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Format: Layer, Start, End, Style, Name, MarginL, MarginR, MarginV, Effect, Text
Dialogue: 0,0:00:06.77,0:00:09.71,Default,,0000,0000,0000,,Você ouve o suave movimento das ondas,
Dialogue: 0,0:00:09.71,0:00:11.91,Default,,0000,0000,0000,,o distante gralhar de uma gaivota.
Dialogue: 0,0:00:11.91,0:00:15.82,Default,,0000,0000,0000,,Mas aí um zumbido irritante\Nperturba a paz,
Dialogue: 0,0:00:15.82,0:00:19.46,Default,,0000,0000,0000,,aproximando-se, cada vez mais perto.
Dialogue: 0,0:00:19.46,0:00:21.57,Default,,0000,0000,0000,,Até que ... kabum!
Dialogue: 0,0:00:21.57,0:00:26.62,Default,,0000,0000,0000,,Você dá um chega pra lá no mosquito,\Ne a calma é restaurada.
Dialogue: 0,0:00:26.62,0:00:31.73,Default,,0000,0000,0000,,Como você detectou aquele barulho de longe\Nacertando seu criador com tanta precisão?
Dialogue: 0,0:00:31.73,0:00:35.47,Default,,0000,0000,0000,,A habilidade de reconhecer sons\Ne identificar sua localização
Dialogue: 0,0:00:35.47,0:00:38.52,Default,,0000,0000,0000,,é possível graças ao sistema auditivo,
Dialogue: 0,0:00:38.52,0:00:43.16,Default,,0000,0000,0000,,que é composto de duas partes principais:\No ouvido e o cérebro.
Dialogue: 0,0:00:43.16,0:00:47.37,Default,,0000,0000,0000,,A tarefa do ouvido é converter\Nenergia sonora em sinais neurais;
Dialogue: 0,0:00:47.37,0:00:52.08,Default,,0000,0000,0000,,a do cérebro é receber e processar\Na informação que esses sinais contêm.
Dialogue: 0,0:00:52.08,0:00:53.90,Default,,0000,0000,0000,,Para entender como tudo funciona,
Dialogue: 0,0:00:53.90,0:00:57.55,Default,,0000,0000,0000,,podemos seguir um som\Nem sua jornada para o ouvido.
Dialogue: 0,0:00:57.55,0:00:59.62,Default,,0000,0000,0000,,A fonte sonora cria vibrações
Dialogue: 0,0:00:59.62,0:01:03.32,Default,,0000,0000,0000,,que viajam como ondas de pressão\Natravés de partículas no ar,
Dialogue: 0,0:01:03.32,0:01:05.37,Default,,0000,0000,0000,,líquidas ou sólidas.
Dialogue: 0,0:01:05.72,0:01:07.99,Default,,0000,0000,0000,,Mas nosso ouvido interno,\Nchamado de cóclea,
Dialogue: 0,0:01:07.99,0:01:11.97,Default,,0000,0000,0000,,está, na verdade, cheio de fluidos\Nsemelhantes à água salgada.
Dialogue: 0,0:01:11.97,0:01:15.85,Default,,0000,0000,0000,,Então, o primeiro problema a resolver\Né como converter essas ondas sonoras,
Dialogue: 0,0:01:15.85,0:01:19.88,Default,,0000,0000,0000,,de onde quer que estejam vindo,\Nem ondas no fluido.
Dialogue: 0,0:01:20.25,0:01:23.83,Default,,0000,0000,0000,,A solução é o tímpano\Nou membrana timpânica,
Dialogue: 0,0:01:23.83,0:01:27.23,Default,,0000,0000,0000,,e os ossos minúsculos do ouvido médio.
Dialogue: 0,0:01:27.23,0:01:30.43,Default,,0000,0000,0000,,Eles convertem os grandes\Nmovimentos do tímpano
Dialogue: 0,0:01:30.43,0:01:33.93,Default,,0000,0000,0000,,em ondas de pressão no fluido da cóclea.
Dialogue: 0,0:01:33.93,0:01:35.99,Default,,0000,0000,0000,,Quando o som entra no canal auditivo,
Dialogue: 0,0:01:35.99,0:01:40.01,Default,,0000,0000,0000,,ele atinge o tímpano e o faz vibrar\Ncomo o topo de um tambor.
Dialogue: 0,0:01:40.01,0:01:43.94,Default,,0000,0000,0000,,O tímpano vibratório sacode\Num osso chamado martelo,
Dialogue: 0,0:01:43.94,0:01:48.66,Default,,0000,0000,0000,,que atinge a bigorna e move\No terceiro osso chamado estribo.
