Esther Perel: O segredo do desejo em um relacionamento duradouro
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0:01 - 0:04Então, por que o bom sexo geralmente desaparece,
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0:04 - 0:09mesmo em casais que continuam a se amar tanto?
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0:09 - 0:13E por que uma boa intimidade não é garantia de um bom sexo,
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0:13 - 0:15ao contrário do que a maioria acredita?
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0:15 - 0:17Ou a próxima pergunta seria
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0:17 - 0:20podemos querer o que já temos?
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0:20 - 0:23É uma pergunta difícil, não?
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0:23 - 0:24E por que o proibido é tão erótico?
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0:24 - 0:29O que tem a transgressão que torna o desejo tão potente?
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0:29 - 0:30E por que o sexo faz bebês,
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0:30 - 0:34e bebês significam um desastre erótico para os casais?
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0:34 - 0:37É um golpe mortal no erotismo, não é?
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0:37 - 0:39E quando se ama, como é o sentimento?
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0:39 - 0:43E quando se deseja, qual é a diferença?
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0:43 - 0:44Essas são algumas perguntas
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0:44 - 0:47que estão no centro da minha exploração
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0:47 - 0:50sobre a natureza do desejo erótico
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0:50 - 0:54e seus constantes dilemas no amor moderno.
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0:54 - 0:55Eu viajo pelo mundo,
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0:55 - 0:58e o que noto é que
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0:58 - 1:00em todo lugar onde o romantismo entrou,
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1:00 - 1:03parece existir uma crise do desejo.
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1:03 - 1:08Uma crise do desejo, de já se possuir o que se quer -
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1:08 - 1:11desejo como uma expressão da nossa individualidade,
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1:11 - 1:15nossa escolha, preferências, identidade -
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1:15 - 1:18desejo que se tornou um conceito central
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1:18 - 1:22como parte do amor moderno e de sociedades individualistas.
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1:22 - 1:25Bem, esta é a primeira vez na história da humanidade
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1:25 - 1:31que tentamos experienciar a sexualidade por um longo período,
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1:31 - 1:35não porque queiramos 14 filhos,
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1:35 - 1:39para isso precisamos ter ainda mais porque muitos deles não sobreviverão,
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1:39 - 1:43e não porque é exclusivamente um dever conjugal da mulher.
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1:43 - 1:48Esta é a primeira vez que queremos sexo que ao passar do tempo
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1:48 - 1:52ainda tenha prazer e conexão baseados no desejo.
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1:52 - 1:56O que mantém o desejo, e por que é tão difícil?
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1:56 - 2:01No centro da sustentação do desejo em um relacionamento de longo prazo,
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2:01 - 2:07penso que esteja a conciliação de duas necessidades humanas fundamentais.
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2:07 - 2:12De um lado, nossa necessidade de segurança, previsibilidade,
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2:12 - 2:19proteção, dependência, confiança, permanência,
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2:19 - 2:22todas essas experiências fundamentadas das nossas vidas
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2:22 - 2:24que chamamos de lar.
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2:24 - 2:28Porém temos também uma necessidade igualmente forte, homens e mulheres,
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2:28 - 2:34por aventura, novidade, mistério, risco, perigo,
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2:34 - 2:37o desconhecido, o inesperado, surpresa -
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2:37 - 2:41já entenderam - por viagens.
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2:41 - 2:43Conciliar nossa necessidade por segurança
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2:43 - 2:46com a nossa necessidade por aventura em um relacionamento,
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2:46 - 2:49ou o que chamamos hoje de um casamento apaixonante,
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2:49 - 2:52costumava ser uma contradição.
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2:52 - 2:55Matrimônio era uma instituição econômica
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2:55 - 2:58em que havia uma parceria por toda vida
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2:58 - 3:01em relação aos filhos, "status" social,
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3:01 - 3:03sucessão e companhia.
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3:03 - 3:08Hoje em dia queremos que nosso parceiro continue a nos dar tudo isso,
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3:08 - 3:10e além disso quero que seja meu melhor amigo
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3:10 - 3:14e meu confidente, meu amante apaixonado,
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3:14 - 3:15e vivemos o dobro do tempo.
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3:15 - 3:18(Risos)
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3:18 - 3:22Então nós basicamente pedimos a uma pessoa
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3:22 - 3:25que nos dê o que antes um vilarejo inteiro nos fornecia.
