Return to Video

Jordan Casteel Pinta Sua Comunidade | Art21 "New York Close Up"

  • 0:01 - 0:04
    [New York Close Up]
  • 0:04 - 0:09
    ["Jordan Casteel Pinta sua Comunidade¨]
  • 0:12 - 0:12
    [JORDAN CASTEEL] Oi, gente.
  • 0:12 - 0:13
    Lembram de mim?
  • 0:14 - 0:16
    Sabem onde o Harold está?
  • 0:16 - 0:16
    Vocês viram...
  • 0:16 - 0:17
    o Harold?
  • 0:17 - 0:18
    Vocês lembram que eu pintei ele?
  • 0:20 - 0:22
    Eu queria mostrar a pintura pra ele.
  • 0:23 - 0:25
    Deixei minhas coisas com ele, pra ele entrar em contato,
  • 0:25 - 0:27
    mas eu não tenho visto ele por aí.
  • 0:27 - 0:29
    [HOMEM] Não vejo ele há algum tempo.
  • 0:29 - 0:31
    [CASTEEL] Tá, se você vir ele...
  • 0:31 - 0:33
    [HOMEM] Não vejo ele faz um ano.
  • 0:33 - 0:34
    [CASTEEL] Posso mandar por email ou mensagem pra ele.
  • 0:34 - 0:36
    Isso tem uns 2 metros de altura.
  • 0:36 - 0:36
    É grande.
  • 0:42 - 0:43
    Meio que chega perto do seu pai.
  • 0:43 - 0:44
    Chega tipo até aqui.
  • 0:44 - 0:45
    Porque este é seu pai?
  • 0:45 - 0:46
    Ou esse é seu pai?
  • 0:46 - 0:47
    Isso! Adorei!
  • 0:47 - 0:49
    Agora estou vendo. É ótimo!
  • 0:49 - 0:49
    [HOMEM] Obrigado.
  • 0:49 - 0:50
    [CASTEEL] Sim, vem cá!
  • 0:50 - 0:51
    EU quero você perto deste do meio.
  • 0:53 - 0:54
    [CÂMERA DISPARA]
  • 0:54 - 0:56
    Você vai colocar esta perna daqui a pouco?
  • 0:56 - 0:57
    Isso!
  • 0:57 - 0:59
    Eu estou pensando sobre meu quadro.
  • 1:01 - 1:02
    Isso, perfeito!
  • 1:02 - 1:04
    [HOMEM] Obrigado.
    [CASTEEL] Olha.
  • 1:08 - 1:10
    [HOMEM] É mesmo, muito bonito.
  • 1:12 - 1:14
    [CASTEEL] No verão entre meu primeiro e segundo anos em Yale,
  • 1:14 - 1:18
    Eu recebi uma bolsa de 10 mil dólares
  • 1:18 - 1:23
    para ir a Gloucester, Massachusetts, pintar paisagens.
  • 1:24 - 1:25
    Durante aquele período,
  • 1:25 - 1:29
    aconteceu a absolvição do assassino do Trayvon Martin.
  • 1:29 - 1:31
    Gloucester é uma cidade muito branca,
  • 1:31 - 1:34
    eu era provavelmente a única pessoa negra em quilômetros.
  • 1:34 - 1:38
    Então, eu estava sentindo uma espécie de isolamento durante aquela experiência.
  • 1:40 - 1:44
    [Casa da Tia Jordan]
  • 1:46 - 1:47
    Eu lembro
  • 1:47 - 1:49
    de uma conversa por telefone com meu irmão gêmeo.
  • 1:49 - 1:52
    Ele contou que estava em uma loja de conveniência
  • 1:52 - 1:54
    e que alguém estava seguindo ele,
  • 1:54 - 1:56
    e ele estava muito chateado, falando
  • 1:56 - 1:58
    "sabe, as pessoas me seguem como se eu fosse uma ameaça,"
  • 1:58 - 2:00
    "mas eles nem me conhecem, não sabem que eu sou um pai"
  • 2:00 - 2:02
    "e que eu só estou tentando levar minha vida."
  • 2:02 - 2:03
    "Eles não sabem nada sobre mim,"
  • 2:03 - 2:05
    "pra eles, sou apenas aquele que"
  • 2:05 - 2:07
    "vai roubá-los ou sei lá."
  • 2:07 - 2:09