Dialogue: 0,0:01:48.95,0:01:53.04,Default,,0000,0000,0000,,Seu movimento empurra o fluido\Npara dentro das longas câmaras da cóclea.
Dialogue: 0,0:01:53.52,0:01:54.52,Default,,0000,0000,0000,,Uma vez ali,
Dialogue: 0,0:01:54.52,0:01:59.18,Default,,0000,0000,0000,,as vibrações sonoras finalmente foram\Nconvertidas em vibrações de um fluido,
Dialogue: 0,0:01:59.18,0:02:03.20,Default,,0000,0000,0000,,e elas viajam como uma onda\Nde um extremo ao outro da cóclea.
Dialogue: 0,0:02:03.20,0:02:08.21,Default,,0000,0000,0000,,Uma superfície chamada membrana basilar\Npercorre toda a extensão da cóclea.
Dialogue: 0,0:02:08.21,0:02:11.80,Default,,0000,0000,0000,,Ela é revestida de células ciliadas\Nque têm componentes especializados
Dialogue: 0,0:02:11.80,0:02:13.54,Default,,0000,0000,0000,,chamados estereocílios,
Dialogue: 0,0:02:13.54,0:02:18.13,Default,,0000,0000,0000,,que se movem com as vibrações\Ndo líquido coclear e da membrana basilar.
Dialogue: 0,0:02:18.13,0:02:22.26,Default,,0000,0000,0000,,Esse movimento dispara um sinal\Nque viaja pela célula ciliada
Dialogue: 0,0:02:22.26,0:02:24.15,Default,,0000,0000,0000,,para dentro do nervo auditivo,
Dialogue: 0,0:02:24.15,0:02:28.95,Default,,0000,0000,0000,,e em seguida, para o cérebro,\Nque o interpreta como um som específico.
Dialogue: 0,0:02:29.06,0:02:32.12,Default,,0000,0000,0000,,Quando um som faz\Na membrana basilar vibrar,
Dialogue: 0,0:02:32.12,0:02:34.58,Default,,0000,0000,0000,,nem todas as células ciliadas se movem,
Dialogue: 0,0:02:34.58,0:02:39.24,Default,,0000,0000,0000,,apenas aquelas selecionadas,\Ndependendo da frequência do som.
Dialogue: 0,0:02:39.24,0:02:42.56,Default,,0000,0000,0000,,Isso se resume a uma refinada engenharia.
Dialogue: 0,0:02:42.56,0:02:45.56,Default,,0000,0000,0000,,Numa extremidade,\Na membrana basilar é rígida,
Dialogue: 0,0:02:45.56,0:02:48.57,Default,,0000,0000,0000,,e vibra apenas em resposta\Na sons de ondas de comprimento curto
Dialogue: 0,0:02:48.57,0:02:50.93,Default,,0000,0000,0000,,e de alta frequência.
Dialogue: 0,0:02:50.93,0:02:52.74,Default,,0000,0000,0000,,O outro é mais flexível,
Dialogue: 0,0:02:52.74,0:02:56.23,Default,,0000,0000,0000,,e vibra apenas na presença de sons\Nde ondas de comprimento mais longos
Dialogue: 0,0:02:56.23,0:02:57.74,Default,,0000,0000,0000,,e de baixa frequência.
Dialogue: 0,0:02:57.74,0:03:00.46,Default,,0000,0000,0000,,Então, os sons feitos\Npela gaivota e pelo mosquito
Dialogue: 0,0:03:00.46,0:03:04.04,Default,,0000,0000,0000,,vibram em locais diferentes\Nna membrana basilar,
Dialogue: 0,0:03:04.04,0:03:06.75,Default,,0000,0000,0000,,como quando tocamos\Nteclas diferentes no piano.
Dialogue: 0,0:03:06.75,0:03:08.83,Default,,0000,0000,0000,,Mas isso não é tudo que acontece.
Dialogue: 0,0:03:08.83,0:03:12.64,Default,,0000,0000,0000,,O cérebro ainda tem outra\Ntarefa importante a cumprir:
Dialogue: 0,0:03:12.64,0:03:15.58,Default,,0000,0000,0000,,identificar de onde vem um som.
Dialogue: 0,0:03:15.58,0:03:19.61,Default,,0000,0000,0000,,Para isso, compara os sons\Nentrando nos dois ouvidos
Dialogue: 0,0:03:19.61,0:03:22.13,Default,,0000,0000,0000,,para localizar a origem no espaço.
