Apaixonarmo-nos é a parte fácil.
-
0:01 - 0:04Publiquei este artigo,
em janeiro deste ano, -
0:04 - 0:07na coluna "Amor Moderno"
do New York Times: -
0:07 - 0:09"Se queres apaixonar-te
por alguém, faz isto". -
0:09 - 0:12O artigo é sobre um estudo psicológico,
-
0:12 - 0:15concebido para criar
o amor romântico no laboratório, -
0:15 - 0:18e a minha experiência
de ter testado esse estudo -
0:18 - 0:20uma noite no verão passado.
-
0:20 - 0:22O procedimento é bastante simples.
-
0:23 - 0:27Dois estranhos revezam-se
fazendo 36 perguntas um ao outro, -
0:27 - 0:29cada vez mais pessoais.
-
0:30 - 0:35Depois olham-se nos olhos
sem falar, durante quatro minutos. -
0:36 - 0:38Estes são exemplos de algumas perguntas.
-
0:39 - 0:44Número 12: "Se acordasses amanhã
com uma nova qualidade ou capacidade, -
0:44 - 0:46"o que seria?"
-
0:46 - 0:51Número 28: "Quando foi a última vez que
choraste em frente de outra pessoa? -
0:51 - 0:52"E sozinha?"
-
0:52 - 0:56Como veem, as perguntas tornam-se
mais pessoais com a continuação. -
0:57 - 0:59Número 30: — gosto muito desta —
-
0:59 - 1:02"Diz ao teu parceiro
o que é que gostas nele. -
1:02 - 1:04"Desta vez, sê muito honesta.
-
1:04 - 1:09"Diz coisas que não dirias a uma pessoa
que acabaste de conhecer". -
1:09 - 1:13Quando, há uns anos,
me deparei com este estudo, -
1:14 - 1:17houve um pormenor que me chamou a atenção.
-
1:17 - 1:19Constava que dois dos participantes
-
1:19 - 1:21se tinham casado seis meses depois
-
1:21 - 1:25e tinham convidado
todo o laboratório para a cerimónia. -
1:26 - 1:29Eu estava, é claro, muito cética
-
1:29 - 1:32quanto a este processo
de fabricar amor romântico -
1:32 - 1:35mas, claro, fiquei intrigada
-
1:35 - 1:38e, quando tive a oportunidade
de testar este estudo -
1:38 - 1:41com alguém que conhecia,
embora não muito bem, -
1:42 - 1:44não esperava apaixonar-me.
-
1:45 - 1:47Mas depois apaixonámo-nos e...
-
1:47 - 1:49(Risos)
-
1:49 - 1:52... e eu pensei que era uma boa história,
por isso enviei-a -
1:52 - 1:55para a coluna "Amor Moderno"
uns meses depois. -
1:56 - 1:59Isto foi publicado em janeiro
-
2:00 - 2:02e agora estamos em agosto.
-
2:02 - 2:05Calculo que alguns de vocês
estão a perguntar -
2:05 - 2:07se ainda estamos juntos.
-
2:08 - 2:10Acho que podem estar a perguntar isso
-
2:10 - 2:13porque me têm feito essa pergunta
-
2:13 - 2:17repetidamente, nos últimos sete meses.
-
2:17 - 2:20É sobre essa questão
que quero falar hoje. -
2:21 - 2:23Mas, voltemos ao presente.
-
2:23 - 2:25(Risos)
-
2:25 - 2:27Uma semana antes de o artigo sair,
-
2:27 - 2:30eu estava muito nervosa.
-
2:30 - 2:33Há uns anos que eu andava
a trabalhar num livro -
2:33 - 2:34sobre histórias de amor.
-
2:34 - 2:37Eu estava acostumada a escrever
sobre as minhas experiências -
2:37 - 2:40com o amor romântico, no meu blogue.
