Uma produção Awakening Mind Films Despertar é a próxima fase natural do desenvolvimento humano. Despertar é apenas reconhecer a natureza de nosso ser essencial. Não se trata de uma experiência religiosa mística e estranha disponível apenas para alguns. Está disponível para todos. Nosso ser essencial já é completamente consciente e desperto. E é totalmente ilimitado. Sua verdadeira natureza está mais próxima do que a pessoa que você pensa ser . Consciência é a realidade suprema do Universo. O próximo passo da ciência é perceber que a consciência é fundamental. O que é despertar, afinal? Alguém me explica? Mente do Despertar Parte 1: Conhece-te a Ti Mesmo O que é despertar? Quer chame-o de o Eu Verdadeiro, o Eu Iminente, o Não Eu ou Natureza Buda, Tao ou Consciência de Cristo, não faz diferença. Neste filme, utiliaremos a palavra Consciência. Consciência não pertence a nenhuma religião. Despertar ou perceber a consciência é como acordar de um sonho. O sonho do seu personagem na peça da existência. Por meio de nossos personagens, presenciamos o mundo em toda a sua beleza e feiura. Podemos chamar esta experiência de vida e morte dualidade. Vivemos indo de um lado para o outro, obcecados pelos pensamentos e sensações dos personagens. Bom e mau. Guerra e Paz. Luz e escuridão. Nascimento e morte. Até que despertamos e descobrimos que não somos o personagem. O Convite Neste filme, fazemos-lhe o convite a experienciar diretamente sua verdadeira natureza. Descobrir diretamente— não intelectualmente— Quem é você? Refaremos o convite de diversas formas. Ao questionar sua natureza, deixe que tudo permaneça como está. Não recorra à mente em busca de algo, ou para encontrar respostas em nível intelectual. E mesmo assim não a expulse. Busque apenas experimentar de forma direta quem você é. Permitindo que a mente permaneça alheia. Despertar é a solução para todos os problemas do mundo. em todos os níveis. Todos os problemas do mundo decorrem de uma ilusão. A ilusão fundamental da mente. A ilusão é que sou este personagem limitado. Quando nos identificamos com o Eu pequeno e individual, há sempre uma sensação constante de insatisfação. Pode ser uma grande insatisfação, como trauma, ou apenas uma sensação vaga. -Algo não está certo! -Há algo de errado. -Algo me falta. Mesmo quando sinto prazer, mesmo quando tenho conquistas, Mesmo quando tenho um bom relacionamento. Se eu parar por um instante, vem aquele sentimento de insatisfação como se eu tivesse isolado ou desconectado de algo. Portanto, este sentimento, que muitos parecem ter, pode nos levar à desidentificação com o Eu pequeno e individual cuja natureza se assemelha à ansiedade de separação. O personagem limitado tende a se agarrar ao que deseja. Opera como um acumulado de padrões condicionados a implorar por seus desejos, ou afastar as coisas indesejadas. É um processo sem fim do do princípio de prazer, buscando o prazer, evitando a dor. E se acreditarmos ser esse personagem, esse padrão condicionado, então sofremos, e criamos sofrimento no mundo. O mundo se torna o reflexo de tal consciência egoica. O bom de despertar é que você sofre menos, e as pessoas ao seu redor sofrem menos. Não tenho dúvidas de que minha conexão inicial com minha compreensão de Deus foi um despertar em minha vida. O maior despertar que já experimentei. Foi como se estivesse dormindo por 50 anos. Andando por aí como um robô, fazendo as coisas como haviam me ensinado. Desde garoto, eu já conhecia a fórmula, Arrumar uma namorada, um carro, um trabalho, uma casa, uma esposa. A fórmula que pensei ser como a vida deveria funcionar. Até que fiz 53 anos e percebi que, apesar de ter feito a maioria daquelas coisas e ter obtido... sucesso profissional— até certo ponto— foi que percebi que nada daquilo importava. Acordei por volta dos 53 anos me dando conta que... nada disso importa. Nada disso tem qualquer significado. Fiquei chocado ao perceber o quão sem sentido era tudo aquilo. Quem é você? Quando você deixa de seguir o roteiro que foi estabelecido para seu personagem, aquele herdado dos pais, da sociedade, e do condicionamento biológico, novas dimensões se abrem no jogo. O caminho se abre. Mas não é um caminho que o leva a certo destino. É um caminho sem caminho. O despir da ilusão para chegar exatamente aonde você está. No presente momento. Meu nome é Rupert Spira. Discurso sobre o entendimento não-dual essencial que fundamenta todas as grandes tradições religiosas e espirituais. Também escrevo e conduzo meditações guiadas e tenho conversas cujo propósito é levar a um reconhecimento empírico desse entendimento. Entenda que a paz e a felicidade pelas quais todos almejamos, acima de tudo, jamais podem, por definição, ser encontradas na experiência objetiva. Jamais podem ser oferecidas por objetos, substâncias, atividades ou relacionamentos. Sugiro entender isso claramente. E não passar o resto da vida buscado realização onde ela não pode ser encontrada. Todos que assistem a este filme, fazem isso exatamente porque ou entenderam ou pelo menos tiveram a intuição de que a paz e a felicidade pelas quais almejam, não podem ser encontradas na experiência objetiva. E iniciaram essa investigação sobre sua verdadeira natureza. Essa é a investigação mais importante que alguém pode fazer, e é a investigação da qual depende nossa felicidade. A