Este episódio de "É o fim do mundo
como o conhecemos e estou de boa"
ficou possível graças às contribuições
de escravos como você!
Muito obrigado!
Muita gente envolvida no black bloc
de sábado
6 meses atrás eram membros do
partido trabalhista
ou trabalhavam para o partido
democrata, e acreditavam de verdade
que a democracia parlamentar
poderia funcionar para eles
mas agora acham que não vai.
É o fim do mundo como conhecemos
e estou de boa
Boooooooom dia escravos e bem-vindos
a mais uma sedição de
"É o fim do mundo como conhecemos
e estou de boa"
O programa onde todos nosso herois
eram mascarados!
Sou seu apresentador o stimulator,
e com os protestos do 1o de maio e a
onda de ações do occupy chegando,
pensei que seria legal fazermos um
segmento sobre a tática das táticas.
O câncer de cólon do chris hedges.
Grande demais para falhar,
Grande o bastante para cair!
A formação de rua mais comum e mais
copiada dos últimos 6,000 anos.
E a folia fez as polícias e os políticos
mijarem nas calças.
É.
O black bloc - Mas e madrid?
Está certo, agitator.
Primeiro preciso prestar homenagem
ao povo coração-de-leão de madrir
que atacou a polícia ousadamente nos
protestos anti-austeridade mês passado.
As bases desse movimento são de
confrontação e radicais.
Muitos por aí pensam que o black bloc
é uma gangue ou time
em que se pode participar.
O grupo radical de anarquistas black bloc
se gaba abertamente de usar táticas
do tipo terroristas.
Não existe nenhum "black bloc
anarquista" seu fala-merda do narigão.
O black bloc é simplesmente a porra
de uma tática!
Black bloc não é um grupo ou
movimento social.
É uma simples tática usada por
manifestantes para se protegerem contra
as agressões da polícia
e expressarem uma rejeição completa
do capitalismo.
Como a tática do bloqueio de rua.
O bloqueio é usado como o objetivo de
parar a polícia ou o tráfego industrial
para uma área que esteja tentando
segurar ou proteger,
e pode ser parte de uma estratégia
maior para proteger uma floresta
ou uma área autônoma, por exemplo.
A tática do black bloc pode ser usada
para segurar ruas
com o objetivo estratégico de criar
espaços autônomos de dissidência
num contexto de repressão
policia intensa.
Pode também ser usada para atacar a
infraestrutura empresarial ou do estado,
permitindo que sabotadores
permaneçam anônimos.
Essa tática se espalhou pelo mundo
como queimada na seca
e vimos seu poder em lugares
como a turquia,
o egito, o brasil e a colombia.
Então, para sabermos mais sobre
a história do black bloc,
Trouxe o francis dupuis-déri,
um puto anarquista
e autor de
Quem Tem Medo Dos Black Blocs?
Hei francis, como vai?
Hmmmmmm não sei!
Quando foi usada a tática do black bloc
pela primeira vez?
O black bloc como o conhecemos surgiu
pela primeira vez na alemanha,
em berlín-oeste, no final dos anos 70,
início dos anos 80.
A primeira vez que o termo "black bloc"
foi usada na alemanha foi em 1980
e era chamado na época de
"autonomen movemen",
movimento principalmente de ocupações políticos que eram envolvidos
em protestos contra as indústrias
nucleares e as armas nucleares
e o movimento neofascista alemão.
Então na época vestiam jaquetas
de couro,
porque é o que estava na moda,
então, jaqueta de couro preto,
capacete de moto preto e se fundiam em
black bloc para obter uma massa de
indivíduos anônimos, porque não tem
como distinguir as pessoas numa massa
homogênea de pessoas todas vestidas
de preto e com máscaras, e usavam
a tática para enfrentar a polícia, que ia
despejá-los de suas ocupações,
por exemplo, ou para lutar contra
neonazistas nas ruas.
Na descrição de seu livro,
"Quem está com medo dos black blocs",
diz que a imagem do bandido quebrando
janelas esconde uma realidade complexa.