-
2:40 - 2:45Um post num blogue pode conseguir
umas centenas de visitas, no máximo, -
2:45 - 2:48e, normalmente, eram só
dos meus amigos no Facebook. -
2:48 - 2:50Calculava que o meu artigo
no New York Times -
2:50 - 2:54provavelmente iria ter
uns milhares de visitas. -
2:54 - 2:57Isso parecia-me muita atenção
-
2:57 - 3:00para uma relação relativamente nova.
-
3:00 - 3:04Mas, como se viu depois,
eu não fazia a mínima ideia. -
3:04 - 3:06O artigo foi publicado "on-line"
-
3:06 - 3:09numa noite de sexta-feira
-
3:09 - 3:14e, no sábado, tinha acontecido isto
no tráfego no meu blogue. -
3:15 - 3:19No domingo, telefonaram o Today Show
e o Good Morning America. -
3:21 - 3:25Num mês, o artigo
tinha mais de 8 milhões de visitas. -
3:26 - 3:28E eu, para dizer o mínimo,
-
3:28 - 3:31não estava preparada
para este tipo de atenção. -
3:32 - 3:35Uma coisa é trabalhar a confiança
para escrever honestamente -
3:35 - 3:37sobre a nossa experiência com o amor,
-
3:37 - 3:39outra coisa é descobrir
-
3:39 - 3:42que a nossa vida amorosa
passou a ser notícia internacional... -
3:43 - 3:44(Risos)
-
3:44 - 3:47... e perceber que pessoas
de todo o mundo -
3:47 - 3:52estão realmente interessadas
no estado da nossa nova relação. -
3:52 - 3:54(Risos)
-
3:54 - 3:57Quando as pessoas ligavam ou escreviam
-
3:57 - 3:59— o que faziam todos os dias,
durante semanas — -
3:59 - 4:02faziam sempre a mesma pergunta
em primeiro lugar: -
4:02 - 4:05"Vocês ainda estão juntos?"
-
4:06 - 4:08Enquanto estava a preparar esta palestra,
-
4:08 - 4:10fiz uma pesquisa rápida
na minha caixa de e-mail -
4:10 - 4:12sobre a frase: "Ainda estão juntos?"
-
4:12 - 4:15e apareceram imediatamente
várias mensagens. -
4:15 - 4:17Eram de estudantes e jornalistas,
-
4:17 - 4:20de estranhos simpáticos, como esta.
-
4:21 - 4:23Dei entrevistas na rádio e perguntavam-me.
-
4:23 - 4:27Até fiz uma palestra e uma mulher
gritou para o palco: -
4:27 - 4:30"Ei! Mandy, onde está o seu namorado?"
-
4:30 - 4:33Fiquei logo vermelha como um tomate.
-
4:34 - 4:36Compreendo que isto
faz parte do negócio. -
4:37 - 4:40Se escrevemos sobre a nossa relação
num jornal internacional, -
4:40 - 4:44temos de esperar que as pessoas
se sintam à vontade para fazer perguntas. -
4:44 - 4:48Mas eu não estava preparada
para aquele âmbito de atenção. -
4:49 - 4:52As 36 perguntas pareciam
ter assumido vida própria. -
4:53 - 4:56Com efeito, o New York Times
publicou um artigo subsequente -
4:56 - 4:58para o Dia dos Namorados,
-
4:58 - 5:02que tinha as experiências dos leitores
que tinham tentado o estudo, -
5:02 - 5:04com variados graus de sucesso.
-
5:05 - 5:09O meu primeiro impulso
perante toda essa atenção -
5:09 - 5:13foi ser superprotetora da minha relação.
-
5:14 - 5:18Disse não a todos os pedidos
para aparecermos juntos -
5:18 - 5:20nos meios de comunicação.