grande questão da minha vida, sem dúvidas, que acredito ser a questão com a qual a maioria se depara, uma hora ou outra, é -Qual é o objetivo, exatamente? -Qual é o sentido da vida? E, para minha surpresa, disseram-me que o sentido da vida não tinha nada a ver com o que eu estava fazendo. Não se tratava do meu emprego. Nem da minha carreira. Não se tratava de praticamente nada em minha vida física. Esses eram aspectos da minhas vida, mas não o sentido em si. O sentido da minha vida, como passei a entender, era vivenciar, expressar, demonstrar e preencher minha identidade verdadeira, quem eu realmente sou. Creio que a pergunta mais importante com a qual a maioria se depara é a pergunta que quase ninguém se faz, ou mesmo responde. A grande pergunta da vida, segundo meu entendimento é: -Quem sou eu? -Quem sou eu? Sou apenas uma entidade física, como um pássaro no céu ou peixe no mar? Claro, talvez mais sofisticado... Mas apenas uma entidade física. Eu nasço, vivo e morro. O começo e o fim de tudo. Ou seria possível, quem sabe, que sou mais do que isso? Será que sou uma entidade espiritual apenas tendo uma experiência física? Cada experiência de sua vida o levou a esta questão universal. -Quem é você? Não busque uma resposta com a mente. Deixe que as coisas permaneçam exatamente como estão. -Quem está ciente da mente? Sinta tudo que vier à tona. -Quem está ciente desses sentimentos? Experiencie plenamente tudo que vier à tona ao se fazer tais perguntas. Sou o Donald Hoffman e sou professor emérito de ciências cognitivas na Universidade da Califórnia em Irvine. Meu trabalho era lecionar, mas agora que sou emérito e não leciono mais. Agora sou pesquisador. Pesquiso atualmente a consciência. Modelos matemáticos da consciência, e como a física e o espaço-tempo podem surgir de uma teoria da consciência completamente precisa do ponto de vista matemático. Minha própria jornada tem sido tanto do lado espiritual quanto do lado científico. Meu pai era pastor, pastor cristão fundamentalista. Então, eu aprendia isso aos domingos e aprendia ciência na escola, e os dois colidiam, certo? As histórias que ouvia eram contraditórias. Então, na adolescência, percebi que precisaria descobrir as coisas por conta própria. E decidi... A pergunta que queria responder era: -Somos máquinas? -As pessoas são simplesmente máquinas ou não? Do ponto de vista fisicalista, éramos apenas máquinas. Do ponto de vista espiritual, não seríamos máquinas. Não podia afirmar com certeza o que seríamos. Então, decidi fazer a pergunta cientificamente. -Somos apenas máquinas? E a melhor forma que encontrei foi estudar inteligência artificial. Então, ingressei no MIT e fiquei no laboratório de inteligência artificial estudando inteligência artificial. E no departamento de ciências da cognição e do cérebro estudando o lado humano das coisas. Pois queria ambos. O que as máquinas podem fazer? E o que há de especial, se é que há, nos humanos e na neurociência humana. Para responder essa... essa pergunta: -As tradições espirituais têm razão? -Somos mais do que meras máquinas? Ou o ponto de vista científico e fisicalista tem razão e somos meras máquinas e a consciência é um mero artefato da atividade cerebral? O paradigma materialista científico, em predominância no último século, nega a existência de qualquer coisa além do físico. Qualquer coisa que não possa ser verificada pelo método científico. A ciência está diante de um impasse. Ela não consegue ir além do paradoxo fundamental à física quântica. Que a trouxe cara a cara com o observador, com a consciência em si. Da mesma forma, as religiões funcionam, em geral, apenas no nível da crença. Perderam seu propósito original, que era levar à experiência da verdade de quem e o que somos. A separação entre a ciência e a espiritualidade empobreceu ambas. Religiões e sistemas espirituais carecem intensamente de métodos rigorosos que possam criar condições favoráveis para o despertar. E a ciência precisa desesperadamente se abrir à possibilidade de algo além do físico. Não se trata de largar a religião ou a ciência, mas de se aprofundar. De estarmos dispostos a mudar a nós mesmos para que nos tornemos uma melhor ferramenta de investigação. Somos aqueles que conduzem o experimento, e somos o experimento em si. A religião tem sido a linguagem e o instrumento dessas tradições de meditação e espiritualidade. Que foram registradas e transmitidas pelas gerações. Sem dúvida, há linguagens muito literais que separam religiões e separam culturas quando as coisas são levadas ao pé da letra. Mas quando se sente o espírito da religião, é possível traçar o caminho de volta ao autêntico despertar. O potencial existe em todos, independentemente de crença ou falta de crença, pois despertar é inerente à nossa consciência humana simplesmente por estarmos vivos. Portanto, como quer que chame e sempre que uma linguagem for usada, há certos princípios que parecem ser os mesmos por todas essas diferentes religiões, espiritualidades e tradições de meditação. Quando eu era mais novo, esse conhecimento existia predominantemente nas tradições espirituais do Oriente. Ele existia nas tradições... do Ocidente. Mas ficava tão disfarçado e codificado em tais tradições que se tornou praticamente inacessível. Então, muitas pessoas da minha geração foram fisicamente, ou pelo