Qual destes alimentos tem
menos carboidratos?
Este pãozinho?
Esta tigela de arroz?
Ou esta latinha de refrigerante?
É uma pergunta difícil.
Embora com níveis diferentes de gordura,
de vitaminas e de outros
componentes nutritivos,
quando se trata de carboidratos,
são todos muito parecidos.
Então o que tudo isso significa
na sua dieta?
Primeiro, o carboidrato é
a categoria nutricional dos açúcares
e das moléculas que o corpo quebra
para produzir o açúcar.
Os carboidratos são simples ou complexos
dependendo da sua estrutura.
Este é um açúcar simples,
ou monossacarídeo.
A glicose, frutose, e galactose
são todos açúcares simples.
Se unirmos dois deles,
teremos um dissacarídeo,
lactose, maltose, ou sacarose.
Carboidratos complexos,
por outro lado,
têm dois ou mais açúcares
simples combinados.
Carboidratos complexos com três
a dez açúcares unidos
são oligossacarídeos.
Aqueles com mais de dez
são polissacarídeos.
Durante a digestão,
seu corpo transforma esses
carboidratos complexos
em componentes básicos monossacarídeos,
que as células utilizam como energia.
Quando você ingere alimentos
ricos em carboidratos,
o nível de açúcar no seu sangue,
cerca de uma colher de chá, aumenta.
Mas seu aparelho digestivo não responde
aos carboidratos da mesma forma.
Considere o amido e a fibra,
ambos polissacarídeos,
ambos derivados de plantas,
ambos compostos de centenas de milhares
de monossacarídeos unidos,
mas são unidos de forma diferente,
e isso muda o efeito
que exercem no seu corpo.
No amido, que as plantas armazenam
para energia nas raízes e sementes,
as moléculas de glicose são unidas
por ligações alfa,
cuja maioria é facilmente clivada
pelas enzimas no aparelho digestivo.
Na fibra, as moléculas de monossacarídeos
realizam ligações beta entre si,
que o corpo não consegue quebrar.
A fibra pode aprisionar alguns amidos,
impedindo-os de serem clivados,
resultando em algo chamado
de amido resistente.
Assim, os alimentos ricos em amido,
como biscoitos e pão branco,
são digeridos facilmente,
liberando rapidamente
muita glicose no seu sangue,
exatamente o que aconteceria se bebesse
algo rico em açúcar, como refrigerante.
Esses alimentos têm alto índice glicêmico,
a quantidade que um dado alimento
faz subir o nível de açúcar no sangue.
Refrigerante e pão branco têm
índices glicêmicos semelhantes
porque têm um efeito semelhante
no açúcar do sangue.
Ao ingerimos alimentos ricos em fibra,
como vegetais, frutas e grãos integrais,
aquelas ligações beta indigestas diminuem
a liberação de glicose no sangue.
Esses alimentos têm
um índice glicêmico mais baixo,
e alimentos como ovos, queijos e carnes
contêm o mais baixo índice glicêmico.
Quando o açúcar vai do aparelho digestivo
para a corrente sanguínea,
o corpo começa a transferi-lo
para os tecidos
onde pode ser processado
e usado como energia.
A insulina, um hormônio
sintetizado no pâncreas,
é uma das principais ferramentas
do corpo para regular o açúcar.
Aumentando o nível de açúcar
no sangue ao comermos,
a insulina é secretada no sangue.
Leva os músculos e as células de gordura
a permitir a entrada de glicose
e promove a conversão
de açúcar em energia.
O nível ao qual a unidade
de insulina baixa o açúcar do sangue
nos ajuda a entender algo chamado
sensibilidade à insulina.
Quanto mais uma unidade de insulina
baixa a glicose sanguínea,
mais sensível você se torna à insulina.
A baixa sensibilidade à insulina
é conhecida como resistência à insulina.
O pâncreas ainda envia insulina,
mas as células, em especial as musculares,
respondem cada vez menos a isso,
então a glicose sanguínea não diminui,
e a insulina sanguínea não para de subir.
O consumo crônico
de carboidrato em excesso
pode levar à resistência à insulina,
e muitos cientistas acreditam
que a resistência à insulina
leva a uma condição séria
chamada de síndrome metabólica.
Isso envolve uma série de sintomas:
alto índice de açúcar no sangue,
circunferência abdominal aumentada
e pressão alta.
Aumenta o risco de desenvolver doenças,
como as cardiovasculares
e a diabetes tipo 2.
E sua prevalência aumenta
rapidamente no mundo inteiro.
Cerca de 32% da população
nos EUA tem síndrome metabólica.
Voltemos a sua dieta.
Se o alimento tem o gosto doce
ou não, açúcar é açúcar,
e muito carboidrato não faz bem.
Talvez você diga não
àquele belo hambúrguer de sushi
feito com pão pita e rosquinha.