-
5:20 - 5:21Rejeitei entrevistas na televisão
-
5:21 - 5:25e disse não a todos os pedidos
de fotografias de nós dois. -
5:26 - 5:28Acho que tinha medo de nos tornarmos
-
5:28 - 5:33em ícones involuntários
para o processo de se apaixonar, -
5:32 - 5:36uma situação para a qual eu não
me sentia minimamente qualificada. -
5:37 - 5:39E acabei por perceber:
-
5:40 - 5:42As pessoas não queriam só
saber se o estudo tinha funcionado, -
5:42 - 5:45queriam saber se ele funcionava mesmo,
-
5:45 - 5:49ou seja, se era capaz
de produzir o amor duradouro, -
5:51 - 5:55não apenas uma aventura,
mas o amor verdadeiro, um amor sustentável. -
5:55 - 5:59Mas esta era uma questão
a que eu não podia responder. -
5:59 - 6:02A minha relação só durava há uns meses
-
6:02 - 6:07e eu sentia que as pessoas
estavam a fazer a pergunta errada. -
6:08 - 6:12O que é que lhes interessava saber
se ainda estávamos juntos ou não? -
6:12 - 6:14Se a resposta fosse não,
-
6:14 - 6:18a experiência dessas 36 perguntas
-
6:18 - 6:21passaria a ser menos valiosa?
-
6:21 - 6:25Foi o Dr. Arturo Aron o primeiro
a escrever sobre estas questões, -
6:25 - 6:27neste estudo de 1997.
-
6:28 - 6:33O objetivo do investigador
não foi produzir amor romântico. -
6:33 - 6:35Em vez disso, ele queria promover
-
6:35 - 6:38a proximidade interpessoal
entre os estudantes universitários, -
6:38 - 6:41através daquilo a que Aron chamou
-
6:41 - 6:46"uma autorrevelação sustentada, crescente,
recíproca, personalista". -
6:46 - 6:49Parece romântico, não é?
-
6:50 - 6:52Mas o estudo funcionou.
-
6:52 - 6:55Os participantes sentiram-se
mais próximos, depois de o fazer. -
6:55 - 6:57Diversos estudos subsequentes
-
6:57 - 7:00também têm usado o protocolo
de amigos rápidos de Aron, -
7:00 - 7:05como uma forma de criar rapidamente
confiança e intimidade entre estranhos. -
7:05 - 7:08Usaram-no entre membros da polícia
e membros da comunidade. -
7:08 - 7:11Usaram-no entre pessoas
de ideologias políticas opostas. -
7:13 - 7:14A versão original da história,
-
7:14 - 7:16aquela que tentei no verão passado,
-
7:16 - 7:20que completa as perguntas pessoais
com quatro minutos de contacto visual, -
7:21 - 7:23foi referida neste artigo
-
7:23 - 7:25mas, infelizmente, nunca foi publicado.
-
7:27 - 7:30Há uns meses,
eu estava a fazer uma palestra -
7:30 - 7:32numa pequena universidade
de artes liberais, -
7:32 - 7:35quando um estudante se aproximou de mim
-
7:35 - 7:37e me disse com alguma timidez:
-
7:38 - 7:42"Eu tentei o seu estudo,
mas não funcionou". -
7:42 - 7:45Parecia um pouco confuso com isso.
-
7:46 - 7:50"Quer dizer que você não se apaixonou
pela pessoa com quem fez isso?" perguntei. -
7:51 - 7:53"Bom..." Ele fez uma pausa.
-
7:53 - 7:56"Creio que ela só quer
que sejamos amigos". -
7:58 - 8:01"Mas vocês ficaram mais amigos?"
perguntei. -
8:01 - 8:05"Sentiu que deviam conhecer-se melhor
depois de fazer o estudo?" -
8:05 - 8:06Ele acenou que sim.
-
8:07 - 8:09"Então funcionou!" disse eu.
-
8:09 - 8:13Acho que esta não era a resposta
que ele esperava. -
8:14 - 8:18Na verdade, acho que esta não é
a resposta que nenhum de nós espera -
8:18 - 8:20quando se trata de amor.