menos intelectualmente, ao Oriente para encontrar esse conhecimento. E a cultura oriental— comparada à cultura ocidental— é exótica. E portanto, esse conhecimento adquiriu traços exóticos das culturas nas quais ele era expressado. E muitos—inclusive eu— acabaram imaginando que havia algo de exótico no conhecimento não-dual. Que era necessário um estilo de vida extraordinário. Que era preciso renunciar à vida familiar, ou, ou deixar o cabelo crescer ou usar um nome especial, ou afiliar-se a um tipo de professor ou tradição. Envolver-se em práticas inusitadas. Esse... monte de coisas que não tinham nada a ver com o conhecimento central. Tinham a ver com a cultura na qual o conhecimento era expressado em um determinado momento. Hoje, o conhecimento foi completamente despido da roupagem cultural tradicional através da qual muitos de nós o conhecemos. E agora, apenas o conhecimento essencial é passado de uma forma que nos permite continuar levando nossas vidas exatamente como elas são. Vida familiar, vida profissional. Não é preciso fazer nenhuma mudança externa em nossa vida. O desafio que enfrentamos neste planeta é que achamos que há mais do que uma essência. Portanto, vivemos em um... ...um mundo que chamaria de "mundo da dualidade". Há macho e fêmea, preto e branco. Grande e pequeno, rápido e lento. Para cima e para baixo, aqui e ali. Antes e depois. Mas, na realidade, há apenas uma coisa. Todas as coisas são uma coisa só. E só existe uma coisa. Então, acontece que quando analisamos tudo profundamente, vemos que aqui e ali, grande e pequeno, rápido e lento Para cima e para baixo, esquerda e direita, macho e fêmea são todos a mesma coisa apenas expressando características diferentes. Mas de forma alguma separados uns dos outros. Creio que todos nós somos individuações de Deus. Creio que Deus exista em, como e através de cada ser humano. Aliás, isso se aplica a cada ser senciente do universo. Percebo, então, que estou para Deus assim como a onda está para o oceano. A onda não é diferente do oceano. É apenas o oceano se erguendo de forma individual. E quando a individuação se completa, a onda recua de volta ao oceano de onde veio, para se erguer novamente um outro dia. Portanto, acredito que somos todos individuações da divindade. E quando vemos tudo como divino, nosso relacionamento com tudo também muda. E tudo se transforma em nossa experiência. É assim que o mundo muda. O que é consciência? Consciência é a realidade suprema do Universo. A pergunta que fica, já que a consciência é a realidade suprema do Universo, e tudo e todos também são. Então, como é que o mundo se apresenta a nós como uma multiplicidade e diversidade— existindo independentemente e individualmente— de pessoas, animais e coisas, todos feitos de algo chamado matéria? Como podemos reconciliar essa afirmação de que a consciência é a realidade suprema do Universo quando ele se apresenta como uma multiplicidade e diversidade de objetos feitos de matéria? O indício que estou usando para indicar que a consciência é fundamental, tem muitos aspetos. Um deles é que a própria física diz que o espaço-tempo não é fundamental. E a teoria evolutiva também concorda que o espaço-tempo e objetos físicos não são a realidade fundamental. Ambas as teorias nos dizem apenas isso, que o espaço-tempo não é fundamental. Não nos dizem o que está além do espaço-tempo. Então, meu argumento é que o que os físicos estão descobrindo além do espaço-tempo são estruturas matemáticas. Mas, do que se tratam, não fica muito claro. -De que se trata esse campo além do espaço-tempo? Portanto, proponho que esse campo além do espaço-tempo se trata da consciência. Eu diria que a consciência infinita é capaz de localizar-se e existir enquanto vários seres individuais. Em outras palavras, todos os seres sencientes. Todas as pessoas ou animais. Cada um de nós é uma "localização" da consciência infinita, dentro da consciência infinita, feito puramente de consciência infinita, de cuja perspectiva ela enxerga sua própria atividade como o mundo exterior. Então, o que nos parece um mundo feito de matéria— de acordo com nossa perspectiva "localizada"— é—do ponto de vista da realidade— apenas a atividade da única consciência infinita. Ou seja, em última análise, não há coisas individuais ou existindo independentemente. Ou pessoas. Existe apenas um todo indivisível e infiníto. A unidade de existência. Que é meramente refratada em uma aparente multiplicidade e diversidade de objetos e coisas. Quando o sujeito observa sua própria atividade pelas faculdades de percepção da mente finita. Quando estamos despertos, percebemos que há uma consciência que se disfarça de todos esses seres no planeta. Uma consciência que brilha nos olhos de todos. Então, vemo-nos literalmente nos outros. E, a propensão de agir através ego, a tendência de tirar proveito desaparece porque percebemos diretamente a verdade. A verdade é que somo todos uma só consciência. A experiência do meu Eu espiritual só foi possível no domínio físico por uma excelente razão. Pois é apenas no domínio físico que o oposto pode ser encontrado. Ou seja—para ilustrar de forma simples. Se eu quisesse ter a experiência— falando metaforicamente— de ser a luz. Isso não seria possível se eu estivesse mergulhado nela. Nada mais ao meu redor além da luz. Que é a perfeita definição