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3:25 - 3:29Dê-me merecimento, identidade, continuidade,
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3:29 - 3:33mas também transcedência e mistério e admiração, tudo junto.
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3:33 - 3:35Dê-me conforto, limite.
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3:35 - 3:37Dê-me novidade, familiaridade.
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3:37 - 3:39Dê-me previsibilidade, surpresa.
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3:39 - 3:43E achamos que acordos, brinquedos e lingerie irão nos salvar.
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3:43 - 3:49(Aplausos)
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3:49 - 3:53Agora chegamos a realidade existencial da história, certo?
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3:53 - 3:59Porque acho que, por um lado - e vou voltar a isso -
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3:59 - 4:02a crise do desejo é geralmente uma crise da imaginação.
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4:02 - 4:06Então, por que o bom sexo geralmente desaparece?
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4:06 - 4:08Qual a relação entre amor e desejo?
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4:08 - 4:12Como se relacionam e como se chocam?
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4:12 - 4:15Porque aí mora o mistério do erotismo.
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4:15 - 4:19Para mim, se há um verbo que vem junto com amor é o "ter".
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4:19 - 4:23E um verbo que vem junto com desejo é o "querer".
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4:23 - 4:27No amor, nós queremos ter, queremos conhecer o amado.
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4:27 - 4:32Queremos minimizar a distância. Queremos diminuir o espaço.
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4:32 - 4:36Queremos neutralizar as tensões. Queremos proximidade.
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4:36 - 4:41Mas no desejo, temos a tendência de não querer voltar aos lugares em que já estivemos.
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4:41 - 4:44Conclusões precipitadas não mantêm nosso interesse.
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4:44 - 4:49No desejo, queremos um Outro, alguém do outro lado que podemos visitar,
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4:49 - 4:52que podemos passar um tempo juntos,
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4:52 - 4:56que podemos ir para saber o que está acontecendo na "praia" dele.
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4:56 - 4:59No desejo, queremos uma ponte para atravessar.
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4:59 - 5:03Ou seja, Eu algumas vezes digo que o fogo precisa do ar.
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5:03 - 5:05O desejo precisa de espaço.
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5:05 - 5:08Dizendo assim, soa quase sempre abstrato.
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5:08 - 5:10Fiquei com essa questão na cabeça
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5:10 - 5:13e fui a mais de 20 países nos últimos anos
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5:13 - 5:15com "Sexo em Cativeiro", e perguntei às pessoas,
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5:15 - 5:19quando você sente mais atração pelo seu parceiro?
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5:19 - 5:22Não sexualmente atraído, mas atraído em geral.
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5:22 - 5:25Independente da cultura, religião e gênero,
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5:25 - 5:31exceto por um, apresentam algumas respostas semelhantes.
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5:31 - 5:35O primeiro grupo é : sinto mais atração pelo meu parceiro
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5:35 - 5:42quando estamos longe, separados e nos reencontramos.
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5:42 - 5:46Em suma, quando eu volto a ter contato
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5:46 - 5:49com a minha habilidade de imaginar-me com meu parceiro,
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5:49 - 5:52quando minha imaginação começa a visualizar,
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5:52 - 5:57e quando posso juntar a isso ausência e saudade,
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5:57 - 6:00que é o maior componente do desejo.
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6:00 - 6:03Mas o segundo grupo é ainda mais interessante:
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6:03 - 6:05Eu me sinto mais atraida pelo meu parceiro
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6:05 - 6:09quando o vejo no estúdio, no palco,
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6:09 - 6:13quando ele está em seu mundo, ou faz algo pelo qual é apaixonado,
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6:13 - 6:16quando o vejo numa festa e outras pessoas se sentem atraídas por ele,
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6:16 - 6:19quando é o centro das atenções.
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6:19 - 6:23Em suma, quando olho para o meu parceiro sendo radiante e confiante,
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6:23 - 6:26é provavelmente o maior estímulo de todos.
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6:26 - 6:29Radiante, como em autossustentável.
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6:29 - 6:32Eu olho para essa pessoa, a propósito, no desejo
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6:32 - 6:34as pessoas raramente falam disso, quando estão grudados,
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6:34 - 6:38cinco centímetros um do outro.
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6:38 - 6:41Mas também não falam sobre quando a outra pessoa está longe
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6:41 - 6:43que você não pode vê-la mais.
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6:43 - 6:47Quando olho para meu parceiro a uma distância confortável,
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6:47 - 6:51em que essa pessoa é tão familiar, tão conhecida,
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6:51 - 6:56é por um momento novamente um tanto misteriosa, um tanto elusiva.