Pode explicar essa porra?
É comum demais o black bloc ser
descrito pelos políticos, policiais,
jornalistas ou até universitários como algo
desinteressante do ponto de vista político.
São descritos como um bando de hooligans
e como indivíduos apolíticos
que só gostam de protestar e quebrar
coisas sem raciocínio político.
O black bloc, que é principalmente
branco, meio nihilista, destrutivo...
adota um vandalismo mesquinho, confuso
num cinismo nojento com a revolução...
E é claro que quando escuta eles,
os observa em ação,
quando olha para eles, os segue
e quando tenta entender o que fazer
na alemanha, na frança,
no reino unido, na grécia, no brasil,
entende rapidamente que tem a ver
só com política.
Tem 50 mil outra pessoas chegando
e pensei que mesmo protestando de
formas que não curto,
pedindo uma reforma ou a abolição
de tal ou tal instituição,
pelo menos tem 50,000 pessoas que se
importam e estão putas com alguma coisa
e espero que possamos chegar e
mostrar para eles algo
que vá numa direção um pouco mais
radical.
Sobre política, economia é claro, sobre
as relações de poder,
sobre dominação, e é um jeito de
expressar um criticismo radical de todos
esses sistemas: o estado, o sistema de
capital, o sistema bancário,
E seus alvos são a mensagem.
É o que atacam que nos dá
o sentido de suas ações.
Obrigado francis.
Fique ligado depois do intervalo para
uma entrevista com um combatente
de rua de montreal.
O público da porra desse programa sabe
que em 2012, milhares de pessoas
participaram da insurreição de montreal
que dura há 6 meses.
O que é chamado popularmente de
primavera de bordo
começou como uma greve dos
universitários mas evoluiu numa revolta
popular incluindo vários setores
da sociedade.
Aquele número de manifestantes e
o uso contínuo de táticas de rua
exauriram não só os puliça
mas também seu orçamento.
Desde então os homi de montreal
ficaram espertos e sempre cercaram
os protestos anticapitalistas como forma
de evitar outro 2012.
Este ano, os camaradas tiveram
conversas sobre como tomar de volta
o poder nas ruas que tinha sido ganho
naquele momento insurrecional.
Então para vermos algumas das
táticas usadas naquele ano,
trouxe o nick, um universitário envolvido
em boa parte
das lutas de rua de 2012.
Mas primeiro, a porra de um aviso.
A voz de nick foi trocada por a de um ator
para proteger sua identidade.
Parte das cenas que ilustram
a luta de nick não são de montreal.
O intento deste vídeo é apenas
o entretenimento,
como um brinquedo ou uma
almofada de peidos.
Chega desse barulho.
Hei nick, como vai?
Estou muito bem.
Então, como andam as lutas nas ruas
de montreal?
Desde o início da greve, vimos o uso
de máscaras
sair de prática isolada e virarem
algo normal
para centenas de pessoas.
A explosão no uso de máscaras
não tem nada de mágico.
Os anarquistas tiveram que usar direto
e explicar porque
em panfletos e conversações.
Podemos dizer o mesmo
dos ataques à polícia.
E ao longo da greve, os ataques isolados
à polícia caracterizaram
os protestos no início da greve, assim
como algumas pedras jogadas
na direção deles viraram
uma prática mais popular
até o ponto onde os protestos ficaram
bem incontroláveis durante horas.
É só uma questão de persistência.
Porra! Caralho!
Á medida em que as pessoas veem
combatentes de rua saírem ilesos de
ataques aos puliça, já batíamos
neles há semanas.
Eles começam a se sentir capazes
de agir em conflitos também.
Imagino que isso levou vários grupos
de amigos no meio universitário
planejando ir a esses protestos com
essas intenções pela primeira vez
mas também provavelmente muitos
outros veteranos voltando.