-
8:20 - 8:22Eu encontrei este estudo pela primeira vez
-
8:22 - 8:24quando tinha 29 anos.
-
8:24 - 8:27Eu estava a atravessar
uma separação muito difícil. -
8:27 - 8:30Tinha essa relação desde os 20 anos,
-
8:30 - 8:33o que era praticamente
toda a minha vida adulta. -
8:33 - 8:35Ele foi o meu primeiro verdadeiro amor.
-
8:35 - 8:39Não tinha ideia de como
poderia viver sem ele, -
8:39 - 8:42Então, virei-me para a ciência.
-
8:42 - 8:46Pesquisei tudo o que pude encontrar
sobre a ciência do amor romântico -
8:46 - 8:51e creio que esperava que, de certa forma,
podia imunizar-me contra a dor de alma. -
8:51 - 8:55Não sei se percebi isso na altura.
-
8:55 - 8:59Pensava que só estava a fazer pesquisa
para o livro que estava a escrever. -
8:59 - 9:02Mas, em retrospetiva, parece muito óbvio.
-
9:02 - 9:06Eu esperava que, se me armasse
com o conhecimento do amor romântico -
9:06 - 9:11nunca teria que me sentir
tão terrível e solitária como então. -
9:13 - 9:16De certa forma,
todo esse conhecimento tem sido útil. -
9:17 - 9:20Sou mais paciente com o amor,
Estou mais descontraída. -
9:20 - 9:23Tenho mais confiança
para encontrar o que eu quero. -
9:24 - 9:27Mas também me vejo com mais clareza.
-
9:27 - 9:30Vejo que, por vezes, o que eu quero
-
9:30 - 9:34é mais do posso pedir razoavelmente.
-
9:35 - 9:38O que eu quero do amor é uma garantia,
-
9:38 - 9:40não só que sou amada hoje
-
9:40 - 9:43e que serei amada amanhã
-
9:43 - 9:48mas que vou ser sempre amada,
indefinidamente, pela pessoa que amo. -
9:50 - 9:53Talvez fosse sobre
esta possibilidade de garantia -
9:53 - 9:55que as pessoas estavam a perguntar,
-
9:55 - 9:58quando queriam saber
se ainda estávamos juntos. -
9:59 - 10:03Assim a história que os media contaram
sobre as 36 perguntas -
10:03 - 10:06foi que poderia haver
um atalho para nos apaixonarmos. -
10:07 - 10:10Poderia haver uma maneira
de mitigar alguns dos riscos envolvidos. -
10:10 - 10:13Isso é uma história muito atraente,
-
10:13 - 10:16porque apaixonarmo-nos é incrível,
-
10:16 - 10:18mas também é assustador.
-
10:19 - 10:21Quando reconhecemos
que amamos alguém, -
10:21 - 10:24reconhecemos que temos muito a perder.
-
10:25 - 10:29Se é verdade que estas questões
fornecem um mecanismo -
10:29 - 10:32para conhecer alguém rapidamente,
-
10:32 - 10:34é também um mecanismo
para sermos conhecidos. -
10:34 - 10:38Acho que isto é o que muitos de nós
queremos do amor, -
10:38 - 10:43sermos conhecidos, sermos vistos,
sermos comprendidos. -
10:43 - 10:45Mas penso que, quando se trata de amor,
-
10:45 - 10:49estamos muito dispostos a aceitar
a versão curta da história, -
10:50 - 10:53a versão da história que pergunta:
"Ainda estão juntos?" -
10:53 - 10:57e nos contentamos com um sim ou um não
como resposta. -
10:58 - 11:00Portanto, em vez desta pergunta,
-
11:00 - 11:03proponho que façamos
perguntas mais difíceis, -
11:04 - 11:05perguntas como:
-
11:05 - 11:08"Como decides quem merece o teu amor
-
11:08 - 11:10"e quem não merece?"
