Como a maioria de vocês sabe,
"QR code" significa código
de resposta rápida
um código de barras bidimensional
que contém bastante mais informação
do que um código de barras tradicional.
Surgiram no Japão, na fábrica da Toyota,
para controlar a fabricação
de peças automóveis.
Desde então, destacaram-se
pela popularidade
e poderão encontrá-los em qualquer
anúncio que apela ao consumo.
Quando digitalizamos um código QR somos,
instantaneamente, conduzidos
a uma variedade de experiências
de base tecnológica,
pode ser uma mensagem escrita,
uma mensagem áudio,
um "website"
ou um vídeo.
Como que por magia.
As ferramentas para criar um código QR são,
essencialmente, gratuitas
e as ferramentas para interagir
com estes códigos
são cada vez mais simples
e comuns de utilizar.
Então, dispomos desta ferramenta
fantástica, gratuita e fácil
mas, o que podemos fazer com ela?
Os professores já perceberam que
existe um enorme potencial
para os códigos QR
em sala de aula.
Recentemente, disse à minha turma que
iríamos aprender
algumas palavras novas,
algo que fazemos duas ou
três vezes por mês.
Eles deixaram escapar um suspiro
porque é uma atividade
um pouco aborrecida.
Depois, distribuí códigos QR,
a todos os meus alunos,
e disse-lhes que iríamos interagir com eles
recorrendo a aparelhos
e que seria assim que iriam encontrar
a sua lista de palavras.
A atitude na sala de aula
mudou completamente.
Passaram dos suspiros e das lamentações
para a excitação e o entusiasmo.
Poderia ensinar exatamente a mesma lição
utilizando códigos QR,
ou não utilizando os código QR,
e obter uma atitude completamente diferente.
Uma atividade divertida a realizar,
com códigos QR,
é a caça ao tesouro.
Crio códigos QR com tarefas que
lhes são atribuídas.
Escondo-os por toda a sala.
Os alunos, recorrendo aos seus aparelhos
e à digitalização dos códigos,
têm de completar a tarefa.
Recentemente organizei um evento tecnológico,
na minha escola,
e coloquei códigos QR por toda a escola.
Os alunos adoraram.
Do primeiro ano ao 6.º ano,
ficaram, completamente,
empenhados e entusiasmados,
correndo, literalmente, de código em código
porque estavam muito ansiosos em
descobrir qual seria a tarefa seguinte.
Os alunos que não tinham aparelhos
suplicavam aos seus pais
que lhes emprestassem os seus smartphones
para que também pudessem participar.
Foi revigorante observar
aquele nível de entusiasmo e agitação
em relação à aprendizagem.
Uma utilização criativa dos códigos QR,
por parte dos professores,
promove o reforço positivo.
Coloquem um cartaz na vossa sala de aula
com códigos QR numerados,
cada um conduzindo a uma mensagem diferente.
Quando um aluno precisar de algum reforço
digam-lhe: "Vai digitalizar o número 5."
"Vai digitalizar o número 22."
E a mensagem dirá:
"Ótimo trabalho hoje! Adoro o teu entusiasmo."
"Bom trabalho! Vejo que estás a
trabalhar arduamente."
É muito mais estimulante para um aluno
levantar-se do seu lugar,
digitalizar um código
e interagir com alguma coisa
do que quando o professor apenas
lhe diz: "Bom trabalho!"
É muito mais memorável.
As bibliotecas podem utilizar
os códigos QR de inúmeras formas:
comentários digitalizáveis de livros,
listas de sugestões de leitura
e listas de livros nas paredes,
biografias.
Imaginem retirar a biografia
de Martin Luther King Jr., de uma prateleira,
digitalizar um código QR
e ser, instantaneamente, levado
para o discurso "I Have a Dream".
Isso faz com que, literalmente,
a aprendizagem ganhe vida.
Os códigos QR podem acrescentar
um agradável toque de século XXI
a uma tarefa tradicional.
Todos os anos incumbo a minha turma de
elaborar um cartaz que resuma um livro,
algo que todos nós,
provavelmente, já fizemos,
em algum momento da escola primária.
É uma tarefa um pouco aborrecida.
Embora, as crianças a apreciem.
Desta vez alterei-a
e o segundo passo da tarefa
consistia em fazer com que eles
gravassem as suas vozes,
gravasse um código QR audio
das suas próprias vozes
a resumirem o livro.
Em seguida imprimiram o código QR,
colaram-no ao cartaz
dando-lhe, assim, uma propriedade interativa.
Colocámo-los no corredor
e os alunos de todas as outras turmas
que por lá passavam, digitalizavam-nos
e ouviam estes resumos literários.
Foi muito mais divertido
do que, apenas, um cartaz tradicional.
A minha turma teve, recentemente,
o privilégio de participar
numa aula sobre códigos QR,
conduzida por uma professora,
em todo o país.
Se a videoconferência não era
suficientemente estimulante,
o facto de ela ter incorporado
códigos QR na aula,
permitiu que os meus alunos,
a partir dos seus lugares,
no conforto da sua sala de aula,
pudessem, efetivamente, digitalizar os códigos
do ecrã do computador,
interagindo com os códigos QR,
localizados a 4 800 km de distância,
foi incrivelmente emocionante e inesquecível
para os meus alunos.
Não pararam de falar dessa aula, durante semanas.
Não se consegue obter
esse tipo de experiência,
memorável e cativante,
recorrendo a uma folha de trabalho,
ou à leitura de um manual.
Os códigos QR podem ser utilizados
em qualquer nível escolar
e em qualquer área temática.
Os educadores de infância podem
fazer com que os seus alunos
digitalizem um código QR que os conduza
a uma aula acústica.
O professor de música pode criar
códigos QR áudio
dos seus alunos a tocar instrumentos
ou a cantar.
Os professores de educação física podem
publicar, em tempo real, resultados de corridas
ou resultados de eventos desportivos,
todos ligados a um código QR.
A associação de estudantes ou a
associação de pais pode anunciar
eventos escolares futuros por toda a escola
e enviar panfletos para casa,
através dos códigos QR.
As possibilidades desta ferramenta
gratuita e fácil são infinitas.
Se utilizados convenientemente,
os códigos QR têm a capacidade
de despertar um aluno,
transformar uma aula
e derrubar as paredes da sala de aula,
criando a oportunidade de aprendizagem
suprema do século XXI.