Em 2007, uma crise do mercado imobiliário americano propaga-se rapidamente pelo mundo.
Milhões de pessoas perdem as suas casas e os seus empregos.
Para salvar o sistema financeiro internacional, os governos disponibilizam milhões de dólares,
o que desencadeia uma onda de indignação.
Isto faz-nos perguntar se não é a própria economia capitalista que está em causa.
Estamos na penúria, e sabêmo-lo.
Mas ao mesmo tempo, não queremos acreditar que tudo se pode desmoronar.
Estará o capitalismo prestes a auto-destruir-se e a levar consigo as riquezas do planeta?
É completamente idiota.
O capitalismo não destrói riquezas, não faz mais do que criá-las.
Karl Marx e a crítica do capitalismo regressam hoje em dia em força.
Em Berlim, o velho pensador recebeu um rejuvenescimento.
Adaptar "O Capital" à cena
é uma ideia louca.
O sucesso deste espectáculo é bastante surpreendente,
e mesmo completamente inesperado.
A riqueza da sociedade capitalista
vem
de uma gigantesca acumulação de mercadorias.
Marx pode ajudar-nos muito.
Mas como pode a crítica marxista ajudar-nos a compreender
estes tempos perturbados pela crise?
A questão está em saber o que se passa, assim que se formulou a crítica.
De onde vem este fascínio por tudo o que toca a Marx?