-
11:11 - 11:15"Como se mantém o amor
quando as coisas ficam difíceis -
11:15 - 11:17"e como saber
quando romper e ir-se embora?" -
11:18 - 11:20"Como viver com a dúvida
-
11:20 - 11:23"que se arrasta inevitavelmente
em todas as relações?" -
11:23 - 11:24ou, ainda mais difícil,
-
11:25 - 11:27"Como se vive com dúvidas
quanto ao nosso parceiro?" -
11:28 - 11:32Não sei as respostas a estas perguntas,
-
11:32 - 11:34mas acho que são um começo importante
-
11:34 - 11:39para uma conversa mais atenta
sobre o que significa amar alguém. -
11:40 - 11:43Assim, se quiserem,
-
11:43 - 11:46a versão curta da história
de minha relação é a seguinte: -
11:47 - 11:50Há um ano, um conhecido meu
e eu fizemos um estudo -
11:50 - 11:53destinado a criar o amor romântico.
-
11:53 - 11:54Apaixonámo-nos
-
11:54 - 11:56e ainda estamos juntos.
-
11:56 - 11:58Estou muito contente.
-
11:59 - 12:04Mas apaixonarmo-nos não é
o mesmo que mantermo-nos apaixonados. -
12:05 - 12:07Apaixonarmo-nos é a parte fácil.
-
12:08 - 12:11Por isso, no final do meu artigo, escrevi:
-
12:11 - 12:13"O amor não aconteceu entre nós.
-
12:13 - 12:16"Estamos apaixonados porque
cada um de nós tomou essa decisão". -
12:17 - 12:20Estremeço um pouco
quando leio isto agora, -
12:20 - 12:23não porque não seja verdade
-
12:23 - 12:26mas porque, naquela época,
eu não tinha considerado -
12:26 - 12:29tudo o que estava contido
naquela escolha. -
12:30 - 12:35Não considerei quantas vezes
teríamos que fazer essa escolha -
12:35 - 12:38e quantas vezes vou ter que
continuar a fazer essa escolha -
12:38 - 12:42sem saber se ele vai
escolher-me ou não. -
12:42 - 12:47Queria que fosse suficiente ter perguntado
e respondido a 36 perguntas, -
12:48 - 12:53ter escolhido amar alguém,
tão generoso, amável e divertido, -
12:53 - 12:58e ter transmitido essa escolha
no maior jornal nos EUA. -
12:59 - 13:02Mas o que eu fiz, em vez disso,
foi transformar a minha relação -
13:02 - 13:05no tipo de mito em que não acredito.
-
13:06 - 13:10O que eu quero, o que talvez
vou querer toda a minha vida, -
13:10 - 13:13é que esse mito seja verdade.
-
13:13 - 13:18Quero o final feliz implícito
no título do meu artigo -
13:18 - 13:20que, a propósito,
-
13:20 - 13:23é a única parte do artigo
que eu não escrevi. -
13:24 - 13:26(Risos)
-
13:27 - 13:31Mas, em vez disso, o que tenho
é a oportunidade de escolher amar alguém -
13:31 - 13:37e a esperança de que ele escolha
amar-me em troca e isso é aterrorizante. -
13:37 - 13:39Mas esse é o contrato com o amor.
-
13:39 - 13:40Obrigada.
-
13:40 - 13:41(Aplausos)
- Title:
- Apaixonarmo-nos é a parte fácil.
- Speaker:
- Mandy Len Catron
- Description:
-
Sabiam que podem apaixonar-se por alguém só por lhe fazerem 36 perguntas? Mandy Len Catron fez essa experiência, e funcionou. Ela escreveu um artigo viral sobre isso (que, provavelmente, a vossa mãe vos enviou). Mas... será isso o verdadeiro amor? Terá durado? Qual é a diferença entre apaixonarmo-nos e mantermo-nos apaixonados?
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:53
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Falling in love is the easy part |