    Eu acho que, naquela época, senti
  • 2:09 - 2:11
    que eu precisava voltar a Yale
  • 2:11 - 2:14
    e fazer um trabalho diferente de paisagens--
  • 2:14 - 2:16
    que precisava achar um jeito de combinar
  • 2:16 - 2:19
    meu desejo de criar um senso de visibilidade em torno
  • 2:19 - 2:23
    da minha família e dos meus irmãos que senti que não existia na época.
  • 2:24 - 2:26
    Deixa eu ajudar com esse toque.
  • 2:28 - 2:29
    Gravar isso?
  • 2:29 - 2:30
    [TIA] Temos que gravar isso.
  • 2:31 - 2:34
    Vai em configurações e vê como faz isso.
  • 2:35 - 2:38
    [CANTANDO] Trump é nosso inimigo.
  • 2:38 - 2:41
    Ele precisa ser removido
  • 2:42 - 2:45
    Trump é nosso inimigo.
  • 2:45 - 2:47
    Ele precisa ser removido.
  • 2:47 - 2:55
    Que nem uma lata de lixo no beco,
  • 2:55 - 3:00
    Ele precisa ser removido.
  • 3:01 - 3:02
    Isso!
  • 3:02 - 3:04
    [CASTEEL] Legal. Agora temos que testar isso,
  • 3:04 - 3:05
    mas eu acho que eu consegui!
  • 3:05 - 3:06
    Tá.
  • 3:06 - 3:07
    [TIA] Tá, me liga então,
  • 3:07 - 3:09
    e vamos ver se funciona.
  • 3:09 - 3:13
    [GRAVAÇÃO] Ele precisa ser removido.
  • 3:13 - 3:14
    [RISOS]
  • 3:14 - 3:16
    [CASTEEL] Toda vez que o telefone tocar, vai ser assim agora!
  • 3:18 - 3:19
    Então, eu voltei pra Yale pensando
  • 3:20 - 3:23
    "Eu vou pintar meus homens negros"
  • 3:23 - 3:27
    "Vô fazer esse negócio sobre a minha família, basicamente."
  • 3:46 - 3:49
    Nove dentre dez vezes, as pessoas pensam que sou homem
  • 3:49 - 3:50
    antes de me conhecerem.
  • 3:50 - 3:51
    Ainda assim,
  • 3:51 - 3:54
    é, porque meu nome é Jordan e eu estou pintando homens.
  • 3:54 - 3:55
    Mesmo nas minhas exposições,
  • 3:55 - 3:56
    o número de vezes que minha mãe...
  • 3:56 - 3:58
    Eu ouço minha mãe do outro lado da sala falando
  • 3:58 - 4:00
    "ELA está ali!"
  • 4:00 - 4:01
    E eu, "Mãe, tá tudo bem."
  • 4:01 - 4:04
    E eu acho que muito disso tem a ver como pintura histórica
  • 4:04 - 4:07
    e a noção de quem tem o direito
  • 4:07 - 4:09
    de retratar que tipo de corpos em qual escala.
  • 4:09 - 4:11
    E eu gosto disso.
  • 4:11 - 4:13
    Eu me sinto muito presente nesse trabalho.
  • 4:13 - 4:14
    Tipo, toda vez que pessoas...
  • 4:14 - 4:17
    Tem havido certa crítica: eu apenas pinto homens.
  • 4:17 - 4:18
    E toda vez que as pessoas dizem que as mulheres estão ausentes,
  • 4:18 - 4:20
    ou dizem coisas como "quando vocë vai pintar mulheres?"
  • 4:20 - 4:23
    Eu não sei se eu sinto essa ausência,
  • 4:23 - 4:25
    porque eu sou uma parte muito presente desse trabalho,
  • 4:25 - 4:28
    e isso se traduz por meio da minha experiência.
  • 4:28 - 4:30
    Então, vieram os nus,
  • 4:30 - 4:31
    o que foi aterrorizante.
  • 4:31 - 4:33
    Eu recebi muita crítica, algo do tipo,
  • 4:33 - 4:35
    Naquele período.
  • 4:35 - 4:39
