Tenho de confessar que tenho um problema
e sinto-me excitado.
A minha excitação é: tenho a hipótese
de dar algo em troca.
O problema é: o meu seminário mais curto
costuma durar 50 horas.
(Risos)
Não estou a exagerar.
Faço seminários de fim-de-semana.
Faço muito mais, claro,
oriento pessoas, mas gosto de imersão.
Como é que vocês aprenderam a falar?
Não foi por aprender os princípios,
entranharam-se nela e usaram-na
tantas vezes que se tornou real.
A principal razão de eu estar aqui,
para além de ser maluco,
é que não estou aqui para vos motivar
— obviamente, vocês não precisam disso.
As pessoas pensam que é isso que eu faço,
mas está longe disso.
O que acontece, é que as pessoas dizem:
"Eu não preciso de motivação."
E eu: "Ainda bem, não é isso que eu faço."
Eu sou o tipo do "porquê?".
Quero saber porque fazem o que fazem.
Qual a vossa motivação para a ação?
O que vos move na vossa vida hoje?
Não o que os movia há 10 anos.
Estão a seguir o mesmo padrão?
Porque eu acredito que a força invisível
que nos move, quando ativa,
é a coisa mais importante do mundo.
Estou aqui porque acredito
que a emoção é a força da vida.
Todos nós aqui temos mentes brilhantes.
A maior parte de nós
tem mentes brilhantes, não é?
Todos nós sabemos pensar.
Com as nossas mentes racionalizamos tudo.
Podemos fazer qualquer coisa acontecer.
Concordo com o que foi descrito há dias.
de que as pessoas trabalham
para o seu interesse.
Mas todos sabemos
que, por vezes, isso é treta.
Não estão sempre a funcionar
em prol do vosso interesse,
porque assim que a aparece a emoção,
as ligações mudam a forma de funcionar.
Portanto, é maravilhoso pensar
intelectualmente em como é a vida no mundo
especialmente os que são muito inteligentes
podem pensar nisso.
Mas eu quero mesmo saber
o que vos motiva,
Gostava de vos convidar,
para, no final desta palestra
explorarem onde estão hoje,
por duas razões.
Uma: para poderem contribuir mais.
E duas: para poderem perceber
melhor as outras pessoas,
e apreciá-las melhor,
e criar o tipo de ligações
que podem acabar com alguns dos problemas
que enfrentamos hoje.
Estes só vão ser aumentados
pela tecnologia que nos liga,
porque nos faz intersetarmo-nos.
Essa interceção nem sempre cria a ideia
de "hoje, todos percebem todos
e todos apreciam todos."
"
Há 30 anos que eu tenho uma obssessão:
"O que faz a diferença na qualidade
de vida das pessoas?
"No seu desempenho?
Fui contratado
para produzir o resultado já.
Faço isso há 30 anos.
Recebo a chamada,
quando o atleta está à nora
na televisão nacional,
quando estava á frente por cinco tacadas
e agora não consegue voltar ao percurso.
Tenho de fazer algo já,
ou não vale a pena.
Recebo a chamada quando
o jovem se vai suicidar.
Tenho de fazer alguma coisa, já.
Tenho o gosto de dizer que, em 29 anos,
nunca perdi nenhum.
Não quer dizer que não perca um dia,
mas ainda não perdi,
A razão é o conhecimento
das necessidades humanas.
Quando recebo chamadas
sobre perfomance, é uma coisa.
Como é que se faz uma mudança?
Também procuro saber o que altera
a capacidade de a pessoa contribuir
para fazer alguma coisa para além dela.
Talvez a verdadeira questão seja,
eu olho para a vida e digo
que há duas lições mestras.
Uma é: há a ciência da conquista,
o que quase todos aqui
dominam de forma incrível.
Como é que pegamos no invisível
e o tornamos visível?
Como é que se concretiza um sonho?
O negócio, a contribuição
para a sociedade, dinheiro,
o que for — o corpo, a família.
A outra lição de vida que raramente
é dominada é a arte da realização.
Porque a ciência é fácil.