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6:56 - 7:01E nesse espaço entre eu e o outro, encontra-se o impulso erótico,
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7:01 - 7:04encontra-se o movimento em direção ao outro.
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7:04 - 7:06Porque algumas vezes, como disse Proust,
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7:06 - 7:08"a verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens,
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7:08 - 7:11mas em possuir novos olhos".
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7:11 - 7:14Quando vejo meu parceiro por si mesmo,
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7:14 - 7:17envolvendo-se em algo,
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7:17 - 7:22olho para essa pessoa e por um momento tenho uma mudança de percepção,
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7:22 - 7:27e fico aberta para mistérios que ainda vivem em mim.
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7:27 - 7:32E o mais importante na descrição sobre o outro
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7:32 - 7:35ou sobre si mesmo - é a mesma coisa- o que mais interessa
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7:35 - 7:38é que não há carência no desejo.
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7:38 - 7:40Ninguém precisa de ninguém.
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7:40 - 7:42Não há zelo no desejo.
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7:42 - 7:48Zelo é amar grandiosamente. É um anti-afrodisíaco poderoso.
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7:48 - 7:50Eu ainda quero encontrar uma pessoa que esteja excitada
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7:50 - 7:52por alguém que precisa dela.
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7:52 - 7:55Desejá-la é uma coisa. Precisar dele é desestimulante,
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7:55 - 7:57e as mulheres sabem disso há muito tempo,
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7:57 - 8:00porque qualquer semelhança com algo paternal
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8:00 - 8:03provavelmente diminuirá a carga erótica.
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8:03 - 8:05Por boas razões, certo?
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8:05 - 8:08E o terceiro grupo de respostas seria
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8:08 - 8:13quando estou surpreso, rimos junto,
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8:13 - 8:15ou como disse para mim hoje,
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8:15 - 8:17quando ele veste smoking, e eu disse,
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8:17 - 8:20tanto faz smoking ou botas de cowboy.
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8:20 - 8:23Basicamente quando há alguma novidade.
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8:23 - 8:28Novidade não tem a ver com novas posições. Não é um repertório de técnicas.
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8:28 - 8:31Novidade é, quais partes suas você valoriza?
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8:31 - 8:34Que partes suas são vistas?
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8:34 - 8:36Porque de algum modo alguém pode dizer
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8:36 - 8:38que sexo não é algo que você faz, hein?
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8:38 - 8:41Sexo é um lugar para onde você vai. É um espaço que você entra
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8:41 - 8:45dentro de você e com o outro, ou outros.
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8:45 - 8:47Aonde você vai no sexo?
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8:47 - 8:50Que partes suas você se conecta?
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8:50 - 8:52O que você deseja expressar?
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8:52 - 8:55É um lugar de transcendência e união espiritual?
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8:55 - 8:59É um lugar para travessuras ou um lugar para agressividade segura?
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8:59 - 9:02É um lugar onde você pode finalmente se render
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9:02 - 9:05e não ter responsabilidade de nada?
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9:05 - 9:08É um lugar onde você pode se expressar seus desejos infantis?
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9:08 - 9:10O que isso revela? É uma linguagem.
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9:10 - 9:12Não é apenas um comportamento.
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9:12 - 9:15É pela linguagem poética que me interesso
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9:15 - 9:19e foi por isso que comecei a explorar o conceito de inteligência erótica.
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9:19 - 9:21Vocês sabem, os animais fazem sexo.
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9:21 - 9:25É o ponto central, é biologia, é o instinto natural.
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9:25 - 9:28Somos os únicos que têm uma vida erótica,
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9:28 - 9:34o que significa que a sexualidade foi transformada pela imaginação humana.
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9:34 - 9:38Somos os únicos que podem fazer amor por horas,
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9:38 - 9:41ter momentos de pura alegria, orgasmos mútiplos,
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9:41 - 9:45e sem tocar em ninguém, apenas com a imaginação.
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9:45 - 9:47Nós podemos insinuar. Não precisamos fazer.
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9:47 - 9:51Podemos experimentar algo poderoso chamado antecipação,
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9:51 - 9:53que é a cereja do bolo do desejo,
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9:53 - 9:57a habilidade de imaginar como se estivesse acontecendo,
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9:57 - 10:01experimentar como se estivesse acontecendo, quando nada está acontecendo
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10:01 - 10:04e tudo está acontecendo ao mesmo tempo.
