:28 - 10:31mas o Supremo Tribunal também.
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10:32 - 10:35Isso é uma lição crucial
sobre argumentar: o momento certo. -
10:35 - 10:39Todos vocês, quando estiverem a discutir,
têm uma importante decisão a tomar: -
10:39 - 10:41Quando devem apresentar
os vossos argumentos? -
10:41 - 10:43Não basta ter os argumentos certos,
-
10:43 - 10:46é preciso o argumento certo
na altura certa. -
10:46 - 10:50Em que momento a vossa audiência
— um cônjuge, um chefe ou um filho — -
10:50 - 10:52estará mais recetiva?
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10:52 - 10:55Algumas vezes, isso foge
totalmente do nosso controlo. -
10:55 - 10:58Os atrasos custam demasiado caro.
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10:58 - 11:00Então podemos entrar e lutar
-
11:00 - 11:03e, tal como eu, errar o momento.
-
11:03 - 11:05Foi o que pensámos quanto
à proibição de imigração. -
11:05 - 11:08Vejam bem, o Supremo Tribunal
não estava preparado, -
11:08 - 11:11logo no início do mandato
do presidente Trump, -
11:11 - 11:14para vetar a sua iniciativa principal,
-
11:14 - 11:20assim como não estava preparado para vetar
os campos de concentração de Roosevelt. -
11:20 - 11:22Algumas vezes, simplesmente
temos de arriscar. -
11:22 - 11:25E é muito doloroso quando perdemos.
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11:25 - 11:27É muito difícil ter paciência.
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11:27 - 11:29Mas isso recorda-me a segunda lição.
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11:29 - 11:31Mesmo que a vitória venha depois,
-
11:31 - 11:35eu percebi como é importante
a luta do momento. -
11:35 - 11:38Porque ela inspira, ela educa.
-
11:38 - 11:41Eu lembro-me de ler
uma coluna de Ann Coulter -
11:41 - 11:43sobre o veto aos muçulmanos.
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11:43 - 11:45Eis o que ela disse:
-
11:45 - 11:48"A discutir contra Trump estava
um americano filho de imigrantes, -
11:48 - 11:50"Neal Katyal.
-
11:50 - 11:53"Há inúmeras pessoas cujas famílias
odeiam os EUA há 10 gerações. -
11:53 - 11:57"Porque não chamar um deles para defender
que devíamos destruir o nosso país -
11:57 - 11:58"através da imigração em massa?"
-
11:59 - 12:00É nessa altura que a emoção,
-
12:00 - 12:03que é tão prejudicial
para uma boa discussão, -
12:03 - 12:05era importante para mim.
-
12:05 - 12:09Eu precisava de emoções fora do tribunal,
para voltar para a luta. -
12:09 - 12:13Quando li as palavras da Coulter,
fiquei furioso. -
12:14 - 12:16Eu rejeito a ideia
-
12:16 - 12:20de que ser um americano filho de
imigrantes me desqualificaria. -
12:20 - 12:23Eu rejeito a ideia de que
a imigração em massa -
12:23 - 12:25destruiria este país,
-
12:25 - 12:28em vez de reconhecer
que essa é a fundação -
12:28 - 12:30sobre a qual este país foi construído.
-
12:30 - 12:32Quando li a Coulter,
-
12:32 - 12:34pensei em muitas coisas do meu passado,
-
12:34 - 12:36pensei no meu pai,
-
12:36 - 12:38que chegou aqui vindo da Índia
apenas com oito dólares, -
12:39 - 12:42sem saber se devia usar a casa de banho
dos brancos ou o das "pessoas de cor". -
12:42 - 12:45Pensei no primeiro emprego
que ele encontrou, num matadouro. -
12:46 - 12:47Um péssimo emprego para um hindu.
-
12:48 - 12:52Pensei em como, quando nos mudámos
para um novo bairro em Chicago, -
12:52 - 12:54com outra família indiana,
-
12:54 - 12:56que essa família teve uma cruz
queimada no seu quintal, -
12:56 - 12:58porque os racistas não são muito bons
-
12:58 - 13:01em distinguir hindus de afro-americanos.
-
13:01 - 13:04E pensei em todas as críticas que recebi
durante o caso Guantánamo -
13:04 - 13:06por ser um "simpatizante de muçulmanos".
-
13:06 - 13:10Os racistas também não são bons
em distinguir hindus de muçulmanos. -
13:11 - 13:15Ann Coulter pensou que ser filho
de um imigrante era uma fraqueza. -
13:15 - 13:18Ela estava profundamente enganada.
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13:19 - 13:21Essa é a minha força,
-
13:21 - 13:24porque eu sabia
o que os EUA deviam defender. -
13:25 - 13:27Eu sabia que, nos EUA,
-
13:27 - 13:32eu, filho de um homem que chegou aqui
apenas com oito dólares no bolso, -
13:32 - 13:35podia apresentar-se
no Supremo Tribunal dos EUA, -
13:35 - 13:37representando um estrangeiro odiado,
-
13:37 - 13:39como o motorista de Osama bin Laden,
-
13:39 - 13:41e ganhar.
