Bernie Krause: A voz do mundo natural
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0:02 - 0:07(Sons da natureza)
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0:07 - 0:10Quando comecei a gravar paisagens sonoras selvagens,
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0:10 - 0:1245 anos atrás,
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0:12 - 0:14não tinha ideia de que formigas,
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0:14 - 0:18larvas de insetos, anêmonas-do-mar e vírus
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0:18 - 0:20criavam uma assinatura sonora.
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0:20 - 0:21Mas eles criam.
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0:21 - 0:25E assim faz cada hábitat selvagem no planeta,
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0:25 - 0:28como a floresta amazônica que estão ouvindo ao fundo.
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0:28 - 0:32Na verdade, florestas tropicais e temperadas
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0:32 - 0:35produzem uma vibrante orquestra animal,
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0:35 - 0:38com expressões instantâneas e organizadas
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0:38 - 0:43de insetos, répteis, anfíbios, pássaros e mamíferos.
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0:43 - 0:46E cada paisagem sonora
que salta de um hábitat selvagem -
0:46 - 0:49gera uma assinatura única,
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0:49 - 0:52que contém uma quantidade incrível de informação,
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0:52 - 0:57e é um pouco dessa informação
que quero compartilhar com vocês hoje. -
0:57 - 1:00A paisagem sonora é feita de três fontes básicas.
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1:00 - 1:02A primeira é a geofonia,
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1:02 - 1:05ou os sons não biológicos que acontecem
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1:05 - 1:07em qualquer hábitat,
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1:07 - 1:09como o vento nas árvores, água em uma correnteza,
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1:09 - 1:13ondas nas praias, movimentos da Terra.
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1:13 - 1:16A segunda delas é a biofonia.
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1:16 - 1:19A biofonia é todo o som
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1:19 - 1:22que é gerado por organismos em um dado hábitat,
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1:22 - 1:26em um momento e em um lugar.
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1:26 - 1:31E a terceira são todos os sons
que nós, humanos, geramos, -
1:31 - 1:32que são chamados antrofonia.
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1:32 - 1:36Alguns deles são controlados, como música ou teatro,
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1:36 - 1:40mas a maioria é caótica e incoerente,
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1:40 - 1:43algo a que alguns de nós se referem como barulho.
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1:43 - 1:46Houve um tempo em que considerei
as paisagens sonoras selvagens -
1:46 - 1:48como um artefato sem valor.
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1:48 - 1:52Elas estavam lá, mas não tinham significação.
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1:52 - 1:55Bem, eu estava errado. O que aprendi destes encontros
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1:55 - 2:00foi que ouvir cuidadosamente nos dá
ferramentas incrivelmente valiosas -
2:00 - 2:03com as quais avaliamos a saúde de um hábitat
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2:03 - 2:06através de todo um espectro de vida.
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2:06 - 2:10Quando comecei a gravar, no final da década de 60,
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2:10 - 2:13os métodos típicos de gravação eram limitados
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2:13 - 2:17à captura fragmentada de espécies individuais,
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2:17 - 2:21no início, a maioria era de pássaros,
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2:21 - 2:26mas, depois, animais como mamíferos e anfíbios.
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2:26 - 2:30Para mim, isso era um pouco como tentar entender
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2:30 - 2:33a magnificência da Quinta Sinfonia de Beethoven,
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2:33 - 2:36abstraindo o som de um único violinista
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2:36 - 2:38do contexto da orquestra
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2:38 - 2:41e ouvir apenas essa parte.
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2:41 - 2:44Felizmente, mais e mais instituições
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2:44 - 2:46estão implementando os modelos holísticos
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2:46 - 2:49que eu e alguns de meus colegas introduzimos
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2:49 - 2:53no campo da ecologia da paisagem sonora.
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2:53 - 2:58Quando comecei a gravar,
mais de quatro décadas atrás, -
2:58 - 3:00podia gravar por 10 horas
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3:00 - 3:02e capturar uma hora de material aproveitável,
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3:02 - 3:05bom o bastante para um álbum,
para uma trilha sonora de um filme -
3:05 - 3:08ou para uma apresentação em um museu.