Sabemos as regras, escrevemos o código.
e obtemos os resultados.
Assim que conhecemos o jogo
subimos a parade, não é?
Mas no que respeita a realização,
isso é uma arte.
A razão é, trata-se de apreciação
e de contribuição.
Só sentimos por nós próprios.
Eu fiz uma experiência interessante
para tentar responder à verdadeira questão:
Como muda a vida duma pessoa
se olharem para elas como pessoas
a quem deram tudo?
Todos os recursos
que dizem que precisam.
Não lhes deram um computador
de 100 dólares, mas o melhor.
Deram-lhes amor, alegria,
estiveram presentes para as confortar.
Vocês conhecem pessoas destas,
que acabam o resto da vida, muitas vezes,
com este amor, educação,
dinheiro e passado,
a entrar e sair de reabilitação.
Há pessoas que passaram
por grande sofrimento,
psicológica, sexual, espiritual,
emocionalmente abusadas
não sempre, mas muitas vezes,
tornam-se algumas das pessoas
que mais contribuiem para a sociedade.
A pergunta que temos de fazer
é: o que é isto?
O que é que nos modela?
Vivemos numa cultura de terapia.
Nós não fazemos isso,
mas a cultura é uma cultura de terapia,
A mentalidade de que
somos o nosso passado.
Vocês não estariam aqui
se acreditassem nisto
mas grande parte da sociedade
pensa que a biografia é um destino.
O passado é igual ao futuro.
Claro que é, se vivermos lá.
Mas o que vocês sabem
e aquilo que temos que recordar,
porque podemos saber algo
intelectualmente,
e não o usamos, não o aplicamos.
Não podemos esquecer
que a decisão é o supremo poder.
Quando perguntamos às pessoas:
"Falhaste em conquistar alguma coisa
significativa na tua vida?"
Digam sim.
Audiência: Sim.
TR: Obrigado pela interação
de alto nível.
(Risos)
Mas se perguntarem:
"Porque é que falharam?"
A alguém que trabalha para vocês,
ou um parceiro, a vocês mesmos.
qual é a razão que as pessoas dão?
O que é que elas dizem?
Não sabia o suficiente,
não tinha dinheiro,
não tinha tempo,
não tinha a tecnologia,
não tinha o chefe ideal.
Al Gore: Supremo Tribunal.
TR: O Supremo Tribunal.
(Risos)
(Aplausos)
O que é que tudo isso, incluindo
o Supremo Tribunal, tem em comum?
(Risos)
Mostram que vocês não têm recursos,
e podem ter razão.
Podem não ter o dinheiro,
nem ter o Supremo Tribunal,
mas isso não é o fator decisivo.
(Aplausos)
E corrijam-me se estiver errado.
O fator decisivo nunca são os recursos,
mas sim a capacidade.
O que quero dizer, especificamente
— não é só uma frase —
é que, se você tem emoção,
emoção humana,
uma coisa que eu vivi
antes de ontem, graças a si,
tão profundamente como nunca
me tinha acontecido,
acredito que, com essa emoção,
bem podia ter-lhe dado
um pontapé no rabo e ter ganho.
(Aplausos)
Para mim, é fácil dizer lhe
o que ele devia fazer.
(Risadas)
Parvo, Robbins.
Mas eu sei, quando vimos
o debate naquela altura,
havia emoções que bloquearam
a capacidade das pessoas
para perceber a inteligência
e capacidade deste homem.
A ideia que, naquele dia,
passou para algumas pessoas
porque eu conheço pessoas
que queriam votar em si e não o fizeram,
eu eu fiquei aborrecido.
Mas havia ali emoção.
Sabem do que é que estou a falar?
Digam: "Sim"
Audiência: Sim.
Portanto, é a emoção.
Se obtiverem a emoção certa,
conseguem fazer qualquer coisa.
Se forem criativos,
brincalhões, divertidos,
conseguem superar qualquer pessoa.
Sim ou não?
Se não têm o dinheiro,
mas são criativos e determinados,
encontram o caminho.
Portanto este é o recurso supremo.
Mas esta não é a história
que as pessoas nos contam.
