Normalmente eu estaria
de pé aqui neste palco
conduzindo a orquestra da faculdade,
pois sou professor de música.
Mas nesta noite vou falar
sobre minhas atividades
clandestinas no campo da ciência.
(Risos)
E como elas me levaram à pesquisa
do câncer num laboratório
e a uma importante descoberta.
Nos últimos oito anos,
tive o enorme prazer
de trabalhar com alguns cientistas
brilhantes e dedicados.
Eles tinham a mente muito aberta,
e tínhamos um sonho em comum:
que, no futuro, as crianças
não tivessem de sofrer com o câncer
ou com os terríveis efeitos colaterais
de drogas tóxicas ou da radiação,
pois acreditávamos que tinha
de haver uma alternativa melhor.
Tinha de haver uma maneira melhor,
e acho que a encontramos.
Um cientista disse:
"Vocês estão matando mais células
cancerosas do que se usassem a radiação".
E disse mais:
"Se tivessem gasto milhões de dólares
desenvolvendo uma nova droga que matasse
tantas células cancerosas assim
já teria sido um golaço".
Foi incrível ouvir isso, especialmente
para um professor de música
que tinha acabado de fazer seus primeiros
experimentos num laboratório de câncer.
Mas não usamos nenhuma radiação.
Não usamos nenhuma droga.
Então, o que foi que fizemos?
Aqui estão dois diapasões de garfo
idênticos, ambos afinados na nota "lá",
a nota usada para afinar uma orquestra.
Ambos os garfos foram feitos
para vibrar 440 vezes por segundo.
Dizemos que sua frequência é de 440 hertz.
Se eu encostar neste garfo, aplicando
nele pequenos impulsos de energia,
o segundo garfo vai vibrar também
em sintonia com o primeiro
e, se eu silenciar este garfo,
o outro vai continuar vibrando.
(Som da nota "lá")
Diz-se que estou induzindo
uma vibração ressonante
simpática no segundo garfo.
Só funciona porque ambos os garfos
estão sintonizados na mesma frequência.
Muitos já viram um rapaz
encantador na Internet
estilhaçando copos de cristal
com sua voz potente.
Mas, se olharem de perto,
vão ver que, primeiro, ele toca
o vidro com o dedo e escuta.
O vidro produz sua frequência
ressonante natural.
Aí, ele respira profundamente
e canta uma nota alta, longa.
Ele induz uma vibração
ressonante no copo de cristal.
A vibração aumenta cada vez mais
até o vidro se despedaçar.
Num outro extremo,
temos uma ponte gigantesca
de concreto e aço,
uma ponte suspensa,
a Tacoma Narrows Bridge.
Carros, caminhões e ônibus
passam por ela todos os dias.
Infelizmente, no local
onde a ponte foi construída,
havia um vento constante soprando.
Um dia, esse vento induziu
uma pequena vibração na ponte,
difícil de se notar,
mas a frequência da vibração
correspondia à frequência ressonante
de algumas partes da ponte,
e a vibração ficou cada vez maior,
até que a ponte caiu no rio.
Um frequência ressonante destrutiva.
Assim, num extremo,
temos uma ponte gigante de concreto
e aço destruída pela ressonância
e, no outro, temos um pequeno
copo de cristal estilhaçado.
Assim, talvez pudéssemos
destruir algo menor ainda,
algo realmente pequeno, que precisaríamos
de um microscópio para enxergar.
Talvez pudéssemos despedaçar
um micro-organismo vivo.
Mas, para isso, precisaríamos de algum
tipo de teoria para nos embasar.
E encontramos essa base
num livro maravilhoso
chamado "The Rainbow and the Worm:
The Physics of Organisms",
do cientista Mae-Wan Ho.
O livro usa argumentos convincentes
para mostrar que os organismos vivos
e as células são cristais líquidos
ou, pelo menos, têm diversas
propriedades dos cristais líquidos.
Estamos acostumados
com os cristais líquidos,
pois eles estão em nossos laptops,
na tela dos computadores:
LCD, Tela de Cristal Líquido.
Podemos mudar as características
dos cristais líquidos
em nosso computador enviando
sinais eletrônicos especiais para ela.
Podemos mudar a cor e a forma
da tela com esses sinais.