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3:08 - 3:11Agora, por causa do aquecimento global,
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3:11 - 3:13da extração de recursos,
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3:13 - 3:16do barulho humano, entre outros fatores,
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3:16 - 3:18pode levar até 1.000 horas ou mais
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3:18 - 3:21para capturar a mesma coisa.
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3:21 - 3:24Em meus arquivos, 50% do material
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3:24 - 3:27vêm de hábitats tão radicalmente alterados
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3:27 - 3:30que estão completamente silenciosos
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3:30 - 3:35ou não mais podem ser ouvidos
em quaisquer de suas formas originais. -
3:35 - 3:37Os métodos usuais de avaliação de um hábitat
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3:37 - 3:41têm sido feitos pela contagem
visual do número de espécies -
3:41 - 3:45e o número de indivíduos
dentro de cada espécie em uma dada área. -
3:45 - 3:48Entretanto, comparando dados que trazem juntas
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3:48 - 3:51tanto a densidade quanto
a diversidade daquilo que ouvimos, -
3:51 - 3:57sou capaz de chegar a resultados
ajustados muito mais precisos. -
3:57 - 3:59E quero lhes mostrar alguns exemplos
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3:59 - 4:01que tipificam as possibilidades abertas,
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4:01 - 4:04mergulhando neste universo.
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4:04 - 4:06Isto é Lincoln Meadow.
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4:06 - 4:08Lincoln Meadow fica a três horas e meia de carro,
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4:08 - 4:11a leste de São Francisco,
nas montanhas de Sierra Nevada, -
4:11 - 4:13aproximadamente a 2.000 metros de altitude,
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4:13 - 4:16e tenho gravado lá por muitos anos.
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4:16 - 4:20Em 1988, uma madeireira
convenceu os moradores locais -
4:20 - 4:23de que não haveria absolutamente
nenhum impacto ambiental -
4:23 - 4:24em um novo método que eles estavam experimentando,
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4:24 - 4:26chamado "derrubada seletiva",
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4:26 - 4:28retirando uma árvore aqui e ali
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4:28 - 4:31em vez de cortar toda a área.
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4:31 - 4:33Com permissão para gravar
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4:33 - 4:35antes e depois da operação,
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4:35 - 4:39fixei meu equipamento e capturei
um grande número de coros da madrugada -
4:39 - 4:43com protocolo bem restrito e gravações calibradas,
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4:43 - 4:45porque queria realmente uma boa linha de base.
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4:45 - 4:47Este é um exemplo de um espectrograma.
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4:47 - 4:50Um espectrograma é uma ilustração gráfica de som
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4:50 - 4:53com o tempo da esquerda para a direita na página --
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4:53 - 4:55neste caso estão representados 15 segundos --
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4:55 - 4:58e a frequência da base para o topo da página,
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4:58 - 5:00da mais baixa para a mais alta.
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5:00 - 5:03E você pode ver que a assinatura de uma correnteza
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5:03 - 5:07está representada aqui, da base
até um terço ou metade da página, -
5:07 - 5:11enquanto que os pássaros que havia naquele campo
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5:11 - 5:14estão representados na assinatura que vai para o topo.
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5:14 - 5:15Havia muitos deles.
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5:15 - 5:18E aqui está Lincoln Meadow
antes da derrubada seletiva. -
5:18 - 5:26(Sons da natureza)
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5:33 - 5:35Bem, um ano depois retornei,
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5:35 - 5:37usando os mesmos protocolos
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5:37 - 5:39e gravando sob as mesmas condições,
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5:39 - 5:42registrei um número de exemplos
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5:42 - 5:44dos mesmos coros da madrugada,
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5:44 - 5:46e isto é o que obtivemos.
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5:46 - 5:47Isto é depois da derrubada seletiva.