Contam-nos um monte
de histórias diferentes.
Dizem-nos que não temos os recursos, mas no final,
se olharem para aqui,
dizem: "Quais as razões de eles
não terem atingido o objectivo?"
— ele deu cabo do meu padrão, o sacana.
(Risos)
Mas digo-vos, gostei da energia.
(Risadas)
O que é que determina
os vossos recursos?
Dissemos que as decisões modelam o destino
— o que é o meu foco aqui —
o que o determina são três decisões.
Onde é que vocês se vão concentrar?
Têm de decidir em que é
que se vão concentrar,
conscientemente ou inconscientemente.
Depois de deciderem,
têm que dar-lhe sentido,
e esse sentido produz emoção.
Isto é o final ou o começo?
Estará Deus a castigar-me,
a recompensar-me, ou é só o destino?
Uma emoção cria
o que nós vamos fazer ou a ação.
Portanto, pensem na vossa vida,
nas decisões que modelaram
o vosso destino.
Isto parece muito pesado mas,
nos últimos 5 ou 10 anos,
houve algumas decisões
em que, se a decisão fose outra,
a vossa vida seria totalmente diferente.
Quantos conseguem pensar nisso?
Melhor ou pior. Digam; sim.
Audiência: Sim.
Em resumo, talvez fosse o sítio
onde iam trabalhar,
e conheceram ali o amor da vossa vida,
a decisão duma carreira.
Eu conheço os génios
da Google que aqui vi.
Percebo que a decisão deles
era vender tecnologia.
E se eles tomassem essa decisão
vs. construir a própria cultura?
Como é que o mundo ou a vida deles
seriam diferentes, o seu impacto?
A história do nosso mundo
são estas decisões.
Quando uma mulher se ergue e diz:
"Não, não vou para o fundo do autocarro."
não afetou só a vida dela.
Essa decisão modelou a nossa cultura.
Ou alguém de pé em frente a um tanque.
Ou estar numa posição
como Lance Armstrong.
"Você tem cancro dos testículos."
É bastante violento para um homem,
sobretudo se andar de bicicleta.
(Risos)
Tem-no no cérebro, tem-no nos pulmões.
Qual foi a decisão dele
sobre em que se concentrar?
Diferente das outras pessoas.
Qual era o sentido?
Não foi o fim, foi o começo.
Ele continua e ganha sete campeonatos
que nunca tinha ganho
antes do cancro, porque está em forma
emocionalmente, tem força psicológica.
É essa a diferença nos seres humanos
que reparei nos três milhões
com quem estive.
Já tive 3 milhões de pessoas
de 80 países diferentes, em 29 anos.
Ao fim de um tempo,
os padrões tornam-se óbvios.
Vemos que a América do Sul e a África
podem estar ligadas, de certa forma.
As outras pessoas dizem:
"Isso é ridículo". É simples.
O que é que modelou o Lance?
O que é que vos modela?
Duas forças invisíveis.
Muito rapidamente. Uma: o estado.
Todos tivemos tempo.
Fizeram qualquer coisa
e, depois, pensaram:
"Não acredito que disse isto ou aquilo,
foi uma estupidez",
A quem é que já aconteceu?
Digam: "Sim."
Audiência: Sim
.Ou, depois de fazerem uma coisa,
dizem: "Não era eu!"
(Risos)
Não era a vossa capacidade,
era o vosso estado.
O vosso modelo do mundo
é que vos constrói a longo prazo.
O vosso modelo do mundo é o filtro.
É isso que nos modela.
É isso que faz as pessoas
tomarem decisões.
Para influenciar alguém, temos de saber
o que é que os influencia.
E formado por três partes.
Primeiro, qual é o vosso objetivo?
O que pretendem?
Não são os vossos desejos.
Podem obter os desejos e objetivos.
Quem já atingiu um objetivo ou desejo
e pensou: é só isto?
Digam: "Sim."
Audiência: Sim.
São as necessidades que temos.
Penso que há seis necessidades humanas.