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10:04 - 10:06Quando penso em erotismo,
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10:06 - 10:09penso em um sexo poético,
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10:09 - 10:12e se o vejo como uma inteligência,
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10:12 - 10:14então é algo que você cultiva.
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10:14 - 10:18Quais são os ingredientes? Imaginação, jovialidade,
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10:18 - 10:22novidade, curiosidade, mistério.
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10:22 - 10:26Mas o agente central é aquela peça chamada imaginação.
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10:26 - 10:30O mais importante para que eu entenda
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10:30 - 10:32quem são os casais que possuem uma faísca erótica,
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10:32 - 10:35que sustenta o desejo, tive que voltar
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10:35 - 10:38à definição original de erotismo,
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10:38 - 10:40a definição mística, e eu tomei
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10:40 - 10:44uma derivação, vendo realmente o trauma,
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10:44 - 10:46que é o outro lado, e eu o vi
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10:46 - 10:49ao ohar para a comunidade onde cresci,
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10:49 - 10:53que era uma comunidade na Bélgica, todos sobreviventes do Holocausto,
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10:53 - 10:55e na minha comunidade haviam dois grupos:
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10:55 - 10:59aqueles que não morreram e aqueles que retornaram à vida.
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10:59 - 11:03Aqueles que não morreram, viveram muito amarrados ao chão,
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11:03 - 11:06não conseguiam experimentar prazer, confiança,
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11:06 - 11:09porque quando você é vigilante, preocupado, angustiado,
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11:09 - 11:12e inseguro, você não consegue erguer a cabeça
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11:12 - 11:17e se soltar, ser brincalhão, seguro e criativo.
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11:17 - 11:20Aqueles que retornaram à vida
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11:20 - 11:22vêem o erótico como um antídoto para a morte.
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11:22 - 11:26Eles sabem se manter vivos.
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11:26 - 11:30Quando comecei a escutar sobre a falta de sexo em casais com quem trabalhei,
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11:30 - 11:33eu os ouvia dizer, "quero mais sexo",
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11:33 - 11:36mas geralmente as pessoas querem um sexo melhor
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11:36 - 11:39e melhor quer dizer reconectar com a qualidade de estar vivo,
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11:39 - 11:43de vibração, renovação, vitalidade, Eros, energia
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11:43 - 11:46que o sexo costuma dá-los ou que eles esperam
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11:46 - 11:47que seja dado.
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11:47 - 11:50Então comecei a fazer uma pergunta diferente.
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11:50 - 11:55"Eu me fecho quando" - assim começava a pergunta.
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11:55 - 11:59"Eu abafo meus desejos quando.." que não é a mesma pergunta que
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11:59 - 12:03"o que me desestimula.."e "você me desestimula quando.."
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12:03 - 12:06As pessoas diziam, "eu me fecho quando
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12:06 - 12:09eu me sinto morto por dentro, quando não gosto do meu corpo,
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12:09 - 12:12quando me sinto velho, quando não tenho tempo para mim,
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12:12 - 12:14quando não tenho a chance de saber como você está,
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12:14 - 12:16quando não me saio bem no trabalho,
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12:16 - 12:19quando minha auto estima está baixa, quando não me dou valor,
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12:19 - 12:22quando não sinto que tenho o direito de querer, de dar,
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12:22 - 12:25e receber prazer."
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12:25 - 12:27Então comecei a fazer a pergunta ao contrário.
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12:27 - 12:30"Eu me fecho quando..." Porque geralmente
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12:30 - 12:33as pessoas gostam de perguntar, "você me excita,
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12:33 - 12:36o que me excita', e eu fugi da questão, entendem?
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12:36 - 12:41Bem, se você está morto por dentro, a outra pessoa pode fazer tudo no dia dos namorados.
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12:41 - 12:44Não vai causar efeito algum. Não há ninguém lá para responder.
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12:44 - 12:45(Risos)
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12:45 - 12:47Eu me excito quando,
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12:47 - 12:51quando me conecto com meus desejos, eu acordo quando...
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12:51 - 12:56Neste paradoxo entre amor e desejo,
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12:56 - 13:00o que parece ser desconcertante é que os ingredientes
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13:00 - 13:04que nutrem o amor - interdependência, reciprocidade,
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13:04 - 13:08proteção, preocupação, responsabilidade pelo outro -
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13:08 - 13:12são os mesmos que podem sufocar o desejo.