Então talvez possamos mudar
um cristal líquido biológico vivo
com um sinal eletrônico especial.
Mas, para fazer isso, precisamos
de algum tipo de aparelho.
Daí, pesquisamos a base de dados
das patentes americanas
e encontramos uma invenção
feita por um médico,
Dr. James Bare,
de Albuquerque, Novo México.
Chama-se "Resonant Frequency
Therapy Device",
e seu objetivo é induzir
uma vibração ressonante
num organismo vivo ou numa célula.
E há duas coisas realmente
importantes sobre esse aparelho.
A primeira é que ele usa um tipo
muito especial de antena:
eles pegam uma esfera de vidro vazada,
tiram o ar, colocam gás hélio dentro
e, quando enviamos
nossos sinais eletrônicos,
o gás hélio acende
como uma luz fluorescente.
Um gás eletrificado é chamado plasma,
então isso é uma antena de plasma.
Ela possui propriedades especiais feitas
unicamente para esse tipo de trabalho.
O segundo aspecto importante
sobre a invenção do Dr. Bare
é que o resultado sempre pulsa:
liga, desliga, liga e desliga.
Isso é muito importante,
pois, quando estamos pesquisando
sobre os efeitos de ondas eletromagnéticas
em células e organismos vivos,
se o sinal fica constantemente ligado,
corre-se o risco de induzir
calor nessas células,
e o calor destrói de forma indiscriminada.
Não queremos isso.
Queremos destruição precisa.
Assim, não precisamos
nos preocupar com o calor.
Agora, vamos ao laboratório de biologia.
Pegamos o aparelho do Dr. Bare
e, através de um microscópio,
começamos a busca
por uma frequência que conseguisse
destruir um micro-organismo vivo.
Conseguimos um método para controlar
o aparelho do Dr. Bear
por meio da entrada da frequência.
Assim, se colocarmos, digamos, 100 hertz,
produzimos 100 pulsos por segundo.
Se colocarmos 200 hertz,
conseguimos 200 pulsos.
Assim, começamos a pesquisar
a frequência mágica.
Começamos com 100Hz
e olhamos no microscópio para ver
se algo estava acontecendo.
Observamos por cinco minutos.
Não aconteceu nada.
Assim, tentamos 101Hz.
Olhamos pelo visor durante cinco minutos
e não aconteceu nada.
Então, tentamos 102, 103,
e assim por diante.
No transcurso de 15 meses,
tentamos centenas e centenas
de frequências, talvez milhares,
até encontrarmos a combinação mágica.
A resposta é que precisamos ter
duas entradas de frequências,
uma baixa, outra alta,
e a frequência maior tem que ser
11 vezes o valor da mais baixa.
É o que nós, músicos,
chamamos de 11º harmônico.
Quando adicionamos o 11º harmônico,
começamos a destruir micro-organismos
como se fossem um copo de cristal.
Esses foram os primeiros vídeos feitos.
Mostramos esses vídeos aos nossos amigos
do Departamento de Biologia.
Eles nos disseram que nunca
tinham visto algo assim.
Parece ser um fenômeno novo.
Esses organismos estão sendo
destruídos por sinais eletrônicos.
Este é um organismo inofensivo,
quase amigável, um pequeno blepharisma.
Normalmente, são nadadores velozes,
mas, quando nos aproximamos
da frequência à qual são vulneráveis,
eles começam a ficar lentos, até pararem,
e começam a se desintegrar
em cerca de três minutos.
Bem, agora que sabíamos que podíamos
destruir um micro-organismo,
veio a pergunta:
"Mas podemos atingir um determinado
organismo com uma frequência específica?"
Assim, no próximo vídeo,
vão ver um organismo grande no centro,
um paramecium, sendo desintegrado
e, nadando ao seu redor,
um minúsculo organismo
diferente, que não foi atingido.
Tomara que a gente consiga ouvir o áudio
em que narro o experimento
ao vivo no laboratório barulhento.
(Vídeo) "Talvez possam ver um efeito
tipo fogos de artifício acontecendo
na crescente bolha à direita do organismo.
E aqui vem o pequeno vizinho,
se perguntando o que está acontecendo.
Ele está testando.
E podemos ver bolhas se formando agora
no quadrante inferior esquerdo
e no quadrante superior esquerdo.