Dialogue: 0,0:03:22.13,0:03:26.95,Default,,0000,0000,0000,,Um som diretamente a sua frente\Nalcançará os dois ouvidos ao mesmo tempo.
Dialogue: 0,0:03:26.95,0:03:30.74,Default,,0000,0000,0000,,Você também ouvirá na mesma\Nintensidade em cada ouvido.
Dialogue: 0,0:03:30.74,0:03:34.30,Default,,0000,0000,0000,,Porém, um som de baixa\Nfrequência vindo de um lado
Dialogue: 0,0:03:34.30,0:03:38.85,Default,,0000,0000,0000,,chegará ao ouvido mais próximo\Nmicrossegundos antes do mais distante.
Dialogue: 0,0:03:38.85,0:03:42.78,Default,,0000,0000,0000,,E sons de alta frequência soarão\Ncom mais intensidade no ouvido próximo,
Dialogue: 0,0:03:42.78,0:03:46.01,Default,,0000,0000,0000,,porque sua cabeça os bloqueia\Ndo ouvido distante.
Dialogue: 0,0:03:46.01,0:03:47.78,Default,,0000,0000,0000,,Esses filamentos de informação
Dialogue: 0,0:03:47.78,0:03:50.02,Default,,0000,0000,0000,,alcançam partes especiais\Ndo tronco cerebral
Dialogue: 0,0:03:50.02,0:03:54.12,Default,,0000,0000,0000,,que analisam as diferenças de tempo\Ne de intensidade entre os seus ouvidos.
Dialogue: 0,0:03:54.12,0:03:58.86,Default,,0000,0000,0000,,Eles enviam os resultados\Nde sua análise até o córtex auditivo.
Dialogue: 0,0:03:58.86,0:04:01.73,Default,,0000,0000,0000,,Agora o cérebro tem todas\Nas informações necessárias:
Dialogue: 0,0:04:01.73,0:04:05.01,Default,,0000,0000,0000,,os padrões de atividade\Nque nos dizem qual é o som
Dialogue: 0,0:04:05.01,0:04:08.43,Default,,0000,0000,0000,,e informações sobre\Nonde ele está no espaço.
Dialogue: 0,0:04:08.43,0:04:10.60,Default,,0000,0000,0000,,Nem todo mundo tem audição normal.
Dialogue: 0,0:04:10.60,0:04:15.05,Default,,0000,0000,0000,,A perda auditiva é a terceira\Ndoença crônica mais comum no mundo.
Dialogue: 0,0:04:15.05,0:04:19.38,Default,,0000,0000,0000,,Exposição a ruídos altos e algumas\Ndrogas podem matar células ciliadas
Dialogue: 0,0:04:19.38,0:04:23.01,Default,,0000,0000,0000,,impedindo que sinais passem\Ndo ouvido ao cérebro.
Dialogue: 0,0:04:23.01,0:04:27.67,Default,,0000,0000,0000,,Doenças como osteosclerose\Ncongelam os pequenos ossos no ouvido,
Dialogue: 0,0:04:27.67,0:04:29.84,Default,,0000,0000,0000,,então eles param de vibrar.
Dialogue: 0,0:04:29.84,0:04:32.98,Default,,0000,0000,0000,,E no caso de zumbido no ouvido,\No cérebro faz coisas estranhas
Dialogue: 0,0:04:32.98,0:04:36.67,Default,,0000,0000,0000,,para nos levar a pensar que existe\Num som quando não há nenhum.
Dialogue: 0,0:04:36.67,0:04:38.21,Default,,0000,0000,0000,,Mas quando funciona,
Dialogue: 0,0:04:38.21,0:04:40.97,Default,,0000,0000,0000,,nossa audição é um sistema\Nincrível e elegante.
Dialogue: 0,0:04:40.97,0:04:44.72,Default,,0000,0000,0000,,Nossos ouvidos incluem uma peça\Nbem afinada de maquinaria biológica
Dialogue: 0,0:04:44.72,0:04:48.40,Default,,0000,0000,0000,,que converte a cacofonia de vibrações\Nno ar ao nosso redor
Dialogue: 0,0:04:48.40,0:04:51.54,Default,,0000,0000,0000,,em impulsos elétricos,\Nprecisamente sintonizados,
Dialogue: 0,0:04:51.54,0:04:57.25,Default,,0000,0000,0000,,que distinguem palmas,\Ntorneiras, suspiros e moscas.