do domínio espiritual. Então, venho a um domínio, o qual chamo de domínio físico, onde há algo além da luz. Pois se eu quiser ter a experiência de ser a luz— não apenas saber que sou ela— mas para ter a experiência, só seria possível onde houvesse o oposto da luz. Neste caso, a escuridão. Portanto, venho ao... domínio físico onde a luz e a escuridão existem simultaneamente. E, então, nessa expressão externa de mim mesmo enquanto a luz, eu poderia ser quem realmente sou. Esse conhecimento sugere que— por trás de nossas diferenças— somos todos o mesmo ser. Não seres parecidos. Mas que somos todos literalmente um só. O mesmo ser. E... o amor é a experiência sentida dessa unicidade ou "ser compartilhado". É um teorema de nossa teoria que existe, em última análise, apenas uma consciência. Há essa dinâmica de muitos agentes conscientes. Mas, a teoria diz que—em última análise— todos esses agentes conscientes são, na verdade, projeções de uma única consciência. O atual paradigma da ciência— e tem sido assim há séculos— é que o espaço e o tempo são a natureza essencial da realidade. São irredutíveis e são a base de tudo. E, antes do Einstein, eram vistos como separados. Agora, o espaço e o tempo juntos— unificados como espaço-tempo— são vistos como a natureza essencial da realidade. E a ciência, então, supôs que o espaço-tempo e objetos dentro dele são a realidade essencial. Então, por exemplo, quando falamos da consciência, ela deve ser, portanto— de alguma forma—fruto de objetos no espaço e tempo. Nessa base fisicalista, o espaço e o tempo, e objetos físicos— sem qualquer consciência— são a realidade essencial. E a consciência surge mais tarde na evolução do Universo, certo? Então no Big Bang não havia consciência, havia apenas o espaço-tempo e energia. A energia se aglutinou em partículas maciças, e por fim a vida surgiu depois de sabe-se lá milhões, centenas de milhões, ou bilhões de anos. Depois disso, a consciência surgiu ainda mais tarde. Desse ponto de vista, quando você morre, a complexidade física que deu origem à consciência se dissolve, e então a sua consciência se dissolve. Portanto, a base fisicalista realmente desconsidera a consciência como parte fundamental. E diz que quando morremos, nossa consciência morre junto. De outro ponto de vista, Meus colegas e eu usamos a teoria evolutiva para apontar que é uma implicação da teoria evolutiva que o espaço e o tempo não são fundamentais. Portanto, a interpretação fisicalista da evolução está errada. A ideia de que o espaço e o tempo e partículas de alguma forma evoluíram devido aos organismos humanos é a base errônea pois o espaço-tempo não é fundamental. Estamos propondo uma dinâmica além do espaço-tempo muito mais rica, a dinâmica da consciência. Não dispensamos nossas antigas teorias. Quando os físicos dizem que o espaço-tempo está condenado, não significa descartar o Einstein. De forma alguma. Prestamos atenção ao Einstein. Qualquer nova teoria além do espaço-tempo que os físicos venham a propor, é melhor que se projete no espaço-tempo e nos devolva Einstein e a teoria quântica. Ou estão errados. Todas nossas antigas teorias são amigas maravilhosas e vamos mantê-las como casos especiais de uma teoria mais profunda. Em nossa teoria da consciência devemos fazer o mesmo. Não podemos propor o que quisermos. Temos que ter uma teoria que projete e nos devolva o espaço-tempo, devolva a teoria quântica, devolva a relatividade restrita e geral e a evolução por seleção natural. Se não pudermos fazer isso de forma detalhada e precisa, então, não há razão para os cientistas nos levarem a sério. É como se a consciência infinita colocasse um óculos de realidade virtual. Um aparelho de realidade virtual feito de pensamento e percepção. E assim, no momento em que a consciência coloca o óculos, ela se restringe dentro de sua própria atividade. E por meio desse aparelho, ela observa através das faculdades de percepção da mente finita: visão, audição, tato, paladar e olfato. E ela fragmenta a unicidade de seu próprio ser e assume a identidade de milhares de coisas distintas. O que estou insinuando é que há muito mais no Universo que a mente finita. Não estou insinuando que o Universo apenas apareça em cada uma de nossas mentes finitas. O Universo existe além delas, mas dentro da consciência. Mas são as limitações da nossa mente finita que dão ao Universo sua aparência. Portanto, quando observamos o Universo, vemos a realidade que existe antes de ele ser percebido. Mas o observamos pela lente de nossas faculdades de percepção, o que lhe atribui sua aparência. O conceito de despertar, em muitas tradições espirituais, tem sido o conceito de que o que entendemos por realidade— —objetos no espaço e tempo, o corpo físico e etc., não é a realidade final, que há uma realidade muito mais profunda. Uma realidade de consciência que transcende o espaço e tempo, e objetos físicos. E que não nos separamos de tal realidade, ela é, de certa forma, a essência do que somos. Portanto, o despertar é acordar da ilusão que somos apenas um corpo no espaço e tempo, para o fato de que somos os autores de tudo que vemos no espaço e tempo. Criamos na hora conforme olhamos e percebemos. COMO DESPERTAR? A pessoa se torna desperta ao reconhecer que o que somos essencialmente já está totalmente desperto, totalmente