Ai vida.
Sem surpresa, iniciou-se
uma revolta sunita
e grupos terroristas como a
Al-Qaeda
e forças locais, frequentemente
antigos militares sunis, começaram
a combater as tropas americanas
e o recém-formado estado iraquiano,
culminando numa sangrenta
guerra civil em 2006.
Desde então, as pessoas no Iraque são
basicamente segregadas pela religião.
Portanto, numa trágica ironia da História,
a invasão dos EUA conduziu à formação
dos terroristas que os EUA queriam
eliminar inicialmente,
porque o Iraque era agora a base de
treino perfeita para o terrorismo.
Para compreender melhor este conflito
complicado, é necessário entender
a relação entre os dois principais
ramos da fé muçulmana:
o islão xiita e o islão sunita.
Os sunitas constituem cerca de 80% do
mundo muçulmano, e os xiitas cerca de 20%.
E os mais radicais de cada lado
não gostam muito uns dos outros.
A Arábia Saudita e o Irão são os jogadores
mais poderosos neste jogo das fés.
Nenhum deles tem separação entre estado
e religião
Em 2010, aconteceu a Primavera Árabe,
alterando toda a situação
no Médio Oriente.
Na Síria, o ditador Bashar al-Assad
não teve grande vontade de capitular
e deu início a uma terrível guerra
civil contra o seu próprio povo.
Quanto mais tempo a guerra durava, mais
grupos estrangeiros se juntavam à luta,
a maior parte por motivos religiosos,
e com o objectivo de construir
um estado islâmico na região.
E um deles era o infâme EII, que
agora se tornou
o Estado Islâmico no Iraque e Levante,
ou EIIL.