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5:47 - 5:49Você pode ver que a correnteza
ainda está representada -
5:49 - 5:51no terço final da página,
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5:51 - 5:56mas observe o que falta nos dois terços superiores.
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5:56 - 6:01(Sons da natureza)
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6:01 - 6:06Este é o som de um pica-pau.
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6:11 - 6:13Bem, retornei a Lincoln Meadow 15 vezes
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6:13 - 6:15nos últimos 25 anos,
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6:15 - 6:18e posso dizer que a biofonia,
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6:18 - 6:21a densidade e a diversidade daquela biofonia,
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6:21 - 6:24não retornou ainda ao que era
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6:24 - 6:26antes da operação.
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6:26 - 6:29Mas, aqui está uma fotografia de Lincoln Meadow tirada depois,
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6:29 - 6:32e você pode ver que, da perspectiva da câmera
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6:32 - 6:34ou do olho humano,
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6:34 - 6:36nem uma árvore, nem um galho
parecem estar fora de lugar, -
6:36 - 6:39o que confirma a argumentação da madeireira
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6:39 - 6:42de que não haveria impacto ambiental.
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6:42 - 6:48Entretanto, nossos ouvidos
nos contam uma história diferente. -
6:48 - 6:50Estudantes sempre me perguntam
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6:50 - 6:52o que esses animais estão dizendo,
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6:52 - 6:56e realmente não tenho ideia.
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6:56 - 7:02Mas posso dizer que eles se expressam.
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7:02 - 7:05Se os entendemos ou não é outra história.
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7:05 - 7:07Estava caminhando ao longo da praia, no Alaska,
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7:07 - 7:09e topei com esta piscina
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7:09 - 7:12cheia de uma colônia de anêmonas-do-mar,
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7:12 - 7:15essas maravilhosas máquinas de comer,
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7:15 - 7:17parentes do coral e da água-viva.
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7:17 - 7:20Curioso para ver se alguma delas
fazia qualquer barulho, -
7:20 - 7:21mergulhei um hidrofone,
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7:21 - 7:24um microfone para água, coberto de borracha,
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7:24 - 7:25até a parte de boca,
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7:25 - 7:27e a criatura imediatamente começou
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7:27 - 7:29a sorver o microfone para sua barriga,
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7:29 - 7:32e os tentáculos procuravam na superfície
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7:32 - 7:34por algo de valor nutricional.
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7:34 - 7:37Os sons semelhantes à estática são muito baixos,
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7:37 - 7:39e vocês vão ouvi-los agora.
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7:39 - 7:43(Sons de estática)
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7:43 - 7:46É, mas observem. Quando ela
não encontrou nada para comer -- -
7:46 - 7:47(Som de buzina)
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7:47 - 7:50(Risadas)
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7:50 - 7:52Acho que essa é uma expressão
que pode ser entendida -
7:52 - 7:54em qualquer língua.
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7:54 - 7:57(Risadas)
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7:59 - 8:00No final de seu ciclo de alimentação,
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8:00 - 8:03o sapo Great Basin Spadefoot
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8:03 - 8:05se enterra mais ou menos um metro
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8:05 - 8:08sob o solo difícil de cavar
do deserto do Oeste americano, -
8:08 - 8:10onde ele pode ficar por muitas estações
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8:10 - 8:13até que as condições estejam adequadas
para que ele emerja novamente. -
8:13 - 8:15E quando há umidade suficiente no solo,
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8:15 - 8:18na primavera, os sapos cavam até a superfície
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8:18 - 8:22e se juntam ao redor destas enormes piscinas
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8:22 - 8:24em grande número.
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8:24 - 8:28E eles vocalizam em um coral
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8:28 - 8:31em que estão absolutamente
sincronizados um com outro. -
8:31 - 8:32E fazem isso por duas razões.