    Porque eu estava tomando decisões muito intencionais e dramáticas,
  • 4:39 - 4:41
    como não mostrar a genitália,
  • 4:41 - 4:42
    o que foi sempre a ideia.
  • 4:42 - 4:46
    Mas eu estava realmente interessada em humanizar
  • 4:46 - 4:50
    na história que é frequentemente criminalizada ou sexualizada.
  • 4:50 - 4:52
    Então, não queria que se aproveitassem
  • 4:52 - 4:55
    do corpo do homem negro
  • 4:55 - 4:57
    como tem sido feito historicamente.
  • 4:57 - 4:59
    Então, foi uma espécie de gesto
  • 4:59 - 5:00
    não permitindo que as pessoas tivessem
  • 5:00 - 5:03
    o que elas achavam que mereciam ter daqueles corpos.
  • 5:03 - 5:04
    [ESTUDANTE] Consumir o corpo...
  • 5:04 - 5:05
    [CASTEEL] Isso, exatamente.
  • 5:05 - 5:06
    Sim, isso mesmo.
  • 5:06 - 5:07
    Obrigada, pessoal!
  • 5:07 - 5:09
    Boa sorte pra vocês também.
  • 5:21 - 5:23
    [SOM DE DJEMBÊ]
  • 5:40 - 5:42
    Houve uma certa conversa sobre
  • 5:42 - 5:45
    minhas pinturas serem como substitutos para meu irmão.
  • 5:45 - 5:47
    E quando essa conversa estava acontecendo
  • 5:47 - 5:51
    eu, inicialmente pensei "é, talvez seja isso."
  • 5:51 - 5:53
    "Talvez eu precise ir à fonte de tudo isso."
  • 5:53 - 5:56
    "Talvez seja a hora de, de fato, pintar meu irmão gêmeo."
  • 5:58 - 5:59
    [GRAVANDO] Um, dois, três...
  • 6:00 - 6:01
    [MÚSICA COMEÇA A TOCAR]
  • 6:02 - 6:03
    [HOMEM, FORA DA CENA] Aumenta!
  • 6:03 - 6:04
    [RISOS]
  • 6:06 - 6:08
    [CASTEEL] Nunca ouvi essa música.
  • 6:08 - 6:09
    [MULHER, FORA DA CENA] O que?!
  • 6:10 - 6:11
    [MULHER] Ah, a gente conhece isso!
  • 6:15 - 6:16
    [HOMEM] O fato de que vocês todos estão dançando essa múscia,
  • 6:16 - 6:18
    é tipo, tipo...
  • 6:19 - 6:20
    Eu nunca ouvi essa música na minha vida.
  • 6:20 - 6:20
    [RISOS]
  • 6:21 - 6:24
    [HOMEM] Vamos acrescentar os xxxx rappers agora!
  • 6:24 - 6:25
    Lil Yachty!
  • 6:25 - 6:26
    [RISOS]
  • 6:26 - 6:28
    [MULHER] Lil Yachty! Meu deus!
  • 6:28 - 6:28
    [HOMEM] Tá vendo?
  • 6:31 - 6:32
    [HOMEM] Eu acho que vou fazer uma...
  • 6:32 - 6:34
    [MULHER] Uma dança do ventre!
  • 6:35 - 6:37
    [MULHER] Você tem uma conexão emocional...
  • 6:37 - 6:40
    Nos momentos em que você decide fotografar.
  • 6:40 - 6:43
    Com os gêmeos, tipo, de repente,
  • 6:43 - 6:44
    eles xxxx de uma forma que é...
  • 6:44 - 6:45
    Não sei como...
  • 6:45 - 6:48
    [CASTEEL] Bem, essa não foi uma fotografia intencional.
  • 6:48 - 6:50
    Eu estava fotografando o Charles, o cara com as peles.
  • 6:50 - 6:52
    E esta mulher empurrou os bebês pra frente da minha câmera
  • 6:52 - 6:54
    e ficou "fotografa meus bebês!"
  • 6:54 - 6:55
    [RISOS]
  • 6:55 - 6:56
    [CASTEEL] Não, literalmente.
  • 6:56 - 6:57
    E eu estava "Que?"
  • 6:57 - 6:58
    Tá?
  • 6:58 - 7:00
    E eu tirei uma foto. Tipo, literalmente um click.