Segundo, assim que souberem
qual o objectivo que vos guia
e descobrem-no para a verdade - não o formam, descobrem-no --
depois sabem qual é o vosso mapa:
que sistemas de crença lhes estão a dizer como obter essas necessidades.
Algumas pessoas pensam que uma maneira de as obter é destruindo o mundo,
para algumas pessoas é construir uma coisa, criar algo, amar alguém.
E depois há o combustível que escolhem. Portanto muito rapidamente, seis necessidades.
Deixem-me dizer-lhes quais são. Primeira: certeza.
Estas não são objectivos ou desejos, estas são universais.
Todos precisam da certeza que conseguem evitar a dor
e pelo menos sentirem-se comfortáveis. Como é que se chega lá?
Controlar toda a gente? Desenvolver um atributo? Desistindo? Fumando um cigarro?
E se ficassem totalmente certos, ironicamente,
apesar de todos precisarmos disso --
se não estão certos da vossa saúde, os vossos filhos,
ou dinheiro, não pensam muito sobre isso.
Não têm a certeza se o telhado vai aguentar,
não vão ouvir nenhum palestrante.
Mas, enquanto vamos atrás da certeza de maneira diferente, se tivermos a certeza total,
obtemos o quê? O que é que sentem se estão certos?
O que é que vai acontecer? Quando é vai acontecer?
Como é que vai acontecer? O que é que sentiriam?
Entediados pa' caraças. Portanto, Deus, na sua infinita sabedoria,
(Risadas)
deu-nos uma segunda necessidade, que é a incerteza.
Precisamos de variedade. Precisamos de surpresa.
Quantos de vocês aqui adoram surpresas? Digam, "Sim."
Audiência: Sim.
Tretas. Vocês gostam das surpresas que querem.
(Risadas)
Os que vocês não querem vocês chamam de problemas, mas precisam deles.
Portanto a variedade é importante. Já alguma vez alugaram um vídeo ou filme
que já tinham visto? Quem é que fez isto? Façam-se á vida.
(Risadas).
Porque é que estão a fazê-lo? Têm a certeza de que é bom
porque o leram antes, viram-no antes, mas esperam
que tenha passado tempo suficiente para se esquecerem, de que haja variadade.
Terceira necessidade: crítica -- significância. Todos precisamos de nos sentir
importantes, especiais, únicos. Podem obtê-lo através de mais dinheiro.
Podem fazê-lo ao ser mais espirituais.
Podem fazê-lo ao fazerem parte de uma situação onde colocam
mais tatuagens e brincos em lugares que os humanos não querem saber.
O que for. A maneira mais rápida de fazer isto,
se não tiverem passado, cultura, crença e recursos
ou capacidade, é a violência. Se eu apontar uma arma á vossa cabeça
e viver no bairro, instantaneamente sou significante.
De zero para 10. Quão alto? 10. Quanta certeza tenho eu
de que me vão responder? 10. Quanta incerteza?
Quem sabe o que vai acontecer a seguir? É excitante.
Como subir a uma caverna e fazer aquilo
até ao fundo. Variedade e incerteza totais.
E é significante, não é? Portanto querem arriscar a vossa vida por isso.
Portanto isto é o porquê da violência estar sempre presente e estará sempre presente
a não ser que tenhamos uma mudança de consciência como espécie.
Consegue-se obter significância de milhões de maneiras,
mas para ser significante, tem de se ser único e diferente.
Aqui está o que realmente precisamos: ligação e amor -- quarta necessidade.
Todos queremos. A maioria das pessoas ficam-se pela ligação
porque o amor é muito assustador. Não quer ser magoado.
Quem aqui já foi magoado numa relação íntima? Digam, "Sim."
(Risadas)
Se não levantarem a mão, terão tido outras merdas também, vamos lá.
(Risadas)
E vão ser magoados outra vez.
Não é bom terem vindo a esta visita positiva?
(Risadas)
Mas aqui está a verdade -- nós precisamos. Podemos fazê-lo através de intimidade,
de amizade, através de reza, de caminhar na natureza.
Se nada funcionar para vocês, comprem um cão. Não comprem um gato. Um cão,
porque se saírem por dois minutos, é como se tivessem saído
por seis meses quando voltam cinco minutos depois, certo?
