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The Architecture of Access to Scientific Knowledge

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    Lawrance Lessig: Muito obrigado. É muito fixe estar aqui.
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    tão fixe como quando falei na Pixar.
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    Penso nestas duas como sendo realces da minha carreira.
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    Por isso, muito obrigado por me terem.
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    Tenho duas pequenas ideias que quero usar como introdução para um argumento,
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    sobre a natureza do acesso ao conhecimento científico no contexto da internet,
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    e usar esse argumento como um passo rumo a requerimento sobre o que devemos fazer.
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    Eis a primeira ideia.
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    Designo-a por "Efeito White".
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    E designa-o no seguimento do Juiz Byron White, juiz do Supremo Tribunal dos EUA,
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    nomeado por John F. Kennedy - aí está em 1962
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    - famoso anteriormente como o "Rapidissimo" White na equipa de futebol americano da Universidade de Yale.
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    Quando foi nomeado para o Supremo, era um famoso liberal,
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    um liberal de nomeada, o único nomeável que John Kennedy tinha para o Supremo Tribunal.
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    Mas o "Rapidissímo" White envelheceu, e provavelmente é mais famoso por uma opinião pouco famosa,
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    quando escreveu em nome do Supremo Tribunal, Bowers v. Hardwick,
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    uma opinião onde o Supremo sustentava as leis da Criminalização da Sodomia,
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    com a passagem: "Neste contexto, argumentar com o direito de entrar
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    em tal conduta" - sodomia homosexual - "está fortemente enraizado na história e tradição da Nação"
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    ou "implicito no conceito de liberdade ordenada" é, no melhor, brincar.'
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    Agora, isto é o que eu quero pensar do "Efeito White".
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    Ser liberal ou progressita é sempre relativo ao instantem e esse momento muda,
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    e para muitos deixam de ser liberais ou progressitas.
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    Bom, isto é o "Efeito White". Há uma segunda ideia.
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    O Harvard Gazette é uma publicação de propaganda da Universidade de Harvard,
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    Fala de tudo o que é alegre em Harvard.
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    Assim, há um artigo escrito sobre um macroeconomista extraordinário,
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    Gita Gopinath, que acabou de chegar a Harvard e recebeu a cátedra no ano passado
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    e que é um dos mais influentes macroeconomistas nos Estados Unidos agora.
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    Este artigo fala do seu trabalho da sua pesquisa e no final,
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    há uma passagem criptica, que diz:
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    'No entanto, as prateleiras no seu novo gabinete estão praticamente vazias, visto, disse Gopinath,
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    "Tudo o que necessito está agora na Internet." '
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    Certo, é a segunda ideia. Eis o argumento.
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    O direito autoral é uma regulamentação feita pelo estado que pretende alterar
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    uma regulamentação pelo mercado. É um direito exclusivo, um monopólio, certo,
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    um direito de propriedade atribuído pelo estado, que é necessário
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    para resolver uma falha inevitável do mercado,
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    Agora, dizendo que é necessário para resolver uma falha inevitável do mercado,
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    estou a destinguir-me como académico pro direitos de autor,
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    no sentido em que acredito que os direitos autorais são necessários. Mesmo na idade digital,
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    especialemente na idade digital, os direitos autorais são uma necessidade para alcançar
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    certos incentivos que de outra forma seriam perdidos.
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    Mas na idade da internet, o que temos visto como uma luta sobre direitos autorais,
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    sobre o âmbito dos direitos autorais, pesou mais consistentemente no contexto
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    na batalha sobre direitos de artistas, em particular, no contexto da música,
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    onde a "partilha" massiça - partilha que tecnicamente é ilegal - conduziu a uma luta
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    levada a cabo pelos artistas e especialmente pelos seus representantes.
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    E nós do movimento Cultura Livre, desafiamos as pessoas
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    que têm levado a cabo essa luta.
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    E elas defendem os direitos autorais no contexto dessa luta.
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    Mas se ultrapassarmos o ruído desta batalha, aquilo que é importante termos em mente
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    é que ambos os lados desta luta reconhecem que os direitos autorais são essenciais
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    para certos trabalhos criativos,
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    e que temos que respeitar os direitos autorais para esse trabalho criativo.
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    Nós, do movimento Cultura Livre, necessitamos respeitar os direitos autorais desse trabalho.
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    Necessitamos reconhecer que há lugar para uma directriz de direitos autorais com sentido
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    para proteger e encorajar esse trabalho.