  • 7:00 - 7:02
    E eu estava "É, eles são tão fotos. São gêmeos?"
  • 7:02 - 7:04
    E ela disse "Sim, eles são,"
  • 7:04 - 7:04
    E daí ela meio que fugiu.
  • 7:04 - 7:05
    [HOMEM] Uau...
  • 7:05 - 7:06
    [MULHER] Você contou pra ela que também tem irmão gêmeo?
  • 7:06 - 7:08
    [CASTEEL] Sim, eu fiquei "Eu também sou gêmea,"
  • 7:08 - 7:09
    "Talvez por isso tenha notado, sei lá."
  • 7:09 - 7:11
    E ela, "Ah, sim, faz sentido,"
  • 7:11 - 7:12
    Aí ela meio que se mandou.
  • 7:12 - 7:14
    [HOMEM] E você depois conseguiu encontrar ela?
  • 7:14 - 7:16
    [CASTEEL] Não! Não. Nao faço ideia!
  • 7:21 - 7:24
    Quando éramos muito novos, éramos muito, muito próximos.
  • 7:24 - 7:27
    Aí começamos o High School e os dois éramos...
  • 7:27 - 7:28
    Nós fomos dessa escola privada
  • 7:28 - 7:31
    com muita gente branca, da primeira à oitava série,
  • 7:31 - 7:34
    onde éramos as duas únicas crianças negas, basicamente, na escola inteira.
  • 7:35 - 7:40
    E fomos transferidos pra uma escola pública local.
  • 7:40 - 7:43
    Ambos passamos por certo bullying,
  • 7:43 - 7:47
    Eu acho que foi porque vínhamos de um xxxx diferente
  • 7:47 - 7:49
    de muitos dos outros estudantes.
  • 7:49 - 7:52
    [HOMEM] É como se seu xxxxxx
  • 7:52 - 7:53
    [CASTEEL] Isso! Isso.
  • 7:53 - 7:55
    Bom, aqui, talvez colocar isso em frente disso,
  • 7:55 - 7:57
    aí eu posso fazer um close up de vocês todos sentados em frente disso.
  • 7:57 - 7:58
    Fica legal?
  • 7:58 - 7:59
    [CÂMERA DISPARA]
  • 7:59 - 8:01
    O jeito que lidei com isso foi fazer
  • 8:01 - 8:03
    biscoitos de manteiga de amendoim e sanduíches de geléia,
  • 8:03 - 8:06
    e costumava sentar do lado de fora da sala do meu professor favorito--
  • 8:06 - 8:07
    no chão, durante o recreio--
  • 8:07 - 8:09
    e comer meus sanduíches em forma de cookies.
  • 8:09 - 8:12
    Mas meu irmão, por outro lado,
  • 8:12 - 8:14
    sofreu um bullying mais físico.
  • 8:14 - 8:17
    Eu acho que ele, literalmente, teve que
  • 8:17 - 8:18
    se tornar mais forte.
  • 8:20 - 8:23
    E muito disso teve a ver com expectativas sociais.
  • 8:23 - 8:24
    Eu apenas sinto que...
  • 8:24 - 8:26
    Eu, num sentido menos público,
  • 8:27 - 8:28
    Eu me torno muito consciente....
  • 8:28 - 8:31
    A história dele não é minha pra contar.
  • 8:31 - 8:36
    E eu posso apenas falar da minha perspectiva como sua irmã.
  • 8:36 - 8:39
    E como alguém que o viu como esse cara muito
  • 8:39 - 8:43
    engraçado, sensível, carismático, amoroso,
  • 8:43 - 8:46
    e reconhecendo que o mundo percebe ele de uma forma diferente.
  • 8:46 - 8:50
    Como resultado, esse trabalho, eu acho, vem realmente
  • 8:50 - 8:53
    do meu desejo de compartilhar
  • 8:53 - 8:55
    o que eu conheci do mundo.
Title:
Jordan Casteel Pinta Sua Comunidade | Art21 "New York Close Up"
Description:

