Olá, sou Evelyn Peña,
professora adjunta da
Universidade Luterana da Califórnia.
Também sou a diretora de Autismo
no Centro de Comunicações,
que é um centro universitário
com foco em inclusão,
comunicação, acesso
e ensino superior
para pessoas com autismo
ou indivíduos autistas.
Esse é meu filho, Diego Peña,
fazendo uma participação especial,
ele gostaria de se apresentar
usando um quadro de letras,
porque ele é não verbal.
Portanto, tem um parceiro
de comunicação
e juntos eles vão soletrar
alguma coisa.
(Parceiro de Comunicação)
O.L.Á. P.E.S.S.O.A.L.
Olá, pessoal. Isso, corrija a coluna.
M.E.U. N.O.M.E. É. D.I.E.G.O.
(Comunicador) Olá, pessoal,
meu nome é Diego.
Evelyn: Muito bom!
Vou contar um pouco do Diego,
ele vai para a sétima série.
É totalmente incluído no ensino geral,
é um palestrante em conferências
e autor do livro mais vendido
"Anatomia do Autismo".
Esses somos nós,
e estamos animados em estar aqui.
Diego está muito entusiasmado
em falar sobre inclusão,
não somente no seu livro,
mas também dividir seus pensamentos.
Acho isso muito importante
em relação à ADA -
Lei dos Americanos
Portadores de Deficiências -
porque forneceu uma rota
para inclusão na comunidade,
na educação superior,
e na contratação.
Como um jovem ativista, Diego vivenciou
a inclusão na escola,
então ele gostaria de compartilhar
algumas palavras que ele digitou.
Ele vai mostrar no seu Ipad,
que ele apelidou de falador.
(Ipad) Eu acho que a cultura da inclusão
é importante para implementar
estratégias de sucesso
para estudantes autistas
nas salas de aula
do sistema de ensino geral.
Sem a inclusão,
eu não faria parte
do sistema de ensino geral.
Ser portador de autismo me limitou
verbalmente e fisicamente.
Por sorte, tenho acesso à comunicação
através da digitação,
e essa forma de comunicação
me deu a oportunidade
de ser incluído em salas de aula
do sistema geral
e em atividades coletivas.
Evelyn: Obrigada, Diego.
A primeira vez que aprendi
sobre a Lei dos Americanos
Portadores de Deficiências,
foi ao pesquisar o que eu poderia fazer
para apoiar meu filho Diego,
ele é autista, vocês o conheceram,
a ingressar numa faculdade.
Quando descobri que ele era autista,
não sabia nada sobre as pessoas
com esse diagnóstico
terem acesso à faculdade,
ou qual seria esse precedente.
Então, comecei a pesquisar a fundo
e descobri que estudantes autistas
sim vão à faculdade, o que é maravilhoso!
Naquela época,
quando o Diego foi diagnosticado,
há uns 8 a 10 anos atrás,
não havia muita pesquisa sobre o assunto
de estudantes autistas irem à faculdade.
Eu me interessei muito por essa área,
consegui fazer pesquisas
e publicar artigos sobre como apoiar
estudantes autistas a ir à faculdade
e ser bem sucedidos.
Mas, realmente, a ADA
(Lei dos Americanos
Portadores de Deficiências)
é tão importante para
os estudantes autistas
e estudantes com necessidades especiais
em geral,
para garantir que eles tenham acesso
ao currículo escolar,
que estejam bem instalados,
para ter êxito dentro da faculdade.
Eu realmente acho que a ADA
tem sido um fator essencial
para garantir que os estudantes com
necessidades especiais
sejam incluídos no universo das faculdades
e universidades.
Certamente, a ADA ofereceu
muitas oportunidades
aos estudantes
com necessidades especiais.
Eu sou grata por isso.
Acho que precisamos refletir
sobre algumas áreas
onde a ADA tem certas limitações.
Uma delas é que muitos
centros de atendimento
das instituições
de ensino superior
exigem diagnósticos,
ou avaliações neuropsicológicas,
e isso pode custar milhares de dólares
para as pessoas conseguirem
esses diagnósticos.
Acho que houve um grande progresso
recentemente,
pois esses centros estão dizendo
"Tudo bem, vamos considerar o
prontuário do aluno
e o plano individualizado de educação
do ensino médio
como uma forma de confirmar
a necessidade do
atendimento especial."
Mas uma coisa que precisa ser melhorada
é garantir que as instituições
de ensino superior,
especialmente os centros de atendimento,
sejam mais flexíveis
em garantir que os estudantes
tenham boas acomodações
sem precisar gastar 3 ou 4 mil dólares.
Outra coisa que eu penso muito
é que enquanto a ADA fornece acomodações,
que são importantes e acessíveis,
para os estudantes,
o que eu percebi é que as universidades
e os centros de atendimento
de necessidades especiais
fazem um trabalho muito mais eficiente
quando vão além do que determina
a ADA local.
O que é exigido pela ADA,
normalmente eu vejo
o corpo docente no campus
se esforçando muito mais para garantir
que os estudantes se sintam incluídos,
tenham uma sensação de pertencimento,
e isso é muito importante.
Aprendi que temos essas leis,
mas é também muito importante que tenhamos
compaixão, flexibilidade,
para acolher pessoas
como meu filho Diego,
que precisam de
um parceiro de comunicação,
como um Ipad, para se comunicar
e descobrimos que muitas faculdades
estão provendo um acolhimento
e algumas não estão, porque
é tudo muito novo.
Acho que todas essas coisas
são muito importantes, especialmente,
para os estudantes de minorias étnicas,
ou historicamente marginalizados,
ou desprivilegiados,
precisamos ter a certeza
de que estamos oferecendo
um ambiente acolhedor e inclusivo
na educação superior.
Acho que uma das coisas importantes,
que aprendi no meu trabalho,
tanto nas escolas quanto como advogada,
que eu faço diariamente,
nas ações com o corpo docente,
e especialmente com
os profissionais do ensino superior
é que sabemos que
os centros de atendimento
são obrigados a oferecer acolhimento
de acordo com a ADA,
mas o que eu vejo muito
é que o corpo docente e funcionários
não são obrigados a receber treinamento
ou desenvolvimento profissional
para atender as crianças
com necessidades especiais.
E se nós pensarmos que
um a cada dez estudantes universitários
possui alguma necessidade especial,
e isso levando em conta
somente os casos que são documentados,
imagine quem não informa
e tem uma necessidade especial.
Mas realmente precisamos
que os instrutores e funcionários
tenham mais conhecimento,
experiência, ferramentas e bagagem
para ajudar os estudantes
com necessidades especiais,
para que possamos
realmente incluí-los,
garantir que prosperem,
dar-lhes poder para se formar,
para que possam dar o próximo passo
e ter uma oportunidade de trabalho
no futuro.