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    Mas, contudo - há uma distinção importante -
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    Não só os artistas dependem dos direitos autorais, os editores também dependem dos direitos de autor
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    e os editores são um animal diferente.
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    Não necessitamos de ser tão negativos como John Milton quando escreveu que os editores são
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    "Velhos detentores de patentes e monopolistas no negócio dos livros
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    - homens que não têm trabalho numa profissão honesta, para [eles], aprender é ficar a dever favor."
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    Não temos que ir tão longe para reconhecer porque é que os editores são diferentes,
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    que o problema económico dos editores é diferente
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    do problema econ´omico apresentado pela criação.
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    Assim quem protegem os direitos autorais? Os editores ou os artistas?
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    Bem, desde o início dos direitos autorais a tradição anglo-americana,
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    o Estatuto de Anne de 1710, há argumentação sobre se os direitos autorais
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    pretendem defender os editores ou os artistas.
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    Quando o Estatuto de Anne foi originalmente introduzido, atribuiu um termo perpétuo de direito de autor,
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    que os editores entenderam como os protegendo a eles.
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    Depois foi emendado para só atribuir um termo limitado aos direitos de autor.
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    Os editores ficarm confundidos porque não fazia sentido atribuir um termo limitado
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    se fosse o editor a ser protegido.
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    em 1769, um caso no contexto de Millar v. Tayler parecia sugerir que
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    independentemente das limitações do Estatuto de Anne, o direito de autor era para sempre.
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    Mas em 1774, num caso muito famoso sobre o livro, The Seasons, de James Thomson,
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    A Câmara dos Lordes determinou que os direitos autorais protegidos pelo Estatuto de Anne eram limitados,
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    estabelecendo pela primeira vez que os trabalhos passavam ao domínio público.
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    E pela primeira vez na história inglesa, os trabalhos incluindo Shakespeare
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    passaram para o domínio público. E nesse momento, podemos dizer nasceu a Cultura Livre,
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    E clarificou que os direitos de autor não se dirigiam ao editor.
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    Mesmo que beneficiace editores, era um direito criativo
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    e de autor. Mesmo que beneficiasse editores, o direito de autor era dirigido aos autores.
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    Relembro estas fronteira óbvias sobre o âmbito dos direitos de autor,
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    porque tendemos a esquecê-las. Temos lutado numa batalha no contexto dos direitos autorais
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    onde direitos autorais são essenciais, e temos gasto pouca atenção
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    sobre a batalha num contexto onde o direito autoral não é essencial.
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    E quero dizer por isso, no contexto da ciência, no contexto onde Gopinath falava de
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    de que tudo, quando falava de estar disponível na internet.
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    E a consequência de falhar tomar atenção neste segundo contexto
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    no qual esta batalha está a ser levada a cabo é que há um problema aqui.
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    que poucos notam.
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    Vejamos esta afirmação de que tudo está agora na internet.
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    O que é que isto quer dizer?
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    Eis um exemplo determinado para avaliar o que é que isto quer dizer.
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    Muito do meu trabalho, actualmente, foca-se na corrupção
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    no contexto desta instituição, o Congresso.
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    Digamos que queremos estudar, que querem estudar comigo,
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    a corrupção neste contexto. Vamos a Google Scholar e inserimos uma busca por «campaign finance».
  • 8:14 - 8:17
    Eis os artigos de topo que seriam indicados com esta busca.
  • 8:18 - 8:20
    Digamos que quer passar por estes artigos
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    e obter algum sentido de financiamento de campanhas e como
    é que pode estar relacionado com corrupção no Congresso.
  • 8:27 - 8:30
    Eis os 10 artigos no tipo. O primeiro é um muito famoso
  • 8:30 - 8:33
    pela minha antiga colega Pam Karlan e Sam Issacharof.
  • 8:34 - 8:38
    Verá que ter acesso ao artigo lhe irá custar 29,95 USD.
  • 8:39 - 8:43
    O segundo artigo, arquivado no JSTOR terá que obter autorização
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    da Columbia Law Review - não sendo claro como a obter.
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    Este artigo, novamente 29,,95 USD. O quarto artigo protegido pela Questia,
  • 8:52 - 8:59
    aprendemos que podemos obter um dia gratuito à experiência nestes artigos da OUP,
  • 8:59 - 9:02
    só terá de pagar quando esse dia tiver acima dos 99 USD
  • 9:02 - 9:03
    para continuar durante um ano.
  • 9:03 - 9:06
    Eis o 4ª artigo novamente, protegido pelo JSTOR.
  • 9:06 - 9:10
    O 5º artigo é um artigo de economia, assim superficalmente o preço poderá ser correcto:
  • 9:10 - 9:12
    10 dólares para adquirir o acesso a este artigo.
Title:
The Architecture of Access to Scientific Knowledge
Description:

Lecture at CERN, Geneva, Switzerland, 18 April 2011: A new talk about open access to academic or scientific information, with a bit of commentary about YouTube Copyright School. ;

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Video Language:
English
Team:
Captions Requested
Duration:
50:19

Portuguese subtitles

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