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8:32 - 8:36A primeira é a competição,
porque estão procurando por parceiras, -
8:36 - 8:37e a segunda é cooperação,
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8:37 - 8:40porque, se todos vocalizam juntos em sincronia,
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8:40 - 8:44isso torna difícil para predadores como coiotes,
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8:44 - 8:48raposas e corujas isolar
qualquer indivíduo para uma refeição. -
8:48 - 8:51Este é um espectrograma
de como parece o coral de sapos -
8:51 - 8:54quando está em um padrão bastante saudável.
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8:54 - 9:00(Sapos coaxando)
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9:04 - 9:08Mono Lake está a leste do Parque Nacional Yosemite,
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9:08 - 9:09na Califórnia,
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9:09 - 9:12e é o hábitat favorito desses sapos,
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9:12 - 9:15e também é usado pelos pilotos
de jatos da Marinha dos E.U.A, -
9:15 - 9:18que treina seus combatentes voando a velocidades
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9:18 - 9:21que ultrapassam 1.100 quilômetros por hora
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9:21 - 9:23e a altitudes de apenas algumas centenas de metros
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9:23 - 9:26do nível do solo do Mono Basin,
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9:26 - 9:30muito rápido, muito lento, e tão alto
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9:30 - 9:33que a antrofonia, o barulho humano,
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9:33 - 9:34ainda que esteja a seis quilômetros e meio
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9:34 - 9:37da piscina onde estão os sapos
que vocês ouviram um segundo atrás, -
9:37 - 9:41mascara o som do coral dos sapos.
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9:41 - 9:44Vocês podem ver, neste espectrograma,
que toda a energia -
9:44 - 9:47que estava no primeiro espectrograma se foi
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9:47 - 9:49do topo do espectrograma,
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9:49 - 9:51e há intervalos no coral, de dois e meio,
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9:51 - 9:54quatro e meio e seis e meio segundos,
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9:54 - 9:57então o som do jato, a assinatura,
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9:57 - 9:59está em amarelo bem na base da página.
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9:59 - 10:06(Sapos coaxando)
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10:09 - 10:11Agora, no final do treinamento de voo,
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10:11 - 10:15os sapos levaram 45 minutos
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10:15 - 10:17para recuperar sua sincronia no coral,
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10:17 - 10:20durante esse tempo, sob uma lua cheia,
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10:20 - 10:23observamos quando dois coiotes e uma grande coruja
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10:23 - 10:26vieram pegar alguns dos membros.
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10:26 - 10:30A boa notícia é que,
com um pouco de restauração do hábitat -
10:30 - 10:32e menos voos, as populações de sapos,
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10:32 - 10:36que diminuíam durante
a década de 80 e início da de 90, -
10:36 - 10:40retornaram ao normal.
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10:40 - 10:43Quero terminar com uma história contada por um castor.
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10:43 - 10:44É uma história muito triste,
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10:44 - 10:48mas realmente ilustra como os animais
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10:48 - 10:50às vezes podem mostrar emoção,
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10:50 - 10:55um assunto bastante controverso
entre biólogos mais velhos. -
10:55 - 10:58Um colega meu estava gravando
no meio oeste americano, -
10:58 - 11:00perto desta piscina que tinha se formado,
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11:00 - 11:04talvez 16.000 anos atrás no fim da última idade do gelo.
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11:04 - 11:06Também era formada em parte por uma represa de castor,
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11:06 - 11:09em uma ponta que conservava unido
todo um ecossistema, -
11:09 - 11:12em um equilíbrio muito delicado.
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11:12 - 11:16Uma tarde, enquanto ele estava gravando,
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11:16 - 11:20apareceu do nada, de repente,
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11:20 - 11:22uma dupla de guardas florestais,
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11:22 - 11:24que, sem razão aparente,
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11:24 - 11:25caminharam sobre a represa do castor,
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11:25 - 11:29colocaram uma banana de dinamite e a explodiram,
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11:29 - 11:33matando a fêmea e os filhotes.