consciente, completo, íntegro, realizado, em paz. É como perguntar: -Como o... -Como o sol ilumina a si mesmo? Sua natureza é luz. Já está completamente iluminado. A natureza de nosso ser essencial já é paz e felicidade. Não fica claro para nós, pois nossa essência está tão misturada com o conteúdo da experiência que sua paz e felicidade inatas são ofuscadas pela experiência. Por isso, achamos que nossa essência precisa ser iluminada. Não, nossa essência não precisa ser iluminada, assim como o sol não precisa ser "aceso" de manhã cedo. O sol sempre brilha com a mesma intensidade. Nossa essência sempre brilha com a mesma paz e alegria. Mas a paz e alegria são ofuscadas pela ansiedade e escassez que caracterizam nosso pensamentos e sentimentos. Não há uma pessoa que desperta. Então, então... O Eu que despertou, despertou de minha própria estrutura em um centro de meditação. Um centro Zen. Fazíamos um sesshin Zen, que é um longo período de prática intensa. Portanto, Zen é ótimo para criar este ambiente de onde não se pode escapar. Então, o personagem do Dan que havia aprendido meditação, que vinha praticando a meditação... Esse "praticante" de meditação percebeu que não podia despertar. Todos os truques de meditação, todas as práticas aprendidas não tinham valor. Chegou ao ponto onde aquele personagem que estava tentando despertar não conseguiu despertar. E assim foi necessário. O personagem que eu vinha vivendo, o personagem que vinha representando por toda minha vida, tinha que se desprender ou falecer, e, o que restou, o que ficou quando o personagem— quando não havia o "praticante", quando não havia o meditador meditando ou praticando algo chamado de meditação, o que restou foi minha natureza verdadeira. Ou eu, apenas eu. Quando despertamos dessa ideia do Eu pequeno e separado, não é como se estivessemos extinguindo o ego ou lutando contra ele. Na verdade, permitimos que ele se aposente parcialmente de seu posto de identidade egoica. E relaxe para fazer parte de nosso time, de nossa consciência. E isso nos dá uma sensação de liberdade logo que não estamos observando o mundo por uma lente pequena, logo que estamos com o coração e a mente abertos de forma expansiva e ainda, ao mesmo tempo, mais intimamente conectada. Iluminação não se trata de tornar-se desperto. Ninguém se torna desperto ou iluminado. É o reconhecimento da luz, a luz do puro saber, cuja natureza é paz e felicidade que sempre e já somos. Me chamo Lisa Natoli. Sou professora espiritual. Falo sobre cura, despertar e transformação. Despertar é o reconhecimento de sua verdadeira natureza. E é a compreensão do que realmente somos, que é consciência. E consciência é apenas uma palavra para as muitas palavras que as pessoas usam para conhecimento, vida, amor, Deus, luz. É despertar para o entendimento que não sou este corpo. Que sou aquilo que nunca morre, e aquilo que nunca nasce. e o Foi muito difícil para mim. Estou no caminho espiritual desde 1992. Comecei lendo "Um Curso em Milagres" Lia aquele livro religiosamente. Eu estava muito empenhada em conhecer esse Eu, conhecer Deus, despertar... Não estava rolando. Pois eu estava sob a crença que despertar era algo místico, que algo aconteceria, que algo ocorreria. E seria como Jesus, ou Buda, ou todos esses mestres iluminados, e não estava rolando para mim. Eu não entendia. Por que estou tão empenhada, tendo momentos profundos de paz, felicidade e alegria, e ainda assim tendo dificuldade? Comecei a perceber a simplicidade de nossa verdadeira natureza, que é consciência, então, para aqueles que me escutam neste momento, a consciência que escuta esta voz, é ela quem somos. Ela não tem local, nem gênero, nem cor, nem corpo, e é totalmente ilimitada. Então, o despertar é onde acordamos para a nossa verdadeira natureza. Despertamos para a compreensão de que somos a consciência desta experiência. Aqui e agora. E ela é tão comum que nos passa batido. Achamos que não tem como ser assim tão simples. O reconhecimento de nossa verdadeira natureza não nos leva à felicidade. É a felicidade em si. A natureza do ser é a própria felicidade. Portanto, o reconhecimento de nossa verdadeira natureza é a experiência de felicidade. Quem está consciente neste instante? A mente buscará uma resposta. Ou tentará complicar as coisas. Você já é aquilo de que a mente está buscando. A mente sempre deixará isso passar batido. Portanto, não recorra a ela em busca de respostas. Não afaste seus pensamentos. E não se perca neles. Deixe de lado o interesse ou apego a pensamentos, ideias e crenças. Tenha a intenção de experienciar diretamente quem você é. Não tente invalidar a mente ou alcançar algum estado. Todo esforço, toda manobra, todo movimento, é a mente tentando tomar o controle. Permita que a mente apenas seja. Às vezes é possível despertar durante o dia a dia. A prática não é sempre necessária. Às vezes coisas acontecem na vida onde há uma interrupção em seu padrão. E pode haver um despertar espontâneo. Mas se a vida da pessoa simplesmente acontece de forma meio robótica ou repetitiva, então, alguma intervenção é necessária se... se ela quiser despertar. E essa interrupção em seu padrão, é às vezes chamada de Sadhana ou prática spiritual. E essas práticas são sempre condicionadas. Há algo que aprendemos com o condicionamento da mente que facilita o processo de despertar