-["Frida" VO] Não há nada pior que a palavra. "Apreciando a arte" Isso implica que você está lá apenas maravilhado e o que quer que você seja alimentado, você aprecia. Arte é realmente sobre discurso e sobre discussão. -["Frida" VO] Você tem alguma ideia do que os museus poderiam ser? -Descolonizando museus. Tipo, não ter roubado coisas. -Se sua arte é para o público, então o público deveria ter o direito de expressar suas opiniões e pontos de vista. -Como um jovem artista, tipo, às vezes, eu vejo coisas e, tipo, fico tão frustrado e sinto que nada mudou. -["Frida" VO] Bem do início, nós temos lutado contra o sexismo, racismo, e o ataque que as pessoas ricas e as instituições ricas praticam contra a arte e cultura. -Quarenta milhões de dólares. 1-5-0-6. -As Guerrilla Girls reclamarão a respeito de qualquer coisa que as irritem, e elas sempre fazem isso de uma forma inesperada. -[Coco VO] O que os artistas tem a dizer sobre outras coisas além de suas artes, nem sempre tem sido considerado tão relevante pelos críticos do mundo arte. E, as Guerrilla Girls faziam parte da vanguarda que fazia isso no começo dos anos 80. -[Frances] O poder do trabalhos das Guerrilla Girls era que sempre que eu apreciava suas obras, eu me sentia envolvida. Não era o problema de alguém. Era o meu problema. -["Frida"] Eu sou uma das fundadoras das Guerrilla Girls, e eu estou envolvida em tudo que elas fizeram desde 1985. Eu sou como uma "lifer". Mas, eu sou na minha vida real, uma artista. -["Käthe"] E, eu também sou fundadora das Guerrilla Girls e também uma artista ativista por toda vida. No outono de 1984, o Museu de Arte Moderna fez essa exposição - uma pesquisa internacional de pintura e escultura. Havia 169 artistas expondo, destes apenas 17 eram mulheres, e alguns artistas negros. E, mulheres artistas em Nova Iorque estavam realmente revoltadas. -["Frida"] Nos fomos educadas para respeitar todas as instituições e pessoas que decidiam e quem faria a história da arte, mas entendemos que isso estava cheio de preconceitos e limitações. -["Käthe"] Nós estávamos fazendo um piquete na frente do Museu de Arte Moderna e percebemos que ninguém que vai ao museu se importa. E, esse foi o momento "aha". Foi tão claro que deveria haver um modo melhor de convencer as pessoas e fazê-las compreender o tamanho da discriminação que acontecia - tanto racismo quanto sexismo - na arte mundial. -A maioria das mulheres que reclamam são completamente sem talento. Por exemplo, as maiores mulheres artistas, você não escuta delas esses argumentos feministas embaraçosos. -["Frida"] Quanto mais observamos os números, nós entendemos que não há um sistema de eliminação de mulheres e artistas negros na chamada arte mundial convencional. -[Guerrilla Girl] Como os museus estão recebendo subsídios e não têm obrigações com a diversidade étnica? -["Frida"] Entendemos a grande importância apenas para apresentar os fatos e ver o que as pessoas fizeram com eles. Nós nos conhecemos no meu loft e erámos apenas uma miscelânea de artistas. Nós nos chamávamos de "Guerrilla Girls" porque nós tínhamos que ficar anônimas para dizer o que era óbvio. Kathë e eu aparecemos com os dois primeiros cartazes. O primeiro cartaz era a lista de artistas masculinos que puderam exibir seus trabalhos em galerias que exibiram menos de 10%, ou nem isso, de mulheres. -[Kathë VO] Se funcionasse, faríamos outro. Se o outro funcionasse, faríamos outro. Os fatos são de suma importância. Mas, também, nós tivemos esse tipo de escândalo na nossa cara e manchetes absurdas que podemos ignorar totalmente.