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11:33 - 11:35Horrorizados, meus colegas ficaram ali,
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11:35 - 11:38juntando suas ideias,
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11:38 - 11:41gravando o que conseguissem no resto da tarde,
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11:41 - 11:46e, naquela noite, ele capturou
um acontecimento extraordinário: -
11:46 - 11:50o solitário castor sobrevivente
nadando em círculos lentos, -
11:50 - 11:56chorando inconsolavelmente
pela sua companheira e filhotes. -
11:56 - 11:59Este é provavelmente o som mais triste
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11:59 - 12:02que já ouvi de um organismo,
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12:02 - 12:04humano ou não.
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12:06 - 12:13(Castor chorando)
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12:22 - 12:23É. Bem.
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12:23 - 12:26Há muitas facetas nas paisagens sonoras,
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12:26 - 12:29entre elas as formas através das quais
os animais nos ensinam a dançar e a cantar, -
12:29 - 12:32que guardarei para outra vez.
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12:32 - 12:35Mas vocês ouviram como as biofonias
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12:35 - 12:39ajudam a esclarecer
nosso entendimento do mundo natural. -
12:39 - 12:41Vocês ouviram o impacto da extração de recursos,
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12:41 - 12:44barulho humano e destruição do hábitat.
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12:44 - 12:46E onde as ciências ambientais tipicamente
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12:46 - 12:50tentaram entender o mundo a partir do que vemos,
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12:50 - 12:54uma compreensão muito mais completa
pode ser obtida daquilo que ouvimos. -
12:54 - 12:58Biofonias e geofonias são as assinaturas sonoras
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12:58 - 13:00do mundo natural,
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13:00 - 13:01e enquanto nós as ouvirmos,
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13:01 - 13:04estaremos dotados com um senso de lugar,
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13:04 - 13:07a verdadeira história do mundo em que vivemos.
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13:07 - 13:09Em questão de segundos,
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13:09 - 13:12uma paisagem sonora revela muito mais informação
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13:12 - 13:14de muitas perspectivas,
-
13:14 - 13:18de dados quantificáveis a inspiração cultural.
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13:18 - 13:21A captura visual implicitamente estrutura
-
13:21 - 13:25uma perspectiva frontal limitada
de um dado contexto espacial, -
13:25 - 13:27enquanto que as paisagens sonoras
alargam esse âmbito -
13:27 - 13:33para 360 graus, envolvendo-nos completamente.
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13:33 - 13:36E enquanto uma fotografia vale por 1.000 palavras,
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13:36 - 13:41uma paisagem sonora vale por 1.000 fotografias.
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13:41 - 13:43E nossos ouvidos nos dizem
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13:43 - 13:47que o sussurro de cada folha e de cada criatura
-
13:47 - 13:50fala às fontes naturais de nossas vidas,
-
13:50 - 13:55que podem, de fato, manter os segredos
do amor por todas as coisas, -
13:55 - 13:57especialmente nossa própria humanidade,
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13:57 - 14:03e a última palavra vai para o jaguar do Amazonas.
-
14:03 - 14:09(Rugido)
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14:17 - 14:19Muito obrigado por ouvirem.
-
14:19 - 14:25(Aplausos)
- Title:
- Bernie Krause: A voz do mundo natural
- Speaker:
- Bernie Krause
- Description:
-
Bernie Krause tem gravado paisagens sonoras selvagens -- o vento nas árvores, o chilreio de pássaros, os sutis sons de larvas de insetos -- por 45 anos. Nesse tempo, ele viu muitos ambientes radicalmente alterados por humanos, algumas vezes inclusive por práticas consideradas seguras para o ambiente. Um olhar surpreendente sobre aquilo que podemos aprender através das sinfonias da natureza, do grunhido de uma anêmona-do-mar ao choro triste de um castor em luto.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:48
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Wanderley Jesus
bom dia, veja se concorda com as pequenas mudanças que fiz.
Gustavo Rocha
Tente manter um balanço quando a linha tiver que ser quebrada em duas. Procure deixar mais ou menos o mesmo comprimento em cima e em baixo.