afrouxando os laços do autoconceito. Às vezes, dizem que o despertar acontece por acidente. Mas a prática o torna mais propenso a "acidentes". As técnicas e as práticas podem ser muito úteis para torná-lo mais propenso a "acidentes". Mas elas, em algum momento, têm que ser abandonadas. Porque se a mente está constantemente em ação, fazendo algo, então, a mente tem as rédeas. A mente está no comando. Portanto, as práticas são úteis, muito úteis enquanto instrumento para tornar o autoconceito menos denso, ou para iluminar o autoconceito para que se torne mais permeável à nossa verdadeira natueza. O paradoxo da prática é que, quando você finalmente desperta, você percebe que todas as práticas eram feitas pelo Eu falso. Pelo personagem no jogo de realidade virtual. E que você, o verdadeiro Eu, nunca esteve preso. Tudo que você tem que fazer é deixar as preferências do ego de lado. Largar a obsessão pelas coisas. Qualquer coisa dentro do campo dos fenômenos em mudança não é o verdadeiro Eu. O Eu que você pensa ser, o Eu com quem você sempre se identificou, jamais despertará. Você desperta desse personagem. Você desperta da ilusão de que você é o personagem condicionado. Quando as pessoas vão aos retiros, elas pensam: -O eu, o pequeno eu irá despertar! -Algo incrível acontecerá! Mas o pequeno eu jamais terá sucesso. Ele tem que desistir, ele tem que fracassar. E é apenas nesse fracasso que percebemos quem somos. Que sempre estivemos conscientes. Que sempre estivemos presentes. Apenas ficamos presos ao personagem, acreditando que éramos ele. O CAMINHO DIRETO Iniciei minha busca spiritual na tradição clássica Advaita Vedanta, que era um caminho devocional que envolvia meditação com mantra, que pratiquei assiduamente por 20 anos. Meditação com mantra envolve concentrar sua atenção em um som. E, gradualmente, o som desaparece. No entanto, foi realmente quando conheci o caminho direto que minha busca espiritual chegou em seu ápice. Pois nessa abordagem direta, não focamos diretamente em nenhum objeto por mais sutil que seja, por exemplo, uma mantra, um som, a respiração. Permitimos que nossa atenção se retraia para dentro, ou para trás, em direção à sua fonte. Vamos usar uma analogia. Imagine que você esteja assistindo à sua vida em uma tela de TV. Você se identifica com o personagem na tela. Dia após dia, ano após ano, você se envolve com a história do personagem. Quando, de repente, você desperta da história e nota a tela em que o personagem aparece. E percebe não ser o personagem ao qual assistia. Objetos vêm e vão na tela. Personagens vão e vêm. Mas a tela permanece a mesma. O personagem pode se molhar. A tela não se molha. O personagem pode ser afetado. Mas a tela não se afeta. Sem a tela, os personagens não existiriam. Mas a tela passa despercebida. Os personagens seguem suas vidas planejadas. A consciência é como a tela. É como o espaço no qual todo pensamento, movimento, todo estado de consciência vem e vai. Pensamentos, sensações, e todo o mundo exterior aparecem na tela. Em constante mudança. Mas a tela permanece intacta. É a mente que muda de estado através da experiência humana. Mas há algo dentro de você que permanece. Algo que está sempre presente. Que está consciente das mudanças de estado. Esse algo é a consciência, ou nossa verdadeira natureza. Enquanto houver apego ao personagem da tela, a sensação de que sou aquele personagem, haverá sofrimento. Maya, a ilusão do Eu. As ações do personagem do sonho não poderão te libertar. Quer você siga o roteiro no drama de sua vida ou se volte contra ele, se agir do ponto de vista do personagem, você estará preso na ilusão. Para despertar, pare de se identificar com o que aparece na tela. Reconheça que tudo é impermanente. Pare de reagir a pensamentos e de tratar o programa como real. Se eu remover a atenção da tela, voltando a consciência em sua própria direção, algo imensurável acontece. A consciência em si desperta. Isso não é um acontecimento. Acontecimento é o que passa na tela. Despertar é só o reconhecimento da tela que sempre esteve lá. Não acredite no seu próximo pensamento. Em vez disso, volte a consciência para a própria consciência. Sempre fui Eu mesmo. Minha percepção do meu Eu se estende por toda minha vida. Permanece constante durante toda a minha vida. O que está presente em mim hoje, que estava presente ontem, ano passado, dez anos atrás, e quando eu tinha dois anos de idade? O que é esse Eu essencial com quem todas as minhas experiências acontecem? O reconhecimento da natureza desse Eu é o grande segredo da vida. É o caminho direto para a paz e felicidade. Não é algo que se inicia. É algo que se reconhece. Re-conhecer. Ou seja, conhecer outra vez. Algo que sabemos desde o princípio, mas que esquecemos, negamos, ou não conseguimos acreditar. Portanto, não iniciamos a proximidade com Deus. Apenas reconhecemos. Re-conhecemos algo que sempre esteve presente. E que sempre estará presente. Foi somente esse direcionamento direto para o despertar, essa abertura para o que já está aqui que me permitiu encontrar uma nova forma de ser. Uma nova fase de desenvolvimento. Muitas gente acredita que é muito impossível alcançar o objetivo de conhecer o Eu. E... meu propósito enquanto professora— devido à minha experiência de despertar— é de deixar o processo bastante prático e realista. Eu