A melhor forma, talvez, da gente entender a aplicabilidade do marketing sensorial e de experiência é através de cases. E esses cases que você verá me trazem um prazer especial porque foram cases produzidos por mim, eu fui produtor da maior parte desses cases, ou seja, eu fiz toda a parte de venda e atendimento, claro, que com uma equipe bastante robusta por trás, para que a gente pudesse gerar esses cases. E são cases bem interessantes para grandes empresas e que eu posso dizer que foram talvez o ponto mais alto da minha carreira dentro da área de marketing, e justamente dentro da área de marketing sensorial e de experiência. Esses cases, dois deles em especial, ganharam Canne, então foram cases premiados no maior evento, no Oscar da publicidade mundial. O primeiro case não necessariamente é um case para uma grande marca, mas foi a nossa entrada no mundo do marketing de experiência e sensorial. Como nós não tínhamos, na época, um grande cliente para que a gente pudesse propor isso para ele, nós desenvolvemos uma experiência para mostrar para o mercado de publicidade que era possível provocar a mente do cliente através da provocação de sensações, através do estímulo de sensações, para ser mais específico. O Phantom Limb, que é esse primeiro protótipo de marketing de experiência que a gente fez lia a sua mão por meio de alguns dispositivos, e a ideia é que sua mão era duplicada em uma televisão, você não mais via sua mão, mas você via uma televisão na sua frente. E qualquer ação que eu fizesse nessa imagem digital, ou seja, sua mão estava intacta, mas a ideia é que qualquer coisa que acontecesse com a sua mão virtual, você sentiria fisicamente. E foi o que aconteceu. Nós inserimos ali algumas vezes um corte no braço e a pessoa gritava de dor, a gente deixou um braço muito peludo e a pessoa começava a sentir os pêlos de forma real. Isso funciona por conta do neurônio-espelho. Então, a ideia é que ao provocar o neurônio-espelho com uma imagem que era refletida, era o reflexo da mão de alguém, a gente conseguiria provocar esta pessoa. Isso foi o suficiente para a gente mostrar para o mercado que, de fato, o marketing sensorial e de experiência deveria e poderia ser utilizado de forma ostensiva. O segundo vídeo que a gente vai mostrar aqui, o segundo case que eu faço questão de mostrar, é um outro case, e agora a gente está falando de uma grande empresa. Foi um case desenvolvido para a Nestlé, e especificamente para a marca KitKat. Talvez uma das melhores formas da gente introduzir o marketing de experiência é tentando melhorar a experiência que não está tão positiva. Esse é um case legal porque qualquer um que chegasse no aeroporto e o voo estivesse atrasado, um tempo atrás, no Brasil, era bastante comum os voos atrasarem, as pessoas poderiam retirar um KitKat em uma máquina bastante divertida. A máquina era um KitKat gigante, você pegava a sua passagem aérea atrasado, ou seja, você estava irritado, incomodado, às vezes perdendo um compromisso, e você podia pegar a sua passagem aérea, ela seria lida por um equipamento, e esse equipamento te daria um KitKat, "Have a break, have a KitKat", ou seja, tome um tempo, tire um tempo, relaxe, tome um KitKat, pegue um KitKat, essa era um pouco da ideia. Ou seja, era a sensação de oferecer uma experiência de relaxamento frente a uma experiência tensa naquele momento no aeroporto. E essa eu tenho que dizer que foi um dos grandes sucessos que essa agência teve lá atrás. Salvo engano, isso deve ser 2016 ou 2017. Ee aí, é um momento de grande sucesso para a agência, inclusive, sendo premiada com o seu primeiro Canne. O próximo case que a gente vai ver é um case ligado a Coca-Cola. A ideia era oferecer uma experiência de Natal que as pessoas nunca mais esquecessem. Você comprava uma lata de Coca-Cola, colocava na máquina da gratidão, gravava uma mensagem que seria enviada para algum amigo, parente, por meio do Facebook, ou do Twitter, na época, se a pessoa compartilhasse esse vídeo, além da Coca-Cola permear a mensagem de Natal, a pessoa ainda receberia essa lata com tudo o que você disse gravado na lata, em casa. Era uma lata especial, mais grossa, e foram oito máquinas espalhadas pelo Brasil, e milhares e milhares de vídeos gravados e latas recebidas. E por último, mas não menos importante, esse é um case que foi o último dessa agência. Depois desse case a gente resolveu descontinuar a agência por questões de mercado, de escolha, mas a gente decidiu descontinuar. Esse foi o último grande case e para mim, o mais brilhante deles. Tanto a Gol quanto o Guaraná Antártica nos procuraram e pediram para a gente criar uma experiência de embarque diferente. A ideia é que as pessoas iam embarcar para a Copa América no Rio de Janeiro, a Copa América de Futebol estava acontecendo no Rio, e as pessoas embarcariam para o Rio de Janeiro, e eles queriam criar uma experiência que fosse memorável, ou seja, que as pessoas não esquecessem nem da Copa América, nem da passagem aérea, e nem das marcas. Então, nós substituímos o totem de check-in tradicional e o check-in in daquele voo que iria para a Copa América, por um check-in gravado em uma lata por meio de raio laser. A gente gravava com o laser em uma lata a passagem aérea e você podia embarcar no avião utilizando uma latinha de Guaraná Antártica. E talvez essa nunca tenha saído da cabeça dos consumidores. Esses quatro cases são só alguns exemplos do que é possível fazer através do marketing sensorial e do marketing de experiência. Agora, a ideia é que você pegue todo esse conteúdo e comece a repensar o que você tem proposto, tanto nos desafios quanto para os seus clientes no dia a dia.