NOS MUSEUS
Você entra no museu, e a forma
como eles são estruturados,
principalmente os grandes
museus enciclopédicos,
onde você pode entrar,
e sua introdução ao mundo da arte
se dá através de coleções
primitivas e antigas.
Você vai subindo as escadas,
e vê o trabalho medieval europeu.
Então você percorre todo o caminho
desde o século XIV, o século XV,
o século XVI, o século XVII,
o século XVIII, o século XIX,
e todas essas coisas magníficas.
É tudo ótimo. Todos nós gostamos.
Mas em algum momento,
você percebe a sua ausência
em toda a linha do tempo que desenvolve
esse tipo de narrativa de maestria.
Nós assumimos que é assim
que a história da arte foi estruturada.
As pessoas que fazem as coisas,
e essas pessoas são
as que fazem as melhores coisas,
são todas europeias.
Elas são todas europeias.
E quando outras pessoas entram em cena?
Só quando elas são dominadas
e colonizadas pelos europeus.
E o que elas começam a fazer?
Elas começaram a fazer
o que os europeus estavam fazendo.
Se houvessem tantas instituições
como o Museu de Arte Moderna,
como o Museu Whitney, como o Metropolitan,
se houvessem instituições
onde as pessoas quiseram participar,
que fossem dirigidas por negros,
chineses, por todas as pessoas,
isso não seria uma questão,
de jeito nenhum.
Só é uma questão porque
só há esse grupo de instituições,
que todos reconhecem como as melhores,
e você sabe que não as controla,
então tem que ficar pedindo àqueles
que controlam para que o deixem entrar.
TRADUÇÃO: GRACE MARTINS