amo mostrar às pessoas que todos são capazes. Se nós... acreditarmos e sentirmos que somos um Eu temporário, finito e separado, estaremos, quer saibamos disso ou não, buscando paz e felicidade. Ou seja, não é possível ser um Eu separado, ou identificar-se com separação, e não estar em busca da felicidade. Portanto, o que é preciso nesse caso é redirecionar a busca pela felicidade em vez de buscá-la no conteúdo objetivo da experiência. Buscar a felicidade dentro de si. Portanto, a prática espiritual que é necessária, é direcionar a atenção, ou, para ser mais preciso, relaxar a atenção em direção à sua fonte consciência pura, em vez de direcioná-la em direção a objetos, substâncias, atividades, relacionamentos, etc. Portanto, a prática espiritual se é que pode ser chamada de prática, seria o relaxamento da atenção, o acalmamento da atenção, guiando-a ao centro da consciência. repousando no ato de ser enquanto o próprio ser. Amor. Amor puro é meu Eu verdadeiro. Minha verdadeira natureza. Amor puro por tudo e todos. Por cada aspecto da vida. Até mesmo pelas coisas com as quais discordo. Aqueles que reconhecem a natureza do seu ser sabem que ela é a fonte da paz e felicidade pelas quais anseia. Portanto, o mundo já não é mais o lugar onde buscam felicidade, realização. Não quer dizer que elas não tenham mais desejos. Mas os desejos não estão lá para preencher algo que está faltando, que é característica do Eu separado. Elas encontraram a fonte de felicidade dentro de si mesmas. E seus desejos vêm desse estado de felicidade; Seus desejos não vão em direção à felicidade. Por exemplo, no âmbito dos relacionamentos, faz uma diferença enorme na forma em que nos relacionamos. Deixamos de buscar alguém para preencher nossas necessidades. Buscamos alguém para compartilhar a experiência de felicidade que já temos. E isso alivia nossos companheiros do fardo doloroso de prover felicidade a um Eu insatisfeito e voraz. Nada ocorre na minha vida que não me traga benefícios, ou que não me trará benefícios no sentido de que cada momento, cada atividade, cada resultado me impulsiona no processo de evolução da minha alma. E é por isso que vim ao domínio físico. Para evoluir. Permaneça aberto. Sinta sua vivacidade interior, deixando a energia circular livremente. Não tente fazer algo acontecer. Quem está consciente dessa energia? Dessa vivacidade interior? Perceba a tendência da mente de controlar e manipular. De se envolver. Sem o uso de sua memória ou linguagem, quem é você? Além da mente e dos sentidos, quem é você? Quem está consciente? MUDANDO O MUNDO Muitos que ouvem essas ideias pela primeira vez nunca nem ouviram falar da ideia do Eu. Para mim, há dois grupos diferentes de pessoas. Há aqueles que estão no caminho espiritual e conhecem a ideia. Estão tentando alcançar o Eu, tentando ser o Eu. Estão na busca, procurando. E há pessoas que vêm vivendo suas vidas. Nunca ouviram falar dessas ideias antes. Nunca ouviram "Conhece-te a Ti Mesmo". Muitos acham que "Conhece-te a Ti Mesmo" significa "conhecer o corpo". -Conheça-se! -Seja você mesmo! -Seja autêntico! O verdadeiro significado de Conhece-te a Ti Mesmo é saber quem você é. Saber quem você é de verdade. Conhecer de fato sua verdadeira natureza. As palavras "Conhece-te a Ti Mesmo" foram esculpidas na entrada do Templo de Apolo em Delfos, e como tal, representam um convite no início da civilização ocidental à humanidade. Sugerindo que Conhece-te a Ti Mesmo é a base de toda civilização. Por quê? Porque nosso Eu fica no centro de toda a nossa experiência. Seja o que for que estejamos vivenciando, somos nós que estamos vivenciando. O que quer que pensemos e sintamos, nossos pensamentos e sentimentos surgem em nome do nosso Eu. Quaisquer que sejam as atividades e relacionamentos nos quais nos envolvemos, fazemos tudo isso em nome do nosso Eu. Portanto, nosso Eu permanece no centro da nossa experiência. Logo, o que poderia ser mais valioso do que compreender a natureza do nosso Eu? E, seria possível compreender a natureza de qualquer outra coisa se não compreendermos primeiramente a natureza daquilo que compreende? Acredito que o despertar se trata de encerrar o pesadelo e adentrar o sonho. Com isso quero dizer que finalmente abandonamos o pesadelo do que nos foi dito a respeito da vida, de Deus e de nós mesmos. E adentramos o sonho de nossa noção mais grandiosa. Costumo perguntar: -Como você acha que sua vida seria se se deparasse com a ideia mais elevada e grandiosa, a ideia mais maravilhosa que já teve sobre Deus, sobre a vida e sobre você mesmo? O reconhecimento da nossa verdadeira natureza não é só o reconhecimento que leva nosso desejo por felicidade mundial ao fim. É também o reconhecimento que nos permite viver de forma consistente com o entendimento de que, no nível mais profundo, tudo e todos são um. Essa compreensão traria gentileza, compaixão, justiça, tolerância e compreensão à nossa sociedade. Nossa sociedade seria revolucionada por essa compreensão. Conforme a humanidade deixa para trás abordagens egoicas, a ciência, a religião, a política e a economia começam a refletir a sabedoria perene. Sejam as tradições indígenas que percebem o Grande Espírito em todas as coisas, Os as tradições egípcias/keméticas que descrevem a jornada evolucionária do humilde escaravelho à fonte suprema. Ou quando ouvimos