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13:12 - 13:17Porque o desejo vem com uma série de sentimentos
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13:17 - 13:20que nem sempre são os favoritos do amor:
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13:20 - 13:25ciúmes, possessividade, agressão, poder, domínio,
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13:25 - 13:26safadeza, ofensa.
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13:26 - 13:30Basicamente muitos de nós se excitam a noite
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13:30 - 13:34pelas mesmas coisas que se manifestam contrários durante o dia.
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13:34 - 13:37Bem, a mente erótica não é muito politicamente correta.
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13:37 - 13:40Se todos tivessem fantasias em uma cama coberta de rosas,
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13:40 - 13:43não teríamos essa conversa.
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13:43 - 13:46Mas não, em nossa mente
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13:46 - 13:50existe uma série de coisas acontecendo que nem sempre damos conta
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13:50 - 13:52como dizer a pessoa que amamos,
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13:52 - 13:55porque achamo que amor vem com abnegação
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13:55 - 13:58e na verdade o desejo vem com uma dose de egoísmo
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13:58 - 14:00no melhor sentido da palavra:
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14:00 - 14:03a habilidade de estar conectado consigo mesmo
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14:03 - 14:05na presença do outro.
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14:05 - 14:08Quero formar uma imagem para vocês,
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14:08 - 14:11porque esta necessidade de reconciliação esses dois conjuntos de necessidadas,
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14:11 - 14:13vem do nosso nascimento.
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14:13 - 14:16Nossa necessidade de conexão, nossa necessidade de separação,
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14:16 - 14:18nossa necessidade de segurança e aventura,
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14:18 - 14:21ou nossa necessidade de estar juntos e de autonomia,
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14:21 - 14:23e se pensar na criança que senta no seu colo
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14:23 - 14:28e que está aconchegada, segura e confortáavel,
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14:28 - 14:32e num certo momento precisa sair pelo mundo
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14:32 - 14:34para fazer descobertas e explorar.
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14:34 - 14:36Aí está o começo do desejo,
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14:36 - 14:40essa exploração precisa de curiosidade, descoberta.
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14:40 - 14:44Em algum momento elas viram e olham para você,
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14:44 - 14:47e se você disser a elas,
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14:47 - 14:49"ei querido, o mundo é um lugar bem legal. Vai nessa.
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14:49 - 14:51Divirta-se por aí,"
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14:51 - 14:53então eles podem ir e experimentar
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14:53 - 14:56a conexão e a separação ao mesmo tempo.
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14:56 - 14:59Eles podem partir em sua imaginação, em seu corpo,
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14:59 - 15:02em sua travessura, e sabendo
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15:02 - 15:05que há alguém quando eles voltarem.
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15:05 - 15:07Mas se desse lado tem alguém que diz,
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15:07 - 15:11"Estou preocupado. Estou angustiado. Estou com depressão.
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15:11 - 15:13Faz tempo que meu parceiro não cuida de mim.
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15:13 - 15:15O que está acontecendo? Não temos tudo
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15:15 - 15:17que precisamos juntos, você e eu?"
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15:17 - 15:20e daí surgem alguma reações
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15:20 - 15:23que todos nós reconhecemos.
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15:23 - 15:28Alguns retornam, depois de um longo tempo,
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15:28 - 15:30e a criança que volta
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15:30 - 15:33é aquela que renuncia uma parte de si
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15:33 - 15:35para que não perca o outro.
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15:35 - 15:39Perco minha liberdade para não perder a conexão.
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15:39 - 15:42Vou aprender a amar de um modo
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15:42 - 15:46sobrecarregado de preocupação extra
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15:46 - 15:49e responsabilidade e proteção extras,
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15:49 - 15:52e não sei como vou deixá-lo
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15:52 - 15:55a fim de sair para jogar, experimentar o prazer,
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15:55 - 15:59descobrir, entrar dentro de mim mesmo.
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15:59 - 16:02Traduzindo isso para uma linguagem adulta.
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16:02 - 16:05Começa-se bem jovem. Continua por nossas vidas sexuais
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16:05 - 16:07até o fim.
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16:07 - 16:09Criança número 2 volta
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16:09 - 16:12mas fica vigiando o tempo todo.
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16:12 - 16:14"Você estará aqui?
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16:14 - 16:16Você vai me xingar? Vai me repreender?
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16:16 - 16:18Vai ficar bravo comigo?"
