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Acho que não amamos a Terra o suficiente,
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e não temos respeito suficiente pela Terra.
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E talvez não compreendamos a Terra o suficiente,
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e por isso permitimos que a nossa ganância, o nosso desejo, a nossa ânsia
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e a nossa ambição nos empurrem a consumir a Terra,
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a destruir a Terra.
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Não conseguimos ver que nós somos a Terra,
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e que, ao destruirmos a Terra, estamos a destruir-nos a nós próprios.
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Pensamos que precisamos de mais industrialização, mais desenvolvimento, mais crescimento,
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mais carros,
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um nível de vida mais elevado.
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Mas, nesse processo, estamos a destruir a base da nossa própria existência,
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que é a Terra.
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De certa forma, é um tipo de cegueira, um tipo de ignorância,
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num sentido espiritual.
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E o que fazemos à Terra, fazemos a nós mesmos.
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Mas muitos de nós nem sequer conseguem ver o que estamos a fazer à Terra.
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Vivemos desconectados da Terra, vivemos em cidades,
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consumidos pelos desafios da nossa vida pessoal,
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do nosso desenvolvimento e dos nossos relacionamentos.
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E não conseguimos sentir a Terra à nossa volta, nem ouvir o seu sofrimento.
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E não conseguimos ver a ligação direta entre a forma como vivemos a nossa vida
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e a forma como estamos a destruir o nosso planeta.