(Risadas)
Agora, estas primeiras quatro necessidades, qualquer humano arranja maneira de encontrar.
Mesmo se mentem a vocês próprios, precisam de ter personalidades múltiplas.
Mas as últimas duas necessidades -- as primeiras quatro são chamadas
as necessidades de personalidades, é o que lhes chamo --
as últimas duas são as necessidades do espírito.
E aqui é onde a realização entra. Não vão obter realização
das primeiras quatro. Vão encontrar uma maneira -- fumar, beber, seja o que for --
para obter as quatro primeiras, mas a duas últimas -- número cinco:
precisam de crescer. Sabemos qual é a resposta aqui.
Se não crescem são o quê? Se uma relação não cresce,
se um negócio não cresce, se vocês não crescem,
não interessa quanto dinheiro têm,
quantos amigos têm, quantas pessoas vos amam,
sentem-se mal. E a razão pela qual nós crescemos, acredito,
é para ter algo para dar de valor.
Porque a sexta necessidade é de contribuir para além de nós próprios.
Porque todos sabemos, foleiro ou não,
o segredo para viver é dar. Sabemos que a vida não é sobre mim,
é sobre nós. Esta cultura sabe disso. Esta sala sabe disso.
E é excitante. Quando vêm o Nicholas aqui a falar sobre
o seu computador de 100 doláres, a coisa mais apaixonante e excitante é
aqui está um génio, mas ele tem chamamento agora.
Consegue-se sentir a diferença nele e é algo belo.
E esse chamamento pode tocar outras pessoas. Na minha vida,
a minha vida foi tocada porque quanto eu tinha 11 anos.
Dia de acção de graças: sem dinheiro, sem comida. E não vamos morrer de fome,
mas meu pai estava totalmente confuso. Minha mãe estava lhe dizendo
o mal que ele tinha feito. E alguêm apareceu á porta
e entregou comida. O meu pai tomou três decisões.
Eu sei o que elas são. O foco dele foi: "Isto é caridade.
O que é que quer dizer? Não valho nada, o que é que tenho de fazer?"
Deixar a minha família." O que ele fez. À altura foi uma das mais dolorosas
experiências da minha vida. As minhas três decisões deram-me um caminho diferente.
Eu disse, "Foca-te em 'há comida'" -- que conceito, sabem.
(Risadas)
Segundo -- mas isto foi o que mudou a minha vida,
isto moldou-me como ser humano -- "A dádiva de alguêm,
nem sei quem é." O meu pai sempre disse,
"Ninguém se importa." E de repente, alguém que não conheco,
não estão a pedir por nada, estão só a dar comida á nossa família,
a ajudar-nos. Fez-me acreditar nisto: "O que é que quer dizer
que os estranhos se importam?" E o que isso me fez decidir é,
se os estranhos se importam comigo e a minha família, eu me importo-me com eles.
O que é que vou fazer? Vou fazer alguma coisa
para fazer a diferença. Portanto quanto tinha 17 anos, eu saí um dia
de Acçao de Graças. Foi o meu objectivo durante anos,
de ter dinheiro suficiente para alimentar duas famílias.
A coisa mais divertida que fiz na minha vida, a mais emocional.
No ano seguinte cheguei a quatro. Não disse a ninguém o que estava a fazer.
No ano a seguir oito. Não estava a fazê-lo por pontos,
mas depois de oito, pensei, merda, uma ajuda dava jeito.
(Risadas)
Portanto, eu saí e o que fiz?
Envolvi os meus amigos e desenvolvi companhias
e consegui 11 companhias e construí a fundação.
Agora, 18 anos depois, tenho orgulho em dizer-vos, no ano passado
alimentámos dois milhões de pessoas em 35 países através da nossa fundação,
tudo durante as celebrações: Acção de Graças, Natal --
(Applausos)
-- em todos os países diferentes do mundo.
Tem sido fantástico.
(Applausos)
Obrigado.