as palavras dos místicos cristãos, hinduístas, muçulmanos ou budistas. Ou os ensinamentos de Platão e Plotino, notamos que aqueles que compreenderam sua verdadeira natureza, falam sobre agrupamentos de agentes conscientes. É claro que usam a linguagem de sua cultura e época ao expressar a verdade perene suprema. A ciência está começando a perceber não um mundo de partículas e campos inconscientes, mas um universo feito de agentes conscientes. Algo de novo está surgindo no mundo da ciência. Como disse Nikola Tesla: "O dia em que a ciência começar a estudar os fenômenos não-físicos, avançará mais em uma década do que em todos os séculos passados." Esse dia é hoje. Toda vez que houve um avanço de precisão matemática na ciência, surgiram novas tecnologias que parecem mágica em comparação com o que tinhamos antes. Portanto, sinto que essa teoria de agentes conscientes além do espaço-tempo vai fornecer-nos tecnologias que serão surpreendentes. Por exemplo, hoje, a maioria das galáxias que vemos— acho que 97% delas— jamais poderemos visitá-las. Elas estão recuando mais rápido que a velocidade da luz. Elas não se movem no espaço mas rápido que a luz. O espaço em si se expande tão rapidamente que a velocidade com que se afastam é maior que a da luz. Portanto, jamais poderemos viajar pelo espaço e alcançar 97% das galáxias que vemos. Há todo esse espaço lá fora acenando para nós e dizendo: "Olá, estamos aqui e vocês nunca poderão vir até nós!" Isso se viajar pele espaço-tempo. Mas e se percebêssemos que o espaço-tempo é apenas os óculos de RV? Apenas o formato do jogo. E você não está preso dentro dos óculos. É possível alterar o software que roda o jogo. É como alguém que está jogando GTA. Você é o mago do jogo. Você sabe dirigir o carro pelas ruas e consegue vencer todo mundo no jogo. Mas suponha que você conhece o software que está por trás. Você remove os óculos e passa a manipular o programa. Pois você tira a gasolina do tanque do mago. Você estoura o pneu dele. Você muda a geometria das ruas. Você faz o que der na telha. Portanto, quando entendemos nossos "óculos" do espaço-tempo, não teremos que viajar para a Galáxia de Andrômeda através do espaço-tempo, o que nos tomaria 2,4 milhões de anos. Poderemos contornar o espaço-tempo. Vejo o mundo ao meu redor como adentrar uma expressão e experiência mais silenciosas do que significa ser humano e do que significa ser um aspecto da divindade. Mas não creio que nosso tempo seja ilimitado. Tenho a impressão que o tempo está acabando. Que é agora ou nunca. Creio que estamos no caminho certo. Tenho a sensação de otimismo de que—devido às oportunidades que temos hoje para comunicar ideias poderosas e importantes— caminhos que não existiam mesmo há alguns anos estão criando a possibilidade de atingirmos aquele ponto de massa crítica; de que atinjamos a massa crítica antes que nosso tempo se esgote. Mas estaríamos errados se achássemos que nosso tempo é ilimitado neste planeta. Quando cada indivíduo se desassocia de seu personagem condicionado, ele deixa de agir como uma entidade egoica. E isso promove uma transformação no planeta; produz uma nova Terra. Mas a vida como a conhecemos hoje neste planeta, acho que devemos fazer algumas mudanças repentinas, dramáticas e radicais se quisermos ver o amanhã com o qual sonhamos. Seria possível esse entendimento se popularizar nesta geração? Por que não? Claro! O desafio atual é que nada está funcionando. E chegou a hora de admitirmos que essa é a verdade. Com certeza podemos fazer melhor que isso. Com certeza. Podemos expandir o entendimento de quem somos e a expressão de nossa verdadeira natureza. Temos que ficar atentos ao nosso meio ambiente, à política, à economia e ao nosso processo spiritual neste planta. Pois o problema no mundo hoje não é um problema político. Não é um problema econômico. Não é um problema social. É um problema espiritual. Tem a ver com o quão comprometidos estamos com as mais altas verdades espirituais. Não se trata de filosofia New Age. Essas ideias existem há milhares de anos. A sabedoria perene tem sido expressada através de incontáveis tradições e culturas. E assim como a consciência, sempre esteve escondida à vista de todos. No cristianismo, o evangelho gnóstico de Tomé contém referências diretas à nossa verdadeira natureza. Os discípulos perguntaram a Jesus: -Quando virá o Reino? Jesus disse: -Não virá se ficarmos esperando por ele. Não será como dizer "aqui está", ou "ali está". Em vez disso, o Reino está espalhado pela Terra e as pessoas não o veem. O Reino não está aqui ou ali. A consciência não está aqui ou ali. Não está fixo no tempo e espaço. Se estiver esperando que algo aconteça, esperando por um evento externo, um estado, uma ascensão, uma cura ou uma energia, então a mente condicionada permanece em busca. Permanece intermediando sua experiência do agora. No Budismo, diz-se que o samsara— o mundo do sofrimento—e o nirvana, o mundo da libertação, não são dois mundos separados. Eles são exatamente o mesmo. Não manipulamos ou mudamos as coisas a fim de encontrar uma realidade mística. Quando despertamos, a perfeição do mundo se revela diretamente como é. É possível simplesmente estar aqui e agora, neste momento sem a mediação da mente que busca? É possível estar em paz com este momento assim como ele é? Simplesmente ser.