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16:18 - 16:22Eles podem ter ido embora, mas nunca estão longe,
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16:22 - 16:24e essas pessoas geralmente dirão a você,
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16:24 - 16:26que no começo foi tudo muito quente.
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16:26 - 16:30Porque no começo, a intimidade que crescia ainda
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16:30 - 16:31não era tão forte,
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16:31 - 16:35e na verdade levou a um declínio do desejo.
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16:35 - 16:38Quanto mais conecto eu fico, mais responsável eu me sinto,
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16:38 - 16:42menos me solto em sua presença.
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16:42 - 16:44A terceira criança não retorna.
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16:44 - 16:48O que acontece se você quer sustentar o desejo,
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16:48 - 16:50aí está a verdadeira peça dialética.
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16:50 - 16:54Por um lado você quer segurança para ir.
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16:54 - 16:57Por outro lado você não pode ir, não tem prazer,
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16:57 - 17:00você não consegue atingir, não tem orgasmo,
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17:00 - 17:03você não fica excitado porque perde seu tempo
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17:03 - 17:06no corpo e na cabeça do outro e não consigo mesmo.
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17:06 - 17:10Neste dilema sobre reconciliação
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17:10 - 17:12nesses dois conjuntos de necessidades fundamentais,
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17:12 - 17:17existem algumas coisas que percebi nos casais eróticos.
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17:17 - 17:20Primeiro, eles têm muita privacidade sexual.
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17:20 - 17:22Eles entendem que existe um espaço erótico
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17:22 - 17:24que pertence a cada um deles.
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17:24 - 17:27Eles também entendem que as preliminares não começam
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17:27 - 17:29apenas cinco minutos antes da relação sexual.
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17:29 - 17:33As preliminares começam no fim do último orgasmo.
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17:33 - 17:36Eles também entendem que o espaço erótico
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17:36 - 17:38não é começar a acariciar o outro.
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17:38 - 17:42É criar um espaço onde você deixa de lado a Gestão Ltda,
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17:42 - 17:44você deixa de lado o trabalho,
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17:44 - 17:46(Risos)
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17:46 - 17:49e você entra naquele espaço
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17:49 - 17:51em que você para de ser o bom cidadão
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17:51 - 17:54que cuida de tudo e é responsável.
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17:54 - 17:57Responsabilidade e desejo são idiotas.
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17:57 - 18:00Eles não se dão bem.
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18:00 - 18:04Os casais eróticos entendem que a paixão vai e volta.
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18:04 - 18:08Como a lua. Tem eclipses de vez em quando.
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18:08 - 18:10Eles sabem que conseguem ressuscitá-la.
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18:10 - 18:12Eles sabem como trazê-la de volta,
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18:12 - 18:13e sabem como trazê-la de volta
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18:13 - 18:16porque eles desmistificaram o grande mito,
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18:16 - 18:19que é o mito da espontaneidade,
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18:19 - 18:22aquele que vai cair do céu enquanto você limpa a casa
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18:22 - 18:25assim inesperadamente, e eles entendem bem
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18:25 - 18:28que o que tiver que acontecer
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18:28 - 18:31em uma relação duradoura, ela já a tem.
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18:31 - 18:34Sexo comprometido é sexo premeditado.
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18:34 - 18:36É determinado. É intencional
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18:36 - 18:39É foco e é presença
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18:39 - 18:41Feliz Dia dos Namorados.
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18:41 - 18:49(Aplausos)
- Title:
- Esther Perel: O segredo do desejo em um relacionamento duradouro
- Speaker:
- Esther Perel
- Description:
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Nos relacionamentos duradouros, frequentemente esperamos que nossos amados sejam nosso melhor amigo e parceiro erótico. Porém como Esther Perel argumenta, o bom e comprometido sexo baseia-se em duas necessidades conflitantes: nossa necessidade por segurança e nossa necessidade por surpresa. Então como manter o desejo? Com inteligência e eloquência, Perel nos leva ao mistério da inteligência erótica.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 19:10
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for The secret to desire in a long-term relationship | ||
Rafael Portezan accepted Portuguese, Brazilian subtitles for The secret to desire in a long-term relationship | ||
Rafael Portezan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The secret to desire in a long-term relationship | ||
Rafael Portezan edited Portuguese, Brazilian subtitles for The secret to desire in a long-term relationship | ||
Gislene Kucker Arantes edited Portuguese, Brazilian subtitles for The secret to desire in a long-term relationship | ||
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