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Podem as máquinas ler nossas emoções? - Kostas Karpouzis

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    A cada ano, máquinas superam
    os seres humanos em número de atividades
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    que pensávamos ser
    os únicos capazes de realizar.
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    Computadores atuais nos derrotam
    em jogos de tabuleiro complexos,
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    transcrevem a fala em vários idiomas,
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    e identificam instantaneamente
    quase qualquer objeto.
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    Mas os robôs do futuro
    talvez cheguem mais longe,
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    aprendendo a perceber o que sentimos.
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    E por que isso é importante?
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    Porque se as máquinas
    e as pessoas que as controlam
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    puderem ler nossos
    estados emocionais com precisão,
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    elas poderão nos ajudar ou nos manipular
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    em níveis sem precedentes.
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    Mas antes de chegarmos lá,
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    como algo tão complexo como uma emoção
    pode ser convertido em simples números,
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    o único idioma que as máquinas entendem?
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    Basicamente da mesma maneira
    que nosso cérebro interpreta emoções,
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    aprendendo a identificá-las.
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    O psicólogo americano Paul Ekman
    identificou algumas emoções universais
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    onde os sinais visuais são os mesmos
    nas diversas culturas.
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    Por exemplo, uma imagem de um sorriso
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    significa alegria para habitantes
    de áreas urbanas modernas
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    tanto quanto para membros
    de uma tribo aborígene.
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    E de acordo com Ekman,
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    raiva, nojo, medo,
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    alegria, tristeza,
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    e surpresa também são reconhecíveis.
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    E, computadores estão rapidamente
    ficando melhores em reconhecer imagens
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    graças aos algoritmos de aprendizado
    da máquina, como as redes neurais.
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    Tais redes consistem em nós artificiais
    que imitam nossos neurônios biológicos
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    através da formação de conexões
    e troca de informações.
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    Para treinar essa rede,
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    amostras pré-classificadas
    em diferentes categorias,
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    como fotos de felicidade ou de tristeza,
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    são armazenadas no sistema.
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    A rede, então, aprende
    a classificar essas amostras
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    ajustando os pesos designados
    para cada característica.
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    Quanto mais treino é realizado,
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    melhor fica o algoritmo
    em reconhecer novas imagens.
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    Isso é parecido com nossos cérebros,
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    que aprendem por meio
    de experiências passadas
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    para determinar como novos estímulos
    são processados.
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    Algoritmos de reconhecimento
    não são limitados só a expressões faciais.
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    Nossas emoções se manifestam
    de diversas maneiras.
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    Tem a linguagem corporal e o tom de voz,
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    mudanças na frequência cardíaca,
    aspecto, e temperatura da pele,
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    ou até a frequência de palavras
    e estruturas de sentença em nossa escrita.
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    Você talvez pense que treinar redes
    neurais para reconhecer esses aspectos
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    seja um tarefa longa e complicada
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    até você perceber quantos
    dados existem por aí,
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    e quão rápido computadores
    modernos podem processá-los.
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    Desde postagens em redes sociais,
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    fotos e vídeos enviados,
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    e gravações de telefone,
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    até câmeras sensíveis ao calor
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    e acessórios que monitoram
    sinais fisiológicos.
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    A grande questão não é como coletar
    todos esses dados,
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    mas o que iremos fazer com tudo isso.
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    Existem vários usos benéficos para
    reconhecimento computadorizado de emoções.
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    Robôs usando algoritmos
    para identificar expressões faciais
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    podem ajudar crianças a aprender
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    ou acompanhar uma pessoa solitária
    através de companheirismo.
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    Redes sociais estão
    considerando usar algoritmos
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    para ajudar a prevenir suicídios
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    ao sinalizar postagens que contenham
    palavras ou frases específicas.
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    E o software de reconhecimento emocional
    pode ajudar a tratar transtornos mentais
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    ou até ser usado pelas pessoas
    como uma psicoterapia de baixo custo.
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    Independentemente dos benefícios,
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    a chance de uma rede massiva escanear
    automaticamente nossas fotos,
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    comunicações,
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    e sinais fisiológicos
    também é perturbadora.
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    Quais são as implicações para nossa
    privacidade quanto tais sistemas
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    são usados por empresas a fim de explorar
    nossas emoções por meio de propagandas?
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    E quais serão nossos direitos
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    se autoridades acham que podem identificar
    pessoas capazes de cometer crimes
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    antes mesmo de ser feita
    uma decisão consciente sobre o ato?
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    Robôs atualmente têm
    uma grande jornada pela frente
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    em distinguir emoções sutis, como ironia,
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    e escalas emocionais,
    como quão feliz ou triste a pessoa está.
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    No entanto, por fim eles podem ser
    capazes de ler nossas emoções com precisão
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    e reagir a elas.
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    Se poderão se solidarizar com nosso
    medo de intromissão não autorizada,
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    entretanto, isso é outra história.
Title:
Podem as máquinas ler nossas emoções? - Kostas Karpouzis
Speaker:
Kostas Karpouzis
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/can-machines-read-your-emotions-kostas-karpouzis

Computadores podem ganhar de nós em jogos de tabuleiro, transcrever discursos e identificar instantaneamente quase qualquer objeto. Mas no futuro os robôs irão mais longe e aprenderão a perceber como estamos no sentindo? Kostas Karpouzis imagina um futuro onde as máquinas e as pessoas que as controlam podem ler nosso estado emocional com extrema precisão - e explica como isso pode nos ajudar, ou nos manipular, em níveis sem precedentes.

Lição de Kostas Karpouzis, animação de Lasse Rützou Bruntse.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:39

Portuguese, Brazilian subtitles

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