(Applausos)
Não vos conto isto para me gabar, conto-vos porque estou orgulhoso
dos seres humanos, porque eles sentiram-se excitados por contribuir
quando tiveram a oportunidade de fazê-lo, não falar disso.
Portanto por fim -- e estou a ficar sem tempo -- o objectivo que vos molda --
isto é o que é diferente nas pessoas. Temos as mesmas necessidades,
mas vocês são obsessivos pela certeza? É isso que valorizam mais,
ou a incerteza? Este homem aqui não poderia ser um obsessivo pela certeza
se trepasse pelas cavernas. Sáo conduzidos pela significância
ou amor? Todos precisamos das seis, mas pronto
o teu sistema, aponta-te para uma direcção diferente.
E assim que se movem nessa direcção, têm um destinatário ou destino.
A segunda peça é o mapa. Pensem nisso como o sistema operativo
que vos diz como chegar lá. E o mapa de algumas pessoas é,
"Vou salvar vidas mesmo que morra pelas outras pessoas,"
e eles são bombeiros. De outra pessoa é,
"Vou matar pessoas para o fazer." Estão a tentar encontrar
a mesma necessidade de significância, certo? Eles querem honrar Deus
ou honrar a sua família, mas têm um mapa diferente.
E existem sete crenças diferentes. Não posso discutí-las
porque acabei. A última peça é emoção.
Diria que uma das partes do mapa é como o tempo. A ideia de algumas pessoas
de muito tempo é 100 anos. Para outra pessoa é 3 segundos,
que é o que eu tenho.
(Risadas).
E a última que já mencionei, que caiu sobre vocês.
Se têm um objectivo e um mapa e digamos --
Não posso usar o Google porque adoro Macs e ainda não o fizeram
optimizado para Macs ainda -- portanto se usam o MapQuest -- quantos é que ja cometeram
o erro fatal de usar o MapQuest a dada altura?
(Risadas).
Usa-se esta coisa e não se chega lá. Imaginem
se as vossas crenças garantem que nunca conseguem chegar onde querem ir?
(Risadas).
A última coisa é emoção.
Isto é o que vos vou dizer sobre emoção. Existem 6,000 emoções
para as quais temos palavras na língua inglesa,
o que é só uma representação linguística, certo,
que muda consoante a linguagem. Mas se as vossas emoções dominantes --
se tivesse mais tempo, eu tenho 20,000 pessoas ou 1,000,
e digo-lhes para escreverem todas as emoções que experimentam
numa semana normal. E dei-lhes o tempo todo que precisavam.
E num lado escrevem emoções que transmitam força,
e no outro, que a retirem.
Adivinhem quantas emoções as pessoas vivem? Menos de 12.
E metade dessas fazem-lhes sentir uma merda. Portanto têm cinco ou seis
sentimentos muito bons, certo? É como se eles sentissem "feliz, feliz,
excitado, merda, frustrado, frustrado, esgotado, deprimido."
Quantos de voçês conhecem alguém que não importa o que acontece
encontra uma maneira de ficar irritado? Quantos conhecem alguém assim?
(Risadas).
Ou, não interessa o que acontece, eles encontram uma maneira de se sentirem felizes ou excitados.
Quantos de voçês conhecem alguém assim? Vamos lá,
Quando o 11 de Setembro aconteceu -- vou acabar isto -- eu estava no Hawaii.
Estava com 2,000 pessoas de 45 países. Estavamos a traduzir
quatro linguagens ao mesmo tempo para um programa
que eu estava a organizar por uma semana. A noite anterior era chamada
"Masterização Emocional." Levantei-me, não tinha um plano para iso, e disse --
tinhamos todos estes fogos de artifício -- eu faço cenas malucas, divertidas --
e no fim eu parei -- tinha este plano do que ia dizer
mas nunca faço o que vou dizer. E de repente eu disse,
"Quando é que as pessoas realmente começam a viver? Quando enfrentam a morte."
E depois falei sobre esta coisa,
se fossem sair desta ilha, se daqui a nove dias
fossem morrer, a quem é que telefonavam, o que é que diriam,
o que é que faziam? Uma mulher -- bem, essa noite foi quando o 11 de Setembro aconteceu --
uma mulher tinha vindo ao seminário e quando ela chegou,
o antigo namorado dela tinha sido raptado e assassinado.
