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Acredito que vivemos numa época muito perigosa.
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A integridade das eleições...
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A supressão legal de eleitores...
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Indiferença radical...
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Mais tribalismo...
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Interferência estrangeira em eleições...
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Não temos uma defesa cognitiva contra isto.
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Continuando a conversa:
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O dilema da democracia
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Existem grupos bastante motivados
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com uma agenda específica.
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O ecossistema social
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forneceu-lhes as ferramentas
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para chegar a outras pessoas e para divulgar essa agenda.
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Pode ser uma organização terrorista a tentar
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recrutar membros, tal como no caso do ISIS,
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ou até
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a Agência de Pesquisa da Internet
a tentar aproveitar divisões na sociedade,
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tal como vimos nas eleições de 2016.
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Os governos cada vez mais chegam à conclusão
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de que podem tirar partido das redes sociais,
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para manipularem a opinião pública, conforme os seus interesses.
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Para propagarem a desinformação ou até propaganda,
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para gerar ódio por vezes,
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contra as comunidades vulneráveis ou contra a oposição.
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Se pensarmos nas campanhas presidenciais de outros anos,
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vemos que usavam a TV, a rádio e outros meios
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comuns a quaisquer públicos
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expostos a essa propaganda.
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Mas se pensarmos na forma como a publicidade
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funciona no Facebook, no Twitter ou em qualquer outra plataforma,
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vemos que pode ser personalizada
para determinados grupos restritos
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que partilham a mesma personalidade.
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Isto permitiu que as campanhas
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possam manipular pequenos sectores da população
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a fazer determinadas coisas,
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quer sejam votar em determinado candidato,
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angariar fundos,
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ou até nem sequer votar.
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Estas campanhas são tão bem elaboradas
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que não temos como lhes resistir, ao nível cognitivo.
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Acreditamos piamente no que vemos
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especialmente se estiver
relacionado com os nossos preconceitos.
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O que acontece quando cumprem a sua função
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de transmitir o conteúdo certo.
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E estaremos receptivos.
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Esta sociedade do futuro não é
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compatível com a democracia...
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com a liberdade...
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e com o elementos humanos mais básicos.
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A democracia não é simplesmente
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a opção de votar em A ou B.
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Consiste em estarmos informados
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daquilo que os candidatos representam.
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Estamos em risco de perder esta capacidade.
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O facto de existirem terceiros a interferir
nas nossas eleições
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é terrível.
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Votar é a pedra basilar da democracia.
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Se não temos isso, o que temos?
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O nosso dilema social.