Agora a forma está mudando.
E a grande explosão no topo."
Então agora tínhamos alguma evidência
de que podíamos alvejar micro-organismos
específicos com frequências específicas.
Fizemos muitos outros vídeos
e filmamos a destruição
de centenas de micro-organismos.
A essa altura,
conhecemos um pesquisador do câncer
e mostramos a ele esses vídeos,
o que resultou num convite
para passar quatro meses
num laboratório de pesquisa do câncer,
tentando despedaçar células cancerosas.
Esse é o laboratório montado.
Vocês podem ver o microscópio
com as células cancerosas nele.
Aqui está o tubo de plasma,
e aqui está minha caixinha
de controle de frequência.
Primeiro, atacamos o câncer de pâncreas.
Observem bem este slide,
pois o próximo vai parecer
bem diferente dele.
Depois de tratarmos essas células,
elas mudaram de forma e tamanho,
e começaram a aparecer nelas estruturas
parecidas com fios longos nos lados.
Ficaram parecidas com antenas.
Eu as chamo de bioantenas,
ou seja, antenas biológicas.
É como se as células cancerosas
tentassem sintonizar nosso sinal.
E acontece que também
este é o início de um processo
de destruição das células cancerosas.
Agora sabemos que o câncer é vulnerável
a frequências entre 100 mil hertz
a 300 mil hertz.
Agora atacamos células da leucemia.
A célula da leucemia nº 1 tenta
criar uma cópia de si mesma,
mas a nova célula é despedaçada
em dezenas de fragmentos.
e espalhada por todo o slide.
A segunda célula de leucemia então
superinfla e também morre.
A terceira célula de leucemia então tenta
fazer outra célula do câncer,
a nova célula é despedaçada,
e a célula original morre.
Mas matar um monte de células
de leucemia não basta para um paciente.
Quantas conseguimos alcançar?
No laboratório, em repetidos
experimentos controlados,
independentemente testados
pelos dois melhores especialistas,
matamos uma média de 25% a 42%
das células de leucemia,
chegando a um máximo de 60%.
Também determinamos
que reduzimos a taxa de crescimento
do câncer num máximo de 60%.
Então, um duplo efeito.
Aqui atacamos células
cancerosas do ovário.
Esta é uma tomada mais distante.
Aqui vocês veem colchetes
ao redor das células,
mostrando grupos de células
de câncer do ovário sendo destruídas.
Podemos ver no fim do vídeo
que muitas das células grandes
do câncer de ovário foram destruídas.
Agora, atacamos o câncer
pancreático mais uma vez.
No centro da tela, há um grupo
de células cancerosas do pâncreas
como um microtumor no microscópio.
Ligamos nossos sinais eletrônicos,
e o tumor murcha e é quebrado.
As células estão
desconectando, desagregando;
o oposto da formação de um tumor.
E algumas das células são destruídas.
Em nosso trabalho mais recente,
atacamos o organismo mortal MRSA.
O MRSA é particularmente perigoso,
porque é resistente a muitos
dos antibióticos comuns.
Milhares de pessoas morrem
todos os anos de MRSA.
Temos drogas para ele, mas elas provocam
efeitos colaterais muito tóxicos.
Descobrimos que nossos sinais eletrônicos
poderiam na verdade eliminar
a resistência do MRSA a antibióticos.
Assim, adicionando uma quantidade
bem pequena de antibióticos comuns,
fomos capazes de matar o MRSA
e reduzir sua taxa de crescimento.
Desde que era um estudante
colegial de 17 anos,
com interesse tanto em música
quanto em ciência,
nunca poderia imaginar
que os dois poderiam se unir
num laboratório de pesquisa do câncer.
Acredito agora que as futuras clínicas
de tratamento do câncer infantil
vão se tornar um lugar bem diferente.
Vão ser lugares agradáveis,
onde as crianças se reúnem e fazem amigos.
Provavelmente, elas não vão
nem notar que estão doentes.
Vão desenhar,
colorir seus livros, se divertir
com seus brinquedos,
totalmente alheias às lindas
luzes de plasma azul e rosa
emanando a cura,
campos elétricos pulsados,
destruindo seu câncer
sem dor nem toxicidade,
célula por célula.
Obrigado.
(Aplausos)