Aonde uma pintora encontra seu tema ?

Com um processo que a leva das ruas do Harlem até o seu estúdio no DUMBO, Brooklyn, a artista Jordan Casteel pinta retratos em grande escala, fazendo visivel a frequentemente e não representada humanidade dos Negros. No começo com dificuldades para achar um objeto de discussão que pudesse falar para as realidades politicas sobre a violência policial e preconceitos implìcitos, Casteel tirou inspiração do seu irmão gêmeo. "As pessoas me seguem como uma ameaça," a artista lembra de seu irmão dizer, "mas eles não sabem nada sobre mim"

Os quadros de Casteel illustram a multiplicidade da experiência do homem negro; ela iniciou com nudez em interiores domésticos antes de expandir para o homem na calçada, a cor e composições celebrando A textura visual do seu bairro Harlem. O trabalho de Casteel está sondando na sua sutil impressão dos homens negros que, apesar de muitas vezes estranhos à artista, olham atenta e intimamente para o espectador.

"Eu me conscientizo muito [do fato que] a história dele não cabe a mim contar," diz a artista sobre seu irmão. "Eu já o vi como esse homem realmente engraçado, sensìvel, carismático, adoravel jovem....E como resultado, esse trabalho vem realmente como meu desejo de partilhar o que eu tenho aprendido com o Mundo"

Gravação apresentada Pelo Studio Museum na exibição em Harlem de "Regarding the Figure", e estúdio Sharpe-Walentas residente em DUMBO.

Jordan Casteel (1989, Denver, Colorado) vive e trabalha em Nova Iorque. ConheÇa Mais sobre a artista em https://art21.org/artist/jordan-casteel/

CRÉDITOS | "New York Close Up" Series Producer: Nick Ravich. Director: Orian Barki. Editor & Cinematography: Orian Barki. Additional Camera: Sam Balaban & Tom Kneller. Sound: Taeer Maymon. Design & Graphics: Open. Artwork Courtesy: Jordan Casteel. Music: UNRTHDX. Thanks: Lynda Blackmon Lowery, Marcia Cantarella, Phoebe Collings-James, Naima Green, Casey Kaplan, Chalia La Tour, Wayde McIntosh, Pennsylvania Academy of the Fine Arts, Sharpe-Walentas Studio Program, The Studio Museum of Harlem, Korde Tuttle, Didier William. © Art21, Inc. 2017. Todos Direitos Reservados.

"New York Close Up" é apoiado em parte por Lambent Foundation; fundos públicos do Departamento de Assuntos Culturais da Cidade de Nova Iorque com patrocinio da Câmara Municipal; VIA Art Fund; Lévy Gorvy; E contribuidores individuais.

more » « less
Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"New York Close Up" series
Duration:
09:41

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions Compare revisions