O amigo dela, o novo namorado, queria casar com ela e ela disse não.
Ele disse, "Se fores embora agora e fores para aquilo no Hawaii, estamos acabados."
Ela disse, "Acabou." Quando acabei nessa noite, ela telefonou-lhe
e deixou uma mensagem -- verdade -- no World Trade Center
onde ele trabalhava. Dizia, "Querido, eu amo-te, só quero que saibas
que quero casar contigo. Foi estupidez minha." Ela estava a dormir,
porque eram 3:00 da manhã para nós, quando ele lhe telefonou de volta
da torre e disse, "Querida, não te consigo dizer o que isto significa."
Ele disse, "Não sei como te dizer isto,
mas deste-me o melhor presente porque vou morrer."
E ela mostrou-nos a gravação na sala.
Ela foi ao Larry King mais tarde, e ele disse, "Provavelmente está a pensar
como é possível isto ter acontecido a você duas vezes." e ele disse,
"Tudo o que posso dizer é, isto deve ser a mensagem de Deus para você,
querida. Daqui para a frente, todos os dias dá o teu máximo, ama o teu máximo.
Não deixe nada parar o seu caminho." Ela acaba, e um homem levanta-se
e dize, "Sou do Paquistão, sou muçulmano.
adoraria dar-lhe a mão e dizer
que lamento, mas, francamente, isto é retribuição." Não lhes posso contar o resto
porque estou sem tempo.
(Risadas).
10 segundos.
(Aplausos).
10 segundos, é tudo o que eu quero. 10 segundos.
Tudo o que vos posso dizer é, eu trouxe este homem ao palco
com o homem de Nova Iorque que trabalhava no World Trade Center,
porque eu tinha cerca de 200 Nova-iorquinos. Mais de 50
perderam todas as empresas, os amigos, a desmarcar
nos Palm Pilots - uma economista, mulher feita de ferro, a chorar --
30 amigos riscados porque todos morreram.
E o que fiz ás pessoas foi, disse "No que é que nos vamos focar?
O que quer isto dizer e o que vamos fazer?"
E peguei no grupo e fiz as pessoas focarem-se em,
se não perderam alguém hoje, o vosso foco vai ser
como servir outra pessoa. Existem pessoas --
e então uma mulher levantou-se e estava tão zangada, a berrar e a gritar.
Depois descobri que ela não era de Nova Iorque, não era americana,
não conhece ninguém aqui. Eu disse, "Fica sempre fula?"
Ela disse, "Sim." Pessoas culpadas ficaram culpadas, tristes ficaram tristes.
E peguei em dois homens e fiz o que posso chamar uma negociação indirecta.
Homem judeu com familia em território ocupado, alguém em Nova Iorque
que teria morrido se tivesse ido trabalhar naquele dia, e este homem
que queria ser um terrorista e fê-lo bastante claro.
E a integração que aconteceu foi em gravação,
que vos envio de bom grado, para poderem ver
o que realmente aconteceu em vez da minha verbalização.
Mas os dois homens não só se juntaram
e mudaram as suas crenças e morais do mundo,
mas trabalharam juntos para trazer, durante quase quatro anos já,
através de várias mesquitas e sinagogas, a idéia
de como criar a paz. E ele escrevou um livro, que é chamado
"A Minha Jihad, A Minha Paz." Portanto, a transformação pode acontecer.
O meu convite para vós é este: explorem a rede, a rede aqui --
as necessidades, as crenças, as emoções que vos controlam.
Por duas razões: para haver mais de vocês para dar, e alcançar também,
todos queremos fazê-lo. Mas quero dizer dar,
porque é isso que vos vai preencher. E em segundo,
para poderem apreciar -- não só perceber, isso é intelectual,
isso é a mente -- mas apreciar o que motiva as outras pessoas.
É a única maneira do nosso mundo mudar. Deus vos abençoe.
Obrigado. Espero que tenha sido útil.
(Applausos)