A tensão que pode ser sentida contra a
polícia na greve inicial praticamente
só ocorreu ao acaso. Mas com o tempo
isso virou uma prática
mais empoderadora de atacar a polícia
diretamente.
E à medida que mais e mais pessoas
entraram, ficou normal.
E quais são as lições táticas a tirar
desse período?
Quando olha para os confrontos com a
polícia que tivemos aqui,
dá para quebrar em duas coisas:
confrontações que liberam espaços
tomados pela polícia
e confrontações que não têm força
para fazer a polícia recuar
mas que ainda são valiosas, é claro.
Por experiência, os fatores que tornam,
por exemplo, um ataque por projeteis
capaz de tomar terreno
são coordenação e ampla participação.
Com o caráter ofensivo de não esperar
que a polícia ataque primeiro.
É assim que o medo muda de time,
quebrando o hábito da polícia atacar
e dispersar o protesto
já que todos fogem.
Em montreal, muitos já tem coragem
para enfrentar a polícia,
apesar do nível de organização
ainda ser baixo
para que a luta dure.
Uma coisa que uns anarquistas
enxergaram logo
é que se quisermos segurar as ruas
depois que as coisas ficam tensas,
os projeteis precisam ser coletados
o quanto antes.
Nos protestos mais militantes, como
dia 15 de março, os noturnos,
a feira do livro, 25 de abril, 1o de maio
e outros,
em 10 minutos dava para ver equipes
invadindo casas e quintais
para juntar pedras em sacolas de
plástico, usando martelos para tirar
pedras da rua ou quebrando pedaços
maiores em coisas jogáveis.
Quem coletou as pedras as distribuiu
entre quem usava máscara.
Algo que começou a rolar mais vezes é
o pessoal contando
contando antes de jogarem, assim não
era só uma ou outra pedra na polícia
mas uma salva
que podia fazê-la recuar.
Outra tática que acompanha
o arremesso de pedras
que foi muito usada é o arremesso
de paintball. Tem efeito limitado
a não ser que acerte um visor.
Vi isso acontecer só uma vez.
Extintores com carga de tinta, por
outro lado, como visto em oakland
na greve geral, são a arma perfeita
contra a polícia.
Com uma soprada dá para cegar
uma fileira inteira
e afastá-los até que limpem seus visores.
A mesma coisa para para-brisas de
carros de polícia.
Fogos de artifício são muito usados,
mas as poucas vezes
em que sinalizadores foram usados,
foram bem mais eficientes.
Também é muito importante afastar
os infiltrados e a mídia
assim que as coisas começam,
para que a dispersão
e a troca de roupas sejam seguros.
E finalmente, usar meias pretas por cima
do tênis e jogá-las fora
com todo o resto facilita muito.
Bem como usar luvas de algodão.
Aí, é isso.
Obrigado, nick!
E é isso para esta sedição de
"É o fim do mundo como o conhecemos
e estou de boa".
Como sempre, nosso trabalho de amor
e raiva ficou possível graças a escravos
como você que compartilharam
suas moedas fiduciárias
para manter a luz acesa.
Então muchas puta gracias a...
jason, samantha, katie, kylon, fiona,
rahina, daniel, patrick, miguel, gavon,
adrian, tim, angela, thomas,
preston's production, rosemary,
tom, alexander, gregory, jimmy,
dylan, christian, kyle, valentine, françois,
alyssa, jennifer, liam, richard, justin,
james, robin, chris, aaron, mika, steven,
shawn, serena, patrick, (inaudible), F.G.,
bruce and... steven. (inaudible).
Também quero dar as boas vindas aos
novos membros da taconspiracy:
ashley, emilia e... justine.
Bienvenidas!
Para links de informações sobre táticas
militantes de rua, visite nossa página:
E para citar A Arte da Guerra de sun tzu:
A habilidade máxima é de assumir uma
posição onde não tem forma.
Se você não tem forma definida, o melhor
espião não conseguirá te distinguir,
e o melhor conselheiro não será capaz
de fazer planos contra você.
A gente se vê nas ruas...