AMP
ÁREA MARINHA PROTEGIDA
AMP
um trunfo para o turismo sustentável
O Mediterrâneo é um dos
maiores destinos turísticos mundiais
atraindo cerca de
300 milhões de pessoas por ano
com uma previsão de 500 milhões até 2030.
Isto terá um enorme impacto
nas próximas décadas.
É essencial desenvolver um turismo
cada vez mais sustentável.
O turismo é efetivamente algo bom
se for feito da forma certa.
Em comparação com
a mineração ou sobrepesca
é uma boa indústria
e há uma forma de o fazer corretamente.
Ao mesmo tempo, há uma forma
em que pode ser feito
sem que as comunidades
tenham qualquer controlo
se forem apenas luzes de fundo.
As áreas marinhas protegidas são
um trunfo para o turismo sustentável
pois asseguram
um mar saudável e produtivo
e apoiam as economias locais.
Basta pensar no valor
de uma garoupa num prato
em comparação com o valor muito mais
elevado de uma garoupa viva na natureza
e no seu apelo para os mergulhadores.
Temos de promover
o desenvolvimento sustentável
considerando como ponto de partida
os principais objetivos de conservação.
Refiro-me em especial
ao turismo subaquático
que tira partido do aumento
da população de peixes
e do chamado "efeito das AMP".
Em 2014, alcançámos
cerca de 20 000 mergulhadores
o que trouxe mais de 13,5 milhões de euros
para a comunidade local.
Atualmente, o ecoturismo é uma
ótima oportunidade para operadores locais
e, portanto, para as economias locais.
Muitos viajantes
querem apenas ter a oportunidade
de estar perto da natureza.
Se conseguirmos que voltem
este é o tipo de turismo
que queremos ter a longo prazo
porque temos a capacidade
de desenvolver o produto
que os turistas querem
temos a oportunidade de nos tornarmos
uns dos empreendedores e líderes
em vez de termos outros
a ditarem o futuro do mercado.
O meu turista ideal
é um turista curioso.
Um grande interesse,
curiosidade e desejo de descobrir
são os elementos chave
para tirar o melhor partido
das atividades que organizamos.
Cresci nesta área marinha e conheço-a bem.
Se não tivesse este conhecimento
se não tivesse explorado
este lugar em pormenor
como fiz com o meu pai em criança
talvez o resultado não seria o mesmo.
Quando começámos este negócio
não podia ter havido outra escolha
porque quando se conhece bem
uma área, pode-se explicá-la bem.
É uma área marinha protegida,
é um parque nacional
também chamado "Parque das pessoas"
e penso que o charme destes lugares
perdurará enquanto fizerem parte
de uma comunidade.
Quem vive aqui,
quem escolhe viver aqui
quem investe e trabalha aqui
desenvolveu uma ligação próxima
com o território
e o respeito pelo ambiente é essencial.
O processo de certificação para o parque
tem sido muito bem seguido.
É, e continuará a ser, um sucesso.
Funciona porque a área marinha protegida
é sem dúvida uma mais-valia
para as estruturas de turismo
e essas estruturas são uma mais-valia
para a área marinha protegida.
As áreas marinhas protegidas
são uma das ferramentas
para alcançar o turismo sustentável
e na WWF trabalhamos com o setor turístico
para garantir que cuidam
dos seus próprios destinos
como uma mais-valia a ser protegida
para um investimento a longo prazo.
Além disso, as áreas marinhas
protegidas do Mediterrâneo
fornecem serviços culturais
e educacionais muito importantes
uma vez que as gerações mais novas
são os turistas de amanhã.
Temos um grande papel a desempenhar
pois somos uma das áreas
mais turísticas da Córsega.
As ilhas Lavezzi
são bastante frequentadas todos os anos.
Temos muitas responsabilidades
em transmitir informações
e permitir uma mudança de comportamento
através de atividades
como o trilho subaquático.
Os visitantes desfrutam do tempo
através desta atividade segura.
Esta atividade permite-nos
passar uma mensagem
sobre a importância
da proteção da natureza.
-Gostas?
-Sim, gosto.
Investir em áreas marinhas protegidas
significa moldar
um novo futuro para o Mediterrâneo.
Um investimento que não pode esperar.