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Azikiwe Mohammed é um Cara que Faz Coisas| Art21 "New York Close Up"

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    Oi!
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    Obrigado pela visita.
    Meu nome é Azikiwe Mohammed.
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    E estamos aqui no meu
    estúdio em Jersey.
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    No Mana Contemporary.
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    Estou pensando no que eu
    tenho de legal
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    para mostrar.
  • 0:25 - 0:26
    Vamos ver...
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    Oh, um cofrinho da polícia!
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    Olha só.
  • 0:41 - 0:41
    Legal.
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    Esse é engraçado.
  • 0:44 - 0:46
    "Que sua casa seja quente,
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    seus amigos sejam muitos
  • 0:47 - 0:49
    e suas salsichas, longas."
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    Olha, por acaso eu tenho um
    bem aqui.
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    Esse é um dos meus.
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    Esses são os nomes de quatro
    diferentes praias negras
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    nos EUA.
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    Então, é pesquisa.
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    Tudo isso é útil por aqui
  • 1:05 - 1:07
    enquanto estou
    produzindo.
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    Azikiwe Mohammed é
    um cara que faz coisas
  • 1:19 - 1:22
    Meu trabalho não é o de um artista
    com "A" maiúsculo.
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    A palavra artista parece
    um pouco esquisita,
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    como se algo
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    emanasse de você,
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    da sua... seita de genialidade.
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    "Contemple!" Sabe?
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    Isso é tudo... Para,
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    não faz sentido.
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    Não sou muito bom com coisas valiosas,
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    então, eu não uso aquela
    palavra "artista".
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    Suponho que eu me descreveria
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    como um cara que faz coisas.
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    Costrutor, eu digo muito.
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    Construo uma grande variedade de objetos.
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    Jóias douradas, pinturas,
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    esculturas em neon, mobília,
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    fotografia, marionetes,
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    roupas, tapeçarias, bordados.
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    Tentando usar o que eu sei de melhor
    como um critério.
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    Tem certas coisas
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    que são claramente específicas de
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    pessoas e lares pretos.
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    Em geral, madeira é o material menos caro.
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    Então você vai encontrá-lo em muitas
    casas de pessoas mais pobres.
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    Voltar para uma casa
    com cores quentes
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    é o oposto de ser
    xingado por um chefe.
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    Tons que vivem em espaços
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    que eu sei que disseram "sim" pra mim.
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    Quando estou criando espaços,
    eles precisam ser convidativos.
  • 3:33 - 3:34
    Oi. Olá.
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    Se tiver interesse,
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    vamos ter aula de pintura
    ao ar livre hoje.
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    É só chegar na barraca, você vai ter
    que dizer oi,
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    e te daremos alguns materiais.
  • 3:46 - 3:47
    Muito obrigado.
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    Isso é pra ser um
    ponto de partida para você.
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    - Ok.
    - Mas se esse lugar
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    te levar a um ponto final diferente,
    tudo bem.
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    A única regra é que você
    diga sim a si mesma.
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    O que eu tento fazer
    geralmente
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    é algo que satisfaça algum
    tipo de necessidade
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    de alguém.
  • 4:16 - 4:18
    Não tenho certeza de qual
    sanduíche é esse.
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    Acho que é um sanduíche
    de almôndegas, né?
  • 4:22 - 4:23
    Já provou um desses?
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    Não é uma garrafa de vinho das boas, né?
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    Mas serve.
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    Um bônus da arte
  • 4:31 - 4:35
    é que você pode
    transformar uma coisa
  • 4:35 - 4:38
    em outra com muita facilidade.
  • 4:40 - 4:42
    Eu faço comida de mentira,
  • 4:44 - 4:46
    e aí eu posso vendê-la
  • 4:47 - 4:51
    e transformá-la em comida de verdade
    que eu posso dar às pessoas.
  • 5:09 - 5:10
    Obrigado, obrigado.
  • 5:10 - 5:11
    De nada.
  • 5:11 - 5:16
    Uma forma de ajudar uma necessidade
    que todos temos é com comida.
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    Todos nós precisamos comer.
  • 5:20 - 5:22
    De nada.
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    De quinze em quinze dias
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    nós distribuímos cerca de
    140 sacos de comida.
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    Cada uma contém de três
    a cinco refeições.
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    Melhor salada do mundo.
  • 5:42 - 5:43
    De nada.
  • 5:43 - 5:46
    Tornar as coisas menos piores
    para quem quer que seja,
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    isso parece ser a única coisa
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    que os humanos devem fazer.
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    Para mim, meu lar é em Tribeca,
    baixa Manhattan.
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    Eu morei lá minha vida toda.
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    Muita gente fala sobre
    lofts e artistas.
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    Eu não conheci ninguém assim.
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    Não, meu pai era
    fotógrafo contratado
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    além de fotógrafo escolar.
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    A relação que eu tive com as artes
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    foi como um emprego.
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    É como qualquer
    outro trabalho
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    As pessoas que moram aqui,
    que trabalham aqui,
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    essas pessoas normalmente
    ficam de fora da história
  • 6:27 - 6:30
    do que é Nova Iorque, sabe?
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    Tipo, quem são as pessoas
  • 6:32 - 6:34
    como as que limpam
    a 42nd Street?
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    Então, eu tento achar
    uma forma de agregar
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    alguns desses seres humanos
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    de volta nesse espaço.
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    A ideia era uma loja
    de souvenires.
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    Geralmente nos bairros negros e pardos
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    sempre têm bijuterias, bebidas,
    pizza, lojas de 1,99.
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    Você consegue meio que
    começar a perceber
  • 7:05 - 7:08
    quem compra o que
    no bairro e
  • 7:08 - 7:09
    no que as pessoas estão interessadas.
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    Então, são todas as coisas
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    que normalmente vendem
    nesses espaços,
  • 7:13 - 7:15
    só um pouco diferentes,
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    dialogando com uma Nova Iorque
    que eu conheço muito bem.
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    ♪ Big Apple Presentes e souvenires ♪
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    Bem-vindo à
    Big Apple Presentes e Souvenires
  • 7:36 - 7:39
    te protegendo da chuva.
  • 7:39 - 7:43
    Fique aquecido e estiloso
    ao mesmo tempo
  • 7:43 - 7:45
    Big Apple Presentes e Souvenires.
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    É uma loja de souvenires.
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    É, vem cá, entra.
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    Então, tentamos ter objetos
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    que incluam muito das outras
    pessoas que vivem aqui,
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    que trabalham aqui, que são daqui.
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    Se os turistas vêm pra esse espaço
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    buscando objetos que digam
    "Nova Iorque é isso"
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    eu acho que seria
    um desperdício
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    não ter gente
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    como nós
    naquela bagagem.
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    Quando você pode devolver a alguém
    um objeto que é dele,
  • 8:32 - 8:34
    que contém a sua história dentro,
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    e que ele pode dar a uma outra pessoa,
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    não é preciso trocar
    muitas informações,
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    porque o objeto está
    fazendo o trabalho pesado.
  • 8:44 - 8:45
    É um ponto de partida
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    não um destino
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    Sim... Uau!
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    O papel de um artista ainda é
    a serviço de quem quer que seja.
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    Isso deveria ser algo que você
    consegue aceitar
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    ou algo que podemos compartilhar.
  • 9:05 - 9:07
    E eu, enquanto um
    construtor de objetos,
  • 9:08 - 9:11
    isso parece ser útil para os humanos,
    em alguma escala
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    Então, enquanto for útil, eu vou
    continuar fazendo esse trabalho.
Title:
Azikiwe Mohammed é um Cara que Faz Coisas| Art21 "New York Close Up"
Description:

Qual é a história da cidade de Nova Iorque, e quem fica de fora dela?

"A palavra artista é meio estranha... Eu me descreveria como um 'cara que faz coisas'. Rejeitando a ideia de culto ao artista gênio, Azikiwe Mohammed acolhe o modesto, o eclético e, acima de tudo, útil.
Mohammed trabalha com vários meios e habilidades, de pintar a marionetes, mobília e até tapeçaria, baseando-se na estética despretensiosa dos lares e espaços de negros onde ele convive. Explorando o que ele descreve como um "bônus da arte", Mohammed vende e troca esses objetos de arte para exercer atividades mais "úteis aos humanos". Em sua casa, na Cidade de Nova Iorque, o artista organiza distribuições gratuitas de comida pelo bairro, através do Banco de Alimentos New Davonhaime, e cria espaço para a expressão criativa por meio da sua escola móvel gratuita, a Black Painters Academy. No seu último projeto, Mohammed abriu a Big Apple Presentes e Souvenires na área portuária da Baixa Manhattan, vendendo souvenires clássicos, como camisetas, guarda-chuvas e bijuterias ligados às pessoas e bairros tipicamente ignorados pelas lojas turísticas da cidade. Animado pelo humor e a energia de Mohammed, esse documentário de curta-metragem captura um artista traçando sozinho um caminho criativo, dividindo os frutos do seu trabalho com as comunidades da cidade de Nova Iorque.

CRÉDITOS | "New York Close Up" Series - Produtor: Nick Ravich. Diretor & Editor: Brian Redondo. Cinematografia: Nick Capezzera, Brian Redondo. Som: Mariya Chulichkova. Design de Som & Mix: Gisela Fullà-Silvestre. Correção de Cor: Addison Post. Design & Artes Gráficas: Chips. Cortesia da Arte: Azikiwe Mohammed. Agradecimentos: Anna Zorina, Beverly’s, Ysabel Pinyol Blasi, Black Gotham, Sekou Cherif, Creative Time, Gallery Walk NYC, Anne-Laure Lemaitre, Mana Contemporary, Marie Nyquist, Teresita Redondo, Topolski Jewelry, Diya Vij, Kamau Ware. © Art21, Inc. 2022. Todos os direitos reservados.

"New York Close Up" é apoiado por The Andy Warhol Foundation for the Arts; e, parcialmente, pelos fundos públicos do Departamento para Assuntos Culturais da Cidade de Nova Iorque, em parceria com a Prefeitura Municipal, e colaboradores individuais.

A exibição digital dos vídeos da série "New York Close Up" é parcialmente idealizada pelo Concelho de Artes do Estado de Nova Iorque.

TRADUÇÃO
Beatriz Lelo

#AzikiweMohammed #Art21 #NewYorkCloseUp

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"New York Close Up" series
Duration:
09:38

Portuguese, Brazilian subtitles

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