-
13:41 - 13:44Isso fez-me perceber que,
apesar de eu ter perdido a causa, -
13:44 - 13:47também estava certo quanto ao veto
à imigração de muçulmanos. -
13:47 - 13:49Fosse qual fosse a decisão do Tribunal
-
13:49 - 13:51eles não podiam mudar o facto
-
13:51 - 13:53de os imigrantes fortalecerem esse país.
-
13:53 - 13:57Na verdade, de muitas formas, são
os imigrantes que mais amam este país. -
13:57 - 13:59Quando eu li as palavras da Ann Coulter,
-
13:59 - 14:02pensei nas gloriosas palavras
da nossa Constituição. -
14:02 - 14:04Na Primeira Emenda:
-
14:04 - 14:08"O Congresso não deve criar leis
estabelecendo uma religião". -
14:08 - 14:10Eu pensei no nosso lema nacional,
-
14:10 - 14:12"E pluribus unum",
-
14:12 - 14:14"de muitos, um".
-
14:14 - 14:16Acima de tudo, eu percebi
-
14:16 - 14:19que a única forma de verdadeiramente
perder uma discussão -
14:19 - 14:21é desistir.
-
14:21 - 14:24Então, juntei-me ao processo
movido pelo Congresso -
14:24 - 14:29contestando a decisão de Trump de incluir
uma pergunta sobre cidadania no censo, -
14:29 - 14:31uma decisão com grandes implicações.
-
14:31 - 14:33Foi um processo muito difícil.
-
14:33 - 14:35A maioria acreditava que perderíamos.
-
14:35 - 14:37Mas acontece que ganhámos.
-
14:37 - 14:39Cinco votos contra quatro.
-
14:39 - 14:41O Supremo Tribunal basicamente disse
-
14:41 - 14:45que o presidente Trump e o secretário
do seu gabinete haviam mentido. -
14:45 - 14:48Então eu levantei-me e voltei à luta,
-
14:48 - 14:51e espero que cada um de vocês,
à vossa maneira, faça o mesmo -
14:51 - 14:52Eu estou a voltar à luta,
-
14:53 - 14:56porque acredito que os bons argumentos
sempre vencem no final. -
14:57 - 14:59O arco da justiça é longo,
-
14:59 - 15:00e, muitas vezes, curva-se lentamente,
-
15:00 - 15:03mas só se curva se nós o curvarmos.
-
15:04 - 15:08Eu percebi que não se trata
de vencermos todas as discussões, -
15:08 - 15:11mas de nos levantarmos
e continuarmos quando perdemos. -
15:11 - 15:13Porque, a longo prazo,
-
15:13 - 15:15os bons argumentos prevalecem.
-
15:15 - 15:17Se tivermos um bom argumento,
-
15:17 - 15:19ele tem o poder de nos sobreviver
-
15:19 - 15:21de se espalhar para além de nós,
-
15:21 - 15:24de alcançar mentes futuras.
-
15:24 - 15:26É por esse motivo que tudo isso
é tão importante. -
15:26 - 15:30Eu não estou a ensinar-vos a vencer
discussões só por vencer. -
15:30 - 15:32Isto não é um jogo.
-
15:32 - 15:36Eu estou a dizer-vos isto
porque, mesmo que não ganhem agora, -
15:36 - 15:40se tiverem um bom argumento,
a história vai mostrar que estavam certos. -
15:40 - 15:43Eu penso imensas vezes
naquele professor de teatro. -
15:43 - 15:45Acabei por perceber
-
15:45 - 15:48que a mão que eu estava a segurar
era a mão da justiça. -
15:48 - 15:51Essa mão estendida vai-vos aparecer.
-
15:51 - 15:55A decisão é vossa:
ou a empurram para longe -
15:55 - 15:56ou continuam a segurá-la.
-
15:56 - 15:59Muito obrigado pela vossa atenção.
- Title:
- Como vencer uma discussão (no Supremo Tribunal dos EUA ou em qualquer outro lugar)
- Speaker:
- Neal Katyal
- Description:
-
O segredo para vencer uma discussão não é uma grande retórica ou um estilo elegante, diz o advogado do Supremo Tribunal dos EUA Neal Katyal — é preciso mais do que isso. Com histórias de alguns dos casos mais relevantes que ele defendeu perante o Tribunal, Katyal mostra que o segredo para construir um argumento persuasivo e bem sucedido está na conexão humana, na empatia e na fé no poder das nossas ideias. "A pergunta não é como vencer uma discussão", diz ele, "mas como nos levantamos e continuamos quando perdemos".
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:12
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